Você está na página 1de 2

Introdução às Relações Internacionais

- O que são as Relações Internacionais?


É um termo que diz respeito não só à ciência como ao objeto de estudo. As
relações internacionais traduzem -se nas relações.
Conceitos:
- Relações internacionais, política internacional, política externa e
diplomacia.

As Relações Internacionais
As R.I desenvolvem-se entre atores designamos por atores todas as
entidades, instituições e indivíduos que são protagonistas numa interação
internacional que interagem internacionalmente e que a ciência das R.I os
tipificou como atores, nomeadamente os Estados que são os atores
principais, as Organizações Mundiais, os atores derivados, como a
NATO, ONU e UE; Ainda como atores secundários como as minorias, a
opinião pública internacional, a santa sé, minorias, multinacionais
(empresas internacionais e que além da sua atividade comercial interferem
com o poder económico das R.I). Ex. United Fruit Company que na
América Central mandava nos Estados.
No entanto, as RI englobam a chamada Política Internacional que se trata
de uma interação entre os Estados, pode incluir atores, mas o protagonismo
dessa questão é apenas dos Estados, simultaneamente, é a disciplina que
estuda a P. Internacional. Hans Morgenthau “a política internacional
incluiu analises de relações políticas e problemas de paz entre nações”.
Por outro lado, temos a Política Externa que se trata de um conjunto de
ações, posições e ambições que um estado adota face ao seu ambiente
externo. É um monopólio dos Estados, contudo, por exemplo a UE já tem
materializada esse monopólio dai considerarmos a UE uma organização
especial aproximando-se teoricamente do Estado, simultaneamente é a
disciplina que estuda a P. Externa.
Desta forma, entendemos a PI o somatório de várias PE, não
conseguimos entender a PE sem entender a PI em RI, ciência, quando se
estuda a PE de um Estado pode fazer um estudo clássico usando as
condicionantes tradicionais. Hoje existe uma ferramenta de análise de PE
chamada de análise da Política Externa, onde procuramos descobrir quem
decide e o que é que o condicionou a fazer, a tomar as decisões corretas,
não se baseia tanto na distinção dos factos ocorridos, mas sim com o
processo de decisão em si.
Assim, interliga 3 conceitos o da agência, o da estrutura e, por fim, o dos
valores, interesses, princípios e normas.

Globalização
A partir da década de 80, apesar de não ser consensual em RI
identificamos a década como início da globalização.
A globalização entendida como processo tem como causa/fator a revolução
da comunicação sobretudo com a revolução da internet, o que permite a
difusão da informação e da comunicação em tempo real e globalmente, isto
é, ultrapassando fronteiras e quaisquer obstáculos que os estudos queiram
colocar.
A globalização enquanto processo económico também nasce a partir da
década de 80, uma vez que se defende que é o início da trans
nacionalização das empresas enquanto processo assistimos primeiro a uma
internacionalização e só depois a alguma globalização das empresas
alterando as fronteiras económicas entre os Estados na política
internacional e nas RI. Desta forma, além de exportarem para outros países,
de se expandirem com filiais, temos agora verdadeiras empresas globais, ou
seja, que não têm apenas um centro de decisão nem tem uma
nacionalidade, sendo, assim, verdadeiramente, globais.
Enquanto processo político também identificamos a globalização em
meados da década 80 porque se assiste a uma globalização do modelo
político e económico (demoliberal). Até a década 80 as RI são
caracterizadas por uma bipolaridade entre dois modelos políticos,
ideológicos, e económicos a que se chamou Guerra Fria. Com o final da
Guerra Fria vence o modelo ocidental (demoliberal) que se globaliza.
Assim, funcionamos sobre o mesmo sistema financeiro e mercado
económico...traduzimos, desta forma, a globalização como ausência de
distância e de fronteiras.

Você também pode gostar