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ÓRGÃOS DO ESTADO NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Quando o estado vai atuar frente as relações internacionais existem alguns indivíduos
encarregados de representar o Estado em um outro país. Nesse sentido, não se está falando do
Estado enquanto sujeito de direito internacional , e sim dos indivíduos encarregados de
representar o Estado em alguma negociação com outro país ou em alguma missão diplomática .
Essas negociações podem tratar de diversos assuntos, ex. podendo ser uma negociação de
permuta de capturado
Tradicionalmente a representação internacional são feitas por: - Chefe de Estado, chefe de
governo, ministro de relações exteriores, agentes diplomáticos e agentes consulares

1. Chefe de estado
• No Brasil o Chefe de Estado e de Governo são as mesma pessoas tendo em vista que adotamos o
sistema presidencialista - art. 84 CF;
• Uma das competências do presidente da república é concluir tratados, comentar e executar a
política externa estatal, ou seja, é o chefe de Estado que em geral vai declarar guerra, celebrar
paz e que vai realizar todos os atos para política externa estatal.
• Quando o presidente atua na esfera internacional;
◦ ex: quando ele vai para ONU, quando faz alguma viagem internacional, quando ele vai
negociar com algum país;

• Tem privilégios e imunidades semelhantes aos agentes diplomáticos o que inclui:


◦ inviolabilidade de sua pessoa e do local de hospedagem;
◦ imunidade cível e penal;
‣ Ele não vai responder aqui dentre as suas atribuições no âmbito Internacional e nem a
sua hospedagem vai ser investigada;
‣ ele não vai responder por indenização civil e nem por uma percepção penal pelos atos
que eles fizeram aqui é nas relações internacionais;
‣ no âmbito civil se tem uma imunidade absoluta, mas relacionado a penal ela pode ser
relativizada, a luz do princípio da a irrelevância da qualidade oficial. Então a qualidade
oficial de chefe de governo, por ser um representante eleito ele dá essa prerrogativa
para que possa atuar de maneira livre sem que sofra perseguição, mas isso pode vir a
ser relativizado a depender do crime que ele venha ocorrer.
• ex: TPI a gente não vai ter nenhum tipo de imunidade que possa Salvar o
presidente de vir a ser condenado por cometer algum crime contra a humanidade;
◦ isenção de imposto diretos;
◦ liberdade de comunicação com o Estado
‣ Então aonde ele estiver ele faz uma comunicação ao Itamaraty, esse é o órgão das
relações exteriores que as pessoas exercem essa carreira que o concurso público;
‣ Todo ato do presidente da república precisa ser amparado pelo Itamaraty, pois há os
diplomatas de carreira que fazem toda uma negociação e o exercício dos atos sobre
essas questões;
◦ esses privilégios eles são estendidos a família e comitiva inclusive em viagens particulares
ou de férias abrange também alguns chefes de estados se o país permitir. No Brasil não se
permite que um ex chefe de estado tenha essa imunidade e que possa estender aos seus
familiares;
‣ A imunidade dos chefes e ex-chefes para os países que permitem elas não persiste
diante de atos contrários aos princípios de direitos humanos, crime de guerra etc. Só
quem vai ter esse âmbito de proteção quanto a crimes no âmbito internacional é o atual
chefe, mas poderá ser relativizado ao TPI;
‣ ex: Gossip Girl - tinha o filho de um chefe de estado da Espanha e ele traficava drogas
por meio de sua bagagem - se isso fosse revelado ele teria cometido um crime
internacional;
‣ Essa regra foi criada para que os Chefes de Estado possam ter um sigilo sobre o
conteúdo que eles irão tratar, o que podem vir a negociar;

2. Chefe de Governo
• Ele atua no âmbito interno, então quando o presidente no uso de suas atribuições perante a
União, então ele é um chefe de governo;

3. Ministro das Relações Exteriores


◦ o principal assessor do chefe de estado na formulação e execução da política externa e
portanto ele goza prerrogativas semelhantes ao do chefe de estado
◦ prerrogativas semelhantes às do chefe de estado e de governo;
◦ as competência do Ministro das relações exteriores estão previstas no anexo1 do decreto
7.304/2010 ;
‣ administrar de forma direta a política internacional as relações diplomáticas e serviços
consulares;
‣ participação das negociações comerciais, econômicas, técnicas e culturais com
governos e entidades estrangeiras;
‣ programa de cooperação internacional de promoção comercial;
‣ apoio a delegação de comitivas representações brasileiras em agências e órgãos
internacionais e multilaterais;
‣ parágrafo único - cabe ao Ministério auxiliar o presidente da república na formulação
da política exterior do Brasil assegura a execução e manter relações com estados e
organismos de organizações internacionais;

◦ ele tbm é nomeado pelo presidente da republica, basta que ele tenha mais de 35 anos,
esteja em gozo dos direitos políticos e que seja brasileiro nato. Isso quer dizer que esse
ministro não precisa ter uma formação técnica de relações internacional, ou de direito
internacional, ou alguma experiência na área internacional, mas como se trata de um cargo
de confiança é comum que ele sofra critica da oposição
◦ Como ele auxilia o presidente da republica de modo direito ele pode sofre imptima, mas
somente referente a algum ato que ele viera a responder junto ao presidente da republica,
não podendo responder de modo isolado;

4. Agentes diplomáticos
◦ a atividade dos diplomatas é regulada pela convenção de Viena sobre relações diplomáticas
de 1961, foi ratificada pelo Brasil em 1965 pelo decreto de 56 435 e ela que estipula o que
os diplomatas tem que fazer
◦ para que os diplomatas possam atuar em um outro estado é necessário que os entes
estatais tenham o direito de legação, consiste na prerrogativa de enviar e receber os
agentes diplomáticos;
◦ -
◦ as organizações internacionais tbm vão ter esse prerrogativa, sendo chamados de enviado
especial ou agente especial
◦ esse direito de legação ele decorre do estabelecimento de relação diplomática, requerendo
que o acordo entre s partes esteja envolvido , no Brasil esse direito de legação fica suspenso
com a guerra ou com o rompimento das relações diplomáticas, ou devido o não
conhecimento do governo;
‣ ex: Brasil entra em guerra aqui com um determinado país esse direito de legação vai
ser suspenso Então nem o Brasil poderá enviar o Diplomata e nem esse determinado
país pode enviar um diplomata ao Brasil;

◦ o país acreditante é o que envia e o acreditado que recebe ele vai determinar qual o tempo
da saída/retorno do diplomata do pais, mas se tem essa rompimento das relações
internacionais esse diplomata precisa sair imediatamente do país e quem arcará contudo é
o Estado acreditante;
◦ os diplomatas não são funcionários internacionais, os diplomatas são os agentes estatais
que possuem esse direito de legação e no Brasil eles são empossado através de concurso
publico. Esses são responsáveis pelas seguintes funções: representar o estado acreditante
perante o acreditado; proteger os interesses dos estado acreditante e de seus nacionais no
estado acreditado; negociar com o governo do estado acreditado; interessar por todos os
meio lícitos das condições existentes e da evolução dos acontecimentos do estado
acreditado ou da organização internacional junto ao qual atuam, promover relações
amistosas e desenvolver relações econômicas;
◦ No exterior os diplomatas eles exercem função das missões diplomatas e essas nada mais
são que as embaixadas, que são órgãos de representação do Estado que o enviou junto ao
governo de outro;

◦ requisitos para ser diplomata no Brasil:
‣ nacionalidade nata;
‣ maios de 18 anos
‣ ter curso superior
‣ ser aprovado no concurso rio branco

5. chefe de missão diplomática


◦ o embaixador é o chefe da missão diplomática embaixada. No brasil é um cargo de
confiança do chefe do poder executivo, devendo passar por uma sabatina no senado,
mediante voto secreto
‣ normalmente ele será nomeado pelo presidente entre os chefes dos diplomatas
◦ o embaixador enquanto ele exercer as sua funções ele é um diplomata, mas ele não precisa
necessariamente pertencer a um quadro de carreira diplomática, podendo ser indicado
entre pessoas de confianças, como o caso do ministro de exteriores, mas a tradição é que se
escolha dentre os diplomatas de carreira;
◦ os chefes de missão diplomáticas podem ser embaixadores eununcio; enviados, mistrus ou
inetrnuncios; encarregados de negócios
◦ ser embaixadores: acreditados perante chefes de estado e outros chefes de missão de
categoria equivalente , ou seja, são as pessoas de confiança do chefe do executivo, não
necessariamente alguém que passou no concurso público
‣ ex: ministro da justiça que receba essa atribuição
◦ enviados: pessoas que vão atuar em um único ato. ex: o presidente não pode realizar
algum tipo de visita ou de cortesia, então ele envia um enviado em seu nome para tal
◦ encarregado de negocio, tbm é um enviado que substitui o embaixador, mas ele não é
nomeado pelo chefe de estado e sim pelo ministro das relações exteriores;
◦ Diferença: Os enviados são nomeados pelo presidente da república, assim como os
embaixadores e os encarregados de negócio pelo ministro das relações exteriores
◦ todos esses cargos eles precisão de um ato discricionário em que seja especificado as
funções dessas pessoas,
◦ O processo de concessão é secreto não precisa ser motivado, mas precisa dizer qual é o
embaixador, função. Só precisa justificar e delimitar, mas não precisa motivar o pq está
escolhendo a pessoa;

6. Agentes consulares
• são servidores encarregados de oferecer aos nacionais proteção e assistência no exterior;
• ex: Caso do Chile
• são tbm chamados de cônsul e eles atuam mais em uma perspectiva administrativa
• competências:
◦ função notarial de Registro Civil ;
◦ emitir vistos estrangeiros;
◦ resguardar os interesses Nacionais no caso de sucessão por morte, interesse de menores
incapazes;
◦ tomar as medidas cabíveis para representação dos nacionais perante as autoridades,
inclusive, judiciais;
◦ dependendo da cidade também poderá exercer funções típicas de agente diplomático, com
promoção comercial, atração de investimentos divulgação cultural;
‣ então geralmente são para cidades em que eu não possui a figura do embaixador;
◦ vão atuar como representante do Estado junto a uma organização internacional caso em
que receberá todas as imunidades e prerrogativas de um representante estatal -
Importante
‣ para ele receber todas as imunidades e prerrogativas ele precisa que ter especificado
Qual é o caso, qual é o período em que ele vai atuar;
• no Brasil teve a unificação das carreiras do Diplomata e do Cônsul
◦ antigamente: o diplomata era aprovado em um concurso público e exercia suas funções
tanto no brasil quanto no exterior. Já o cônsul era um título, podendo ser tanto um
brasileiro de confiança, quanto um estrangeiro que possui uma vinculação com a
comunidade estrangeira;
◦ CF/88: equiparou as funções, não tendo diferença entre o diplomata e o cônsul, todos eles
precisam passar no concurso público do rio branco. A diferença será quanto ao embaixador,
que ele é alguém de confiança do executivo podendo ser um diplomata de carreira ou não;
• Nos outros países não há essa comunhão do diplomata e do cônsul;
◦ o diplomata ser um nacional do país e o cônsul poderá ser tanto o nacional quanto o
estrangeiro que tenha uma relação com o país;
◦ ex: Cônsul Francês de Belém, mas ele não é um francês nato;
• Há dois tipos de cônsules :
◦ carreira : nacionais - recrutado entre os nacionais que o Estado envia;
◦ honorários: podem ter qualquer nacionalidade., inclusive do próprio Estado em que estão
• São nomeados através de uma carta patente - é um ato discricionário do exercício da soberania.
• esse cônsul terá uma serie de privilégios, por isso o país acreditante deve enviar ao país
acreditado a carta patente dizendo quais as atribuições do cônsul;

7. Privilégios e imunidades do diplomata:


• configuram uma modalidade de imunidade de jurisdição e segundo o STF eles configuram o
verdadeiro impossibilidade jurídica de um órgão judiciário brasileiro expedir provimentos
jurisdicionais, mandamentais a qualquer missão diplomática ou consular. Então é o que a gente
diz que é ausência do enforcing Power, ou seja, ausência que ele poder mandamental /do poder
vinculante que o Judiciário tem sobre, por exemplo, cidadão, sobre as instituições. Então uma
imunidade de jurisdição e o privilégio na imunidade é justamente a impossibilidade do Poder
Judiciário ao verificar que um visto não foi concedido, quer saber o porquê - há uma
verdadeira blindagem. Essas funções elas precisam de ter esse respaldo Porque elas estão aqui
realizando atos no interesse do país dela, então por ato discricionário ela não concede visto
aos nacionais brasileiros é uma prerrogativa que eles tem;
• Os diplomatas e embaixadores tem um nível de imunidade maior, as imunidades consulares são
as mais restritas.
• As embaixadas e consulados não são territórios estrangeiros, são apenas áreas imunes. Essa
imunidade vai significar justamente o que elas protegem os órgãos dos Estados nas relações
internacionais apenas no exterior, não nos seus estados de origem. Assim, o Diplomata
brasileiro não pode por exemplo invocarem unidade diante da possibilidade de detenção ou
reclusão.
◦ Então essa proteção É para quando esse é diplomata, cônsul, Embaixador ele está
representando o país estrangeiro, ou seja, se ele está no Brasil de férias não tem essa
imunidade, pois essa é justamente para representar os interesses do país e dos cidadãos em
um país estrangeiro.
• essas imunidade elas são extensivas a família, dependente do agente de diplomático que o
acompanha no exterior.
• Apesar de imune um diplomata que viole de maneira grave ou persistente as leis locais no país
que ele estiver ele pode ser declarado aqui uma Persona não grata, ou seja, é um diplomata ou
cônsul que constantemente violou ou contrariou as leis do país onde ele está exercendo essa
função
◦ para declarar que uma pessoa não é bem-vinda , é um ato unilateral e discricionária, só
que tem que sair do país estrangeiro
◦ As implicações é que o estado acreditante em que retirar a pessoa do país para não implicar
em uma disputa de soberania. Caso o estado acreditante não o retire, o estado acreditado
poderá recolher como não integrante da missão, implicando a perda dos privilégios e
imunidade, e portante o agente estrangeiro seja processado e julgado localmente;
◦ essa concessão de persona no grata é individual
◦ é discricionário, não precisa de motivação;
◦ o estado que enviou tbm pode renunciar a imunidade dele, não implicando
automaticamente na renuncia quanto as medidas de execução.
◦ o próprio agente não pode renunciar as imunidades;
◦ a ideia do direito penal de que não existe pena sem lei anterior que a culmine e da
retroatividade, ela não cabe para esses aspectos, pois o Estado renunciou a imunidade a
pessoa poderá ser responsabilidade pelo que ele vier contrariando. Toda a prerrogativa é
retirada e volta a ter o poder de vinculancia e coercitividade de responder na esfera penal,
administrativa, trabalhista
• Imunidades e privilégios diplomáticos:
◦ imunidade penal: não podem ser presos, processados e julgados criminalmente no estado
acreditado, ela é absoluta. Nada impede que a policia investigue.
‣ é perdida quando é renunciada
‣ essa imunidade ela é diferente da investigação o país tem todo jeito de todo direito de
investigar e descobrir o que que aconteceu , mas não vai poder punir;
◦ Imunidade de jurisdição cível: não podem ser civilmente processados, o que abrange os
atos de Direito Administrativo e direito do trabalho, mas tem algumas aqui exceções :
‣ causas envolvendo Imóveis particulares que não Residencial - ex: São imóveis de
férias, ARBNB.
• o imóvel Residencial ele não será processado por que é um imóvel que é pago pelo
estado;
‣ a sucessão ele pode vir a ser processado:
• Diplomata que morreu no Brasil e tenha filhos no Brasil, mas ele deixou um
testamento no país dele de origem, pode iniciar uma ação sucessória questionando
de justamente a legalidade aqui dessa sucessão;
‣ por qualquer ação referente a qualquer profissional liberal ou atividade fora das suas
funções oficiais
◦ imunidade tributária
‣ relativa aos tributos nacionais, estaduais ou municipais cobrados no estado acreditado,
ou seja no estado que eles que eles vão aquecer que a função. Então o que eles pagam
de tributos são os preços de mercadorias e serviços, assim que eles vão comprar um
telefone ele não tem uma dedução de compro tal qual a gente, mas ele não pagam IPTU,
não precisa declarar imposto de renda, dentre outras questões que estão aqui pessoais
mas a mercadoria e serviço que eles podem utilizar, rendimentos privados eles
precisam aqui fazer o pagamento;
◦ inviolabilidade :
‣ ou seja o local da missão diplomática, a residência particulares, veículos da missão não
podem ser objeto de qualquer ação por parte das autoridades locais. A não ter que
aconteceu o crime, por exemplo, entende-se que podem ser objeto de investigação, mas
eu não posso ter penhora e não posso ter Constrição, e não posso ter algum tipo de
problema relacionado a carteira de trânsito, por exemplo, sobre os veículos ;
‣ tem essa inviolabilidade plena que sobre os determinadas propriedades;
‣ é também inviolados documentos e arquivos na embaixada em qualquer momento
onde quer que estejam, a mala diplomática ações das Missões elas não podem ser o
objeto de qualquer monitoramento, podendo ser considerado espionagem;
‣ bagagem: não podem ser aberta salvo se tiverem motivos sérios para crer que a
mesma contenha objetos previsto nas insenções. EX: drogas, armas
• a regra é que eu não faço esse tipo de espionagem, que respeite por uma cortesia
internacional;
• esses privilégios essas imunidades diplomáticas elas são estendidas aqui a esses familiares e
esses despendentes que tenha sido incluídos na lista diplomáticas e que não seja nacionais do
Estado acreditado. Então o Diplomata ele pode enviar uma lista das pessoas que ele queira é que
tem esse tipo de imunidade mas ele se responsabiliza .
◦ ex: colocou aqui em unidade sobre a filha dele e ela estava transportando drogas, se o país
que enviou ele quiser retirar a imunidade, ela vai responder assim como ele também. Então
percebo que essa extensão quem define isso na lista diplomática é o Diplomata , mas isso
tem uma responsabilidade

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