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Licenciatura: Relações Lusófonas e Língua Portuguesa

Unidade Curricular: Técnicas de Expressão Escrita


Ano Curricular: 3º Semestre: 1
Nome: ___________________________________________ Processo n.º: ________
– Coerência e coesão –
Ficha de trabalho
Coesão
1. Observa os conjuntos de palavras.
a. o que provei ontem bolo fizeste
b. e casa trabalho fiquei o em fiz
1.1. Explica por que razão não podem ser considerados segmentos textuais.
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1.2. Ordena-os de modo a que adquiram coesão.
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2. Nas frases abaixo apresentadas, existem falhas ao nível da coesão frásica. Para cada uma delas indica o
motivo da falha, seleccionando-o da lista abaixo. Segue o exemplo.
1. Falta do(s) complemento(s) exigido(s) pelo verbo 2. Erro de concordância em género
3. Erro de concordância em número 4. Falha na regência verbal
5. Falha na ordenação sintáctica 6. Erro de concordância do verbo com o sujeito

a. Os jovens nem sempre tem predisposição para a leitura. 6


b. A Amélia acercou-se à estante e tirou um livro. __
c. Estavam muito cansados porque tinham dormido pouco eles. __
d. A responsabilidade e o empenho são qualidades reconhecida. __
e. Naquele momento, o homem comparou-se neles. __
f. O bombeiro salvou. __
g. Comprei o quarto e o quinto número da revista de que me falaste. __
h. O José, a mãe e a irmã são simpáticas. __
i. De manhã, visto rapidamente e saio cedo para a escola. __
2.1. Corrige as falhas em cada uma das frases, de modo a torná-las coesas.
a. Os jovens nem sempre têm predisposição para a leitura
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3. Todas as frases abaixo contêm erros de concordância do verbo com o sujeito composto. Corrige-as, tornando-as
coesas.
a. A Isabel e tu representarás os papéis principais na peça. ___________________________________________
b. A minha amiga Inês e o Joaquim vem cá esta tarde. ___________________________________________
c. Tanto uma como outra ficou satisfeita com o presente. ___________________________________________
d. O grilo e a cigarra cantava alegremente. ___________________________________________
e. Os amigos e os primos, ninguém chamavam por ele. ___________________________________________
f. Eu e eles comeram no restaurante. ___________________________________________
g. Nem um nem outro jogador conseguiram marcar um golo. ___________________________________________
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4. Completa as frases, fazendo a concordância do verbo entre parênteses com o sujeito, de modo a manter a
coesão frásica dos enunciados. Conjuga os verbos de todas as frases no presente do indicativo.
a.. António Lobo Antunes e Manuel Alegre …………………….. (ser) grandes escritores contemporâneos.
b. A música, o desporto, o escutismo, nada o …………………….. (entusiasmar).
c. Hoje …………………….. (vir) cá a casa a Joana e o Miguel.
d. Comer regradamente e praticar desporto …………………….. (fazer) bem à saúde.
e. Nem a Júlia nem a irmã …………………….. (saber) falar correctamente francês.
f. Tu e o Raul …………………….. (gostar) de ler.
g. Ou o Pedro ou a Marta …………………….. (ir) acompanhar-me na viagem.
h. O meu pai e eu …………………….. (falar) pelos cotovelos.
i. Nem um nem outro aluno …………………….. (conseguir) resolver o exercício.
j. O gato e o leão …………………….. (ter) as unhas afiadas.
k. Tanto a Mariana como a sua amiga …………………….. (adorar) gelado de limão.
l. As flores, as andorinhas, o céu, tudo …………………….. (anunciar) a Primavera.
m. Sempre que há um recital, um ou outro poema de Miguel Torga …………………….. (ser) lido.

5. A utilização dos conectores ou articuladores do discurso contribui para a coesão textual.

5.1. Lê o texto abaixo, e, tendo em atenção as relações estabelecidas entre os elementos linguísticos, indicadas
entre parênteses, completa os espaços com conectores apropriados, de modo a tornar o texto coeso e assegurar
a sua coerência. Segue o exemplo.

O Português é um misto de sonhador e de homem de acção, ………ou………….. (alternativa) melhor, é


um sonhador ativo a que não falta certo fundo prático e realista. A atividade portuguesa não tem
raízes na vontade fria, …………………….. (oposição) alimenta-se da imaginação, do sonho, ……………………..
(causa) o Português é mais idealista, emotivo e imaginativo do que homem de reflexão. Com partilha
com o Espanhol o desprezo fidalgo pelo interesse mesquinho, pelo utilitarismo puro ……………………..
(adição) pelo conforto, …………………….. (comparação) o gosto paradoxal pela ostentação de
riqueza e pelo luxo. …………………….. (oposição) não tem, como aquele, um forte ideal abstrato, nem
acentuada tendência mística. O Português é, sobretudo, profundamente humano, sensível,
amoroso e bondoso, sem ser fraco. Não gosta de fazer sofrer e evita conflitos, …………………… (oposi-
ção), ferido no seu orgulho, pode ser violento e cruel. A religiosidade apresenta o mesmo fundo
humano peculiar ao Português. Não tem o carácter abstrato, místico ou trágico próprio da
espanhola, …………………….. (oposição) possui uma forte crença no milagre e nas soluções milagrosas.
Há no Português uma enorme capacidade de adaptação a todas as coisas, ideias e seres, sem que
isso implique a perda de caráter. Foi esta faceta que lhe permitiu manter sempre a atitude de
tolerância e que imprimiu à colonização portuguesa um carácter especial inconfun dível: assimilação
por adaptação.
Jorge Dias, O essencial sobre os elementos fundamentais da cultura portuguesa, IN-CM (texto adaptado)

6. Com os pares de frases apresentados, forma frases complexas, estabelecendo a relação de subordinação
indicada.
a. Choveu. Arrefeceu. (Subordinada temporal)
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b. Os alunos estudaram. Os alunos tiveram bom aproveitamento. (subordinada consecutiva)
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c. O cão engasgou-se. O cão comeu depressa. (subordinada causal)
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d. Os alunos estavam inspirados. Ninguém conseguiu escrever um conto completo. (Subordinada concessiva)
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7. A frase que se segue não pode ser considerada coesa:
Estava muitíssimo frio, mas era Dezembro.

7.1. Explica porquê.


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8. Lê o excerto:
Vi nesse mesmo dia a velha que morava nas vizinhanças: perguntei-lhe se alguma vez a afligira o não saber como era
feita a sua alma. Ela nem sequer compreendeu a minha pergunta: nunca na vida dela tinha reflectido um único momento
sobre um único dos pontos que atormentavam o brâmane.
Voltaire, "História de um bom brâmane", in Ficções, nº 6, 2002
8.1. Procede ao levantamento de todos os elementos que retomam em termos ana fóricos o referente "a
velha".
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8.2. Relê as frases, substituindo todas as anáforas pelo respectivo referente.


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8.2.1. Conclui acerca da pertinência da utilização das cadeias anafóricas.
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9. Atenta no texto:
Naquele dia, os alunos chegaram com grande vontade de trabalhar e o professor pediu aos alunos que se
preparassem para um exercício de escrita. Os alunos apreciaram a ideia. Logo em seguida, os alunos deram início à
redacção do texto e, no final, alguns dos alunos leram os seus trabalhos. Todos os alunos foram felicitados pelo empenho
com que se dedicaram à atividade. Os alunos sentiram-se orgulhosos.
9.1. Sublinha as repetições que prejudicam a qualidade do texto.
9.2. Reescreve o texto, substituindo o referente repetido por anáforas.
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10. Demonstra a existência da catáfora na frase e no texto que se seguem:
a. Ele sempre foi muito estudioso, aquele aluno.
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b. Ela era muito bonita quando a conheci, com o suave nariz afilado e o lábio superior mais curto da divindade de
camafeu, humanizada por uma covinha que lhe despontava na face sempre que se dizia qualquer coisa com os

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atributos externos do humor, sem a sua qualidade intrínseca. Pois a querida senhora era providencialmente desprovida
de humor (...).
Edith Wharton, "O pelicano", in Ficções, nº 6, 2002
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10.1. Refere o valor expressivo do seu uso em cada um dos casos.
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11. Destaca a expressividade do recurso à elipse como mecanismo de coesão nos exemplos que se seguem:
a. - Preciso de rever a matéria para o teste.
- Eu também.
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b. A Vanda escolheu a colega de carteira para fazer o trabalho e começaram a prepará-lo de imediato.
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12. Procede à leitura atenta do texto.


Outros temperos
Já valeram ouro noutros tempos. Havia até quem deixasse em testamento quantidades avulsas
de especiarias, no século XVI. Na altura dos Descobrimentos, portugueses e espanhóis fizeram do
comércio de especiarias prioridade. As poucas que existiam na Europa - canela, gengibre, noz-
moscada, pimenta - eram vendidas a preços elevadíssimos e em pequenas quantidades nas
margens do Mediterrâneo. Com a conquista de Constantinopla pelos turcos, em 1453, e o
bloqueio das rotas comerciais terrestres, Portugal apostou numa rota alternativa: a descoberta
do caminho marítimo para a índia foi confiada a Vasco da Gama, que largou de Sines com uma
pequena armada a 28 de Julho de 1497. No regresso, em 1499, trouxe pimenta e gengibre de
Malabar, canela do Ceilão, noz-moscada e cravinho da Indonésia - que passaram a ser vendidos a
preços muito competitivos. A pimenta comprada a dois cruzados o quintal em Cochim era
vendida a 20 ou 30 cruzados na Europa. Nem venezianos nem árabes conseguiam competir,
tornando-se muito lucrativo para os portugueses.
Katya Delimbeuf, in Única, nº 1756, 24 de Junho de 2006
12.1. Indica o processo que, a nível lexical, garante a coesão do texto.
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Coerência textual

1. Preenche os espaços em branco com as palavras que se encontram no retângulo seguinte:


empecilho \ ASTROLOGIA \ alguém \ maneira \ comportar-me \ politi camente \ para \ signos \ pior preconceitos \ através \ qualidades \
hierarquização \ somos \ conhecermos \ melhores \ Mas \ palavras tanto \ defeitos \ Touro \ consolação \ graxa \ sistema \ simpáti cas \
pormenor \ superioridade \ definições \ cientí fica \ Quando \ queixar-me \ serve \ mais \ acompanhamento \ adivinhação \ lhes
engraxados \ claramente \ pronti nho \ vulnerabilidade \ dificultar \ procura \ portas \ apresente 4
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Típico dos leões

A ASTROLOGIA é desagradável por ser um …………………….. disfarçado de auxílio. Apresenta-se como uma
…………………….. de nos …………………….. melhor mas o que faz é …………………….. esse conhecimento……………………..
do adesivo …………………….. de estereótipos de que se ……………………...
É uma mina de ……………………..; uma espécie de racismo em versão frique e …………………….. correcta. Ao
atribuir características aos 12 …………………….. não só arrumam as pessoas como …………………….. fecham as
……………………... Quantas vezes se ouve dizer, quando …………………….. não tem paciência …………………….. interpretar
ou conhecer outra pessoa: "É …………………….. e basta."
…………………….. se é adolescente e se anda à …………………….. de uma identidade, a astrologia fornece logo um "kit"
já …………………….. que nos define ao …………………….., bajulando-nos de uma maneira untuosa e pré-gravada. As nossas
…………………….. são maravilhosas mas os …………………….. nunca ficam atrás: teimoso; mandão; duro!
O efeito repugnante é de estarmos ali a levar …………………….. de quem não nos conhece de lado nenhum
…………………….. quando se está na desgraça da adolescência e no cúmulo da …………………….., quaisquer
…………………….. louvaminheiras e definidoras são bem-vindas. E até começamos a tentar ser o que o nosso signo diz que
……………………... Sim, sim - com as outras posições todas; a carta feita; o …………………….. de um astrólogo credenciado,
blá-blá-blá.
Eu, por exemplo, sou Leão. É um dos signos mais …………………….. e daí que pareça mal eu ……………………... Mas
mal alguém descobre que sou, pimba, sou imediatamente classificado e quase obrigado a …………………….. conforme o
preconceito.
Dizem os astrólogos que não há signos …………………….. do que outros (e que tudo depende das conjugações
blá-blá-blá) mas basta ler as …………………….. para ver que uns são …………………….. mais giros do que outros. Não
há preconceitos sem …………………….. e a astrologia, por muito democraticamente que se …………………….., inclui
noções de …………………….. e inferioridade que são muito grosseiras e pouco ……………………...
Entretanto, no meio de tanta graxa e de …………………….. preconceito, a astrologia, quanto …………………….. procura
ser vagamente …………………….., mais vai perdendo a pouca graça que tinha como …………………….. antiga.
A única …………………….. é que a chinesa ainda deve ser ……………………...

Miguel Esteves Cardoso, in Única, n.° 1774, 28 de Outubro de 2006 (texto adaptado)

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