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Sumário
Elvis Miranda
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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O primeiro problema para você, candidato, é tentar entender estes títulos que, à primeira
vista, não dizem muita coisa (e é aí que as questões se tornam mais complicadas do que pa-
recem). Nas questões, o examinador tende a utilizar as mesmas palavras que a bibliografia
adota, trazendo apenas as definições existentes e misturando os conceitos a fim de que os
itens se tornem falsos.
Você vai ver que não é tão difícil quanto parece. Vamos dar uma olhada no que a nossa
velha amiga Marilena Leite Paes diz a respeito do assunto (sim, este assunto também faz parte
daquela obra que os examinadores adoram: Arquivo: Teoria e Prática, da editora FGV). Uma vez
analisado o texto a respeito deste assunto, podemos trabalhar as questões já cobradas e você
verá que não será este o assunto que irá te complicar na sua prova. Vamos lá então?
Não se preocupe neste momento em tentar entender como funciona a separação dos docu-
mentos em cada uma destas idades (quanto tempo o documento fica em cada uma, se todo
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documento passa pelas três idades ou coisa assim). Tudo isso será visto com detalhes em
momento oportuno. Por enquanto, basta saber que tais conceitos (arquivo corrente, intermedi-
ário e permanente) são as classificações do arquivo quanto aos estágios de evolução.
Chama-se de arquivo especial aquele que tem sob sua guarda documentos de formas físicas diver-
sas – fotografias, discos, fitas, clichês, microformas, slides, disquetes, CD-ROM – e que, por esta
razão, merecem tratamento especial não apenas no que se refere ao seu armazenamento, como
também ao registro, acondicionamento, controle, conservação etc.
Marilena Leite Paes
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Vamos tentar entender então. Já sabemos que o arquivo guarda documentos em dife-
rentes materiais, que chamamos de suportes. O material mais comum nos arquivos ainda é
o papel, e quando montamos um ambiente para guardar documentos, o mobiliário, pastas e
instalações são quase sempre montados em função deste material.
O problema é que muitos documentos fogem do padrão tradicional (texto em papel) e são
produzidos em suportes diferenciados, como mídias digitais e fitas de vídeo, por exemplo.
Tais materiais exigem cuidados diferenciados em sua conservação, por isso são chamados de
material especial. O local criado para esta guarda é, portanto, chamado de arquivo especial.
O PULO DO GATO
Você percebeu que a definição da autora envolve materiais que se tornaram obsoletos nos
últimos anos (discos, fitas, disquetes...). Não se surpreenda se eles aparecerem na sua prova.
É comum o examinador apenas copiar os exemplos deste livro.
Agora que você entendeu a definição de arquivo especial, vamos à definição de arquivo
especializado, buscando na mesma fonte.
Arquivo especializado é o que tem sob sua custódia os documentos resultantes da experiência
humana num campo específico, independentemente da forma física que apresentem, como, por
exemplo, os arquivos médicos ou hospitalares, os arquivos de imprensa, os arquivos de engenharia
e assim por diante. Esses arquivos são também chamados, impropriamente, de arquivos técnicos.
Marilena Leite Paes
Traduzindo então, são arquivos que reúnem documentos de uma determinada área do co-
nhecimento. É como se comparássemos com uma biblioteca. Se você for a uma biblioteca jurí-
dica, encontrará apenas obras relacionadas a esta área, ou seja, é uma biblioteca especializada
na área jurídica. Portanto, aqui temos o conceito de arquivo especializado seguinte a mesma
linha de raciocínio.
Muitas vezes me questionam o seguinte: – Um arquivo pode ser especial e especializado
ao mesmo tempo? (aposto que você estava com esta pergunta na sua cabeça agora). Vou te
responder o que respondo aos meus alunos nos cursos presenciais. Você está pensando no
documento, e não no arquivo. Aqui estamos falando do LOCAL que guarda os documentos, e
não o DOCUMENTO isolado. Faz toda a diferença. Um local que guarda documentos em mídias
digitais é um arquivo especial. Um local que guarda documentos sobre arquitetura é um arqui-
vo especializado. Um documento da área de arquitetura que esteja gravado em mídia digital
estará arquivado em um arquivo especial se todos os documentos que ali estiverem exigirem
cuidados especiais por causa do seu aspecto físico (diferente do papel) e estará em um arqui-
vo especializado se todos os documentos ali depositados forem da mesma área. Percebeu?
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PEGADINHA DA BANCA
É comum, principalmente em provas do Cespe/UnB, mas também em outras bancas, o exami-
nador apresentar a definição de um dos dois arquivos e vinculá-lo ao outro, a fim de tornar o
item falso. Muito cuidado portanto.
Quanto à abrangência de sua atuação, os arquivos podem ser setoriais e centrais ou gerais.
Arquivos setoriais são aqueles estabelecidos junto aos órgãos operacionais, cumprindo funções de
arquivo corrente.
Os arquivos gerais ou centrais são os que se destinam a receber os documentos correntes prove-
nientes dos diversos órgãos que integram a estrutura de uma instituição, centralizando, portanto, as
atividades de arquivo corrente.
Você deve ter percebido que o nome do arquivo remete à sua característica. Setoriais são
os arquivos instalados dentro de cada setor da instituição (que a autora chamou de órgãos
operacionais). Já o arquivo central ou geral é aquele que reúne os documentos correntes dos
diversos setores em um mesmo local. Esta situação é bem comum nos casos em que o espa-
ço disponível nos setores de trabalho é insuficiente para a guarda dos documentos que estão
sendo resolvidos naquele local.
PEGADINHA DA BANCA
Muito cuidado: os dois arquivos aqui apresentados (setoriais e central/geral) estão relacio-
nados à fase CORRENTE do ciclo vital dos documentos. Nenhum dos dois está relacionado à
fase INTERMEDIÁRIA ou PERMANENTE como é comum o examinador afirmar nas provas que
abordam este assunto.
Trabalhamos, portanto, as definições dos arquivos com relação aos quatro critérios abor-
dados na bibliografia. Sugiro agora que você resolva as questões selecionadas de concursos
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anteriores a fim de fixar o assunto. Não se esqueça: é comum a mistura dos conceitos apre-
sentados. Não se deixe enganar em situações deste tipo. Mãos à obra.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Cebraspe (Cespe/UnB)
O item apresenta corretamente a classificação dos arquivos com relação aos estágios de evo-
lução dos documentos, que é um dos critérios de classificação dos arquivos apresentados por
Marilena Leite Paes, em sua obra “Arquivo: Teoria e Prática”, da editora FGV.
Certo.
Os estágios de evolução dos arquivos são, na verdade, as idades por que passam os documen-
tos: corrente, intermediária e permanente, e não o princípio do respeito aos fundos, que é outro
assunto da área.
Errado.
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Marilena Leite Paes, em sua obra: “Arquivo: Teoria e Prática”, apresenta quatro critérios para
a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Corrente, portanto, é um dos estágios de
evolução dos arquivos.
Certo.
Marilena Leite Paes, em sua obra: “Arquivo: Teoria e Prática”, apresenta quatro critérios para
a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Intermediário, portanto, é um dos está-
gios de evolução dos arquivos.
Certo.
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Marilena Leite Paes, em sua obra: “Arquivo: Teoria e Prática”, apresenta quatro critérios para
a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Permanente, portanto, é um dos estágios
de evolução dos arquivos.
Certo.
Marilena Leite Paes, em sua obra: “Arquivo: Teoria e Prática”, apresenta quatro critérios para
a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Administrativo, portanto, não é um está-
gio de classificação dos arquivos.
Errado.
Marilena Leite Paes, em sua obra: “Arquivo: Teoria e Prática”, apresenta quatro critérios para
a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto
à extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Inativo, portanto, não é um estágio de
classificação dos arquivos.
Errado.
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a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Quanto à natureza dos documentos, os
arquivos podem ser especiais, quando guardam documentos de formas físicas diferenciadas
e que exijam tratamento especial no que se refere à sua guarda e conservação, como fotogra-
fias, discos, mídias digitais e vídeos, por exemplo, ou especializados, quando guardam docu-
mentos de determinada área do conhecimento (arquivo médico, de imprensa ou engenharia,
por exemplo). O item em questão, portanto, é exemplo de arquivo especial, e não especializa-
do, como é afirmado.
Errado.
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Na verdade, material em suporte especial (fotografias, discos, fitas, mídias digitais, por exem-
plo), não serão excluídos do arquivo. Muito pelo contrário, a recomendação é que haja um local
adequado para sua guarda, que será chamado de arquivo especial.
Errado.
Quanto à entidade mantenedora (entidade a quem o arquivo está vinculado) os arquivos po-
dem ser públicos (quando vinculados ao governo) ou privados. Os arquivos privados podem
ser institucionais, quando vinculados a entidades sem fins lucrativos, comerciais, quanto vin-
culados a entidades com fins lucrativos, e pessoais, quando vinculados a indivíduos. Os exem-
plos citados são arquivos institucionais, e não comerciais, como o item afirma.
Errado.
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a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos ou privados, sendo que estes
últimos podem ser institucionais, comerciais ou pessoais); 3) quanto à natureza dos docu-
mentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à extensão de sua atuação (setoriais ou
central/geral).
Certo.
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Os arquivos podem ser classificados a partir de quatro critérios distintos, segundo a bibliogra-
fia arquivística (com destaque para a obra “Arquivo: Teoria e Prática”, da autora Marilena Leite
Paes): 1) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou pessoais);
2) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários ou permanentes); 3) quanto à
natureza dos documentos (especiais e especializados); e 4) quanto à extensão de sua atua-
ção (setoriais ou central/geral). O item está incorreto por apresentar os exemplos de arquivos
classificados quanto à natureza dos documentos, e não quanto à extensão (abrangência) de
atuação, como afirma.
Errado.
Os arquivos podem ser classificados a partir de quatro critérios distintos, segundo a bibliogra-
fia arquivística (com destaque para a obra “Arquivo: Teoria e Prática”, da autora Marilena Leite
Paes): 1) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou pessoais);
2) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários ou permanentes); 3) quanto à
natureza dos documentos (especiais e especializados); e 4) quanto à extensão de sua atuação
(setoriais ou central/geral). O item está incorreto pois o arquivo geral, citado, é um exemplo de
arquivo classificado quanto à extensão de atuação, e não quanto à natureza dos documentos,
como afirma.
Errado.
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Os arquivos setoriais, e não os gerais, são aqueles localizados nas unidades político-adminis-
trativas (setores ou áreas) de uma
organização.
Errado.
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a classificação dos arquivos: 1) quanto aos estágios de evolução (correntes, intermediários
ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral). Com relação à extensão de sua atuação,
arquivos setoriais são aqueles instalados nos próprios setores onde os documentos serão
utilizados no dia a dia. Já o arquivo central ou geral é aquele que reúne em um único local
documentos correntes provenientes das diversas áreas da instituição. Note que esta classifi-
cação está vinculada à idade corrente do ciclo vital, e não à idade intermediária, como afirma
o item. A atividade de protocolo também não é de responsabilidade do arquivo geral, como
está afirmado.
Errado.
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Na idade corrente, os documentos podem ser mantidos nos próprios setores (arquivos seto-
riais) ou centralizados em um único local (arquivo central).
Errado.
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Não há restrição quanto à espécie de documentos a serem arquivados nos arquivos setoriais.
Errado.
Quanto à extensão de sua atuação, os arquivos são setoriais ou centrais/gerais, e não centra-
lizados ou descentralizados.
Errado.
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Quanto à extensão de sua atuação, os arquivos são setoriais ou centrais/gerais, e não corren-
tes, intermediários ou permanentes.
Errado.
Com relação à extensão de sua atuação, os arquivos podem ser classificados desta forma.
Certo.
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ou permanentes); 2) quanto à entidade mantenedora (públicos, institucionais, comerciais ou
pessoais); 3) quanto à natureza dos documentos (especiais ou especializados); e 4) quanto à
extensão de sua atuação (setoriais ou central/geral).
Errado.
Quanto à extensão de sua atuação, ou seja, ao local em que foram instalados, os arquivos
correntes podem ser setoriais, quando instalados nos próprios setores em que os documentos
serão utilizados, ou central/geral, quando for instalado em um local único, recebendo documentos
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correntes das diversas áreas da instituição. Ou seja, o Arquivo Central ou Geral é um arquivo da
idade corrente, e não da idade intermediária, como afirma erroneamente o item.
Errado.
Na verdade, cada setor da instituição poderá ter o seu ambiente para guarda dos documentos
(arquivos setoriais) ou a instituição pode criar um ambiente para a guarda de documentos de
diversas áreas em um mesmo espaço (central/geral). Não é viável que cada funcionário tenha
o seu próprio arquivo, como afirma o item.
Errado.
Os arquivos setoriais (instalados nos setores) são arquivos de primeira idade ou correntes.
Certo.
Os arquivos setoriais são aqueles instalados nos próprios setores que utilizam os documentos.
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GABARITO
1. C 19. E 37. E
2. E 20. E 38. E
3. E 21. E 39. E
4. C 22. C 40. E
5. E 23. C 41. E
6. C 24. E 42. E
7. C 25. E 43. E
8. C 26. E 44. C
9. E 27. E 45. E
10. E 28. C 46. E
11. C 29. E 47. C
12. E 30. E 48. C
13. C 31. E 49. E
14. E 32. E 50. E
15. E 33. E 51. E
16. C 34. E 52. E
17. E 35. C 53. C
18. E 36. E 54. C
Elvis Miranda
Bacharel em Arquivologia e em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília, com pós-graduação em
Gerência de Projetos. É Analista Judiciário do TJDFT, na área de Arquivologia, desempenhando também
a função de Gestor Executivo do Projeto de Modernização de Arquivos do TJDFT. Autor de obras voltadas
para concursos públicos na área de Arquivologia.
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