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Geométrico
Projeto de
Terraplanagem
Projeto de uma
Pavimentação
Estrada
Obras de Arte
Drenagem
Desapropriação
Impacto
Ambiental
Sinalização
Escolha de Traçado
Prioridade de ligação em
função de dados
socioeconômicos
Demanda de tráfego
Escolha de Traçado
Geologia
Hidrologia
Desapropriação
Impacto
ambiental
Função dos movimentos de
terra
Escolha de Traçado
Topografia
Harmonia com a topografia
do local
Estabilização de cortes e
Geologia aterros em terrenos
desfavoráveis
Regime pluviométrico
Hidrologia Drenagem
Obras de arte
Escolha de Traçado
Benfeitorias no local
Desapropriação escolhidos aumentam o
custo das desapropriações
Exige a derrubada de
vegetação
De condição: Obrigatoriamente
atingidos (ou evitados) por razões
sociais, economicas, estratégicas
Determinação de pontos
obrigatórios
De passagem: Obrigatoriedade de
serem atingidos (ou evitados)
devido a razões técnicas
Etapas para Anteprojeto
Levantamento de
quantitativos e custos
preliminares das alternativas
Avaliação de traçados
Elaboração de planta de
perfis
Recomendações para projeto
Greide da rodovia deve resultar suave e
uniforme, evitando-se as constantes quebras
do alinhamento vertical e os pequenos
comprimentos com rampas diferentes
• Da construção até os dias atuais a situação não se alterou. Em 2017, guerreiros Munduruku fecharam a BR por mais de uma
semana e criaram um engarrafamento de mais de 40 km. Os pedidos eram, novamente, políticas públicas e demarcação de
terras.
Os Kiñas e a BR-174
Em 1967 o povo Waimiri-Atroari habitava toda a região entre Manaus e o município de Caracaraí, em Roraima. Estavam inseridos
na parte norte do vale do rio Urubu e inclui os rios Uatumã, Curiuaú, Camanaú, Alalaú (Amazonas) e os rios Jauapery e Anauá
(Roraima).
O início das obras da BR-174, ou mesmo a fase de demarcação, deu origem ao grande massacre dos Waimiri-Atroari. As estratégias
usadas foram várias, desde contratação de outras tribos (Wai-Wai, Tucano, mundurucu, …), pacificadores e indianistas experientes
em outros países e estados brasileiros e, finalmente, a força do exército.
Outra estratégia usada desde os primórdios da ocupação de territórios por colonizadores, foi a disseminação de doenças.
Aparentemente, índios doentes de outros povos indígenas eram contratados para irem às aldeias. Como resultado, dezenas e até
centenas de Kiñas morriam sem poderem se defender
Hoje, apesar de constantes batalhas judiciais e governamentais, a BR 174, no trecho das terras dos Waimiri-Atroari, é fechada às
18:30h e reaberta às 6h do dia seguinte. Os índios justificam a ação para sua própria proteção e evitar atropelamentos de animais
selvagens. Estes últimos são fontes de alimento e de inúmeras crenças.
O Plano de Proteção Ambiental (PPA) dos Waimiri-Atroari
Últimos acontecimentos
Desde sempre os governos federais e estaduais do Amazonas e Roraima atuaram para o fechamento noturno da BR-174 e de outras
ações dos Kiña.
Entretanto, em 2017, o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM), através da Ação Civil Pública (Processo n° 1001605-
06.2017.401.3200) pediu a reparação dos danos causados aos índios.
No começo de fevereiro de 2018, após mais de 40 anos da conclusão das obras, a Justiça Federal do Amazonas reconheceu as
violações praticadas aos Waimiri-Atroari.
Os principais pontos foram:
a) Adotem as medidas necessárias para retificar, no prazo de 60 dias, a área objeto de homologação do Decreto n° 97.837/1989, de
modo a afastar a exclusão prevista no art. 2°, parágrafo único, do trecho referente à BR-174 do território Waimiri-Atroari;
b) Abstenham-se imediatamente de adotar qualquer medida legislativa ou administrativa que tenha impacto sobre o território Waimiri-
Atroari ou de realizar empreendimentos na área se não houver o consentimento prévio e vinculante do povo Waimiri-Atroari, nos
termos do art. 6° da Convenção n° 169/OIT e como medida de reparação pelos danos causados àquele grupo;
c) Abstenham-se imediatamente de promover a militarização da política indigenista no território Waimiri-Atroari, observando
concretamente as seguintes vedações: proibição de incursões militares na área sem o prévio consentimento do povo Waimiri-Atroari,
a ser obtido nos termos do art. 6° da Convenção n° 169/OIT; vedação da condução de assuntos referentes a direitos indígenas do
povo Waimiri-Atroari por agentes e órgãos militares.
Em sede de pedido de tutela de evidência requer que a União e a FUNAI, sob pena de multa diária:
a) Assegurem, no prazo de 60 dias, a preservação dos locais sagrados, cemitérios e espaços territoriais imprescindíveis de
pertencimento ao povo que sejam impactados pela rodovia, mediante indicação e sinalização, observado o art. 6° da Convenção
169 OIT;
b) Promovam, no prazo de 60 dias, a reunião e sistematização no Arquivo Nacional, de toda a documentação pertinente à apuração
das graves violações de direitos humanos cometidas contra o povo Kinja, visando a ampla divulgação ao público, bem como a
abertura de todos os arquivos civis e militares que direta ou indiretamente tratem das atividades desenvolvidas por quaisquer das
forças militares durante a construção da rodovia BR-174, e a abertura dos arquivos do 6° BEC e do 1° BIS referente ao período de
1967-1977.
E ainda há um pedido de indenização de 50 milhões.