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ESPECIFICIDADES E ADAPTAÇÕES NA

EXECUÇÃO DE ESTUDOS RADIOLÓGICOS


NO DOENTE OBESO

Métodos e Técnicas De Imagiologia II

Bruna Gonçalves, 102442


Daniela Justino, 103436
Diana Monteiro, 102983
Maria Lapa, 102990
Objetivos do trabalho

Obesidade

Comunicação com o doente obeso

Adaptações gerais da radiologia à obesidade


SUMÁRIO Dificuldades e limitações

Adaptações nas diferentes modalidades imagiológicas

Estratégias para melhorar a qualidade de imagem

Considerações finais

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OBJETIVOS DO TRABALHO

Principais limitações e dificuldades que


a doença impõe na prática radiológica

Especificidades e adaptações em
diferentes modalidades

Soluções para melhorar a qualidade de


imagem

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DIFICULDADES

Dificuldades na
Dificuldades no transferência dos Dificuldades no
posicionamento pacientes para a transporte
mesa

Os equipamentos
A exposição à
devidamente
radiação terá de ser Dificuldade em obter
adaptados para a
obrigatoriamente acessos intravenosos
realização da
superior radiografia

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OBESIDADE

O índice de massa corporal (IMC) é muito utilizado para definir o risco de obesidade, permitindo-
nos fazer a seguinte classificação:

16,9%
da população adulta portuguesa é
obesa

60%
da população adulta portuguesa tem
excesso de peso

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DIMENSÕES DOS EQUIPAMENTOS E LIMITES
DE PESO

Na maior parte dos centros de imagiologia o peso máximo


suportado pela mesa está entre 150 a 200 kg e a largura
da mesma varia entre 45 a 63 cm.
ADAPTAÇÕES GERAIS
DA RADIOLOGIA À
OBESIDADE

Limites de peso de uma mesa de Raio-X. Notar em como os


limites variam dependendo da posição do paciente e se os
motores estão a ser usados ou não.
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DIMENSÕES DOS EQUIPAMENTOS E LIMITES
DE PESO

Limite de
ADAPTAÇÕES GERAIS Modalidades de
Imagem
Limite de
Peso (kg)
abertura
Máximo FOV
(cm)
(cm)
DA RADIOLOGIA À Fluoroscopia 317.5 117 -----
OBESIDADE TC 308.4 85 65

Virtual FOV
RM 249.5 70
205 cm

Tabela 1 - Peso máximo da mesa e abertura máxima dos equipamentos


de imagem

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KILOVOLTAGEM E MILIAMPERAGEM

A inadequada penetração da radiação é um grande


problema para as radiografias em doentes obesos, uma vez
que há o aumento do ruído e a diminuição do contraste na
ADAPTAÇÕES GERAIS imagem.

DA RADIOLOGIA À Solução:

OBESIDADE Grelha antidifusora


kilovoltagem
miliamperagem

Dose

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Acesso intravenoso
• espessura de tecidos moles.

DIFICULDADES E
LIMITAÇÕES

Doses do produto de Tamanho dos detetores


• área ocupada;
contraste • Utilizar vários RI;
• Doses superiores à dose máxima;
• Planeamento adicional.
• Acessos venosos de maior calibre.

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MODALIDADES IMAGIOLÓGICAS

MAMOGRAFIA

A densidade mamográfica pode comprometer a


identificação de nódulos, “mascarando” a lesão.

Lesão tumoral cor branca

+ Tecido adiposo + densa é a mama cor + clara - densa + densa

Mais difícil detetar a lesão

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MODALIDADES IMAGIOLÓGICAS

FLUOROSCOPIA

É cada vez mais importante que os serviços


de imagiologia possuam equipamentos de imagem
capazes de acomodar pacientes obesos para avaliação
pós-operatória (cirurgia bariátrica).

Soluções:
• abertura das lentes eletrostáticas do equipamento;
• aumento da mAs e kVp;
• ajustes pós-aquisição.

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MODALIDADES IMAGIOLÓGICAS

ULTRASSONOGRAFIA

Dimensões anormais da camada adiposa na área


subcutânea implicam atenuações das ondas sonoras
prejudicando a formação da imagem.

Soluções:
• utilização de frequências mais baixas;
• aplicar maior pressão com o transdutor. Doente obeso Doente não obeso

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MODALIDADES IMAGIOLÓGICAS

RADIOLOGIA CONVENCIONAL

Quanto maior a espessura do tecido, maior é a


atenuação e a dissipação do feixe de raios-X e
consequentemente pior será o contraste da imagem.

Comprometimento de etapas como: transporte do


paciente, posicionamento, centragem, identificação de
regiões anatómicas....

Soluções: AP em pé AP em decúbito dorsal (+10kV) Decúbito Lateral


• fatores de exposição;
• mais ajustes no pós-processamento;
• adaptações de posicionamento.

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GRELHAS ANT I-DIFUSORAS
É necessário considerar a utilização de
grelha antidifusora para doentes obesos em exames que
normalmente pode não ser utilizada.

ESTRATÉGIAS PARA Relação de grelha

MELHORAR A Remoção da Dose


radiação dispersa
QUALIDADE DE
IMAGEM

6:1 10:1
Relação de grelha Relação de grelha 14
DESLOCAMENTO DOS TECIDOS
Pedir ao paciente para deslocar quaisquer “aventais” de
gordura ou áreas de tecido mole que estejam a cobrir a
região de interesse.
ESTRATÉGIAS PARA
COMPRESSÃO
MELHORAR A
QUALIDADE DE Permite deslocar os tecidos moles para ambos os lados
da zona de interesse, reduzindo a espessura que o feixe
IMAGEM primário terá de penetrar e por sua vez a quantidade de
radiação dispersa criada e detetada no RI.

Sem compressão Com compressão


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COLIMAÇÃO E FILTROS DE COMPENSAÇÃO

Uma das formas mais eficazes de remover a radiação


dispersa é fazer uma colimação adequada aos 4 lados da
ESTRATÉGIAS PARA zona de interesse, sendo que em doentes obesos a
colimação terá de estar dentro dos limites da pele.
MELHORAR A Também poderá ser útil utilizar filtros de compensação em
áreas de diferentes densidades teciduais.
QUALIDADE DE
IMAGEM

Exemplo de filtro de compensação

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AIR GAP

Objetivo reduzir a radiação dispersa, aumentando


ESTRATÉGIAS PARA a distância entre a estrutura e o detetor.

MELHORAR A
QUALIDADE DE EXPOSIÇÃO E CENTRAGEM
IMAGEM
Recomenda-se o uso das CEA para determinarem
os mAs para doentes obesos.

Desvantagem: dificuldade em centrar a câmara de


ionização com a área de interesse.

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COMUNICAÇÃO COM O DOENTE OBESO
A obesidade é uma doença complexa que afeta também o psicológico do indivíduo.

A fragilidade mental do paciente obeso impede por vezes a abordagem direta sobre o
assunto, sendo necessária fazer uma escolha correta de um discurso não invasivo, esclarecedor
e subjetivo, evitando o constrangimento do paciente.

Consequentemente, os técnicos de IMRT deverão ser instruídos de como o tratamento antes, no


decorrer e após a realização dos exames deve ser feito.

60%
dos pacientes obesos sofrem de
distúrbios psiquiátricos

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa sobre a temática da obesidade, verificou-se:

Dispersão da radiação; Dificuldade na execução de


Dose no paciente; alguns exames.

Como solução às dificuldades adaptaram-se técnicas e materiais às condições do


paciente obeso, para que também possa recorrer a exames de imagem médica.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Uppot RN. The role of imaging in obesity special feature : Review Article Technical challenges
of imaging & image-guided interventions in obese patients. Br J Radiol. 2018;91(1089).
• Freitas P. O peso da obesidade para a nossa saúde. PÚBLICO. Published online 2021. Accessed
December 27, 2021. https://www.publico.pt/2021/03/04/impar/noticia/peso-obesidade-
saude-1952624
• Obesidade | SNS24. Obesidade. Published 2019. Accessed December 27, 2021.
https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-cronicas/obesidade/
• Adrienne Youdim M. Obesidade - Distúrbios nutricionais - Manual MSD. Accessed December
27, 2021. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/distúrbios-nutricionais/obesidade-e-a-
síndrome-metabólica/obesidade#v8487577_pt
• Yanch JC, Behrman RH, Hendricks MJ, Mccall JH. Increased Radiation Dose to Overweight
and Obese Patients Purpose : Methods : Results : Conclusion : 2009;252(1).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Mancini MC. RESUMO perspectivas Obstáculos Diagnósticos e Desafios Terapêuticos no


Paciente Obeso. Arq Bras Endocrinol Metab. 2001;45(6):584.
• Cavaca A. Obesidade: o lado psicológico. Accessed December 28, 2021.
https://www.espacopotencial.com/obesidade-o-lado-psicologico/

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