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ESAMC – SANTOS

Profa. Maria Luiza Justo Nascimento


Órgãos responsáveis pelas relações
internacionais dos Estados:

 Chefes de Estado;
 Chefes de Governo
 Ministro das relações exteriores (Chanceler)
 Agentes diplomáticos
 Agentes consulares
Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961):

Art. 3º
As funções de uma missão diplomática consistem,
entre outras, em:
 Representar o Estado acreditante perante o Estado

acreditado;
 Proteger no Estado acreditado os interesses do

Estado acreditante e de seus nacionais, dentro dos


limites permitidos pelo direito internacional;
 Negociar com o Governo do Estado acreditado;
 Inteirar-se por todos os meios lícitos das condições
existentes e da evolução dos acontecimentos no
Estado acreditado e informar a este respeito o
Governo do Estado acreditante;

 Promover relações amistosas e desenvolver as


relações econômicas, culturais e científicas entre o
Estado acreditante e o Estado acreditado.
Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963):

Art. 5º
As funções consulares consistem em:
 Proteger, no Estado receptor, os interesses das

pessoas físicas ou jurídicas, nacionais do Estado


que o Cônsul representa, dentro dos limites
permitidos pelo direito internacional;
 Fomentar o desenvolvimento das relações
comerciais, econômicas, culturais e científicas entre
o Estado que envia e o Estado receptor e promover
ainda relações amistosas entre eles;
 Informar-se, por todos os meios lícitos, das
condições e da evolução da vida comercial,
econômica, cultural e científica do Estado receptor,
informar a respeito o governo do Estado que envia
e fornecer dados às pessoas interessadas;

 Expedir passaportes e documentos de viagem aos


nacionais do Estado que envia, bem como vistos e
documentos apropriados às pessoas que desejarem
viajar para o referido Estado;
 Prestar ajuda e assistência aos nacionais, pessoas
físicas ou jurídicas do Estado que envia;
 Agir na qualidade de notário e oficial de registro
civil , exercer funções similares, assim como outras
de caráter administrativo, sempre que não
contrariem as leis e regulamentos do Estado
receptor;
 Representar os nacionais do país que envia e tomar
as medidas convenientes para sua representação
perante os tribunais e outras autoridades do Estado
receptor;

 Exercer direitos de controle e de inspeção sobre as


embarcações que tenham a nacionalidade do
Estado que envia e sobre as aeronaves nele
matriculadas, bem como sobre suas tripulações.
PRERROGATIVAS FUNCIONAIS

Os diplomatas e os cônsules gozam de prerrogativas


inerentes às funções desempenhadas. São elas:

• Imunidade de Jurisdição
• Imunidade Tributária
• Inviolabilidade de domicílio pessoal e profissional

Os diplomatas têm prerrogativas mais amplas que os cônsules.


Imunidade de Jurisdição :
Os diplomatas gozam de ampla imunidade de
jurisdição penal, civil e administrativa.
Exceções:
Ação relativa a imóvel particular.

Conf. Gustavo Bregalda, Direito


Internacional Público, 2ª ed., pag. 58
Imunidade Tributária
Exceções: O beneficiário do privilégio
diplomático deve arcar com os impostos
indiretos, geralmente incluídos no preço de
bens ou serviços, bem como com as tarifas
decorrentes dos serviços públicos que
utilizar. Se possuir um imóvel em seu nome,
deverá pagar os impostos a ele relativos.

Conf. Gustavo Bregalda, Direito


Internacional Público, 2ª ed., pag. 58
Imunidade de território – Inviolabilidade
São fisicamente invioláveis e imunes à
tributação os locais destinados a missão
diplomática com todos os bens ali situados,
bem como as residências utilizadas pelo
quadro diplomático, administrativo e técnico

Conf. Gustavo Bregalda, Direito Internacional


Público, 2ª ed., pag. 58
Os Cônsules também gozam de
inviolabilidade física e de imunidade ao
processo civil e penal no que se referir aos
atos de ofício.

Conf. Gustavo Bregalda, Direito


Internacional Público, 2ª ed., pag. 58
Nenhum Estado soberano pode ser submetido
contra a sua vontade à condição de parte
perante o foro doméstico de outro Estado.

Entretanto, essa regra não é absoluta, pois o


STF, na Apelação nº 9696, de maio de 1989,
assentou que o Estado estrangeiro não tem
imunidade em causa de natureza trabalhista.

Conf. Gustavo Bregalda, Direito


Internacional Público, 2ª ed., pag. 58

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