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Diplomacia/Políti

ca externa e
Direitos
Humanos
Daniela Nascimento
• Diplomacia: arte de representar e promover os interesses
de alguém ou de algum estado junto de outros, e de
reconciliar interesses contrários, ou idealmente, prevenir
que estes ocorram.

• É quase impensável pensar a diplomacia na ausência de


uma dimensão humana inerente. Pelo menos em teoria...
• Uma dimensão humana na diplomacia é a expressão
da capacidade para resolver conflitos de interesses
sem recorrer à violência ou à força.
• Hoje
• grande preocupação pelos DH
• maior consciência das violações dos DH
• 
• vontade que esta preocupação seja expressa não só
pelos cidadãos, pelas ONG’s, pelas NU mas também
pela política externa dos Estados
• VÁRIAS GERAÇÕES DE MEIOS DE POLÍTICA DE DH

. Até anos 70 - fase de absoluta contenção

. A partir de 1975 – Acta de Helsínquia (CSCE)

. Fim da Guerra Fria – “intervenção humanitária”

. Século XXI- ‘Responsabilidade de Proteger’


• OBJECTIVOS DA POLÍTICA DE DH

• assegurar o reconhecimento geral da importância dos


DH em todo o mundo e definir com precisão quais os
direitos que todos os Estados devem proteger

• prevenir ou impedir violações particulares dos DH em


países individuais em todas as partes do mundo -
influenciar directamente os Estados

• manter a preocupação pelos DH constantemente no


topo da agenda internacional

• assegurar melhores mecanismos de aplicação


• No entanto, este desejo de que o Estado tenha um
papel activo neste campo tem grandes dificuldades e
constrangimentos e pode ir contra outros objectivos
da sua Política Externa
• CONDICIONANTES DE UM SILÊNCIO PRUDENTE OU DE UMA REACÇÃO CRÍTICA
NA POLÍTICA DE DH
• 1. interesse nacional

• a) quando é necessária uma escolha directa entre interesses nacionais e uma
política externa de DH distintos: necessidade de fazer ponderações, «trade-offs»
• ↓
• restrições ao prevalecimento do objectivo dos DH - relutância dos Estados
• ↓
• para não complicar as negociações regulares entre quase todos os Estados do
mundo sobre diversas questões - quer se aprove o outro Estado ou não («not to
confer a compliment but to secure a convenience» - Churchill)
• ex. das relações EUA / China: já conhecidas algumas violações dos DH neste país
mas, opta-se por não as denunciar para não prejudicar as relações
• b) quando é do interesse nacional que os DH sejam incluídos nas prioridades da
Política Externa

• EUA: DH subordinados à rivalidade da Guerra Fria a servirem o interesse da luta
contra o comunismo – crítica aos países de Leste, ênfase no discurso ideológico

• 2. pressão da opinião pública interna e externa

• o caso Tiananmen – Estados sob pressão interna
pressionam por sua vez externamente a China para acabar
com as violações dos DH
• ↓
• opinião pública informada e atenção dos media –
estímulo à acção dos Estados
• 3. importância / peso estratégico do Estado no sistema mundial

• a) em caso de relações especiais com certos países – aliados,
parceiros comerciais - é desaconselhável ser contrário ao país em
causa

• Acordos SALT entre a URSS e os EUA (Acordos SALT (Strategic
Arms Limitation Talks) – Essa primeira série de negociações entre os
Estados Unidos e a União Soviética resultou, em 1972, na assinatura
de um documento limitando as armas estratégicas ofensivas. Em
1979, um Tratado SALT II, que substituiria o SALT I, chegou a ser
assinado, mas nunca foi ratificado)
• estes últimos optaram por não levantar a questão dos DH enquanto
decorriam os acordos que eram, na altura, de enorme importância
estratégica

• - as relações comerciais EUA / Indonésia
• 4. capacidade / liberdade de escolha

• 5. cultura política interna

• por razões de cultura nacional, pode ser mais difícil ou


mais fácil tornar os DH motivo de referência e uma
política consistente dentro da política externa

• - países nórdicos: DH, fortemente enraizados na sua
tradição política, perpassam toda a política externa
• os argumentos sobre as restrições não são consistentes, podem
ser rebatidos, no entanto, deve-se aceitar o facto de existirem
dificuldades reais para qualquer Estado no que diz respeito à
prossecução de uma política firme e consciente de Direitos do
Homem
• ↓
• falar de DH não é difícil; os testes decisivos são verificar que
objectivos é que os Estados estão dispostos a dispensar para os
defender

• É necessário um conceito mais abrangente e a longo prazo
do interesse nacional para que os Estados se tornem mais
activos na protecção dos DH.
• Exemplos mais recentes da forma como os DH estão
cada vez mais incluídos no ‘jogo diplomático’ de
alguns Estados:

• Questão do Tibete (pressão sobre a China e que implica


mesmo o uso dos Jogos Olímpicos como forma impor
comportamentos)
• Questão do Darfur (pressão sobre o governo sudanês)
“Celebrity Diplomacy” (Andrew Cooper)

Cada vez mais ‘celebridades’ se envolvem


em causas humanitárias e de defesa dos DH
(Clooney, Jolie, Geldof, Bono, Penn, Gere)

Reconhecidas pela comunidade internacional (ONU, G8)


E empenhadas em fazer algo
Clooney: ‘the worst thing to happen would be to leave a
meeting at the White House without nothing to say”

‘Not on our watch’- Sudão; ‘Race against Poverty’;


• Cooper carefully distinguished between those he terms “glamorist enthusiasts”—
celebrities who use their status to advocate certain causes on more of an ad hoc
basis—and celebrities such as Bono, who have succeeded in generating greater
attention to issues than, in many cases, even state leaders themselves. Bono uses
his celebrity status to gain access to a variety of leaders. Bono has succeeded,
Cooper explained, in mobilizing some politicians while at the same time
alienating others, including Paul Martin and Stephen Harper— respectively, the
former and current prime ministers of Canada— who distanced themselves from
Bono after he unsuccessfully pressured each to increase their foreign aid
commitments.
Despite varying degrees of success among celebrity diplomats, Cooper
maintained that celebrity diplomacy is more than a passing fad; in fact, it
represents a new category of networking, where the worlds of entertainment and
material resources meet. This phenomenon, noted Cooper, which has not yet been
addressed by international relations theorists, warrants further conceptual
examination.

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