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AULA 01 – 18 /08
→ Análises de médio alcance: não servem para analisar todas as políticas externas
Política Externa
→ Por muito tempo foi um subcampo da Ciência Política, mas também pode ser
considerado um subcampo das RI (crise identitária)
Atores Estatais
o Ministério de Defesa
o Secretarias Estaduais
o Prefeituras
o Grupos comunitários
o Arte e Cultura
o Esportes
Atores Privados
o Empresas Multinacionais
o Institutos
o Organizações
o Meios de Comunicação
Atores Estatais
o Individual
o Coletiva
o Organizada
o Multicooperativa
→ Há atores intervenientes
o Direto
o Coletiva
o Presencial
o Digital
Atores Privados
o Individual
o Cooperativa
o Jurídica
o Privada
Qual é o objetivo?
→Não existe análise neutra, toda análise reflete um viés (há um objetivo esperado)
Atores Estatais
o Poder de Barganha
o Protecionismo
o Propositiva
o De Protesto
o Patrocinado
o Objetivos Ganhos
Atores Privados
o Protecionismo
o De Protesto
o Evitar Perdas
Definições
→ Não há um consenso, há diversas definições
White (1989): Política Externa é formulada dentro do Estado (como a
doméstica) e implementada no sistema internacional.
Wallace (1974): Fronteira entre a política doméstica e o sistema internacional.
Hudson (2005): Qualquer ação de um Estado que tenha consequências diretas ou
indiretas a entidades estrangeiras.
Tayfur (1994): Atividade oficial formulada e implementada por agentes
autorizados de um Estado soberano direcionada ao ambiente externo dos
Estados.
→ “Agentes autorizados”: limita a Política Externa a apenas decisões feitas pelo
governo (corpo diplomático)
Relações Internacionais
→ O campo mais amplo desses estudos, integrando a Política Internacional e a Análise
de Política Externa
Debate Teórico: Teorias de Política Internacional e Teorias de Política Externa
Teoria Política Internacional: padrão de interação entre Estados no longo prazo
(Waltz, 1979)
→ Analisa se a interação de poder levará ao conflito
Teorias de Política Externa: análise do comportamento individual dos Estados
(Rose, 1998)
→ Baixa relevância do sistema internacional
→ Unidades decisórias altamente diferenciadas (a depender da teoria)
→ Fatores domésticos influenciam a política externa
Nas RI se analisa ambos
O modelo de escolha racional entende que não se há total liberdade de ação, leva em
conta a escolha das pessoas
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLHA RACIONAL:
1. Individualismo: os comportamentos sociais e políticos (agregado) são frutos de
decisões individuais (unidades unitárias)
2. Pressuposto da racionalidade: os atores buscam maximizar a sua utilidade
esperada optará por aquela que aumenta o benefício esperado
AULA 3 - 22/09
OPINIÃO PÚBLICA
Alto número de pesquisas, poucas divulgadas
BOURDIEU
Opinião pública não existe pois as pessoas não estão pensando no determinado tema,
e se estão não é da forma como a pergunta foi feita logo, a opinião publica pode ser
enviesada como a pergunta foi formulada
LIPPMANN
População é muito pacifista em tempos de paz, e muito belicosa em tempos de guerra
ou seja, em tempos de paz todo mundo busca preservar o status quo e em tempos de
guerra, como normalmente há causas para que isso esteja ocorrendo, a população entra
em modo de defesa
TOCQUEVILLE
Política externa é delicada e complexa demais para opinião publica existem muitos
detalhes que isso não pode ser deixada para opinião pública, mas sim para especialistas
a opinião publica não tem informações suficiente, logo, não tem capacidade para
tomar decisões sobre a política externa, por isso apenas especialistas seriam adequados
para fazer esta análise
REALISTAS
A opinião pública é ingênua a opinião publica pode se manifestar, mas ela apenas
entende como “bem” e “mal”, logo, a opinião pública não deve ser levada em
consideração pois é muito ingênua
KENNAN
Opinião pública é muito emocional ela pode até ter informações, mas é muito mais
movida por paixões do que informações em si a opinião publica é manipulada pelas
emoções, logo, não dá para ter opinião fundamentada com fatos
ALMOND
A opinião publica é volátil muda muito fácil
As pessoas têm uma opinião e até podem conseguir informações, entretanto, não
conseguem observar á longo prazo que uma política externa demora para ser criada,
executada
Pela opinião publica ser tão volátil, não é adequada para decidir ou influenciar algo de
tão longo prazo
“ALMOND-LIPPMANN CONSENSUS”
Teste
Almond testou as prerrogativas de volatilidade de Lippmann de volatilidade Almond
pega estudos dos EUA onde perguntam sobre as mesmas questões para as pessoas e
testa isso Descobre que a opinião publica não é tão volátil assim, normalmente, todo
mundo está sempre no mesmo viés, apesar de haver algumas pequenas mudanças
Papel das elites
A opinião pública difere da opinião das elites as elites têm capacidade de influência e
trocam de opinião
Page e Shapiro
Quebram o consenso de Almond Lippmann, ao identificar que a opinião pública não é
estável, como também é mais racional que incoerente a opinião publica não é
emocional, visto que levam em conta as informações que tem acesso (mesmo limitada)
podem não tem conhecimento aprofundado para conseguir definir o que seria
melhor, mas com base nas poucas informações que têm conseguem formular
Concordam com Almond e Lippmann em um ponto a opinião pública difere
da opinião das elites
ABORDAGEM PSICOLÓGICA-COGNITIVA
Nessa teoria se observa se o perfil psicológico cognitivo irá afetar a forma como um
líder lidera
EMOÇÕES
PSICOBIOGRAFIA
Um líder não é desprovido de emoções, mesmo sendo um profissional que tente isolar
suas emoções da execução de seu trabalho, ainda há interferência
Dolan
Efeitos na cognição, percepção e memória
Costuma-se tratar de emoções separado de razão, mas estudos mostram que
ativamos áreas do cérebro de emoções antes da razão ao tomar decisões
Dificuldade em medir, visto que emoções são difíceis de mensurar
DIMENSÃO AFETIVA
Olhar não todo perfil psicológico, mas isolar uma única dimensão afetiva (ex:
nacionalismo pode ser uma forma de orgulho e medo) ou seja, busca analisar como a
dimensão afetiva transpõe para o Estado
Relação entre líder e suas motivações por que pessoas se colocam em posições de
liderança
CONSISTÊNCIA COGNITIVA
CÓDIGO OPERACIONAL
São códigos estabelecidos nas pessoas desde crianças que quando observado uma
situação rapidamente define o que é certo ou errado identifica o sistema de crenças
que influência o que é certo e errado
VÁRIOS
Atalho heurísticos atalhos que as pessoas usam para justificar as coisas refúgio
para o que as pessoas buscam justificar sem respostas concretas
Mapeamento cognitivo mapear como a pessoa pensa a partir das decisões que ela
toma
PERCEPÇÕES
Lacuna entre o mundo real e o “percebido” há uma diferença do que é real e o que é
percebido, ou seja, tudo
Misperception: “lacuna entre o mundo como realmente existe e o mundo existe na
mente de cada um” o que importa e a política, não é feita do que ela realmente é, ou
seja, com base em percepções que podem estar erradas a política pode ser influenciada
Exemplos:
RESUMO
Essa teoria busca mostrar que mesmo que um líder tenha que agir racionalmente,
deve-se lembrar que existe o fator humano
AULA 04 – 06/11
ANÁLISE BUROCRÁTICA
Têm autores, como Krasner, que dizem que a teoria burocrática da política externa não
existe, visto que da muita força para a burocracia e tira a força do presidente
ESTILO DE ADMINISTRAÇÃO
Interações formais com processo decisório descentralizado – bom para rotinas, ruim
para crises
GROUPTHINK
Não é sempre possível ter acesso a todas as documentações de bastidores, mas é sempre
possível saber se aquele Estado é ter um sistema parlamentarista, presidencial etc.
Fluxo de influência
PAZ DEMOCRÁTICA
Democracias tendem a não entrar em guerra entre si isso se explica devido sua
estrutura, pois normalmente em democracias, a população não da apoio, mesmo que o
líder queira
Apenas o fato de serem duas democracias já é suficiente para manter a paz entre dois
Estados
AULA 05 – 13/10
Grupos de Interesse
Organizações dedicadas a defender interesses particulares dentro do processo de
tomada de decisão do Estado
Lobby: palavra muito negativa (no Brasil) e tem como fim o lucro
Advocacy: o fim é o benefício público
Ambos são um grupo de interesse que pressiona o Estado: Lobby e Advocacy
Tipos
De acordo com Christopher Hill, há três tipos:
o Econômico: baixar impostos
o Interesses Territoriais: demarcação de terras, reforma agrária, interesses
na Amazônia…
o Ideias Específicas: animais, direito das mulheres, educação, proteção das
crianças…
→ Como qualquer teoria é uma simplificação da realidade para facilitar a análise
Como esses Grupos influenciam?
Trabalham em coordenação com outros grupos
Coalizões
Intervenção em estágios iniciais
Problemas Metodológicos
Difícil identificar todas as estratégias de ação: difícil provar por causa do grupo
em si (mesmo que se saiba que esses grupos possuem determinado interesse)
Instabilidade dos interesses de cada grupo
Dificuldade em interpretar o resultado das políticas
Como dizer que tal medida foi causada por um grupo em específico
Especialistas
Agem motivados por crenças e conhecimento, e não por interesses materiais
Capital simbólico
Não possuem vantagem econômica ou política
Socialmente reconhecidos
Para Rosenau, há ligação entre os dois níveis, por mais que alguns atores não saiam do
país para fazer essa relação, ainda fazem parte
Relações de Estado/Sociedade
Interdependência complexa
o Keohane e Nye
o existe nível de dependência mútua entre dois Estados --> depois de um
tempo é difícil quebrar pois são gerados acordos
o Existe interdependência entre doméstico e internacional – internacional
define muito o doméstico ex: Brasil necessidade de dinheiro do exterior
para executar mudanças dentro do país, os pilares de política externa
estão ligada necessidade internas
Funcionalismo
o A função de cada um está clara
o Qual o papel da política externa para aquele país
o Não apenas uma questão de diplomatas, mas que também abrange
diversas áreas
ESTRATÉGIAS DE LIGAÇÃO
Abordagem de poder --> determinado ator tem poder e sua função é fazer isso
– ex: diplomata / ONU
Abordagem tecnocrata --> poucos diplomatas (pouco porque nem toda
diplomacia é composta por corpo técnico) e comunidade epistêmica (ex: Brasil é
corpo técnico pois é necessário ser apto para isso)
Construção de Coalização --> alguns grupos não têm força, logo, tentam fazer
coalizões
Mobilização grass-roots --> planta uma semente previamente – ex: porte de
armas; sustentabilidade
A TIPOS DE MUDANÇA
Mudança estratégica
Aprendizado
História
Desde meados do regime militar, com Azeredo da Silveira esses pilares perduram no
Brasil
Interesse nacional
o Desenvolvimento
o Redução da pobreza
o Liderança regional
GOVERNOS ANTERIORES
1. FHC
Integração
o Unificação do cone sul
o Aproximação ao G7 – faz essa aproximação, justamente para conseguir
grandes injeções de dinheiro
2. LULA
Diversificação – tentar diversificar parceiros
o Cooperação Sul-Sul
o Liderança Regional
o G77 – grupo dos 77 países em desenvolvimento
o Preserva a ideia do multilateralismo
3. DILMA
Inércia
o Discreto (low profile)
o Redução do protagonismo brasileiro
o Itamaraty sem força
o Várias trocas de ministros (Patriota, Figueiredo e Vieira)
4. TEMER
Transição
o Política de transição
o Atuação apenas em urgências
o MRE como moeda de troca
o Trocas de ministros (Serra e Aloysio Nunes)
→ Diplomatas vão influenciar a Política Externa pois são os principais atores de ligação
(atores natos)
Diplomacia
Início da diplomacia
→ Figura que não tem o nome de diplomatas mas responsável por fazer a comunicação
entre as cidades
→ Não só pode ser morto, mas sua integridade física deve ser preservada, deve ser
acolhido, deve ter o direito de audiência, não deve ser preso por costumes diferentes
Má reputação historicamente
Espiões estrangeiros
→ Mearsheimer: mentir é parte da política pois muitas vezes você não pode revelar o
que está ocorrendo em seu país, mas não pode mentir desenfreadamente pois ninguém
irá acreditar ou querer negociar
→ Diplomatas eram identificados (braçadeiras com o país que representa) para que
soubessem com quem não conversar
O rei da Inglaterra, Henrique VII, tentou abolir a entrada de diplomatas
estrangeiros
→ Certas pessoas podem entender que o diplomata está trabalhando contra o próprio
governo (como se trabalhasse para o inimigo)
→ Alguns têm uma relação bastante próxima com os países que foram enviados (falam
a língua, adotam alguns costumes…)
A evolução da diplomacia
Papel do diplomata
Comunicação
o Estabelecer canais oficiais de comunicação entre governos
o Diplomatas como os principais atores da comunicação com governos
estrangeiros (certa autonomia por parte dos diplomatas)
Representação
o Representando seus soberanos em terras estrangeiras agindo em seu
nome
o Funcionar como os “olhos, ouvidos e voz do governo”
Negociação (tolerância e negociação são características inatas ao diplomata)
o Realizar negócios políticos com estadias estrangeiros
o Poder de persuasão
O ‘dilema de lealdade’
o Diplomata unilateral: leal APENAS ao próprio governo
o Diplomata Intermediário: responsável perante o governo anfitrião
(mediador)
Tornando-se nativo:
o “[A] adoção por diplomatas do ponto de vista do governo do estado
receptor”
o “Um risco ocupacional” experimentado por diplomatas que passam
muito tempo na mesma parte do mundo
o “Infectados com formas de pensamentos estrangeiras e perderam seu
caráter nacional” um ‘pecado capital’ para diplomatas profissionais
Dilma Rousseff
Inércia
Low Profile (deteriora aos poucos a Política Externa Brasileira)
Fim da Diplomacia Presidencial (inaugurada pelo FHC e mantida por Lula -
quebrado pela Dilma após 16 anos)
Desafio
→ Lula teve uma grande aprovação mesmo ao final no seu governo, a economia
estava muito boa, baixo índice de desemprego.
Causas do Declínio
Não formulou uma política de comércio exterior (ponto importante para
conseguir atingir objetivos econômicos)
Não programou junto com o empresariado uma estratégia de inovação exigida
pela competitividade sistêmica de economias internacionais (para que a
economia fique internacionalizada e para que o país mantivesse a relevância
internacionalmente)
Logística Governamental (novos entraves) - não sabe articular com o congresso
e senado
Novos Entraves
→ Tudo jogado por água abaixo, tentando criar conexões com os seus eleitores (se
colocando no mesmo patamar econômico que eles)
Redução da pobreza
Desenvolvimento
Liderança Regional (ex: Bolsonaro rompe com países ao redor, não chama para
a festa de posse -isola- o líder da Venezuela e se mostra em dúvida de chamar o
líder da Bolívia)
→ Selecionar algumas variáveis para alisar e tentar prever a próxima política externa
Jair Bolsonaro
Nascido em 1955
Militar de 1977 a 1988
Vereador do Rio de Janeiro de 1989 a 1991
Preso em 1986 por ter escrito a Veja uma carta sobre os salários dos militares
Deputado Federal de 1991 a 2018
Opinião Pública
É volátil ou não existe (até que se pergunte para a pessoa, ela pode nunca ter
pensado sobre o assunto)
Bolsonaro não tem uma má aprovação (65% dos brasileiros achando que tá ok
em 2020)
As urnas refletem isso (competição acirrada) → Mostra que a opinião pública
não é tão volátil assim
Burocracia
Presidencialismo de coalizão (só precisa que alguns sejam fiéis a ele, e que o
resto não atrapalhe)
Composição de bancadas (bala, evangélica e agropecuarista)
Conhece as regras da casa (por causa do passado político dele)
Institucional
Democracia
Voto
Comunicação (busca estar próximo do povo, tendo uma aceitação interessante
pela conexão com os eleitores, ainda mais pelos meios que usa)
Papel da Cultura → ela ainda não deu essa parte (não cai na prova - extra)
Normas
Compliance de normas
Normas nacionais e internacionais
Normas substantivas e processual
Nacionais: pertencem a uma cultura específica e podem orientar política externa
Internacional: escopo universal
Substantivas: guiam o comportamento em relação a determinado assunto
Processual: transpassam diversos domínios da política externa
Prescrição ou proscrição de comportamento
Estados obedecem ou para evitar ser ostracizado ou porquê acreditam na regra
Difusão de normas
Empreendedores normativos
o ONGs
o Organizações Internacionais
o Estados (?)
Identidades Nacionais
Papéis Nacionais
Gênero
Discurso