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Curso: Direito

Disciplina: Direito Turma:


de Família e Período: Noturno
Sucessões
Atividade 1 Data: 09.10.2023
DOCENTE: Luiz Fernando Prado de Miranda

ALUNO: Beatriz Vaz Dias RGM: 4159720

Digressões sobre a Responsabilidade Civil no âmbito do Direito de


Família.

O tema “Infidelidade entre Casais”, desde longa data, ronda a nossa


sociedade, porquanto a sua irradiação de efeitos, sobretudo no campo
jurídico.

Apenas para contextualizar, desde Machado de Assis, em sua obra DOM


CASMURRO, um clássico da literatura brasileira, uma grande pergunta
nos ronda, afinal:

CAPITU TRAIU BENTINHO?

Neste sentido, a literatura brasileira foi alvo de uma live no dia 01.05.2020,
adaptando-se à realidade jurídica atual.

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
Nesta mesma data, o Prof. Rodrigo da Cunha Pereira, postou em seu perfil
no Instagram que a Infidelidade Virtual é a maior causa de divórcio no
Brasil:

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
Coincidentemente, no dia 02.05.2020, em sua live no Instagram, o Prof.
Pablo Stolze debateu a infidelidade virtual, juntamente com a Prof.
Fernanda Barreto.

De se notar que, em tempos de isolamento social, a traição virtual ascendeu


a um dos temas mais debatidos no Direito.

Neste contexto, sobre a ótica do Direito de Família, Responsabilidade Civil


e Direito das Obrigações, reflita sobre os fatos a segui narrados:

Tício convive maritalmente com Simplícia, desde 2010, inclusive com o


propósito familiar e prole. Ocorre que, a fim de “apimentar a relação” Tício
propõe à Simplícia para que frequentem uma casa de swing. Contrariada,
Simplícia, porém, em prol da união com Tício, aceita a proposta. No
acordo entre ambos, Tício é quem, inclusive, escolhe os homens com os
quais Simplícia praticará o ato sexual.

Já habituados à rotina na casa de swing, Tício e Simplícia desenvolvem


maior afinidade com o casal Mélvio e Gumercinda, casados, desde 2005,
inclusive, com estes marcam os encontros paras as lascívias sexuais.

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
Não obstante os fatos acima, Tício ao manipular o computador de uso
comum em seu domicílio, descobre que Simplícia, encontra-se apaixonada
por Mélvio, sendo que, por diversas vezes empreendeu encontros furtivos
em motéis.

Tício, inconformado com a traição de sua convivente, sem que ela saiba,
pega o celular de Simplícia, bem como o seu pad, e “quebrando” as senhas
obtém provas irrefutáveis da quebra do compromisso de Simplícia.

Mais estarrecedor ainda, foram as mensagens trocadas entre Simplícia e


Mélvio, onde aquela afirma ter ministrado Lexotan aos filhos dela para que
dormissem profundamente, para que as crianças não importunassem o
encontro juntamente com Mélvio.

Posteriormente, Tício é avisado por amigos que Simplícia fora vista, na


companhia de outro homem, em shopping center, cinemas, restaurantes...

Sob a luz do que determinam os artigos 1566* e 1724** do Código Civil,


acrescidos dos conteúdos explanados em Direito das Obrigações e
Responsabilidade Civil, discorra sobre a possibilidade de se responsabilizar
civilmente Simplícia, pelos atos causados a Tício, bem como elabore a
respectiva petição inicial em favor de Tício.

*Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:

I - fidelidade recíproca;

II - vida em comum, no domicílio conjugal;

III - mútua assistência;

IV - sustento, guarda e educação dos filhos;

V - respeito e consideração mútuos.

**Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão


aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e
educação dos filhos.

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
Obs:
i. A atividade é individual e deve ser solucionada durante
o horário de aula;
ii. A Atividade, após a sua resolução, deverá ser
devolvida para o portal Blackboard, sem o que,
impossível a sua correção.

Bons Estudos!

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
VARA CÍVEL DA COMARCA DE MOGI DAS CRUZES – SP.

TÍCIO, brasileiro, casado, tatuador, portador do RG sob nº 40.528.769-8, e inscrito no


CPF sob nº 569.475.217-63, residente e domiciliado na Rua José Costa, 85, Centro,
Mogi das Cruzes – SP, neste ato representado por seu procurador infra-assinado, com
mandato em anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento
nos artigos 186 e 1724 do Código Civil, propor a presente AÇÃO INDENIZATÓRIA DE
DANO MORAL em face de SIMPLÍCIA, brasileira, casada, pedagoga, portadora do
RG sob nº 94.587.253-7, e inscrita no CPF sob nº 458.369.177-23, residente e
domiciliado na Avenida Cardoso Siqueira, 478, Socorro, Mogi das Cruzes – SP, pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos

I. DOS FATOS
Tício e Simplícia mantêm uma relação de convivência marital desde o ano de
2010, com a intenção expressa de estabelecer uma relação familiar e a formação
de uma prole.
No entanto, após um período de convivência, Tício sugeriu a Simplícia a ideia de
"apimentar a relação" frequentando casas de swing. Diante da aceitação de
Simplícia, estabeleceu-se entre o casal um acordo para a realização dessas
práticas.

Tício tem a prerrogativa de escolher os homens com quais sua esposa irá se
envolver dentro do contexto da casa de swing.
Ademais, o acordo estabelecido entre Tício e Simplícia ocorreu com a
intenção de incluir limites claros no âmbito do envolvimento exclusivamente
na casa de swing, com o propósito de garantir lealdade e respeito mútuos
entre as partes envolvidas.

Contudo, Simplícia não cumpriu com fidelidade o compromisso estabelecido com


seu esposo, conforme relatado por amigos e familiares. Estes informaram a Tício
que sua companheira frequentemente se encontrava na companhia de outro
homem em passeios a cinemas, shopping centers e outros locais na cidade onde
residem.

Ressalto, Excelência, que Tício, profundamente abalado com essa situação, tomou
a iniciativa de verificar a veracidade dos relatos apresentados pelas testemunhas
ao examinar as redes sociais de sua esposa. E encontrou uma troca de
mensagens entre sua esposa e Mélvio, que também frequentava a casa de swing.
A deslealdade e infidelidade de Simplícia constrangeu seu esposo, pois seus
amigos e familiares presenciaram os encontros desleais e infiéis de
Simplícia, que não apenas manteve relações sexuais fora do contexto das
casas de swing, mas também explorou a prerrogativa inicialmente acordada
para "apimentar a relação".

II. DO DIREITO
Excelência, tendo em vista, o disposto alegado, restou clara a infidelidade e a
deslealdade por parte da Ré, perante o Autor, assim, necessário expor que,
conforme Art. 1.724 do Código Civil:

“Art. 1724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão


aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda,
sustento e educação dos filhos.”
Para sua responsabilização, tendo em vista o Art. 186 do Código Civil:
“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a
transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Quanto à reparação do ato ilícito, o artigo 927 do Código Civil dispõe:

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”

Demonstro, através desses artigos, o direito à indenização por dano moral decorrente
da infidelidade conjugal e da violação do dever moral de lealdade, considerando o
acordo firmado entre o casal. Além disso, sustento a responsabilidade civil de
Simplícia por ter prejudicado a honra de Tício e o exposto a situações vexatórias,
humilhantes e constrangedoras perante seus amigos e familiares. Tais atos de
Simplícia resultaram em Tício sendo alvo de piadas nos encontros familiares e nas
rodas de amizade.

II. I. – A fixação do quantum indenizatório:


O autor requer a Vossa Excelência que proceda à apuração por arbitramento, levando
em consideração a gravidade da situação sofrida e o fato de ele ter apresentado tal
dinâmica de práticas a sua esposa como forma de preservar a relação conjugal.

Nesse sentido, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em caso análogo ao presente,


firma seu entendimento:

"(...) A desobediência ao dever de fidelidade recíproca acarreta dor


moral ao cônjuge enganado, autorizando a condenação do consorte
infiel ao pagamento de indenização por danos morais. O valor da
indenização do dano moral deve ser arbitrado pelo juiz de maneira a
servir, por um lado, de lenitivo para a dor psíquica sofrida pelo
lesado, sem importar a ele enriquecimento sem causa ou estímulo ao
abalo suportado; e, por outro, deve desempenhar função pedagógica
e séria reprimenda ao ofensor, a fim de evitar a recidiva". (TJ/SC – 2ª
C. Cív., Ap. Cív. Nº 2004.012615-8, Rel. Des. Luiz Carlos Freyesleben,
julg. 05.05.2005)”

No que se refere ao quantum indenizatório, requer que fique a cargo do arbitramento


sábio do juiz, entretanto sugere-se o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a título de
danos morais, atualizados e com juros contabilizados desde a data do evento danoso,
conforme súmula 362 do STJ.

O “quantum” da indenização se justifica, ser adequado, eis que, não bastasse o autor
ter suportado a infidelidade pela ré, há também as piadas que ficaram por aqueles que
presenciaram os encontros dos amantes.

III. DOS PEDIDOS

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.
a) Procedência total dos pedidos, condenando a Ré ao pagamento de indenização por
danos morais, a serem arbitrados por Vossa Excelência, observando o critério punitivo
sugerido para tanto o valor R$20.000,00 (vinte mil reais).

b) Condenação da Ré ao pagamento, das despesas processuais, e honorários


advocatícios, conforme art 20 § 3.º CPC.

Dá-se o valor a causa de R$20.000,00 (vinte mil reais).

Nestes termos, pede deferimento

Mogi das Cruzes, 16/10/2023

Beatriz Vaz Dias

OAB/SP nº 1576

“Formar profissionais qualificados, éticos, conscientes de sua responsabilidade social, capacitados a


transformar a sociedade, por meio de uma aprendizagem inovadora.”.

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