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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FUNDAMENTAL

Síntese e caracterização de complexos


de Níquel

Disciplina: Química Inorgânica Experimental


Professor: Eduardo Henrique Lago Falcão
Aluno: Gabriel Felipe de Salles Temóteo

Recife - 2022.1
Introdução

Sabe-se que a estrutura de um complexo metálico, ou seja, ligações entre um ácido e base de
Lewis, nesses casos tem-se um metal atuando como um ácido de Lewis, por exemplo, o íon
níquel e os ligantes atuando como base de Lewis, por exemplo, NH 3, H2O,
etilenodiamina(en), dentre outros. Em solução aquosa, temos o íon níquel 2+ formando um
complexo com ligantes H2O, obtendo uma coloração verde, mas caso ocorra uma troca de
ligantes, essa coloração mudará a partir da formação de um complexo diferente, por exemplo,
enquanto o complexo hexaaquoníquel tem a coloração esverdeada, o complexo
hexaaminoníquel apresentado coloração roxa. Além da mudança da coloração, tem-se a
mudança na força dos ligantes e pode-se estudar a natureza do efeito Quelato, onde
complexos de ligantes monodentados são menos estáveis do que complexos formados com
ligantes polidentados. Retomando os ligantes citados previamente, temos o en como um
ligante polidentado, enquanto a amina é monodentada, logo, complexos formados pelo
etilenodiamina tendem a ser mais estáveis que os formados pela amina.[1] Pode-se visualizar
as estruturas dos complexos citados anteriormente na imagem 1 a seguir, em quem temos a
indicação de qual complexo é mais estável.

Figura 1 Complexos de Níquel

A realização de experimentos envolvendo a síntese de compostos, nesse caso, de


complexos, sempre é interessante, principalmente em cursos de graduação, onde pode-se
visualizar os conceitos ensinado em sala e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem
do estudante. Além disso, pode-se observar a importância de alguns compostos para a área
de pesquisa, onde, em um único experimento, pode-se estudar sobre diversos conceitos
relacionados aos compostos de coordenação, por exemplo: Troca de ligantes, diretamente
relacionada com diferença de força e reatividade em diferentes ligantes; conceitos
termodinâmicos quando vistos a partir do efeito Quelato, onde têm-se um aumento na
entropia do sistema; Compostos lábeis e inertes, que estão ligados a velocidade de suas
reações e esse aspecto é exerce influência nos estudos de compostos coordenados, dentre
outros conceitos que podem ser estudados. No geral, esse experimento tem a finalidade
inicial de sintetizar os complexos de níquel e analisá-los em função das espécies presentes,
como o íon níquel2+, cloreto e amônia. Indo além, poder observar conceitos relacionados
aos estudos de compostos de coordenação. [2]

Metodologia
Materiais
● Béquer de 50 e de 100mL;
● proveta de 10, de 50 e de 100mL;
● bastão de vidro;
● tubos de ensaio (3) e suporte;
● conta-gotas;
● conjunto para filtração à vácuo;
● cápsula de porcelana grande (para
banho de gelo);
● vidro de relógio;
● garrafa lavadeira;
● gelo;
● frascos para guardar o produto obtido.

Reagentes
● NiCl2.6H2O p.a.;
● NH3 conc. (d=0,91g/mL; 25-28% em massa ou 15 mol/L);
● NH4Cl p.a.;
● [Ni (NH3)6]Cl2
● HNO3 Concentrado
● Etilenodiamina 98%
● Acetona
● álcool etílico;
● éter etílico;
● solução alcoólica de dimetilglioxima (DMG) 1% m/v;
● solução 0,10 mol/L de AgNO3;
● solução 3 mol/L de HNO3;
● solução 1,0 mol/L de NaOH;
● papel tornassol vermelho e azul.

Procedimento Experimental

● Parte A - Síntese e caracterização do [Ni(NH3)6]Cl2

Preparou-se uma solução amoniacal de NH4Cl utilizando 2,5 mL de NH4OH concentrado e


dissolvendo, aos poucos, NH4Cl até saturar a solução. Em seguida, transferiu-se a solução
para uma proveta e completou-se o volume até 5 mL com NH 4OH conc. Finalmente, deixou-
se a solução em repouso tampada com um vidro de relógio.

Pesou-se 2,5 g de NiCl2.6H2O com ajuda de um béquer e adicionou-se água destilada com o
conta-gotas, em agitação, até a total dissolução do sal. Após a dissolução, adicionou-se
gradualmente 12,5 mL de NH3 concentrado e, após resfriamento do sistema, adicionou-se a
solução que havia sido separada no início e deixou-se a solução resultante em repouso por 15
minutos, em banho de gelo. Os cristais foram, posteriormente, filtrados à vácuo utilizando
NH4OH conc. seguido de acetona. O sobrenadante foi descartado e os cristais, após secos,
foram pesados no papel de filtro pesado anteriormente.

Para a caracterização do complexo final, preparou-se uma solução aquosa estoque com uma
amostra dos cristais e dividiu-se em três partes:

1. Caracterização do Ni2+(aq)
Cuidadosamente, aqueceu-se em banho-maria (80-90°C) 10 gotas de solução estoque,
esfriou-se e verificou-se se o meio estava básico. Com isso feito, adicionou-se 3 gotas de
solução alcóolica de DMG. Adicionou-se gotas de solução de HNO 3 3 mol/L até
desaparecimento da cor rosa. Por fim, adicionou-se solução de NH4OH concentrado.
2. Caracterização do íon Cl-,
Colocou-se 5 gotas da solução estoque e adicionou-se 3 gotas da solução de AgNO 3 0,10
mol/L num tubo de ensaio e adicionou-se 3 gotas de solução de HNO3 3 mol/L.
3. Caracterização do NH3
Aqueceu-se em banho-maria (80-90°C) 5 gotas de solução estoque e aproximou-se uma fita
de papel tornassol vermelho umedecida em água destilada.

Parte B - Síntese e caracterização do [Ni(en)3]Cl2.2 H2O

1. Adicionou-se 0,4 mL de etilenodiamina a 98% em massa à solução de 0,40g de


[Ni(NH3)6]Cl2 em 2,66 mL de água.
2. Evaporou-se a solução púrpura resultante a um volume de 2mL em banho-maria.
3. Adicionou-se duas gotas de etilenodiamina e logo em seguida, resfriou-se a solução em banho
gelo.
4. Utilizando a filtração a vácuo, filtrou-se os cristais formados e o filtrado foi lavado duas vezes
com pequenas porções de acetona.
5. Secou-se os cristais o máximo possível no próprio funil, com o auxílio do sistema de
6. vácuo.
7. Após secar o máximo possível, pesou-se os cristais obtidos.

Para a determinação quantitativa dos teores de Ni2+ nos complexos, realizou-se uma titulação a partir
dos seguintes passos:

1. Pesou-se em aproximadamente 30 mg do complexo em um Becker de 125mL.


2. Acrescentou-se 10mL de HNO3(concentrado) ao béquer e agitou-se o mesmo.
3. Utilizando uma placa aquecedora, realizou-se uma secagem razoável da solução.
4. Acrescentou-se 60 de mL de água destilada.
5. Adicionou-se, aproximadamente, 0,05 g de mistura de murexida com cloreto de sódio (1:10).
6. Agitou-se a solução e adicionou-se 10 mL de solução de NH4Cl 1,0M.
7. Ajustou-se o pH para um valor neutro, utilizando de algumas gotas de NH 4OH e HNO3.
8. Titulou-se com uma solução padrão de EDTA 0,0100 mol/L.
.

Resultados e discussões
● Parte A - Síntese e caracterização do [Ni(NH3)6]Cl2
Para obter o complexo, pesou-se 2,5003g do NiCl 2.H2O, que ao ser dissolvido em água,
apresentou uma solução de coloração esverdeada. Essa coloração é característica do
complexo de hexaquoníquel (II), como pode-se observar na figura 2.

Figura 2 -Solução de cloreto de níquel (II) hexahidratado (momento inicial).

Logo após isso, adicionou-se, gradualmente, 12,5 mL de solução concentrada de amônia.


Logo ao entrar em contato, pode-se observar a mudança na coloração, terminando numa cor
azulada escura. Isso deve-se ao fato de que o ligante NH 3 é mais forte do que o ligante H 2O,
ou seja, o ligante H2O deslocou-se e o complexo atual tem ligantes NH 3. Pode-se observar a
coloração azulada na figura 3.

Figura 3 -Solução de cloreto de hexaaminoníquel.

Além disso, a reação apresentou liberação de calor, ou seja, constata-se por ser uma reação
exotérmica. É possível observar a troca de ligantes na equação 1 da reação a seguir.

[Ni (H2O)6]2+ (aq) + 6 NH3(aq)→ [Ni(NH3)6]2+ (aq) + 6 H2O(l) (eq.1)

Em seguida, resfriou-se a solução e adicionou-se a solução amoniacal preparada


anteriormente. Por conta do efeito do íon comum, houve favorecimento da formação do
complexo azulado. Utilizando-se do banho de gelo para resfriar a solução, com a finalidade
de favorecer a reação desejada, a reação exotérmica.
Finalmente, para obter os cristais, utilizou-se da filtração a vácuo, para agilizar e diminuir a
quantidade substâncias indesejadas no filtrado. Durante a filtração, lavou-se com hidróxido
de amônia e pequenas porções de acetona. Ambos compostos foram utilizados para melhorar
esse processo, o hidróxido de amônia por conter um íon do complexo, favorece a formação
do mesmo e garante que todos os ligantes sejam NH 3, também com o intuito de retirar
impurezas orgânicas. Como o hidróxido de amônia libera água, adicionou-se a acetona para
retirar a água presente no filtrado e por ser bastante volátil, facilita a secagem dos cristais do
Hexaaminoniquel.[4]
Por último, pesou-se os cristais obtidos e obteve-se 0,3800g de complexo. Com rendimento
calculado de 15,59%, um baixo rendimento que pode ter sido ocasionado por um possível
erro na filtração a vácuo, ocasionando perda de material, também pode ter sido ocasionado
por excesso de água no processo inicial de solubilizar o cloreto de níquel, possivelmente
ocasionando a formação do complexo inicial, com ligantes H2O.

Caracterização do Níquel 2+

Depois de aquecer a solução em banho maria e verificar o pH da solução, verificou-se que ele
estava básico. Após isso, adicionou-se 3 gotas de solução alcoólica de dimetilglioxima, onde
houve formação de um precipitado de cor rosa, provenientes do complexo da seguinte reação:

Figura 4 – Reação entre Ni2+ e DMG.

Em seguida, adicionou-se HNO3 até perceber o desaparecimento do precipitado, o que


ocasiona no favorecimento da formação do produto original. Adicionou-se 22 gotas de
solução concentrada de amônia e observou-se, novamente, o favorecimento para o sentido
dos produtos, ou seja, formação do complexo com DMG. Explica-se o deslocamento em
ambos os momentos a partir da necessidade de meio básico para formação do complexo Ni-
DMG, pois esse complexo não é formado em meio ácido, ou seja, o níquel e DMG são
dissociados e ao ter o retorno do meio básico, ocorre a formação do complexo desejado.[3]

Caracterização do Cloreto

Adicionou-se AgNO3 a solução estoque e percebeu-se a formação de precipitado branco,


indicando a presença de AgCl, demonstrado na equação 2 a seguir:
AgNO3 (aq) + Cl-(aq) ⇌ AgCl (s) + NO3-(aq)   (equação 2)
Caracterização do NH3

O NH3 foi possível de ser caracterizado a partir do aquecimento de solução estoque em


banho maria, onde houve formação do gás amônia, que ao aproximar o papel tornassol
vermelho pode-se detectar o meio alcalino. Explica-se pelo fato de que a amônia é uma base
de Lewis e basifica o a região próxima a boca do tubo. A reação é representada pela equação
3 a seguir.

[Ni(NH3)6]Cl2(aq) + Δ → 6NH3(g) + NiCl2(aq)   (equação 3)

● Parte B - Síntese e caracterização do [Ni(en)3]Cl2 • 2H2O


Pesou-se 0,40g do material resultante da parte A, o cloreto de hexaaminoniquel. Adicionou-
se aos poucos o etilenodiamina e percebe-se a mudança da coloração da solução, que muda
da coloração azulada para uma coloração roxa, ou seja, semelhante a parte A, tem um fator
indicando reação de troca de ligantes, nesse caso, a substituição de ligantes NH 3 por
etilenodiamina. Explica-se essa pelo efeito Quelato, onde o En é um ligante bidentado, e
forma um complexo 1010 mais estável que o complexo com ligantes NH 3. Essa troca de
ligantes pode ser representada pela seguinte equação (4) :

(equação 4)
Logo em seguida, reduziu-se a solução com uma chapa de aquecimento até obter uma
composição pastosa, com o intuito de reduzir/eliminar a maior quantidade possível de NH3,
evitando formação do complexo com ligantes de amônia.
Após adicionar duas gotas de En, resfriar-se em banho de gelo, a solução é filtrada a vácuo,
realizando lavagem com pequenas porções de acetona. Ainda no sistema de filtração a vácuo,
secou-se o máximo possível. Pode-se perceber na imagem a seguir, durante o processo de
filtração.

Figura 4 – Processo de filtração do complexo

Após secar o máximo possível, pesou-se os cristais e obteve-se 0,3435g. O cálculo do


rendimento foi realizado a partir da proporção entre os dois complexos, o de partida e o final.
Onde tem-se o [Ni(NH3)6]Cl2 ( 231,7 g/mol) e [Ni(en)3]Cl2.2H2O (346 g/mol), a massa inicial
do cloreto de hexaaminoníquel de 0,40g e a massa final do [Ni(en)3]Cl2.2H2O de 0,3435.
Pode-se obter o rendimento teórico e o rendimento real, onde a massa teórica é de 0,5956g,
ou seja, teve-se um rendimento real de 0,57%.
Determinação quantitativa dos teores de Ni2+ nos complexos

 Complexo [Ni(NH3)6]Cl2
Pesou-se 0,0319g do complexo, para o preparo de solução a ser titulada. Adicionou HNO 3 e
agitou-se a solução, deixando-a numa placa aquecedora até obter uma composição pastosa.
Após isso, acrescentou-se 60 mL de água destilada para diluir a solução. Em seguida,
adicionou-se 50mg de uma mistura do indicador murexida e de cloreto de sódio (1:10).
Constatou-se na aferição do pH, um valor extremamente ácido (0). Tentou-se ajustar o pH
para o valor neutro, com adição de hidróxido de sódio, porém, o valor ficou entre 9-10 na
comparação de coloração do papel tornassol. Essa mesma solução foi separada em três
alíquotas de 20mL cada para ser titulada com uma solução padrão de EDTA 0,01 mol/L.
Utilizou-se volumes de 2,6 e 2,7 mL para chegar no ponto de viragem, obtendo uma
coloração avermelhada.
Sabendo que a proporção estequiométrica entre o EDTA e o íon níquel 2+ é de 1 mol para 1
mol, pode-se encontrar a quantidade íons níquel.

nEDTA = nNi2+

Portanto,

nEDTA1 = 0,01 mol/L x 0,0026 L = 2,6x10-5 mol

nEDTA2 = 0,01 mol/L x 0,0027 L = 2,7x10-5 mol

Média de nEDTA = 2,65x10-5 mol = nNi2+

 Complexo [Ni(en)3]Cl2.2H2O
De maneira semelhante ao complexo anterior, pesou-se 34,6 mg e após os mesmos
procedimentos realizados anteriormente, agora de maneira ideal, ou seja, com o pH
anterior a titulação sendo neutro. Realizou-se a titulação obtendo os valores em
triplicata, T1 = 2,6 mL; T2 2,5 mL; T3 2,5 mL. O cálculo também é realizado de
maneira semelhante.

nEDTA1 = 0,01 mol/L x 0,0026 L = 2,6x10-5 mol

nEDTA2 = 0,01 mol/L x 0,0025 L = 2,5x10-5 mol

nEDTA3 = 0,01 mol/L x 0,0025 L = 2,5x10-5 mol

Média de nEDTA = 2,53x10-5 mol = nNi2+

Conclusão
A partir de ambas as partes práticas ocorreu a sintetização de complexos de níquel, onde pode-se
caracterizá-los de forma qualitativa e quantitativa. Sobre o complexo cloreto de hexaaminoniquel,
obteve-se um rendimento muito abaixo do esperado, de 15,59%. Conseguiu-se caracterizar o íon Ni 2+,
pois observou-se a reação em ambos os sentidos com o DMT e pode-se realizar uma titulação efetiva,
encontrando a quantidade desses íons. Além disso, o Cloreto foi identificado pois teve formação de
precipitado de coloração branca, o Cloreto de Prata. Finalizando, o NH 3 foi identificado na borda pois
o papel tornassol indicou meio básico proveniente da amônia. Sobre o complexo com ligantes de
etilenodiamina, obteve-se um rendimento mediano, porém, superior ao resultado da parte A e de
maneira semelhante, conseguiu-se titular a solução e encontrar a quantidade de íons níquel. A partir
dessa prática, pode-se visualizar e compreender melhor sobre a força de ligantes, efeito Quelato e os
cuidados necessários para obter um rendimento melhor no processe de filtração.

Questionário PARTE A
Obtenção e Caracterização do [Ni(NH3)6]Cl2
1. Escrever todas as equações das reações que se passam na prática:
Ao longo do relatório, indiquei as equações necessárias.

2. Considerando que o NiCl2.6H2O utilizado na reação de obtenção continha 15 % de


impurezas, qual a massa de [Ni(NH3)6]Cl2 que poderia ser obtido ? 2,088535 g ou aprox. 2,088 g.

3. Qual o rendimento prático do processo quando se obtém apenas 2,0g do composto?


2,0/2,4571 = 81,39%

4. Quais as quantidades mínimas de NiCl2.6H2O 100 % puro e de NH3 15 mol/L


necessárias para se obter exatamente 20,0g do composto?
20,51g de cloreto de níquel e 86,28 mL de solução de amônia.

5. A separação dos cristais de [Ni(NH3)6]Cl2 é feita por meio de filtração à vácuo. Qual
ou quais as vantagens desta filtração sobre a filtração comum? A filtração a vácuo é mais interessante
por agilizar e diminuir a quantidade substâncias indesejadas no filtrado.

6. Após a separação dos cristais do [Ni(NH 3)6]Cl2 estes são lavados com álcool etílico e
finalmente com éter. Pode-se substituir álcool etílico ou éter por água destilada? Explique.
Não, pois esse complexo é solúvel em água, inviabilizando a formação dos cristais, diferente do
álcool etílico e éter.

Questionário PARTE B
1. Considerando-se os produtos obtidos de acordo com a reação da síntese, qual seria uma
maneira simples de se verificar se a reação está ocorrendo? A partir da mudança de coloração, indo do
azul para o roxo. Além disso, poderia utilizar o papel tornassol para verificar a presença do NH 3
liberado pelo aquecimento.

2. Explicar por que a mistura é aquecida em banho de vapor até reduzir o volume à
metade.
Com o objetivo de liberar a maior quantidade amônia, para assim, poder ter o complexo desejado em
maior quantidade.

3. Seria incorreto fazer uma filtração simples para separar os cristais? Por que o
pesquisador preferiu filtrar à vácuo?
Não seria incorreto, porém a filtração a vácuo é mais rápida, e pode garantir a menor quantidade
possível de substâncias indesejadas no filtrado.

4. Por que os cristais foram lavados com álcool etílico ao invés de água?
Novamente, por conta da questão de solubilidade e poderia alterar o equilíbrio da reação,
atrapalhando a formação desejada.

5. Observa-se que é possível obter-se mais cristais adicionando-se álcool etílico à mistura
e resfriando-a. O que isto indica sobre a solubilidade do produto em álcool etílico?
Indica que esses recursos ajudam na diminuição da solubilidade, facilitando a formação dos cristais
desejados.

6. Por que os complexos quelatos como o [Ni(en)3]Cl2 são mais estáveis que os
complexos não quelatos como [Ni(NH3)6]Cl2 ?

7. Qual é a diferença entre um composto inerte e um composto lábil? Compostos inertes tendem a
realizar a trocas de ligantes de maneira lenta, ao contrário dos compostos lábeis, que a realizam de
maneira rápida. O composto lábil tende a aumentar a entropia do sistema, favorecendo esse tipo de
reação.

8. Qual é a diferença entre um complexo metálico e um aduto?

9. Escrever a equação da reação de decomposição do complexo.

Referências

[1]AYALA J.D., BELLIS V.M. Química Inorgânica Experimental, 2003. Disponível em:
http://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/apostila_inorg_exp.pdf. Acesso em: 13 de agosto de 2022.

[2] TOMA, H. E. Química de Coordenação, Organometálica e Catálise. São Paulo: Blucher, 2016. 340
p.

[3] Rath et al., 2018. M. Rath, L.P. Behera, B. Dash, A.R. Sheik, K. Sanjay


Recovery of dimethylglyoxime (DMG) from Ni-DMG complexes
Hydrometallurgy, 176 (2018), pp. 229-234

[4] Souza, Anne; CARCACTERIZAÇÃO DE COMPLEXOS DE NÍQUEL, COBRE E COBALTO;


Disponível em:
<https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/
14264407062016Quimica_de_Coordenacao_Aula_9.pdf >

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