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TÓPICO
FUNÇÕES
Gil da Costa Marques
Glossário
Funções 2
18 Licenciatura em Ciências · USP/ Univesp
D= A= { 1, 2, 3, 4, 5} 2.3
=I { 2, 3, 4, 5, 6} ⊂ B 2.4
No primeiro exemplo de função podemos notar a existência de uma regra (mesmo número
acrescido de +1) para determinar a imagem. No segundo exemplo de função, ilustrado pela
figura 2.5 consideramos dois conjuntos numéricos:
z = f ( x, y ) 2.7
Funções 2
20 Licenciatura em Ciências · USP/ Univesp
Numa linguagem simples pode-se dizer que um gráfico é uma figura de uma
função, representando visualmente como uma variavel varia quando outra varia.
É uma união, portanto, entre números e geometria.
Tendo em vista que figuras são conjuntos de pontos, cada ponto desse conjunto
é caracterizado por um par. Os valores da variável y são representados no eixo
vertical ao qual denominamos eixo das ordenadas. No eixo horizontal , o eixo
das abcissas , exibimos os valores da variável independente, x.
Do ponto de vista formal, o gráfico de uma função é uma representação gráfica,
sob a forma de uma curva que nunca se cruza, da coleção de todos os pares
ordenados (x, y = f (x)).
Funções 2
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x1 y1 ≡ f ( x1 ) 2.8
x2 y2 ≡ f ( x2 ) 2.9
x3 y3 ≡ f ( x3 ) 2.10
f0 ( x ) = x 2.11
f1 ( x ) = ax 2.12
Definimos analogamente a função afim, como sendo aquela que resulta da soma da função linear
e da função constante:
f ( x=
) ax + b 2.13
o domínio dessa função, bem como das duas anteriores é igual ao conjunto imagem e ambos são
iguais ao conjunto formado por todos os números reais. Isto é:
D= I= R 2.14
A função constante pode ser entendida como um caso particular de uma função afim. Ou
seja, pode ser entendida como o caso acima quando se toma o valor de a = 0. Escrevemos assim
a função constante como:
f ( x) = b 2.15
a função inverso de x associa a cada número real diferente de zero o inverso do seu valor. Ela é
definida, portanto, como:
1
f2 ( x ) = 2.16
x
Funções 2
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O domínio dessa função é o conjunto dos números reais diferentes de zero, e seu conjunto
imagem é o conjunto de números reais e diferentes de zero. Isto é:
*
=I R= D R∗ 2.17
x se x ≥ 0
f 3 ( x=
) x= 2.18
− x se x < 0
Ela associa a todo número real positivo ou nulo, o valor da sua raiz quadrada. Observe-se que o
domínio D, bem como o conjunto imagem I, da função raiz quadrada é o conjunto definido por:
D= {x R x ≥ 0}
I =∈ 2.20
f5 ( x ) = x 2 2.21
Nesse caso, o domínio da função é o mesmo do caso anterior enquanto que o conjunto
imagem I desse função é o conjunto dos números reais. Isto é:
{x ∈ R x ≥ 0}
I= D=R 2.22
Mediante a multiplicação de uma função por um número real, a, obtemos outra função.
A adição de funções gera, igualmente, uma nova função. Assim, a partir de (2.20) e (2.15),
podemos escrever uma nova função dada por:
1
f6 ( x ) =
af 5 ( x ) + bf 2 ( x ) =
ax 2 + b 2.23
x
Figura 2.13: Gráficos da função quadrática e da função raiz quadrada. / Fonte: CEPA
( g f )( x ) ≡ g f ( x ) 2.24
( f g )( x ) ≡ f g ( x ) 2.25
( f g )( x ) ≠ ( g f )( x ) 2.26
Funções 2
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Exercícios Resolvidos
Dadas as funções definidas por:
f (x) = 3x −1 e g(x) = x2
Determine:
a) ( f g)(x) e b) (g f )(x)
→Resolução:
Consideremos primeiramente o caso a)
f ( x )= 3x − 1
⇒ ( f g )( x ) =f ( g ( x ) ) =f ( x )
2
g ( x) = x 2
f ( g ( x ) )= f ( x 2 )= 3 ( x 2 ) − 1= 3 x 2 − 1
g ( x ) = x2
g ( f ( x )) =
→ ( g f )( x ) = g ( 3x − 1)
f ( x=
) 3x − 1
g ( f ( x ) ) = g ( 3x − 1) = ( 3x − 1)
2
= 9x2 − 6x + 1
g ( f ( x )) = 9x2 − 6x + 1
(=
f f ) ( x ) (=
−1
f f )( x)
−1
x 2.27
Na expressão acima assumimos que f seja uma função inversível. Ou seja, que ela admita
uma função inversa.
Exercícios Resolvidos
Dada a função
f ( x=
) 2x − 3
determine f −1(x)
→Resolução
Fazemos y = f (x)
y 2x − 3
= (I)
Em seguida, na equação (I) isolamos x :
y+3
y = 2x − 3 ⇔ 2x = y + 3 ⇔ x = ( II )
2
Agora, na equação (II) trocamos x por y (e y por x ):
x+3
y=
2
x+3
Assim: f ( x ) =
−1
Funções 2
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f (−x) =f ( x) 2.28
Enquanto que definimos uma função como sendo uma função impar, se para ela vale:
f (−x) =− f ( x) 2.29
f ( x + p) =
f ( x) 2.30 Figura 2.14: gráficos típicos de funções pares e ímpares. / Fonte: CEPA
y = f ( x) 2.33
Que se lê y é função de x.
Na mecânica, a variável independente é o tempo. As variáveis que podem depender dela são
as coordenadas, a velocidade, a aceleração e, em alguns casos a própria força.
Nos exemplos abaixo, tanto o domínio da função quanto o conjunto imagem de f é o
conjunto R, o conjunto dos números reais.
O primeiro exemplo a ser considerado vem da geometria. A área
A de um quadrado depende do comprimento de um dos seus lados.
Se l representa o seu valor, essa dependência se escreve:
A = 2 2.34
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F = − kx 2.35
onde k é uma constante denominada constante elástica da mola. Note-se que se aumentarmos
o valor do deslocamento, em módulo, a força aumentará. O sinal menos assegura que ela esteja
sempre no sentido que indique o ponto de equilíbrio. Nesse ponto, a força é nula.
Um exemplo extraido da gravitação diz respeito ao tempo de queda de um corpo ,uma
vez solto de uma altura h. Tal tempo depende da aceleração da gravidade e depende da raiz
quadrada da altura. O tempo de queda pode ser visto como dependente desses dois parâmetros.
Visto como dependente da altura, escrevemos essa dependência como a função:
2
Tqueda = h 2.36
g
Funções 2