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PÓS GRADUAÇÃO – DIREITO DO TRABALHO E PREVIDENCIÁRIO

PRÁTICAS COLABORATIVAS
PROFESSORA JACQUELINE PADAO
TRABALHO AULA: 16/09/2020. ALUNAS ALEXANDRA FELICIO E PRISCILA
BARTZEN.

1. DOS FATOS INICIAIS:

Romina é empresária do ramo da construção civil desde o ano de


2014. Em março de 2017, a empresa XYZ, de titularidade da Romina, contratou o Sr.
Ariel para desenvolver projetos arquitetônicos, eis que especialista arquiteto em
construções e empreendimentos imobiliários.
No ano de 2018, Romina e Ariel, pela convivência no ambiente de
trabalho, aproximaram-se e iniciaram um relacionamento que culminou com o
propósito de constituir uma família. Assim, em 2020, celebraram casamento civil e
religioso para celebrar a união.
Porém, na data do casamento religioso, isto é, em 16/09/2020,
Romina em pleno evento do casamento atendeu o telefone de Ariel e descobrira que o
mesmo possuía uma relação extraconjugal.
Irresignada com a situação, intimidou Ariel a enxovalhar sua carreira
profissional, aniquilando as chances de ser, futuramente, contratado em outras
empresas do setor da arquitetura.
Outrossim, após o casamento, averiguando de quem se tratava a
amante de Ariel, para sua surpresa e total descontentamento, descobrira que era sua
funcionária Maria e, em decorrência dessa informação, resolvera por efetuar sua
demissão sem justa causa e não pagar as verbas trabalhistas como: aviso prévio,
férias proporcionais, décimo terceiro proporcional, horas extras realizadas e
indenização dos 40% do FGTS.
Ademais, Romina teve conhecimento, posteriormente, que Ariel
realizou assédio em face à sua funcionária supracitada.
Com as referidas informações e em momento de total dissabor e
angústia, realizou a postagem do assédio perfectibilizado pelo Ariel em suas redes
sociais, no intuito de findar com sua carreira profissional.
2. DOS INTERESSES E NECESSIDADES DE ARIEL:

Ariel, contrariado com a situação em tela, procurou a advogada


colaborativa PRISCILA (primeira reunião) para ingressar na justiça comum (em
decorrência do dano moral pela ofensa à sua imagem e boa fama), eis que o conteúdo
fora postado nas redes sociais. Além disso, pretende ingressar com divórcio direto e
requerer quota parte na empresa, eis que em muitos anos alegara que participou de
inúmeras decisões, colocando-se como sócio de Romina.
Para piorar a situação, a advogada PRISCILA recebera de seu
cliente notificação de processo trabalhista por assédio moral em face de seu cliente,
bem como a ROMINA pelo não pagamento das verbas trabalhistas, que lhe são de
direito à MARIA.
Sendo assim, a advogada PRISCILA procurou a ROMINA para tentar
solucionar o conflito de forma amigável, eis que a situação narrada poderia
comprometer financeiramente e socialmente a empresa XYZ, a qual é proprietária.

3. DOS INTERESSES E NECESSIDADES DE ROMINA:

A ROMINA buscou sua advogada colaborativa ALEXANDRA, a fim


de solucionar a controvérsia consensualmente, eis que ao difamar ARIEL nas redes
sociais, àquela não pensara que poderia prejudicar moralmente sua própria empresa.
(primeira reunião com a advogada).
Sendo assim, solicitou à procuradora orientação, sendo que no exato
momento que recebeu a notificação trabalhista de MARIA, retirou o conteúdo das
redes sociais, independente de qual atitude jurídica tomaria.
Bem assim, a advogada colaborativa entrou em contato com a
PRISCILA, igualmente causídica colaborativa, pretendendo chegar a um
entendimento.

4. ATUAÇÃO DAS ADVOGADAS COLABORATIVAS:


Considerando o conflito apresentado, as advogadas necessitaram de
equipe multidisciplinar para resolver o caso, sendo assim, profissionais como coach
empresarial no que se refere à postagem de conteúdos da internet; psicólogo e
consultor financeiro. Esses profissionais foram de suma importância e auxiliaram a
reduzir os custos financeiros e emocionais que as controvérsias fossem resolvidas
com o diálogo colocado em destaque, buscando o benefício mútuo para as partes.
Após o envolvimento de todos os profissionais, chegaram a
resolução do conflito e assinaram termo de não judicialização.

5. DA RESOLUÇÃO FINAL:

Na última reunião realizada para solucionar o caso, contou com a


participação das advogadas PRISCILA E ALEXANDRA e ARIEL (primeiro interessado)
E ROMINA (segunda interessada), cujos termos do acordo e cláusula específica para
a não judicialização obteve o seguinte texto:

1. A interessada ROMINA se compromete a realizar a demissão sem justa causa


de seu funcionário interessado ARIEL, realizando o pagamento de todas as
verbas trabalhistas e indenizações decorrente da contratação laborativa;
2. A segunda interessada ROMINA realizará igualmente o pagamento das verbas
trabalhistas à MARIA, bem como se comprometerá ao pagamento de 30% do
pleiteado em danos morais no bojo da ação trabalhista, sendo que os outros
70%, serão quitados pelo primeiro interessado ARIEL, já que a ROMINA ao
postar conteúdo nas redes sociais, também afetara sua ex-funcionária,
encerramento o feito na justiça do trabalho por composição amigável com a
advogada da autora;
3. O primeiro interessado ARIEL não pleiteará quota parte na empresa da
interessada ROMINA, já que não participara das decisões empresariais, e sim
apenas no que competiu suas funções de arquiteto;
4. As partes interessadas não pleitearão verbas indenizatórias entre si;
5. A interessada ROMINA se compromete a realizar retratação nas redes sociais
acerca do conteúdo difamatória aos envolvidos;
6. O divórcio direto efetuar-se-á extrajudicialmente, sendo que as partes dão
extinção total de seu vínculo, como também nada pleitearão de alimentos;
7. As partes assumiram o compromisso, em parceria, de não recorrer ao
judiciário, bem como termo de confidencialidade de todos os fatos narrados no
presente acordo colaborativo.

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