Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1ª Edição
Marcelo Rigotti
Farmacobotânica
1ª Edição
Botucatu SP
Edição do autor
2011
SUMÁRIO
1. Citologia 05
1.1. Estrutura da célula vegetal 06
1.2. Tipos de célula 09
1.2.1. Celulas do parênquima 09
1.2.2. Celulas do colênquima 09
1.2.3. Células do esclerenquima 10
2. Histologia 12
2.1. Tecidos meristemáticos 13
2.1.1. Tipos de meristemas 14
2.1.1.1. Baseado na origem 14
2.1.1.2. Baseado na localização 15
2.1.1.3. Baseado na diferenciação 16
2.2. Tipos de tecidos 18
2.2.1. Tecido de preenchimento 18
2.2.2. Tecidos de sustentação 19
2.2.3. Tecidos de revestimento 21
2.2.4. Tecidos vasculares 24
3. Organologia 26
3.1. Estrutura anatômica do caule 27
3.1.2. Especialização dos caules 29
3.1.2.1. Tipos de caules considerando-se o habitat da planta 29
3.1.2.2. Caules Subterrâneos
3.1.2.3. Caules aquáticos 32
3.1.2.4. Tipos de caules considerando-se a consistência da planta 32
3.1.2.5. Tipos de caules considerando-se o desenvolvimento da 33
planta
3.1.2.6. Tipos de caules considerando-se a forma da planta 34
3.1.2.7. Tipos de caules considerando-se o tipo ramificação da 34
planta
3.1.2.8. Adaptações dos Caules 35
3.1.2.9. Caules com propriedades medicinais 36
3.2. Estrutura anatômica da raiz 38
3.2.1. Origem e formação das raízes 38
3.2.2. Estrutura e função 39
3.2.3. Classificação das raízes 40
3.3. Estrutura anatômica da folha 49
3.3.1. Partes da folha 49
3.3.2. Morfologia interna da folha 51
3.3.3. Classificação das folhas 54
3.3.4. Estômatos 78
3.4. Estrutura anatômica da flor 83
3.4.1. Introdução à flor 83
3.4.1.1. Componentes da flor 89
3.4.1.2. Arranjo das peças florais 94
3.4.1.3. Simetría e sexualidade floral 100
3.4.2. Perianto 106
3.4.2.1. Cálice 109
3.4.2.2. Perianto: corola 111
3.4.3. Androceu 118
3.4.3.1. Coesão e adnação 129
3.4.3.2. Receptáculo 136
3.5. Estrutura anatômica do fruto 139
3.5.1. Classificações dos frutos 141
3.6. Estrutura anatômica da semente 153
1
Ci t ol ogi a
1. Citologia 05
1.1. Estrutura da célula vegetal 06
1.2. Tipos de célula 09
1.2.1. Celulas do parênquima 09
1.2.2. Celulas do colênquima 09
1.2.3. Células do esclerenquima 10
5
Farmacobotânica
6
Farmacobotânica
7
Farmacobotânica
8
Farmacobotânica
9
Farmacobotânica
10
Farmacobotânica
11
Farmacobotânica
2
Hi st ol ogi a
2. Histologia 12
2.1. Tecidos meristemáticos 13
2.1.1. Tipos de meristemas 14
2.1.1.1. Baseado na origem 14
2.1.1.2. Baseado na localização 15
2.1.1.3. Baseado na diferenciação 16
2.2. Tipos de tecidos 18
2.2.1. Tecido de preenchimento 18
2.2.2. Tecidos de sustentação 19
2.2.3. Tecidos de revestimento 21
2.2.4. Tecidos vasculares 24
12
Farmacobotânica
13
Farmacobotânica
14
Farmacobotânica
Meristema secundário
É o meristema que aparece no final do ciclo de vida
de uma planta. Se desenvolve por um processo
chamado desdiferenciação dos tecidos permanentes.
É responsável pelo crescimento secundário no corpo
da planta. Dá origem a tecidos secundários
permanentes, tais como o córtex secundário e xilema
secundário. É formado pelo Procâmbio, Meristema
fundamental e Protoderme. Exemplo: câmbio
vascular.
2.1.1.2. Baseado na Localização (ou posição):
Com base na localização do corpo da planta os
meristemas podem ser classificados em três tipos a
seguir.
Meristema apical
É o meristema presente da ponta da raiz e caule,
comumente chamado ápice radicular e apical,
respectivamente, onde causam o alongamento da
planta. Esses meristemas constituem as regiões de
crescimento no corpo da planta. Devido à atividade
do meristema apical a planta continua a crescer em
seu comprimento.
Meristema intercalar
É o meristema que ocorre entre os tecidos
permanentes. Representa o resíduo do meristema
apical. É comum nas regiões nodais. Também pode
ocorrer na base das folhas. O meristema intercalar
também contribui para o aumento do comprimento,
uma vez que traz o alongamento das regiões
15
Farmacobotânica
16
Farmacobotânica
Procâmbio
Esta localizado no interior dos ápices caulinares e
radiculares, em anel, origina os tecidos condutores
primários como o xilema e floema. Câmbio vascular
– com origem em células do procâmbio ou em
células parenquimatosas dos raios medulares,
localiza-se no cilindro central, exteriormente ao
xilema primário e interiormente ao floema primário.
Câmbio suberofelogênico – com origem em células
do córtex, epiderme ou mesmo do floema, localiza-se
na zona cortical, geralmente logo abaixo da
epiderme. Ao conjunto, súber, câmbio
suberofelogénico e feloderme, chama-se periderme.
17
Farmacobotânica
18
Farmacobotânica
19
Farmacobotânica
20
Farmacobotânica
21
Farmacobotânica
22
Farmacobotânica
23
Farmacobotânica
24
Farmacobotânica
25
Farmacobotânica
3
Or ganol ogi a
3. Organologia 26
3.1. Estrutura anatômica do caule 27
3.1.2. Especialização dos caules 29
3.2. Estrutura anatômica da raiz 38
3.2.1. Origem e formação das raízes 38
3.2.2. Estrutura e função 39
3.2.3. Classificação das raízes 40
3.3. Estrutura anatômica da folha 49
3.3.1. Partes da folha 49
3.3.2. Morfologia interna da folha 51
3.3.3. Classificação das folhas 54
3.3.4. Estômatos 78
3.4. Estrutura anatômica da flor 83
3.4.1. Introdução à flor 83
3.4.2. Perianto 106
3.4.2.1. Cálice 109
3.4.2.2. Perianto: corola 111
3.4.3. Androceu 118
3.4.3.1. Coesão e adnação 129
3.4.3.2. Receptáculo 136
3.5. Estrutura anatômica do fruto 139
3.5.1. Classificação dos frutos 141
3.6. Estrutura anatômica da semente 153
26
Farmacobotânica
27
Farmacobotânica
28
Farmacobotânica
29
Farmacobotânica
30
Farmacobotânica
31
Farmacobotânica
32
Farmacobotânica
33
Farmacobotânica
34
Farmacobotânica
35
Farmacobotânica
36
Farmacobotânica
• Mangifera indica
O xilema que, nas plantas com crescimento
secundário, forma o lenho, principalmente em
dicotiledôneas e gimnospermas, é a parte lignificada
logo após a casca da árvore.
• Acacia catechu
• Argyreia nervosa
• Azadirachta indica
• Berberis aristata
• Cedrus deodara
• Cinnamomum camphora
• Ephedra vulgaris
• Nerium indicum
• Piper longum
• Pterocarpus marsupium
• Pterocarpus santalinus
• Rubia cordifolia
• Tinospora cordifolia
• Ziziphus jujuba
37
Farmacobotânica
38
Farmacobotânica
39
Farmacobotânica
40
Farmacobotânica
41
Farmacobotânica
42
Farmacobotânica
43
Farmacobotânica
44
Farmacobotânica
45
Farmacobotânica
46
Farmacobotânica
• Nymphaea lotus
• Onosma hispidum
• Operculina turpethum
• Picrorhiza kurroa
• Piper longum
• Plumbago indica
• Plumbago zeylanica
• Pueraria tuberosa
• Raphanus sativus
• Rauwolfia serpentina
• Rheum emodi
• Rubia cordifolia
• Chlorophytum borivilianum
• Salacia reticulata
• Hemidesmus indicus
• Saussurea lappa
• Polygala vulgaris
• Smilax china
• Nardostachys jatamansi
• Spilanthes acmella
• Tinospora cordifolia
• Tylophora indica
47
Farmacobotânica
• Valeriana wallichii
• Vetiveria zizanoides
• Vinca rosea
• Vitex negundo
• Zingiber officinalis
48
Farmacobotânica
49
Farmacobotânica
50
Farmacobotânica
51
Farmacobotânica
52
Farmacobotânica
53
Farmacobotânica
54
Farmacobotânica
55
Farmacobotânica
56
Farmacobotânica
57
Farmacobotânica
58
Farmacobotânica
59
Farmacobotânica
60
Farmacobotânica
7. Quanto à coloração:
Maculada;
Bicolor;
Variegada;
Listrada;
Concolor.
61
Farmacobotânica
62
Farmacobotânica
63
Farmacobotânica
64
Farmacobotânica
65
Farmacobotânica
66
Farmacobotânica
Ovada
67
Farmacobotânica
68
Farmacobotânica
69
Farmacobotânica
70
Farmacobotânica
71
Farmacobotânica
72
Farmacobotânica
e. Folha pinatífida
73
Farmacobotânica
74
Farmacobotânica
75
Farmacobotânica
76
Farmacobotânica
77
Farmacobotânica
3.3.4. Estômatos
Estômatos são pequenas aberturas na epiderme
inferior e superior da folha. São muito numerosos e
facilitam a troca de gases entre o interior da folha e
o ambiente. Cada estomato é regulado por um par
de células-guarda. São as únicas células da
epiderme que possuem cloroplastos para a
fotossíntese. Os produtos da fotossíntese nas células
guarda fornecem a energia para o funcionamento
das células. As paredes das células-guarda são
engrossadas, com exceção do lado adjacente ao
poro. As células se expandem ou contraem com as
mudanças na quantidade de água nas células, daí a
necessidade de energia, a água é movimentada para
dentro e para fora das células guarda. Quando as
células guarda estão cheias de água, o poro do
estomato é aberto e quando a água sai o poro é
fechado.
78
Farmacobotânica
79
Farmacobotânica
80
Farmacobotânica
• Centella asiatica
• Curcuma longa
• Cymbopogon citratus
• Datura stramonium
• Dhupi leaves
• Ficus benghalensis
• Ficus religiosa
• Gymnema sylvestre
• Hibiscus rosa sinensis
• Ipomoea carnea
• Lawsonia inermis
• Luffa cylindrica
• Mangifera indica
• Mentha sp.
• Moringa oleifera
• Morus alba
• Mucuna pruriens
• Nelumbo nucifera
• Nerium indicum
• Nyctanthes arbortristis
• Nymphaea lotus
• Ocimum basilicum
81
Farmacobotânica
• Pelargonium graveolens
• Pinus roxburghii
• Pluchea lanceolata
• Punica granatum
• Raphanus sativus
• Ricinus communis
• Rosa canina
• Stevia rebaudiana
• Syzygium cumini
• Tephrosia purpurea
• Thymus vulgaris
• Trichosanthes dioica
• Trigonella foenum gracum
• Triticum sativum
• Uraria picta
• Vinca rosea
• Ziziphus jujuba
82
Farmacobotânica
83
Farmacobotânica
84
Farmacobotânica
85
Farmacobotânica
86
Farmacobotânica
87
Farmacobotânica
88
Farmacobotânica
89
Farmacobotânica
90
Farmacobotânica
91
Farmacobotânica
92
Farmacobotânica
93
Farmacobotânica
94
Farmacobotânica
95
Farmacobotânica
96
Farmacobotânica
97
Farmacobotânica
98
Farmacobotânica
99
Farmacobotânica
100
Farmacobotânica
Flores cíclicas:
- Actinomorfa irradiada ou polisimétricas: quando
têm 3 ou mais planos de simetria sobre o eixo. Por
exemplo, Hoya, Tulipa.
101
Farmacobotânica
102
Farmacobotânica
Sexualidade Floral
Está relacionada com verticilos reprodutivos
presente na flor. As variantes são:
103
Farmacobotânica
104
Farmacobotânica
105
Farmacobotânica
3.4.2. Perianto:
O perianto consiste em dois verticilos estéreis
chamados cálice e corola. Em relação a presença ou
ausência destes verticilos, e as suas características,
as flores podem ser classificadas como: Aclamídea
(sem cálice e corola), Monoclamídea (com cálice ou
corola) e Diclamídea (com cálice e corola)
106
Farmacobotânica
107
Farmacobotânica
108
Farmacobotânica
3.4.2.1. Cálice
Tem função protetora e é composto pelas sépalas,
geralmente verdes. Pode ser classificado quanto à
concrescência em gamossépalo, como o cravo ou o
Kalanchoe, quando as sépalas estiverem unidas e
dialissépalo, quando apresentarem sépalas livres.
109
Farmacobotânica
110
Farmacobotânica
Calículo
111
Farmacobotânica
112
Farmacobotânica
113
Farmacobotânica
114
Farmacobotânica
115
Farmacobotânica
116
Farmacobotânica
Coroa ou paracorola
Entre o pedicelo e os órgãos da flor pode ter um
apêndice chamado de lígula, que juntos podem
formar a coroa ou paracorola. Às vezes, a coroa é
um conjunto separado de apêndices das pétalas,
como em Passiflora e Narcissus .
117
Farmacobotânica
3.4.3. Androceu
É o verticilo reprodutor masculino, formado por
folhas modificadas denominadas estames, cuja
função é a produção dos grãos de pólen e que são
constituidos por três partes:
Filete
É a haste que liga o estame ao receptáculo da flor. O
filete é a parte estéril que pode ser muito longo,
curto ou ausente, seguida pelas anteras que são
sésseis. São geralmente filiformes, podem ser
espessas, mesmo petalóides e pode existir com
apêndices.
118
Farmacobotânica
Antera
Parte superior do estame com forma globulosa e cuja
função é de produzir os grãos de pólen. A antera é o
estame fértil, geralmente consiste de duas partes, às
vezes pode ser formada por uma única teca como na
família Malvaceae ou três megatriteca
(Sterculiaceae). As partes estão ligados entre si pelo
conectivo. Cada um suporta dois sacos de pólen teca
ou microsporangios.
Conectivo
É o local por onde o filete se fixa na parte superior
do estame que é a antera.
119
Farmacobotânica
Deiscência
Após a maturação dos grãos de pólen
ocorre deiscência ou abertura das anteras para
liberar o pólen. O tecido responsável é chamado
endotécio.
120
Farmacobotânica
121
Farmacobotânica
Número de estames
O número de estames podem ser iguais ou não o
número de pétalas: Isostêmone - quando o número
de estames é igual ao número de pétalas
(Turnera e Piriqueta); Anisosêmone - quando o
número de estames é diferente do número de pétalas
(Brassica , 4 pétalas e 6 estames); Gamostêmone -
quando os estames estão fundidos uns com os
outros; Dialistêmone - com os estames estão livres,
não fundidos; Diplostêmona - quando o número de
estames é duas vezes o numero de pétalas
(Kalanchoe , com quatro pétalas e 8 estames);
Polistêmona - quando o número de estames é duas
vezes mais (Poncirus com 5 pétalas e numerosos
estames). Ou somente quanto ao número de
estames: alguns têm flores
monandra (Euphorbiaceae), diandra (Oleaceae) ou
poliândrica (Myrtaceae). Às vezes, as flores ou
inflorescências são em forma de escovas, com
perianto reduzido, ou os estames são atraentes como
em leguminosas mimosoideas (Inga uruguensis) e
Myrtaceae (Callistemon rigidu).
122
Farmacobotânica
123
Farmacobotânica
124
Farmacobotânica
125
Farmacobotânica
Posição
O primeiro verticilo de estames para o exterior
alternado com as pétalas são
chamados alternipétalas, ou opostos às pétalas é
chamado opositipétalas.
Comprimento
O comprimento dos estames é variável em relação ao
perianto, pode ser menor do que o perianto (Tulipa,
Agave) ou podem ser externos ao
126
Farmacobotânica
127
Farmacobotânica
128
Farmacobotânica
129
Farmacobotânica
130
Farmacobotânica
Nas anteras
131
Farmacobotânica
Adnação
132
Farmacobotânica
133
Farmacobotânica
134
Farmacobotânica
Estaminódios
135
Farmacobotânica
3.4.3.2. Receptáculo
O tálamo ou receptáculo pode ter várias formas. A
posição do ovário está estreitamente relacionado
com a forma do recipiente e do grau de ligação entre
eles.
Em algumas angiospermas primitivas com flores em
espiral, o receptáculo é cônico. Em Magnolia na base
do receptáculo são inseridas as partes do perianto,
em seguida, os estames.
136
Farmacobotânica
137
Farmacobotânica
138
Farmacobotânica
139
Farmacobotânica
140
Farmacobotânica
Quanto à composição:
Frutos simples: quando os carpelos são unidos entre
si, ao menos nos primeiros estágios de
desenvolvimento. Ex.: limão, pêra, maracujá,
mamão, pepino, goiaba, etc.
Frutos compostos: os carpelos são separados desde
a flor, e desenvolvem-se separadamente. Ex.:
morango.
141
Farmacobotânica
Quanto ao tipo:
Frutos deiscentes
Estes frutos abrem-se na maturação, normalmente
secos, geralmente contêm várias sementes. A
deiscência resulta na liberação de sementes do fruto
e podem ocorrer de várias maneiras. Ex.: castanha,
leguminosas.
Folículo
Este fruto seco é derivado de um ovário superior de
um carpelo único. Divide-se para o lado ventral do
carpelo. Exemplos : Magnolia.
Legume ou vagem
Derivado de um ovário superior que contém um
único carpelo. Divide-se abrindo ao longo de ambos
os lados da nervura central e ventral do carpelo.
Exemplos: ervilha, feijão.
142
Farmacobotânica
Síliqua
Derivado de um ovário superior de dois carpelos. Na
maturidade o pericarpo seco se separa em três
partes. Uma parte central (um septo) que contem as
sementes. Exemplos: Mostarda, Couve.
143
Farmacobotânica
Cápsula
Derivado de um ovário superior ou inferior e
composto por dois ou mais carpelos. As cápsulas
podem ser deiscentes por uma fenda longitudinal,
por uma tampa transversal ou por poros na parte
superior de cada carpelo. Exemplos: lírio, íris,
pimenta, amarilis.
Frutos indeiscentes
Frutos de fertilização simples, o pericarpo de frutos
indeiscentes muitas vezes se assemelha ao
tegumento e os frutos em si são comumente
chamados de "sementes". Não se abrem
espontaneamente. Podem ser secos, lenhosos, ou
carnosos. Ex.: laranjas, melões.
Aquênio
Derivado de ovários superior ou inferior e composto
por um ou mais carpelos. O pericarpo tem uma
144
Farmacobotânica
Glande
Semelhante a um aquênio mas o pericarpo é duro e
pedregoso. Exemplos: castanha, noz, bolota de
carvalho.
145
Farmacobotânica
Sâmara
Semelhante a um aquênio em sua consistência mas
tem uma asa derivada do pericarpo. Exemplos: cipó-
de-asa (Stigmapgyllon sp.).
146
Farmacobotânica
Frutos carnudos
147
Farmacobotânica
148
Farmacobotânica
Pomo
Um fruto com fertilização múltipla derivado de um
ovário inferior de cinco carpelos. O endocarpo é fino
e cartilaginoso. A parte comestível é principalmente
derivada de um alargamento do receptáculo.
Exemplos: maçã, pêra.
Peponídeo
Semelhante a um pomo, mas os lóculos são ocluídos
com o crescimento interno das margens de três
carpelos. Em cucurbitáceas tais como pepino
(Cucumis sativus), abóbora (Cucurbita pepo ), o
fruto carnoso é chamado de peponídeo, se
desenvolve a partir de um ovário inferior de três
carpelos. Uma das características distintas de um
peponídeo é a oclusão de seus lóculos pelo
crescimento dos carpelos. Ele também tem tecido
acessório, isto é, um tubo floral alargado (hipanto), e
149
Farmacobotânica
Hesperídeo
Fruto com várias sementes derivadas de um ovário
superior de 10 carpelos. O exocarpo é uma casca de
cores vivas com cavidades preenchidas com óleo e o
150
Farmacobotânica
151
Farmacobotânica
Baga
Fruto de múltipla fertilização derivado dos ovários
superior ou inferior de um ou mais carpelos. Todos
os tecidos do mesocarpo e endocarpo da parede do
ovário se expandem em um tecido carnoso ou
suculento e a camada exterior da pele é geralmente
o exocarpo. Exemplos: tomate, maracujá, mamão.
Frutos secos
O pericarpo desses frutos consiste principalmente de
células mortas dessecadas na maturidade. Em
regiões onde cresce o pericarpo, algumas células
morrem mais cedo do que outras e como resultado
ficam esmagados. Na fase final de maturação, uma
ou mais camadas de células sofrem esclarificação
dando ao fruto uma dureza característica.
152
Farmacobotânica
153
Farmacobotânica
154
Farmacobotânica
155
Farmacobotânica
156
Farmacobotânica
157
Farmacobotânica
158
Farmacobotânica
Col et a de
4
pl ant as
medi ci nai s
4. Coleta de plantas medicinais 159
4.1. Identificação de plantas medicinais: 160
4.2. Coleta de plantas medicinais 160
4.3. Identificação e herborização de plantas medicinais 162
159
Farmacobotânica
160
Farmacobotânica
161
Farmacobotânica
162
Farmacobotânica
163
Farmacobotânica
164
Farmacobotânica
165
Farmacobotânica
166
Farmacobotânica
167
Farmacobotânica
168
Farmacobotânica
169
Farmacobotânica
5
Si st emát i ca e
nomencl at ur a
bot âni ca
5. Sistemática e nomenclatura botânica 170
5.1. Identificação dos principais grupos vegetais 171
5.2. Classificação das plantas 175
5.3. Sistemas de classificação 179
5.4. Nomenclatura binomial 185
5.5. Classificação pelo ciclo de vida. 188
170
Farmacobotânica
171
Farmacobotânica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Liliales
Família: Liliaceae
Gêneros: Lilium
172
Farmacobotânica
173
Farmacobotânica
174
Farmacobotânica
175
Farmacobotânica
176
Farmacobotânica
SUBFAMILIA
A família pode ser dividida em um número de sub-
famílias, que agrupam plantas dentro da família que
têm algumas diferenças significativas botânicas.
Os nomes das subfamílias terminam em –oideae
TRIBO
Uma outra divisão de plantas dentro de uma família,
baseada em pequenas diferenças botânicas, mas
geralmente composto por muitas plantas diferentes.
Os nomes das tribos terminam em –eae
SUBTRIBO
Uma outra divisão, com base em diferença botânica
menores, muitas vezes é só reconhecível por os
botânicos.
Os nomes das subtribos terminam em –inae
GÊNERO
Esta é a parte do nome da planta que é mais
familiar, o nome normal que você dê uma planta -
Papaver (Ópio), Aquilegia (Columbina), e assim por
diante. As plantas de um gênero são muitas vezes
facilmente identificáveis como pertencentes ao
mesmo grupo.
O nome do gênero deve ser escrito com letra inicial
maiúscula.
ESPÉCIES
Este é o nível que define uma planta individual.
Muitas vezes, o nome irá descrever alguns aspectos
da planta - a cor das flores, tamanho ou forma das
folhas, ou pode ser o nome do local onde foi
177
Farmacobotânica
178
Farmacobotânica
179
Farmacobotânica
180
Farmacobotânica
181
Farmacobotânica
182
Farmacobotânica
183
Farmacobotânica
184
Farmacobotânica
185
Farmacobotânica
Regras de nomenclatura:
1ª regra: o nome do gênero e da espécie deve ser
escrito em latim e destacados no texto (ou grifado ou
escrito em negrito ou em itálico).
2ª regra: o nome da espécie deve ser formado por
duas palavras por, onde o primeiro termo indica o
seu nome genérico e o segundo, o seu nome
específico. Ex: Bidens pilosa (picão-preto); Maytenus
ilicifolia (espinheira-santa).
O nome científico da espécie deve vir acompanhado
do nome (abreviado) do autor que a descreveu. Ex.:
Rosa alba L. Quando ocorre dois nomes de autores,
sendo o primeiro entre parênteses, significa que o
segundo modificou a posição sistemática. Ex.:
Bulbostylis capillaris (L.) Clarke.
Dentro de uma espécie podem, ainda, ocorrer
variações nas características ou seleção de híbridos
pelo homem, criando subníveis como: subespécie,
variedade, forma, raça, clone. Nos demais taxa
podem também ocorrer subdivisões, nas quais pode
ser acrescentado o prefixo sub ao táxon, indicando
que este é inferior e o táxon tribo abaixo de família.
186
Farmacobotânica
Assim teremos:
Divisão
Sub-divisão
Classe
Sub-classe
Ordem
Sub-ordem
Família
Sub-família
Tribo
Gênero
Sub-gênero
Espécie
Sub-espécie, variedade, forma
Cada nível de classificação (táxon) possui um
sufixo específico. Exemplo: Rosa alba
Táxon, sufixo, exemplo.
Espécie: Rosa alba
Gênero: Rosa
Tribo (eae): roseae
Família (aceae): rosaceae
Ordem (ales): rosales
Classe (eae): dicotiledoneae
Ou opsida: magnoliopsida
Sub-divisão (ae): angiospermae
Divisão (ae) ou (phyta): magnoliophyta
187
Farmacobotânica
188
Farmacobotânica
189
Farmacobotânica
CLASSE Angiospermae
Subclasse Dicotyledonae
Superorder Magnoliidae
Ordem Ranunculares
Família Ranunculaceae
Subfamília Ranunculoideae
Tribo Ranunculeae
Gênero Ranunculus
Variedade (Ranunculus
flammula subsp. flammula)
var.tenuifolius
190
Farmacobotânica
6
Met abol i smo
secundár i o
6. Metabolismo secundário 191
6.1 Fitoquímica 192
6.2. Etnobotânica 195
6.3. Farmacognosia 198
6.4. Etnofarmacologia 200
6.5. Sinergismo entre drogas 201
6.6. Interações medicamentosas 202
6.7. Química de Produtos Naturais 202
6.8. Metabolitos secundários 204
6.9. Terpenos 206
6.10. Compostos fenólicos 217
6.10.1. Flavonóides 223
6.10.2. Taninos 224
6.11. Alcalóides 225
191
Farmacobotânica
6.1 Fitoquímica
Fitoquímica é no sentido estrito da palavra o estudo
dos fitoquímicos. Estes são produtos químicos
derivados de plantas. Este termo é freqüentemente
usado para descrever o grande número de
metabólitos secundários de compostos encontrados
em plantas. Muitos desses são conhecidos por
oferecer proteção contra ataques de insetos e
doenças de plantas. Eles também apresentam uma
série de propriedades farmacológicas para a saúde
humana.
As técnicas comumente utilizadas no campo da
fitoquímica são a extração, isolamento e elucidação
estrutural de produtos naturais, além de várias
técnicas cromatograficas (HPLC, LC-MS).
A lista dos elementos simples de que as plantas
precisam são essencialmente carbono, oxigênio,
hidrogênio, cálcio, fósforo, etc, não é diferente das
listas semelhantes para animais, fungos, nem
bactérias. Os elementos quimicos fundamentais das
plantas são as mesmas por toda a vida, difere
apenas nos detalhes da forma como eles são
dispostos. Os Macronutrientes são elementos
necessários em grandes quantidades e os
Micronutrientes são necessários em quantidades
menores.
192
Farmacobotânica
193
Farmacobotânica
Micronutrientes
Elemento Forma de Função
absorção
Cloro Cl- Atua no crescimento da
raiz
Boro H BO3 Auxilia na reprodução
Manganês Mn2+ Atividade de algumas
enzimas
Zinco Zn2+ Envolvidos na síntese de
enzimas e clorofila
Cobre Cu+ Enzimas para a síntese
de lignina
Molibdênio MoO42- Fixação de nitrogênio,
redução de nitratos
Níquel Ni2+ Cofator enzimático no
metabolismo dos
compostos nitrogenados
194
Farmacobotânica
195
Farmacobotânica
196
Farmacobotânica
197
Farmacobotânica
198
Farmacobotânica
199
Farmacobotânica
200
Farmacobotânica
201
Farmacobotânica
202
Farmacobotânica
203
Farmacobotânica
204
Farmacobotânica
205
Farmacobotânica
206
Farmacobotânica
207
Farmacobotânica
208
Farmacobotânica
209
Farmacobotânica
210
Farmacobotânica
Diterpenos
Consiste de quatro moléculas de isopreno, a este
grupo pertencem o fitol (que faz parte da estrutura
das clorofilas), hormônio giberelina, ácidos resinosos
de coníferas e espécies de leguminosas, fitoalexinas
e numerosos metabólitos farmacologicamente
importantes, como no caso do taxol, um agente
anticancerígeno encontrado em baixas
concentrações (0,01% do peso seco), e a forscolina,
um composto utilizado para tratar o glaucoma.
As resinas contêm diterpenos, quando os canais que
contem resina são perfurados, o liquido da resina
obstrui fisicamente esses canais abertos, e serve
também como um impedimento químico à
alimentação. A resina polimeriza (os diterpenos se
ligam) na exposição ao ar e aos selar as feridas nas
plantas. Alguns herbívoros evoluíram na
alimentação dessa resina, superando a toxicidade do
composto na defesa da planta. As resinas das
coníferas contêm monoterpenos, e os besouros da
madeira evoluíram na habilidade de metabolizar os
monoterpenos principais e assim se tornaram
especialistas neste tipo de alimentação. Contém
giberelinas, dafnetoxina, mecerina, o Taxol que é um
diterpeno da planta Taxus brevifolia é uma droga
anticâncer nova e potente.
Triterpenos
Composto por seis moléculas de isopreno, a este
grupo pertencem os brasinosteroides (hormônios
vegetais), os fitoesteróis que compõem as
211
Farmacobotânica
212
Farmacobotânica
213
Farmacobotânica
214
Farmacobotânica
215
Farmacobotânica
216
Farmacobotânica
217
Farmacobotânica
218
Farmacobotânica
219
Farmacobotânica
Via acetato:
Quinonas;
Antraquinonas;
Orcinoles;
Compostos fenólicos alergizantes;
Cumarinas: esculósido, visnadina.
220
Farmacobotânica
221
Farmacobotânica
222
Farmacobotânica
223
Farmacobotânica
224
Farmacobotânica
225
Farmacobotânica
226
Farmacobotânica
227
Farmacobotânica
Derivados do triptófano:
Triptaminas: Virola elongata;
Ergolinas, ergotamina.
228
Farmacobotânica
229
Farmacobotânica
230
Farmacobotânica
231
Farmacobotânica
Referências
Bibliográficas
Adams, Preston, Jeffrey J. W. Baker, and Gar land
E. Allen. The Study of Botany. Reading, ME:
Addison-Wesley, 1970.
Adams, II, Richard M. Native Lilies, Amer ican Hor
ticultur ist, August 1984, p. 28–31.
Alexopoulos, Constantine John. Introductor y
Mycology, 2nd Ed. New Yor k: John Wiley & Sons,
1962.
Barnes, Burton V. and Warren H. Wagner, Jr.
Michigan Trees. A Guide to the Trees of Michigan
and the Great Lakes Region. Ann Arbor : The
University of Michigan Press, 1981.
Bold, Harold C. and Michael J. Wynne. Introduction
to the Algae. Str ucture and Reproduction.
Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1978.
Britton, N. and H. A. Brown. An Illustrated Flora of
the Northern United States and Canada, 3 Vols. New
Yor k: Dover,1979.
Camp, Wendell H., Victor R. Boswell, and John R.
Magness.The Wor ld in Your Garden. National
Geographic Society,Washington, 1957.
232
Farmacobotânica
233
Farmacobotânica
234
Farmacobotânica
235
Farmacobotânica
236
Farmacobotânica
237
Farmacobotânica
238
Farmacobotânica
239
Farmacobotânica
240