estudo experimental da inteligência

Binet
(A ORIGEM DA MAIOR FRAUDE DA
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA)
 PEDRO URBANO, 2020/2021

©
FACULDADE DE PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO/CEIS20
UNIVERSIDADE DE COIMBRA

HISTÓRIA E EPISTEMOLOGIA DA PSICOLOGIA

* NOTA: O TEXTO DE ALGUNS DOS DIAPOSITIVOS UTILIZA A GRAFIA
ANTERIOR AO ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990.
POSIÇÃO DO PROBLEMA
BINET E
O Q.I.
‘ [Binet’s] discovery came to be called the
‘intelligence test;’ his measure, the ‘IQ.’

’
‘ like other Parisian fashions, the IQ soon made its
way to the United States, where it enjoyed a

’
modest success until World War I
‘ at that time, it was used to test over one million
American recruits, and — with America’s victory
in the conflict — Binet’s invention

’
had truly arrived
‘ from that day on, the IQ test has looked like
psychology’s biggest success…

’
‘ — a genuinely useful scientific tool…

’
 HOWARD GARDNER

MULTIPLE INTELLIGENCES…

2006
| ‘ ’ |
|‘ the scale, properly speaking,
does not permit the measure

|
’
of intelligence…
|‘ because intellectual qualities
are not superposable, and therefore
cannot be measured as linear
|
’
surfaces are measured.
| @ Alfred Binet
L’âme et le corps
1905
|
| … |
 ALFREDO BINET JUNIOR (JULY 11, 1857 – OCTOBER 18, 1911)
DATE: 19TH CENTURY
PHOTOGRAPHER: UNIDENTIFIED PHOTOGRAPHER   

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| ALFRED BINET (ALFREDO BINETTI) NASCEU
EM 1857, DE UM PAI MÉDICO E DE
UMA MÃE PINTORA
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| APÓS TER TERMINADO O SECUNDÁRIO EM
PARIS, INICIOU ESTUDOS DE DIREITO,
TENDO-SE GRADUADO EM 1878
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| ABANDONOU A ADVOCACIA SEIS ANOS
DEPOIS DE TER COMEÇADO,
INICIANDO ESTUDOS
DE MEDICINA
QUE
NÃO CHEGOU A TERMINAR |
ALFRED BINET, 1857~1911
| CONTINUOU A SUA FORMAÇÃO ECLÉTICA
ASSISTINDO AS AULAS DE PSICO-
FISIOLOGIA E DE PSIQUIATRIA CLÍNICA
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| EM 1884 INICIOU ESTUDOS DE CIÊNCIAS
NATURAIS NA SORBONNE, SOB
A ORIENTAÇÃO DO SEU
SOGRO, PROFESSOR
DE EMBRIOLOGIA |
ALFRED BINET, 1857~1911
| ENCORAJADO POR THÉODULE RIBOT,
RESOLVE ESTUDAR PSICOLOGIA,
VINDO A TRABALHAR COM CHARCOT
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| TORNA-SE DIRECTOR-ADJUNTO DO
LABORATÓRIO DE PSICOLOGIA
FISIOLÓGICA DA SORBONNE
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| E, NO MESMO ANO (1892), THÉODORE
SIMON, INTERNO DE PSIQUIATRIA,
CONTACTA-O A PROPÓSITO
DE CRIANÇAS ANORMAIS
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| INICIAM UMA COLABORAÇÃO

|
ALFRED BINET, 1857~1911
| EM DECORRÊNCIA DA LEI DE 1882, RELATIVA
AO ENSINO PRIMÁRIO OBRIGATÓRIO,
O GOVERNO FRANCÊS
CONTACTA-O
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| É ENCARREGADO PELO MINISTRO DA
EDUCAÇÃO DE CRIAR UM
INSTRUMENTO QUE
PERMITA DETECTAR CRIANÇAS
SUSCEPTÍVEIS DE VIR A TER DIFICULDADES |
ALFRED BINET, 1857~1911
| A ESCALA PSICOMÉTRICA QUE DESENVOLVE
VISA OBTER UM DIAGNÓSTICO RÁPIDO
DE ATRASOS, COMPARANDO O
DESEMPENHO DE CADA
CRIANÇA AO
DESEMPENHO DE
CRIANÇAS DO MESMO GRUPO ETÁRIO
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| ESSA ESCALA É CONSIDERADA O PRIMEIRO
TESTE PSICOMÉTRICO, SUPOSTAMENTE
PARA A MEDIÇÃO DA INTELIGÊNCIA
— OU DO SEU DESENVOLVIMENTO —
EM FUNÇÃO DA IDADE |
ALFRED BINET, 1857~1911
| NA VERDADE, BINET AFIRMOU CLARAMENTE
QUE A ESCALA NÃO PERMITIA
MEDIR A INTELIGÊNCIA
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| E FOI DOS PRIMEIROS AUTORES A SUBLINHAR
A DIFERENÇA SOCIAL NAS VARIAÇÕES
COGNITIVAS DOS DESEMPENHOS
INTELECTUAIS E FÍSICOS
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| DO MESMO MODO, NÃO QUERIA QUE A
SUA ESCALA SERVISSE PARA ELIMINAR
CRIANÇAS COM DIFICULDADES
EM NOME DE UMA
IDEOLOGIA
ELITISTA |
ALFRED BINET, 1857~1911
| PELO CONTRÁRIO, ENTENDIA QUE SE DEVE
CRIAR PARA AS CRIANÇAS COM
DIFICULDADES UMA ESTRUTURA DE
ACOLHIMENTO QUE LHES PERMITA
INTEGRAR O MAIS RAPIDAMENTE
POSSÍVEL AS TURMAS NORMAIS |
ALFRED BINET, 1857~1911
| E NESSE SENTIDO, CRIOU EM 1905 UM
LABORATÓRIO DE PEDAGOGIA
|
ALFRED BINET, 1857~1911
| CONTUDO, A SUA ESCALA IRÁ DAR ORIGEM
A INTERPRETAÇÕES NATURALISTAS,
SIMPLISTAS E RACISTAS,
NOMEADAMENTE
NOS E.U.A. |
ALFRED BINET, 1857~1911
| A SUA MODIFICAÇÃO POR LEWIS TERMAN
FARÁ DELA UM INSTRUMENTO DE
SELECÇÃO E DE ELITISMO
|
ALFRED BINET, 1857~1911
 ’
Binet, a Frenchman who fell into psychology quite by accident

At the turn of the twentieth century, the intelligence test was saved by Alfred
Binet, a Frenchman who fell into psychology quite by accident and who failed
miserably, repeatedly, and publicly until he created the exams that are the
foundation of intelligence tests today. At age twenty-two, Binet convalesced in
Paris’s Bibliothèque Nationale after a nervous breakdown — a rather fitting
recuperative locale for a young, independently wealthy intellectual. His
emotional collapse came after years of educational meandering and
uninspired study. Like many young men and women who are presented with
too much choice and not enough direction, Binet had been first been lured
into law, a field that promised stability and respect, or at the very least
something to do. He even earned his license to practice, but could not bring
himself to actually work as a lawyer, concluding that law was “the career of men
who have not yet chosen a vocation.”
Binet fled the law and entered medical school, but couldn’t tolerate the
operating theater. It wasn’t so much the blood and guts that put him off, but
rather the memories of a sadistic physician father who had forced him to touch
a cadaver when he was a small boy, with the intention of “curing” >>>>>
 ’
>>>>> young Alfred of his shyness.
During his recuperative stay in the library, Binet became fascinated by
psychology. Binet learned informally about the field on his own by reading and
doing, though his doing was initially a disaster. He turned out to be abysmally
bad at experimental psychology — at least initially. And his failures were grand,
public, and humiliating.
Over a period of twenty years he published articles based on poorly
constructed experiments that severely damaged his reputation. In particular,
he conducted a terribly thought-out experiment involving a beautiful neurotic
woman, a large horseshoe magnet, and hypnosis, which brought him mockery
in serious journals. […] Astonishingly, out of his personal and professional
mess emerged a man who is now considered a giant in the history of
psychology. As a result of his experiences, Binet also would become
scientifically more rigorous and more conservative in his conclusions.

Stephen Murdoch, 2007

IQ. A smart history of a failed idea (pp. 29-30). Hoboken, New Jersey: John
Wiley & Sons, Inc.
 BINET
E OS E.U.A.
 HENRY LEWIS
GODDARD IM TERMAN
|‘ moron
|
’
|‘ ‘moron’ was coined in 1910 by psychologist
Henry H. GODDARD from the ancient greek
word μωρός (moros), which meant
‘dull’ (as opposed to oxy, which

|
’
meant ‘sharp‘), and used to describe
a person with a mental age in adulthood
of between 8 and 12 on the Binet scale
|‘ it was once applied to people with an
IQ of 51–70, being superior in one
degree to ‘imbecile’ (IQ of 26–50)

|
’
and superior in two degrees
to ‘idiot’ (IQ of 0–25)
|‘ the word moron, along with others
including, ‘idiotic’, ‘imbecilic’, ‘stupid’, and
‘feeble-minded’, was formerly
considered a valid descriptor in the
|
’
psychological community, but it is now
deprecated in use by psychologists
| … |
| GODDARD
|
HENRY H. GODDARD, 1866 ~ 1957
retrato: autor desconhecido, ca. 1910

LICENÇA: DOMÍNIO PÚBLICO

ORIGEM: DESCONHECIDA
| Henry Herbert GODDARD é considerado pela
historiografia oficial americana um
proeminente psicólogo
e eugenista
|
| tal classificação é discutível a vários níveis

|
| factualmente, foi o co-responsável (juntamente
com Lewis TERMAN) por introduzir as
escalas de Binet-Simon nos
Estados Unidos
|
| foi ele aliás quem traduziu em primeiro lugar a
escala de BINET, em1908, após uma
visita à Europa
|
| e foi um dos defensores mais veementes da
utilização de testes de inteligência
em instituições societais
como hospitais,
escolas e
nas forças armadas
|
| tradução que permaneceu o teste-padrão
nos Estados Unidos da América até
à versão de TERMAN, de 1916
|
traduziu também a escala Binet-Simon de 1911,
| estabeleceu ainda a aplicação de testes de
inteligência na estação de emigração
da Ilha de Ellis, em 1913
|
| |
| ELLIS ISLAND’S IMMIGRANT LANDING STATION
(FEBRUARY 24, 1905)
AUTOR: A. COEFFLER

|
LICENÇA: DOMÍNIO PÚBLICO
ORIGEM: LIBRARY OF CONGRESS (VIA THE AMERICAN HERITAGE)
| mas ficou acima de tudo conhecido pelo seu
estudo the Kallikak family:
a study in the heredity of feeble-mindedness
|
 CARICATURE OF THE KALLIKAK FAMILY.
(RESEARCH INDICATES THAT THERE IS NOTHING
ACCURATE ABOUT THE DESCRIPTIONS OFFERED HERE)
AUTOR: HENRY EDWARD GARRETT

LICENÇA: DOMÍNIO PÚBLICO

 O SUPOSTO «LADO MAU» DA FAMÍLIA KALLIKAK
IMAGEM RETIRADA DO LIVRO «THE KALLIKAK FAMILY»
(A FOTOGRAFIA FOI RETOCADA)
HENRY GODDARD, 1912
AUTOR: DESCONHECIDO

LICENÇA: DOMÍNIO PÚBLICO

| |
GODDARD estudou o suposto «lado mau» dessa
família, em oposição àquilo que ele
considerava o «lado bom»
|( )|
o «lado mau» corresponderia ao
filho que Martin Kallikak
teve de uma
relação
pontual com a
empregada de uma
taberna, e sua descendência
|(
o «lado bom» corresponderia aos

que teve do casamento

com uma mulher
de «boas
famílias» (quaker)
)|
sete filhos (e sua descendência)
|( )|
o próprio GODDARD era filho de pais
quakers, devotos e evangélicos,
e frequentou escolas quaker
| no suposto «lado mau» a família, entre 480
descendentes, GODDARD terá
encontrado apenas 46 pessoas «normais»
|
| das restantes, 143 seriam indubitavelmente
deficientes mentais, 36 seriam filhos ilegítimos,
33 seriam pessoas «sexualmente imorais», 24
seriam alcoólicos e 3 seriam epilépticos
|
| cavalos, pobres, condenados, prostitutas,
criminosos e donos de casas de
má reputação; a «ralé»
da sociedade |
entre esses descendentes, haveria ainda ladrões de
| pelo contrário, do «lado bom», entre os 496
descendentes do casamento com uma
mulher quaker, não havia filhos
ilegítimos ou epilépticos.
|
| |
haveria somente três pessoas «algo degeneradas
mentalmente», dois alcoólicos
e uma pessoa com hábitos sexuais «liberais»
| nesse lado da família, GODDARD afirma ter
encontrado os pilares da sociedade:
médicos, juízes, advogados,
educadores, comerciantes e proprietários.
|
| GODDARD concluiu do seu estudo, que

|
apresentou em 1911 na delegação nova iorquina
da APA que a inteligência e a deficiência
mental eram herdadas
geneticamente
| através de mecanismos da
genética mendeliana
|
| |
o estudo possuía vários erros graves, como o
próprio GODDARD veio a reconhecer mais tarde
| isso não o impediu de publicitar aquilo que ele
considerava uma ameaça genética ao
povo americano
|
|( também não impediu que tenha
dado origem a numerosos

)|
outros estudos do mesmo teor
| |
e de recomendar a esterilização compulsiva de
pessoas com (suposta) deficiência mental
| |
ou de ser consultor psicológico da
«eugenics section» da American Breeders’
Association, colaborando no relatório
para a eliminação de «pessoas
com defeitos» da população
dos Estados Unidos
da América
|
esse comité recomendou em 1914 que as «classes
com defeitos» fossem eliminadas da população

|
humana através de esterilização; incluindo-se
em tais classes os deficientes mentais, os
pobres, os criminosos, os epilépticos
e os loucos — entre outros
| comité que teve igualmente o parecer favorável
de Robert YERKES, Edward Lee THORNDIKE
e Lewis TERMAN, que eram
considerados nos E.U.A.
os psicólogos mais eminentes da época |
| o estado do Indiana aprovou em 1907
as primeiras leis estaduais sobre esterilização
de «criminosos confirmados, idiotas,
imbecis e violadores»
|
| nas duas décadas seguintes, outros 20 estados
norte-americanos aprovaram leis
similares, permitindo esterilizações eugénicas
|
| quando a lei alemã sobre esterilização foi
aprovada em 1933, o editorial da
revista americana Eugenical
News congratulou-se
|
 ’
From segregation to sterilization: Carrie Buck’s story

In the 1920s, a young Charlottesville, Virginia, woman named Carrie Buck had
many problems, mostly of the sort she couldn’t control. Her father was dead
and her mother, Emma, was poor and uneducated. When Carrie was very
young, the county decided that her mother was feebleminded and ordered her
institutionalized, leaving Carrie and her siblings without parents. At age three,
Carrie was sent to live with foster parents, John and Alice Dobbs […]. They sent
her to elementary school for five years, and the she stayed home with them.
In 1923, Alice Dobbs went out of town for summer, and her nephew took the
opportunity to rape the seventeen-year-old Carrie. She became pregnant, and
this seemingly local, familial event would change not only of Carrie’s life, but
eventually that of many others throughout the world.
The Dobbes decided to cover up their nephew’s crime by initiating
institutionalization proceedings agains Carrie. […]
On January 23, 1924, a Charlottesville family court judge issued a warrant
commanding Carrie and her biological and foster parents to appear before a
commission to determine whether Carrie was feebleminded of epileptic.
[…] only the Dobbes and Carrie showed up, as her mother was >>>>>
 ’
>>>>> already incarcerated in Lynchburg and her father was dead. […]
Carrie Buck’s legal case is important not only in terms of its impact on how IQ
tests came to be used in medicine and law during the first half of the twentieth
century, but also because it illustrates how intelligence — particularly in cases
concerning the feebleminded — was often amorphously and flexibly defined by
behavior, sometimes corroborated by IQ test results, but not always. […]
Despite the brevity, the inconsistencies, and the lack of evidence, the
commission found Carrie was “feeble-minded, or epileptic” and decided to
institutionalize her. […]
This behavioral and circumstantial assessment of intelligence, with no real
ties to biology or cognition, allowed mainstream Americans to treat her and, in
the years that followed, tens of thousands of others, as lower-grade humans.

Stephen Murdoch, 2007

IQ. A smart history of a failed idea (pp. 100-2). Hoboken, New Jersey: John
Wiley & Sons, Inc.
| TERMAN
|
 LEWIS MADISON TERMAN
retrato: autor desconhecido, 1923

LICENÇA: DOMÍNIO PÚBLICO

| LEWIS M. TERMAN NASCEU NUMA QUINTA,
NO ESTADO DO INDIANA,
O 11º DE 14 FILHOS
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| ENTROU PARA A ESCOLA COM 6 ANOS E AO
FIM DE 6 MESES PASSOU PARA O 3º ANO
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| APESAR DA SUA PRECOCIDADE E DE SER UM
BOM ALUNO, ERA SUPOSTO
TRABALHAR NA
QUINTA
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| COM ALGUM SACRIFÍCIO FINANCEIRO, O
MANDASSEM ESTUDAR, DE MODO
A VIR A SER PROFESSOR DO
ENSINO BÁSICO |
CONSEGUIU NO ENTANTO QUE OS SEUS PAIS,

LEWIS TERMAN, 1877~1956

| APÓS TER DADO AULAS EM VÁRIAS ESCOLAS
RURAIS, ENTROU PARA A UNIVERSIDADE DE
INDIANA, ONDE OBTEVE UMA GRADUAÇÃO
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| OBTEVE IGUALMENTE UMA BOLSA PARA A
UNIVERSIDADE CLARK, COMO ALUNO
DE DOUTORAMENTO DE HALL
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| FOI NESSA OCASIÃO QUE SE INTERESSOU
PELOS TESTES MENTAIS
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| O QUE O LEVOU A TER QUE ESCOLHER
OUTRO ORIENTADOR, POIS
HALL DESAPROVAVA OS TESTES MENTAIS
|
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| QUESTÕES DE SAÚDE LEVARAM-NO A IR PARA
A CALIFÓRNIA, ONDE FOI PROFESSOR DE
LICEU, DA (ACTUAL) CALIFORNIA STATE
UNIVERSITY E DA UNIVERSIDADE DE
STANFORD, ONDE PERMANECEU
ATÉ AO FIM DA SUA CARREIRA |
LEWIS TERMAN, 1877~1956
| foi na universidade de Stanford que
TERMAN começou a investigar
a escala Binet-Simon
|
| estudo que o levou posteriormente
a apresentar várias revisões
da escala original
|
| publicou em 1916 a primeira revisão
(Stanford Revision of the Binet-Simon
scale) tendo apresentado
novas revisões
em 1937 e 1960 |
| ‘ ’ |
|‘ in revising the Binet-Simon scale,
TERMAN and his coworkers
used a standardization
sample of 2,300 people: 1,700
|
’
normal children, 200 ‘defective’ and
superior children and 400 adults.
|‘ besides the original Binet-Simon test
items, TERMAN included ten additional
items in the pool of potential test
items from which the final
|
’
revision items were
selected.
|‘ TERMAN’s core beliefs were that
intelligence was greatly influenced by

|
’
hereditary and was constant
|‘ in the United States, the 1916
Stanford-Binet scale remained the
standard test instrument for measuring
intelligence until 1937, when TERMAN
|
’
and his coworkers published their
second revision
| @ David Hothersal
History of psychology

|
| … |
| no dia 6 de abril de 1917, o presidente
WILSON assinou uma declaração de
guerra da qual resultou a entrada
oficial dos Estados Unidos da
América na Grande Guerra |
| |
nesse mesmo dia, YERKES
convocou uma sessão especial da
Society of Experimental Psychologists,
para discutir os contributos que
os psicólogos deveriam dar
para o esforço de
guerra.
| em Abril, o concelho da APA nomeou
uma comissão especial, da
qual fazia parte YERKES,
para estudar o
papel da
Psicologia no esforço de guerra.
|
|( faziam parte igualmente John

)|
WATSON, James CATTELL, Stanley HALL
e Edward THORNDIKE
| decidiram concentrar-se no
desenvolvimento de métodos de
exame psicológico adaptados
às necessidades militares
|
| a convite de GODDARD, um grupo de
psicólogos (incluindo TERMAN e
YERKES) reuniu-se em
Vineland e…
|
| |
numa questão de poucos meses,
desenvolveram dois testes
de aplicação colectiva
que vieram a ser
conhecidos
como
«Army alpha» e «Army beta»
| esses testes foram a ponta visível de
uma das maiores falsificações
da história da Ciência
|
| ‘ ’ |
|‘ |
this book, then, is about the
abstraction of intelligence as a single
entity, its location within the brain, its
quantification as one number for
each individual, and the use

’
of these numbers to
rank people in a
single series of worthiness…
|‘ … invariably to find that oppressed
and disadvantaged groups — races,
classes, or sexes — are innately
inferior and deserve their status.
|
’
in short, this book is about the
mismeasure of man.
| @ Steven Jay Gould
The mismeasure of man

|
| … |
|‘ the decade of the 1920s was a period
of great controversy

|
’
surrounding mental tests.
|‘ mental testing was an idea whose time
had come — perhaps used too

|
’
widely too soon.
|‘ much as psychologists might have
wanted the test results to be

|
’
neutral, they were not.
| @ David Hothersal
History of psychology

|
—
iconografia
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