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Autor:
Sergio Henrique
02 de Dezembro de 2022
SUMÁRIO
1. O CEARÁ REPUBLICANO
A segunda metade do século XIX no Brasil foi marcada por grandes movimentações políticas
e sociais, mudanças essas resultantes da chegada das ideias liberais e científicas na qual abriram
caminhos para as agitações que efetivaram a abolição da escravatura e o surgimento do sistema
político republicano.
Oligarquia: o termo oligarquia significa governo de poucos. É uma forma na qual o poder
político se encontra concentrado nas mãos de um pequeno número de pessoas
privilegiado por algum motivo.
Em sua chegada ao poder, Deodoro da Fonseca passa a se articular contra todos aqueles
que até então apoiavam Floriano. No caso do Ceará, o general Clarindo de Queiroz foi perseguido
principalmente por sua mais forte oposição, liderada pelo oligarca Nogueira Accioly. As
movimentações entre o governo de situação e o de oposição provocou, no dia 16 de fevereiro de
1892, um violento conflito na cidade de Fortaleza, deixando o número de 13 mortos.
Posteriormente Clarindo foi deposto pelas forças oposicionistas.
A implementação do sistema republicano havia, de certa forma, enfraquecido os poderes e
alianças entre algumas oligarquias. No Ceará, para retomar seus postos de poder e decisão política
referente ao governo, os antigos oligarcas vieram a se aproveitar dos desentendimentos entre os
grupos republicanos e se rearticularam, voltando a controlar diversos cargos de poder dentro da
máquina administrativa do estado.
==159615==
Jornal O Povo de 20/06/1932 - Em Fortaleza havia 02 campos de concentração Fonte: Arquivo do Jornal O Povo
Em sua grande maioria, os fugidos da seca eram fortemente envolvidos por questões
religiosas sendo que em uma mão seguravam a enxada do trabalho e a outra utilizavam para
clamar ajuda dos céus. Devido a isso os sertanejos acompanharam figuras religiosas ao longo de
sua história.
padre. Posteriormente, retornou a Crato, mas sua maior identificação foi com o vilarejo chamado
pelo nome de Juazeiro pertencente àquele município. Exercendo a atividade de evangelizador, até
os seus 45 anos tinha a posição de um simples padre de aldeia, rezando suas missas em uma
simples capela, até quando um misterioso fenômeno chamou a atenção da comunidade e da Igreja
católica. Na realização de uma missa, ao ministrar a comunhão da beata Maria de Araújo, viu sua
hóstia consagrada transformar-se em sangue, protagonizando o milagre do Juazeiro. Nas palavras
de Padre Cícero, "Não posso duvidar, porque vi muitas vezes", escreveu ele a dom Joaquim José
Vieira, bispo do Ceará. Esse fato o levou a perder seus direitos do sacerdócio.
Além da vida religiosa, Padre Cícero também atuou na esfera política cearense ao fazer
aliança com Nogueira Accioly, tendo como desdobramento a Sedição de Juazeiro. Devemos
considerar que a política nacional provocara reflexos no Ceará, pois nesse momento Hermes da
Fonseca havia chegado à presidência com o apoio do Rio Grande Do Sul, depois de garantir o apoio
de Pinheiro Machado. Machado ocupava o cargo de líder da comissão de verificação que em
última instância tinha o poder de decidir quem assumiria os cargos de deputado federal, já que
tinha o poder de validar ou não os votos nos momentos de eleição. O fato é que nesse momento
veio a ocorrer uma troca de oligarquia no poder.
Sedição de Juazeiro
No Ceará, como dito anteriormente, o oligarca Nogueira Accioly acabou por ser deposto de
seu cargo através de uma rebelião popular feita por setores urbanos de Fortaleza. No ano de 1912
chega ao poder do Estado o militar Franco Rabelo, ligado aos políticos positivistas do Rio de Janeiro
e tendo por decisão excluir do mapa político as antigas oligarquias cearenses. Nesse momento
surge a figura de Padre Cícero e a questão da Sedição do Juazeiro.
O Padre, ao fazer aliança política com a oligarquia Accioly, fica como representante político
dessa vertente política. Franco Rabelo, ao enxergar o padre como um representante do poder
oligárquico, consequentemente uma oposição, organiza as tropas da capital com o objetivo de
atacá-lo, porém a população não o via da mesma forma, mas sim como um dos símbolos mais
populares da representação política e religiosa da sociedade cearense, um “homem santo”.
Em contrapartida, Padre Cícero e Floro Bartolomeu organizam suas tropas formadas por
jagunços, coronéis, romeiros e populares para defender a cidade “santa” de Juazeiro, formando o
conhecido Círculo daMãe de Deus. Ao chegarem na região de Juazeiro do Norte, os soldados se
depararam com uma vala de nove quilômetros de extensão que cercava toda a cidade, sendo que
os rebelistas foram derrotados após quinze horas de combate. Após trinta dias se reorganizaram e
promoveram novo ataque, somando a segunda derrota, que teve como resultado o rechaçamento
do governante do Estado e sua perseguição em Fortaleza. Franco Rabelo, através de um acordo,
rende-se e se retira para o Rio de Janeiro, sendo esse o momento em que as antigas oligarquias
cearenses se organizam para tomar a administração do Estado, dando ênfase à figura de Padre
Cícero.
Não distante dali, por meio da religiosidade surge outra aglomeração de sertanejos na
região de Crato, formando a comunidade chamada de Santa Cruz do Deserto, liderada pelo Beato
José Lourenço, devoto de Padre Cícero. Essa comunidade provocou agitações locais, pois membros
da elite vieram a relacionar a estrutura organizativa de Santa Cruz com a de Canudos,
interpretando-a como opositora ao governo.
Consequentemente, com apoio de Getúlio Vargas, deu-se a ordem para pôr fim ao
Caldeirão. Após o massacre a seus membros, a comunidade foi desfeita, porém seus sobreviventes
formaram uma nova comunidade, sendo mais uma vez massacrados sem saber ao certo o número
de mortos. A organização e crença da comunidade pautada na religiosidade e mística teria
incomodado a Igreja Católica e diversos coronéis que, devido à autonomia da comunidade, temiam
a desobediência de suas ordens e o Governo, que quis marcar posição demonstrando seu poder e
autoridade. O exército não reconhece a autoria do massacre.
Na década de 1930 tem início a Era Vargas, na qual Getúlio chega ao poder com a
legitimação de uma junta militar sem nunca ter vestido uma farda. Com o objetivo de pôr fim a
política dos coronéis, o Ceará passa a ser governado por um interventor, Fernando Távora, que
veio a implantar reformas administrativas centralizadoras como, por exemplo, a diminuição de
municípios de 85 para 51.
Logo, é necessário saber que nesse contexto ocorria grande polaridade ideológica no
mundo e isso vinha a se refletir nas ruas do Ceará, pois Raimundo de Alencar Araripe, ligado ao até
então governador Menezes Pimentel, havia sido escolhido como o primeiro prefeito da capital pelo
voto popular. Porém, com a ditadura varguista e o seu prolongamento no governo central, a
democracia passa a ceder lugar ao autoritarismo.
A partir da década de 1940, ganha ênfase a presença de produtos e hábitos estrangeiros e
urbanos na cidade de Fortaleza. Já nos anos 50, a capital cresce de forma acelerada quando
começa a voltar sua dinâmica social e política para o litoral, tendo agora não só o sertão como
referência. Essa mudança veio a transformar a sociabilidade da região, já que as comunidades
ribeirinhas que ali residiam são substituídas por construções urbanas como os clubes sociais, os
primeiros edifícios e a avenida beira-mar. Em consequência os até então moradores por diversos
motivos e formas foram expulsos, se concentrando no alto das dunas e também no bairro da
Varjota.
Na década de 1960, o sistema republicano passa por uma radical transformação, pois por
meio do golpe militar foi instituído um governo de cunho autoritário e opressor, que veio a tirar a
estrutura civil de governo fazendo prevalecer o regime de exceção que duraria duas décadas.
As transformações urbanas seguiram a dinâmica de outros centros urbanos,as quais
provocaram grande crescimento demográfico, já que em 1952 a população atingiu o número de
240 mil habitantes, sendo mais do que o dobro de trinta anos atrás. Na década de 1970 a capital
concentrou mais de 1 milhão de habitantes, tendo o elemento de diminuição da mortalidade
infantil e de melhores condições de vida. Por outro lado, para alguns setores da população a
infraestrutura resultante da urbanização não foi a mesma, pois surgiu o processo de favelização.
A participação cearense nesse governo se deu ao colocar o primeiro presidente eleito de
forma indireta, o general Humberto Castelo Branco. Sua política foi marcada pelo autoritarismo,
por perseguir e desaparecer com opositores, restringiu os direitos civis e promoveu a caça aos
comunistas, implantando um código penal que permitia a prisão de qualquer suspeito. Vários
cearenses lutaram contra o regime militar na guerrilha do Araguaia, sendo que o governo estadual
contribuiu com a repressão aos opositores. Outra participação de um cearense nesse governo foi a
aliança de César Tals, que foi nomeado pelo então presidente Emílio Garrastazu Médici.
Durante o regime militar, coronéis das oligarquias tiveram participação por meio de um
triunvirato composto por César Tals (1971-1975), Virgílio Távora (1963-1966 e posteriormente
voltando em 1978) e Adauto Bezerra (1976-1978). Dominando a política cearense durante esse
período tinham, em comum costumes oligárquicos, como o apadrinhamento em cargos públicos e
continuidade no poder.
Os anos de 1980 foram marcados pela abertura política, com a volta da democracia, sendo o
Ceará marcado pelo chamado “governo das mudanças”, tendo de início a figura de Tasso Jereissati,
que promoveu a ruptura com a política das oligarquias e prometeu a modernização da máquina
administrativa e superação do clientelismo. Porém esse grupo veio a se manter no poder por 16
anos.
O governo das mudanças chegou ao poder prometendo garantir um projeto de governo que
contemplava a reforma fiscal, financeira e administrativa, afirmando que daria maior eficiência ao
Estado. Sua dinâmica foi embasada em políticas neoliberais, sendo um modelo de gestão
empresarial no governo do Estado que veio a cortar custos e pôr fim aos “cabides de empregos”,
rompendo com a política tradicional.
Esse governo passa a vender a imagem do Ceará como um“paraíso turístico”, patrocinando escolas
de samba e produções televisivas como novelas, minisséries e filmes e agregando elementos que
expandiam a imagem cearense para além do sertão. Contudo, frequentemente Tasso é comparado
a um oligarca pela longevidade de seu poder e pela capacidade de fazer sucessores. Apesar de suas
transformações estatais, como o corte de gastos, seu neoliberalismo acabou por afetar setores de
políticas sociais, como a educação e a saúde com a falta de investimentos.
No final da ditadura militar, a cultura cearense veio acompanhada pela música dos artistas
autointitulados Tertúlias-Etílico-Litero-Musical e Badernosas. Essa era uma turma que frequentava
a universidade pública e o bar do Anísio onde se bebia todas as fossas, todas as alegrias e se
aguardava o sol. Suas produções forjaram projeção nacional, sendo que em março de 1979 o
Teatro José de Alencar, em Fortaleza, promoveu a abertura de suas portas durante quatro dias
para apresentações de mais de 400 artistas, com músicas, poemas, peças teatrais, fotografias e
filmes, entre eles o “Pessoal do Ceará”.
Desse evento formou-se a Massafeira Livre (1980), movimento cultural livre que, devido ao grande
número de músicos, resultou na produção de um álbum duplo, tendo posteriormente maior
projeção com artistas como Ednardo, Belchior e Fagner. Em um primeiro momento, responderam
às opressões e falta de liberdade imposta pela ditadura militar, posteriormente voltou-se para o
apelo popular.
O passar do tempo trouxe ao Ceará novos elementos políticos, econômicos, sociais e
culturais provocando entre seus habitantes a vivência do presente junto às marcas do passado.
3. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
Em 1994, já pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi eleito mais uma vez
governador do Ceará. Deu prosseguimento aos programas sociais implantados na primeira
gestão e avançou com a implantação do Plano de Desenvolvimento Sustentável, visando à
proteção ambiental, reordenamento do espaço, capacitação da população, geração de
emprego e renda e estímulo à cultura, ciência e tecnologia.
11) O que foi a Massafeira Livre?
“Massafeira Livre” foi um movimento musical brasileiro que aconteceu entre os anos de
1978 e 1980 no Ceará. O movimento se consolidou por meio de uma feira cultural realizada
em 1979 no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, abrangendo também manifestações
artísticas como artes plásticas, cinema e literatura. Entre os seus participantes, estiveram
artistas como Belchior, Ednardo, Amelinha, Patativa do Assaré, Fagner e Fausto Nilo.Em um
primeiro momento, responderam às opressões e falta de liberdade imposta pela ditadura
militar, posteriormente voltou-se para o apelo popular.
12) Padre Cícero Romão Batista foi uma das principais figuras sociopolíticas religiosas do
Ceará durante o período da Primeira República Brasileira (1889-1930).
a) Cite dois acontecimentos em que o referido padre teve participação marcante.
b) Explique a importância política de Padre Cícero para a história cearense.
A primeira de caráter religioso foi atribuído à Padre Cícero um misterioso fenômeno que veio
a chamar a atenção da comunidade católica. Na realização de uma missa ao ministrar a
comunhão da beata Maria de Araújo viu sua hóstia consagrada transformar-se em sangue
protagonizando o milagre do Juazeiro. Nas palavras de Padre Cícero "Não posso duvidar,
porque vi muitas vezes", escreveu ele a dom Joaquim José Vieira, bispo do Ceará. Esse fato o
levou a perder seus direitos do sacerdócio, já por outro lado conquistou vários fiéis.
A segunda está voltada para a questão política na qual ao fazer aliança com Anccioly obteve
perante a sociedade a imagem e posição de um representante político da oligarquia.
13) O Jornal A TRIBUNA, fundado por Fernandes Távora, torna-se, no começo da década de
20 do nosso século, porta-voz dos tenentes no Ceará, denunciando “o comportamento da
pública administração com referência à calamidade das secas, ao banditismo, aos males
causados pelo oligarquismo...”
(MONTENEGRO, J. Alfredo. Apud: SOUSA, Simone-coord. História do Ceará. Fortaleza,
UFC/Fundação Demócrito Rocha, 1988, p. 299).
a) Cite duas práticas políticas oligárquicas que eram criticadas pelos tenentistas no
Ceará.
b) Caracterize o governo de Nogueira Accioly nos primeiros anos republicanos no Ceará.
a) Contrariamente as ideias das oligarquias o movimento tenentista tomaram de forma mais
concisa os ideais liberais, em que reivindicavam a reforma constitucional acreditando que
essa traria uma estrutura mais justa ao cenário político nacional, exigiram que o processo
eleitoral fosse marcado pelo voto secreto já que não aceitavam os diversos fatos de
corrupção e fraude que envolviam as eleições. Junto a isso defendiam a liberdade dos meios
4. EXERCÍCIOS
Com relação à história do Ceará, julgue os itens seguintes. No Ceará, o predomínio das
oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.
Comentários
A questão acima afirma o fim das oligarquias com a ascensão do governo de Getúlio Vargas, porém
durante o regime militar coronéis das oligarquias tiveram participação por meio de um triunvirato
composto por César Tals (1971-1975), Virgílo Távora (1963-1966 e posteriormente voltando em
1978) e Adauto Bezerra (1976-1978). Dominando a política cearense durante esse período tinham
em comum costumes oligárquicos como o apadrinhamento em cargos públicos e continuidade no
poder.
Gabarito: Errado
3.
"O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do que pela inclemência da
natureza."
(TEÓFlLO, Rodolfo. A SECA DE 1915. Fortaleza: Ed. UFC, 1980. p. 31.)
Esta frase, escrita em 1916, expressa uma revolta com aquilo que o autor via acontecer no
governo deste período. Marque a alternativa que indica corretamente algumas características
da política cearense na Primeira República:
A) a crítica do conservador Rodolfo Teófilo se dirigia às iniciativas democráticas e
socializantes que o governo de Franco Rabelo vinha implementando desde a queda de Accioly
em 1912.
B) o controle político era assegurado pelo domínio oligárquico e coronelista, em que se
sobressai à presença de Nogueira Accioly como o principal oligarca do estado.
C) apesar do rígido controle oligárquico sobre o governo, havia um clima de liberdade de
expressão, em que os jornalistas e críticos do governo podiam manifestar-se sem medo de
repressão.
D) as oligarquias que se sucediam no poder tinham que enfrentar frequentes revoltas
urbanas, como a Sedição de Juazeiro, em 1914.
E) havia um intenso combate a corrupção política e aos abusos de poder, pois no Ceará ainda
resistia às influências da Confederação do Equador que buscava um governo republicano e
autônomo.
Comentários
A) Errado – Franco Rabelo governou o Ceará entre julho de 1912 e março de 1914 na qual veio a
por fim ao domínio de Nogueira Anciolly. Sua política foi pautada na busca pelo enfraquecimento
das lideranças regionais cearense, entre elas a de Padre Cícero.
B) Certo - Um dos personagens representante da política oligarquia cearense é o de Nogueira
Accioly, que por meio do uso do autoritarismo, da corrupção e violência veio a garantir sua
hegemonia política entre os anos de 1896 e 1912.
C) Errado – O governo de Anccioly foi marcado por perseguições aos seus opositores como, por
exemplo, o acontecimento com o poeta Américo Facó que escrevia para o então jornal de oposição
“Jornal do Ceará”. No dia 21 de dezembro de 1907 Facó foi pego por dois policiais à paisana que
vieram a lhe dar uma surra que o levou ao hospital. Esse fato demonstra a repressão articulada
pelo governo a seus opositores.
D) Errado - Além da vida religiosa Padre Cícero também atuou na esfera política cearense ao fazer
aliança com Nogueira Accioly tendo como desdobramento a Sedição de Juazeiro.
E) Errado – os governos oligárquicos utilizavam de diferentes formas para garantir seu poder,
sendo uma delas a corrupção com compra de votos e também apoio político. Assim garantiam suas
influências políticas e utilizavam da garantia do poder em prol de seus interesses.
Gabarito: B
Com relação à história do Ceará, julgue os itens seguintes. No Ceará, o predomínio das
oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.
3.
"O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do que pela inclemência da
natureza."
(TEÓFlLO, Rodolfo. A SECA DE 1915. Fortaleza: Ed. UFC, 1980. p. 31.)
Esta frase, escrita em 1916, expressa uma revolta com aquilo que o autor via acontecer no
governo deste período. Marque a alternativa que indica corretamente algumas características
da política cearense na Primeira República:
A) a crítica do conservador Rodolfo Teófilo se dirigia às iniciativas democráticas e
socializantes que o governo de Franco Rabelo vinha implementando desde a queda de Accioly
em 1912.
B) o controle político era assegurado pelo domínio oligárquico e coronelista, em que se
sobressai à presença de Nogueira Accioly como o principal oligarca do estado.
C) apesar do rígido controle oligárquico sobre o governo, havia um clima de liberdade de
expressão, em que os jornalistas e críticos do governo podiam manifestar-se sem medo de
repressão.
D) as oligarquias que se sucediam no poder tinham que enfrentar frequentes revoltas
urbanas, como a Sedição de Juazeiro, em 1914.
E) havia um intenso combate a corrupção política e aos abusos de poder, pois no Ceará ainda
resistia às influências da Confederação do Equador que buscava um governo republicano e
autônomo.
B) em função da grande epidemia de varíola que se abateu sobre o Ceará e ameaçou a capital
do estado, sendo contida pelas ações profiláticas promovidas por Rodolfo Teófilo.
C) como estratégia governamental para conter o fluxo de flagelados que rumavam às
principais cidades cearenses em virtude da seca iniciada em 1930.
D) devido à necessidade de conter os fluxos migratórios de cearenses para outras regiões do
país, como o Sudeste, o que causaria a falência da economia local por falta de mão de obra.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, querido (a) concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que
tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e
sempre consultá-la. Não se esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para
alcançá-los. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em
rastejar”. Encontro-te na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.
Até logo...