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Aula 1.

Diplomacia e a
Política externa brasileira
Prof. Lázaro Pereira Dourado – ADV e MSC
Avisos:
• PROVAS
• 1ª ARE - 12 a 18.04 - 1ª Avaliação do Semestre;
• 2ª ARE - 01 a 07.06 - Avaliação 2ª (1ª ou 2ª avaliação);
• 12 a 16.06 - Avaliação 2ª chamada (1ª ou 2ª avaliação);
• Exame Final: 20 a 26.06 - Avaliação Final;
• CHAMADAS:
• Realizadas por assinatura
• ATIVIDADES DA DISCIPLINA EM SALA
• Realizadas em sala
• CONVERSA COM O PROFESSOR
• Somente através da instituição ou com o(a) representante de sala
EMENTA:
Conteúdo programático
Unidade I: A política externa
• Conceito: A política externa é uma POLÍTICA PÚBLICA, ou seja, um
conjunto definido de medidas, decisões e programas utilizado pelo
governo de um país. O objetivo dessa política é projetar e direcionar
suas ações políticas no exterior.
• Então pode-se afirmar que são conjuntos de programas, ações e
decisões tomadas pelos governos (nacionais, estaduais ou
municipais) com a participação, direta ou indireta, de entes públicos
ou privados que visam assegurar determinado direito de CIDADANIA
para vários grupos da sociedade ou para determinado segmento
social, cultural, étnico ou econômico. Ou seja, correspondem a
direitos assegurados na CONSTITUIÇÃO.
Uma política externa pode ter objetivos
concretos
Por exemplo, visando negociações ou o estabelecimento de acordos
comerciais. Mas, pode também ter objetivos abstratos, como uma
aproximação política e cultural, por exemplo, pela formação de fóruns
de diálogo e encontros simbólicos. Além disso, a Política Externa pode
ser pensada:
• Bilateralmente – ou seja, como um país se relacionará com outro país
específico;
• Multilateralmente – considerando a participação do país em
organizações e fóruns internacionais.
São diversos os atores que podem participar
da Política Externa.
• Desde representantes oficiais do governo – diplomatas e o próprio
Presidente da Republica -, até representantes não oficiais como
empresas, a mídia nacional e atores de televisão. Em geral, qualquer
pessoa ou entidade que atue no exterior em nome do país pode ser
considerada como um ator da Política Externa. No entanto, são os
diplomatas – e o Ministério das Relações Exteriores – os
principais atores designados . Eles pensam, planejam e executam as
ações do país no plano internacional. São o braço direito do governo
federal em assuntos externos.
ITAMARATY - Ministério das relações exteriores

• Promover o interesse do país no exterior, prestar assistência aos


brasileiros que vivem em outro país além de organizar visitas de
chefes de estado e altas autoridades, essas são apenas algumas das
atribuições que competem ao Ministério das Relações Exteriores,
também conhecido como o Itamaraty.
• O Itamaraty, ou Ministério das Relações Exteriores (MRE), é um órgão
do Poder Executivo responsável por assessorar o Presidente da
República na formulação e execução da política externa brasileira. É
também o MRE responsável por estabelecer e manter relações
diplomáticas com Estados e organismos internacionais.
De acordo com Artigo 33 do Decreto 4118/02, são áreas
de competência do Ministério das Relações Exteriores:
• I – política internacional;
• II – relações diplomáticas e serviços consulares;
• III – participação nas negociações comerciais, econômicas, técnicas e
culturais com governos e entidades estrangeiras;
• IV – programas de cooperação internacional; e
• V – apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras em
agências e organismos internacionais e multilaterais.
Atividade: 1. Qual a diferença entre
embaixada e consulado?

Política externa e diplomacia não
são sinônimos
• Apesar de interligados, política externa e diplomacia não
são sinônimos.
• E os dois conceitos diferem também de relações internacionais.
As relações internacionais correspondem a uma ideia geral de como
um país se relaciona com os demais países e instituições no sistema
internacional.
Já a Política Externa e a diplomacia são conceitos mais específicos,
que correspondem aos objetivos e interesses de determinado país no
exterior.
1. Atividade: Elabore um quadro apontando a
diferença conceitual entre:
Relações Internacionais Política externa Diplomacia
Conceito

Atores
A formulação da política externa
• Política Externa deve considerar tanto as questões internas – como os
interesses da sociedade e os valores culturais do país – quanto
questões internacionais – como a distribuição de poder no cenário
internacional e a atuação das organizações internacionais.
2. Atividade: A Política Externa é considerada
uma política de Estado ou política de governo?
Política externa e de governo
• Como política de Estado: a Política Externa seria guiada por
interesses nacionais que pouco se alteram ao longo do tempo,
independentemente do partido que está no poder. Sendo assim,
esses interesses seriam questões “de Estado” e não sofreriam
alterações com a troca de governantes.
• Como política de governo: a Política Externa seria guiada
por interesses que variam ao longo do tempo, de acordo com as
disputas políticas e entre partidos no âmbito nacional. Ou seja, a
Política Externa refletiria os planos do governo vigente no exterior,
que podem ser alterados com a troca do governante e/ou do partido
no poder.
Exemplo de política externa
• Visitas oficiais (visitas de Estado): são encontros entre governantes (presidentes,
primeiros-ministros ou membros de famílias reais) ou outros representantes
(como o vice-presidente ou ministros) no país de origem de um deles. São
exemplos recentes de visitas de Estado: a ida do duque e da duquesa de
Cambridge (membros da família real britânica) ao Canadá e a visita do presidente
norte-americano, Barack Obama, a Cuba.
• Encontro de ministros: são encontros entre ministros de diferentes Estados,
normalmente de uma mesma região, responsáveis por uma mesma área
(economia ou saúde, por exemplo). Discutem a situação dos respectivos países
sobre determinados temas. São exemplos desses encontros: as Reuniões de
Consulta dos Ministros das Relações Exteriores e a Conferência dos Ministros da
Defesa das Américas, ambas realizadas no âmbito da Organização dos Estados
Americanos (OEA).
• Acordos bilaterais ou multilaterais: São acordos e
negociações estabelecidos entre dois ou mais Estados sobre os mais
variados temas, como comércio exterior, economia e finanças, defesa,
entre outros. Os acordos bilaterais são firmados diretamente entre
dois países. São exemplos: o Acordo sobre Transportes Aéreos,
estabelecido entre o Brasil e os Estados Unidos em 2011, para a
ampliação das linhas aéreas entre os dois países; e a Cooperação
Técnico-Militar entre o Brasil e a Suécia para a compra de novos caças
para a Força Aérea Brasileira, com transferência de tecnologia e
cooperação na área industrial. Já os acordos multilaterais são aqueles
firmados em organismos internacionais, como no âmbito da
Organização Mundial do Comércio (OMC).
• Representações no exterior: quando os países mantêm relações diplomáticas, é
comum que enviem representantes (normalmente diplomatas de carreira) para o
outro país para acompanhar e fortalecer a relação entre eles. As embaixadas –
que abrigam esses representantes – simbolizam a presença de um país no outro.
Os consulados também são exemplos de representações no exterior, porém
tratam de assuntos mais cotidianos, como a assistência aos nacionais que
residem no outro país.
• Participação em Organizações Internacionais: as Organizações Internacionais são
instituições de cooperação entre os países. Participar de uma Organização
Internacional sinaliza que o país está disposto a cooperar com os demais
membros sobre os mais variados temas. O principal exemplo de Organização
Internacional é a Organização das Nações Unidas (ONU). Também são exemplos:
a Organização Internacional do Comércio (OIT) e o Fundo Monetário
Internacional (FMI).
• Formação de Blocos ou Grupos: são formados por um grupo de países que se
aproximam para cooperar e discutir determinados temas.
• Podem formados por questões econômicas, como o Mercosul (Mercado Comum
do Sul), o G-20 (Grupo dos Vinte) e a ASEAN (Associação de Nações do Sudeste
Asiático), ou por questões políticas, como o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul) e a Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
• Participação em Missões de Paz: A participação em Missões de Paz ocorre pelo
envio de militares ou observadores para acompanhar e auxiliar na redução do
conflito e estabilização de um determinado país.
• Normalmente, estas Missões são lideradas pela própria ONU. A ação militar
representa a Política Externa de um país, pois as Forças Armadas são também
representantes de seu país no exterior. O Brasil, por exemplo, já participou (e
participa) de diversas Missões de Paz, como no Timor-Leste, no Líbano, no Congo
e no Haiti.
Questões:

1. Desde 2005, o entorno estratégico brasileiro tem sido caracterizado pela baixa ocorrência –
ou até mesmo ausência – de conflitos armados interestatais, porém mantiveram-se elevados a
violência doméstica e os conflitos armados intraestatais.
( ) Certo
( ) Errado.
2. Uma das características atribuídas à política externa brasileira é a utilização de recursos
brandos de poder (softpower) para solucionar controvérsias. Contudo, durante o período
colonial e imperial, o país se envolveu em conflitos armados com seus vizinhos em função de
disputas geopolíticas. Uma dessas disputas resultou na anexação da Província Cisplatina,
que era:

A) território uruguaio
B) território boliviano.
C) território argentino.
D) território paraguaio .
3. A partir de 2005, o Brasil participou apenas de operações de paz
realizadas em países que fazem parte do entorno estratégico brasileiro, a
exemplo da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a
Estabilização da República Centro-Africana (Minusca).

( ) Certo.
( ) Errado
4. A diplomacia brasileira atuou nas negociações relativas ao terceiro
objetivo da CDB (convenção sobre diversidade biológica), com o propósito
de estabelecer um regime internacional para a repartição justa e equitativa
dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos.

( ) Certo
( ) Errado.
5. Um dos dez idiomas mais falados no mundo, a língua portuguesa não integra o conjunto
de idiomas oficiais das Nações Unidas, que são o inglês, o francês, o espanhol, o árabe, o
chinês (mandarim) e o russo. Como consequência, os delegados dos Estados-membros da
CPLP não utilizam a língua portuguesa em seus pronunciamentos oficiais durante as
reuniões e conferências organizadas sob o signo da Organização das Nações Unidas
(ONU). A exceção é o Debate-Geral da Assembleia-Geral, quando é facultado aos oradores
proferir as intervenções nos próprios idiomas, inclusive o representante do Brasil, a quem
está, além disso, reservada tradicionalmente a prerrogativa de proferir a primeira entre
todas as alocuções dos Estados-membros.

( ) Certo
( ) Errado.

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