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1- O discurso do Marechal, acerca dos círculo concêntrico ao qual o Brasil está

inserido (américa latina, continente americano e comunidade ocidental), consiste em


sim poder se solidarizar a outros países e nos atentar a questões externas mas
sempre tendo a nossa interdependência sólida, sermos pautados em nossos
próprios ideais e movidos a resolver nossos próprios problemas internos. Agir de
acordo com nossos próprios interesses que sim podem coincidir com o interesse
latino americano, ou interesses ocidentais, mas sempre agir de acordo com os
nacionais, de fato sermos independentes em nossas atitudes e ações. Ou seja, se
solidarizar-se a questões internacionais não significará subordinação, Marechal
denominou tal conjunto de ações e viés de pensamentos e atitudes como “Política
Externa da Revolução".

2- A política externa do fim do Império tem como principais características:


distensão e universalismo, significa que inicia-se uma abertura política gradual e
segura,visando amenizar possíveis conflitos, diminuir tensões entre países e a
população, evitar revoltas ou movimentos separatistas, neste contexto nos referimos
a evitar conflitos argentinos e focar na política interna, o universalismo consiste na
aproximação com outros países, neste primeiro momento consistia em uma ideia de
nos tornamos universais, visando maior prestígio, maior participação em comícios
internacionais, aproximação maior com os EUA e pan americanismo, voltávamos
nossos esforços para a política doméstica e resolução de problemas internos.

3- O governo Figueiredo tinha três premissas:

● lúcida compreensão da realidade brasileira no contexto internacional


A primeira premissa tem como objetivo compreender a nossa realidade para assim
tornar possível definir nossas prioridades e necessidades no momento,
compreender como um todo para saber se inserir assertivamente no SI.

● clara identificação dos interesses nacionais no cenário internacional


Quando conseguimos identificar nossos interesses e objetivos, conseguimos deixar
claro dentro de um sistema repleto de Estados, Brasil aspirava superar seus limites
de país subdesenvolvidos, tinham como norte afeiçoar nossa cultura, economia,
política ao regime ocidental, precisávamos nos tornar um país de terceiro mundo
para tal.
● realista identificação e avaliação dos meios de ação no que se refere aos
nossos interesses e possibilidades.
Já com os nossos objetivos definidos, na terceira premissa começamos a avaliar os
meios para conseguirmos alcançar tais metas, dentro de nossos objetivos, agora
traçamos um “plano de ação”, contudo, sempre compreendendo nossas limitações e
possibilidades.
4- Três fatores para democratização da política externa do Governo José Sarney

● tínhamos que lidar com a constituinte


● viabilizar as eleições presidenciais de 1989
● reincorporação do Brasil nos foros internacionais

Estávamos passando por um período de pós-ditadura, necessitamos nos


reencontrar novamente com a democracia, construir um perfil democrático, além
disso precisávamos lidar com o cenário econômico em crise. Sarney tinha que
atrelar a conciliação entre transformação e estabilidade. No período da ditadura, o
Brasil se manteve omisso em relação a ONU, se abstendo de participar de reuniões,
de se candidatar como membro do conselho de segurança, quando Sarney assumiu
a presidência, o contexto internacional era inflamado por pressões internacionais
como a nova ordem econômica mundial, questão ambiental, direitos humanos, e
etc, temas esses que necessitavam de um posicionamento.
A transição democrática seria a única forma de estabelecer um consenso,
forma de evitar maiores rupturas, tendo em vista que o Brasil sofria pressões
internacionais pelas expectativas da democratização do país. Sarney agora lidava
com uma nova república, com novos ideais. Em 1986 houve a convocação da nova
assembleia constituinte, em 1988 a promulgação.
Duas linhas fundamentais pautaram o governo Sarney: a reforma política e
toda a estrutura e ajustamento econômico devido a crise encontrada assim que
assumiu a presidência, com a instituição da democracia o país se consolida com
uma nova identidade muito mais promissora, Sarney conseguiu a recuperação do
diálogo, cooperação, mas sem constrangimentos, ainda em 1985 Brasil aderiu a
importantes tratados da ONU.

QUESTÃO 2

O golpe que deu origem à república foi de extrema relevância internacional para o
Brasil, tínhamos como contexto na época a necessidade de sermos reconhecidos
quanto à república pelos demais países. Uruguai e Argentina, prontamente
reconheceram o Brasil. Estados Unidos também não reconheceu tão tardiamente o
país, o reconhecimento mais difícil foi da Europa, demorou para algumas das
potências europeias reconhecerem o Brasil pós-ditadura, na redemocratização do
país. A inserção do Brasil no sistema internacional era repleta de expectativas e
pressões exteriores para que o país tomasse posicionamento frente a algumas
questões pautadas na ONU, tinha-se expectativas quanto a economia, negociações,
abertura política e etc. Quando Rio Branco assumiu, em 1902 como ministro das
relações exteriores, assumiu o Brasil relativamente abalado em diversas questões,
assim como necessitávamos de identidade nacional e internacional, a nossa força
marinha (que diz muito sobre nossas regiões fronteiriças e demonstrações de
poder) estava abalada, havia perdido a força. Barão do Rio Branco tinha um
importante desafio pela frente e desde que assumiu este compromisso sempre
deixou claramente definido quais eram as suas diretrizes e os meios de ação para
tal. Uma de suas diretrizes, era a a americanização mas não uma norte
americanização, ou seja, na perspectiva de barão, o afeiçoamento aos Estados
Unidos não se tratava de uma subordinação ou a aderência aos princípios norte
americanos, mas sim, se aproximar dos Estados Unidos para se conseguir
protagonismo na América Latina, que era a área de interesse nacional. assim se
aliando aos EUA ele se respaldou de intervenções externas dentro do pais, dando
uma solução para a questões fronteiriças brasileiras, assim essa aliança não
significava uma redução da nossa interdependência ou soberania nacional, mas sim
com o objetivo de atender seus próprios interesses.
Rio Branco foi uma personalidade célebre quando se trata de relações exteriores, foi
um dos maiores nomes da política externa brasileira, conseguiu recuperar a
credibilidade de 10 anos que estava perdida, conseguiu inserir o Brasil novamente
no sistema internacional, anexou territórios ao país, resolveu as questões quanto a
fronteiras que era uma questão recorrente e preocupante naquele contexto, Rio
Branco trouxe diretrizes para uma liderança brasileira dentro da América Latina,
Ricupero (2000), acreditava que a política externa de Rio Branco tinha três
premissas, as relações com as grandes potências, a política territorial e relações
com os seus vizinhos sul-americanos.

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