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Memorial Descritivo e de Cálculo do Sistema de

Tratamento de Efluentes Agroindustriais

ASPRURA

AGROINDUSTRIA FAMILIAR RIO ALTO

RESPONSÁVEL TÉCNICO: EDEVANDRO TENÓRIO

Governador Jorge Teixeira, Outubro de 2022.


Sumário
1.INFORMAÇÕES PRELIMINARES .................................................................................. 3
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................. 3
1.2 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ....................................................... 3
1.3 DADOS GERAIS DO EMPREENDIMENTO ................................................................ 4
1.4 DADOS TÉCNICOS DA EDIFICAÇÃO ......................................................................... 4
1.5 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO ....................................................................... 4
2.INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
3 . LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO AO EMPREENDIMENTO .................................. 7
4. OBJETIVOS GERAL ...................................................................................................... 8
5. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 9
6. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES ......................................................... 10
6.1 JUSTIFICATIVA DO TRATAMENTO ADOTADO ...................................................... 10
7. MEMORIAL DESCRITIVO SISTEMA DE TRATAMENTO EXISTENTE DOS
BANHEIROS ............................................................... Erro! Indicador não definido.
7.1 IDENTIFICAÇÃO ........................................................... Erro! Indicador não definido.
Dados: .............................................................................................................................. 13
Área de infiltração estimada: ............................................................................................ 13
Dimensões: ....................................................................................................................... 13
Volume estimado: ............................................................................................................. 11
Dimensões: ....................................................................................................................... 12
9. SISTEMAS DE TRATAMENTO .................................................................................... 15
9.1 TRATAMENTO PRIMARIO ........................................................................................ 16
Dados: ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
10. MEMORIAL DE CÁLCULO ............................................ Erro! Indicador não definido.
10.1 PARÂMETROS DE PROJETO .................................... Erro! Indicador não definido.
10.2 VAZÃO DE PROJETO .............................................................................................. 19
10.4 CARGA AFLUENTE DE DBO (L) ............................................................................ 21
10.4 EFICIÊNCIA GLOBAL DE REMOÇÃO DO TRATAMENTO ................................... 30
10.5 DISPOSIÇAÕ FINAL EFLUENTE TRATADO ........................................................... 30
11. MANUAL DE OPERAÇÃO.......................................................................................... 31
12.CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ............................................................................... 32
13. JUSTIFICATIVA DO TRATAMENTO ADOTADO ....................................................... 34
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 34
15. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 35
ANEXOS ........................................................................................................................... 37
37
GEOTEC ENGENHARIA RURAL Volume estimado: 3
EDEVANDRO TENORIO - ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA:16903-D/RO
E-MAIL: Licenciar.ambiental1@gmail.com

1.INFORMAÇÕES PRELIMINARES

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

EMPREENDIMENTO

Razão Social AGROINDUSTRIA FAMILIAR RIO ALTO -


ASPRURA
Atividade: Agroindústria de leite pasteurizado, iorgute e
queijo tipo mussarela.
CNPJ: 02.451.651/0001-23
Endereço Linha 655, Lote 02, Gleba 92.

Municipio: Governador Jorge Texeira


Representante legal: Celso de Carvalho
CPF: 723.346.902-44
Contato (69) 99296-0096

1.2 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome da pessoa Fisica: Edevandro Tenório da Silva

Nome Fantasia Geotec- Engenharia Rural

E-mail Licenciar.ambiental1@gmail.com
CPF: 973.775.542-15
Telefone (69) 99356- 6461
Endereço Rua Dom Pedro I,Esq. com Brasil 2497
Formação profissional: Engenheiro Ambiental,Pós-graduado
Eng. Geotécnica.
Registro no Conselho Regional/ UF CREA - RO
Número de Registro 16903-D
Anotação de ResponsabilidadeTécnica 8500130175
GEOTEC ENGENHARIA RURAL Volume estimado: 4
EDEVANDRO TENORIO - ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA:16903-D/RO
E-MAIL: Licenciar.ambiental1@gmail.com

1.3 DADOS GERAIS DO EMPREENDIMENTO

EMPREENDIMENTO
Denominação Associação dos Produtores Rurais Rio Alto -
ASPRURA
Município Governador Jorge Teixeira- Distrito Colina Verde
Endereço Endereço: Linha 655, Gleba 92, Lote 02 –
KM 50, Zona Rural

1.4 DADOS TÉCNICOS DA EDIFICAÇÃO

TIPOLOGIA

Classificação : Unidade Familiar de Processamento


Agroindustrial
UFPA- BENEFICIAMENTO DE LEITE E
DERIVADOS.
Uso da Edificação: Industrial

Nº de Pavimentos: Térreo

Total de Área Construída: 152,18m²

Total de Área do Terreno: 900,00m²

Dimensões Lineares do Terreno: Lado M-415/M-401 Comprimento 989,10m;


Lado M-401/M-402 Comprimento 468,87m;
Lado M-402/M-417 Comprimento
1989,75m; Lado M-417/M-415
Comprimento 492,08m.

1.5 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO

CARACTERISTICAS

Estrutura: Concreto Armado; pilares, sapatas,


vigas Baldrames e Aéreas tipo cintas
de amarração e peças de madeira de
lei que na base na Caixa d’água.
GEOTEC ENGENHARIA RURAL Volume estimado: 5
EDEVANDRO TENORIO - ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA:16903-D/RO
E-MAIL: Licenciar.ambiental1@gmail.com

Pé - direito: 3,50m.

Madeira e Cobertura: Estrutura em madeira o telhado de telhas


cerâmicas com inclinação de 0%, e esgotamento
de águas pluviais por meio de rufos e calhas que
dispersão as águas por dutos e tubos distribuídos
em diversos pontos do telhado.
Forro: PVC branco.

Sala de armazenamento: Vão de passagem: 2,10 x 0,70 metros,


destinada a estantes e/ou prateleiras e
freezers horizontais.
Portas de Acesso: Vidro temperado, INOX e alumínio.

Revestimentos: Internos, todos os ambientes com


revestimentos cerâmicos brancos.
Pavimentação: Internos: pavimentos em granilite polido
cinza 40mpa ABNT NBR 11801.

Nas Partes Externas cimento queimado,


nos calçamentos e circulações. 5.1:
Banheiros: Paredes revestidas por
revestimento cerâmico do piso ao teto ou
h= 200cm.
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2.INTRODUÇÃO

O presente Projeto tem por objetivo apresentar a descrição de um sistema


de tratamento de efluentes agroindustriais: AGROINDÚSTRIA FAMILIAR
RIO ALTO - ASPRURA contemplando tratamento primário, secundário e
terciário a ser instalado no município de Governador Jorge Teixeira-RO,
com geração diária de 3m³/dia de efluente dia. Neste Sistema de
Tratamento de Efluentes (ETE) serão instalados os seguintes
equipamentos:

❖ Caixa de gordura
❖ Fossa septica
❖ Sumidouro

Para garantir a segurança técnica na execução deste projeto, a empresa


proponente apresentará Atestado de Capacidade Técnica e relatórios de
monitoramento ambiental com o Registro de Atestado em andamento, para
tratamento de efluente proveniente de agroindústria de laticínio devidamente
registrado na entidade profissional competente, contendo a identificação do
emitente, laudo laboratorial datado e assinado, o qual comprove o
desempenho e performance.

3 . LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO AO EMPREENDIMENTO

A agroindústria familiar Rio alto - ASPRURA está localizada na Linha 655,


Lote 02, Gleba 92,Município de Governador Jorge Teixeira – Distrito Colina
Verde RO. O acesso ao empreendimento é feito, partindo de Jaru sentido a
Ariquemes percorre-se aproximadamente 7 Km na BR 364, vira-se à
esquerda onde logo depois passa a se chamar RO-463, que liga o município
de Governador Jorge Teixeira, dentro do município vire à esquerda sentido
do distrito de colina verde percorre por aproximadamente 35 Km, depois vire
à direita e percorra aproximadamente 2,5 Km, chegando ao empreendimento
em questão. Mapa de Localização no arcgis (AGROINDUSTRIA FAMILIAR
RIO ALTO - ASPRURA). Conforme podemos verificar na Figura 1.
8

Figura 1:Croqui de Localização

O estudo proposto neste sistema tem a finalidade de apresentar soluções para


o gerenciamento e tratamento de efluentes líquidos provenientes da
produção de derivados de leite de agroindústria familiar Rio Alto-ASPRURA
por meio do dimensionamento de uma estação de Tratamento de Efluentes
(ETE), garantindo benefícios à indústria e ao meio ambiente com a diminuição
dos impactos ambientais.

4. OBJETIVOS GERAL

O objetivo e tratar os efluentes gerados na Agroindústria familiar Rio Alto,


adequando-se às legislações vigentes, demosntrando a eficiência de um
sistema composto por Caixas de Gordura, fossa septica e sumidouro.
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5. JUSTIFICATIVA

É importante ressaltar que o Setor de Agroindústria é responsável pela


transformação, processamento e industrialização dos mais diversos
produtos produzidos no Brasil, sendo assim, o processo produtivo gera
efluentes com altas concentrações de compostos orgânicos dissolvidos,
sólidos suspensos e óleos e graxas. Para que possa ser possível fazer a
disposição final do efluente, o mesmo deve ser tratado por diferentes
processos, para que suas distintas cargas sejam reduzidas. Diante disso,
torna-se indispensável a continuidade e adequações necessárias no setor,
principalmente no âmbito sanitário e ambiental, visando atender as normas
legais vigentes. Segundo Naturaltec (2015), o tratamento tanque séptico e
sumidouro funciona por gravidade, sendo de fácil manejo e manutenção,
tendo aplicações no tratamento de despejos comerciais de altas ou baixas
cargas orgânicas, sendo que esses tratamentos são normatizados, pela NBR
7229/1993. De acordo com a essa NBR, o tanque séptico séptica apresenta
uma grande capacidade de retenção de sólidos (80%) e redução de carga
orgânica dissolvida (30%). Este trabalho teve o objetivo de avaliar a
eficiência do sistema tanque séptico e sumidouro no tratamento do efluente
proveniente de uma indústria de beneficiamento de leite localizada na cidade
Governador Jorge Teixeira (RO). Para tal propósito, estimou-se parâmetros
como: oxigênio dissolvido (OD), pH, turbidez e temperatura, para se
determinar a eficiência do sistema do tanque séptico e sumidouro e
comparar com as normas vigentes. Segundo Mendonça (2011), uma
unidade de beneficiamento de leite de pequeno porte que processa
aproximadamente 1.000 L de leite por dia, sendo a DBO do efluente da
ordem de 3.487 mg L-1 gera uma quantidade de efluentes 3 vezes maior
(3.000 L) que o volume de matéria prima processada por dia e possui poder
poluente semelhante ao de um núcleo populacional de aproximadamente
194 pessoas, considerando que em média cada habitante produza 54 g de
DBO dia-1 , ficando evidente a necessidade do tratamento dos efluentes
antes de seu lançamento no solo.
10

Por fim, justifica-se a essencialidade e o interesse público da referida


demanda, tendo em vista que o sistema proporcionará o descarte do efluente
em condições que não afete o equilíbrio do sistema receptor final (rios, solo,
etc.), fomentando assim a adoção de práticas sustentáveis, que
proporcionem o desenvolvimento de toda a sociedade, de forma ética,
apresentando resultados positivos para a economia e meio ambiente.

6. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

A estação de tratamento será implantada nas instalações da agroindustria


Familiar Rio Alto-ASPRURA , com coordenadas geográficas
10°31'15.10"S” de latitude e 62°56'38.90"O” de longitude . Na agroindustria
são fabricados os seguintes produtos: Iogurte,Leite pasteurizado e queijo
com uma capacidade beneficiamento de 1.000 litros de leite por dia.Sendo
aplicado a taxa de 3 por 1, e possivel concluir que teremos uma geração de
3 .000 litros de efluente a ser tratado.Este resíduo consiste basicamente de
água de lavagem de equipamentos e higienização , sendo o soro resultante
do processamento de queijos utilizado na alimentação animal.O sistema de
tratamento é composto por 3 caixas de gordura, que funcionam também
como tanques de equalização, e ligadas ao Tanque séptico de câmara
única e sumidouro.Logo após o efluente tratado sera descartado no corpo
receptor por aplicação com escoamento superficial no solo .

Dentre as principais características do material empregado para fabricação


dos equipamentos seguem: Alta resistência química,Durabilidade, podendo
ficar exposto ao tempo e Flexibilidade.

O tratamento proposto para a ETE deverá contemplar os níveis de


tratamento primário, secundário.

6.1 JUSTIFICATIVA DO TRATAMENTO ADOTADO

A escolha pelo sistema escolhido foi devido a vantagens como:


- Compactação da estação;
- Redução de custos;
- Sistema proposto prevê alta eficiência;
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7. MEMORIAL DE CÁLCULO SISTEMA DOS BANHEIROS

7.1 TANQUE SÉPTICO

Número de
Contribuição de esgoto Contribuição de lodo
Ocupantes
Habitação Ocupação Tipo Unitário Total Unitário Total
N
(L/pessoa.dia) (L/dia) (L/pessoa.dia) (L/dia)
Escritório padrão
Escritório Permanente 5 130.00 650.00 1.00 5.00
médio

Dados:
Intervalo entre limpezas: 2 anos
Temperatura do mês mais frio: 25 ºC
K = Taxa de acumulação de lodo: 97
T = Tempo de detenção de despejos: 1 dia
Lf = Contribuição de lodo fresco: 1 Litros/dias
C = Contribuição de esgoto:160 L/dia

Volume estimado:
V= 1000 + (C * T + K * Lf)
V= 1000 + 5 (160 * 1 + 97 * 1)
V= 2285 L ou 2.28 m³
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Dimensões:
Formato: Prismático
Número de câmaras: Câmara única
Comprimento: 200 cm
Largura: 100 cm
Profundidade útil: 120 cm
Volume efetivo: 2.4 m³

7.2 SUMIDOURO (TÉRREO)

Número de
Contribuição de esgoto
Ocupantes
Habitação Ocupação Tipo Unitário Total
N (L/pessoa.dia) (L/dia)
Residência padrão
Escritório Permanente 5 160.00 800
médio

Espessura da Tempo de duração do teste Rebaixamento de


Teste Camada
camada (m) (min) água (m)
1 1 1.00 30 0.30
2 1 1.00 30 0.30
3 1 1.00 30 0.30
13

7.2.1 Dimensionamento do sumidouro

Dados:
Taxa de percolação média do solo: 100 min/m
K = Taxa máxima de aplicação diária superficial: 0.160 m³/m².dia
;Cd= Contribuição de esgoto:800 L/dia ou 0,8 m³.

A = área total de inflitração (m)².

7.2.1.1 Área de infiltração estimada:

O dimensionamento do sumidouro trata-se basicamente de determinar a área total onde ocorrerá infiltração no
sumidouro. Tal valor pode ser determinado pela divisão do volume total diário estimado de esgoto (m³/dia) pela taxa
máxima de aplicação diária, nos dados acima .

7.2.1.2 Calculo de dimensionamento da area de infiltração estimada

A=Cd/K
A=0,8 m³./0,160 m³/m²
A=5 m²
Onde:

A: área total de infiltração (m²);


K: taxa máxima de aplicação diária (m³/m² dia);
Cd: contribuição diária (m³/dia).
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Dados de Dimensionamento :

Formato: Cilíndrico Número de sumidouros: 1


Diâmetro do sumidouro: 100 cm

A área total de infiltração, por sua vez, é a soma da área lateral com a área de fundo.

A= AL+AF

Em que:

A: área útil do sumidouro;


AL: área lateral abaixo da tubulação de lançamento do afluente;
AF: área de fundo do sumidouro.
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Para um sumidouro cilíndrico, como o proposto no projeto , com diâmetro D e altura útil H, as áreas de fundo e lateral podem
ser calculadas a partir das formulações abaixo:

A=AL+AF sabendo que ; AF=π*D2/4 , AL=π*D*H seguimos ao calculo da altura.

A=π*D*H+ π*D²/4
A=π*1*H+ π*1²/4
A=π*1*H+ π*1²/4
5=3,14H+0,785
5-0,785=3,14H
421,46=3,14 H
H=421,46/3,14
H=134 m

Calculo de dimensionamento

Para o empredimento proposto nosso sumidouro terá um diâmetro de 1,0 m e uma altura útil de 1,34 m. Área de infiltração
estimada: 5 m².

8. MEMORIAL DE CÁLCULO

8. SISTEMAS DE TRATAMENTO
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8.1 TRATAMENTO PRIMARIO

8.1.1 Caixas de Gordura

O sistema de tratamento é composto por 3 caixas de gordura, que funcionam também como tanques de equalização, interligadas
e ligadas ao tanque septico , constituído de 1 câmara e um sumidouro.

9.1.1.1 Caixa de gordura CGE (Térreo)

O cálculo da caixa de gordura construida em concreto segue a norma de acordo com a NBR 8160/99. Como descrito pela NBR
8160/1999, a caixa de gordura corresponde a uma unidade de retenção de gorduras, graxas e óleos presentes no efluente, que
forma camadas a serem removidas periodicamente, com o intuito de evitar a sua obstrução.

9.1.1.1.1 Dimensionamento

As caixas de gordura foram dimensionadas levando-se em consideração o numero de pessoas diárias e o local da sua
utilização, conforme fórmula V= (2xN) + 20, onde N é o número de pessoas e V = é o volume em litros, segue exemplo.

Serão dimensionadas 3 caixas de gorduras especial (CGE), prismática de base retangular,


com as seguintes características:
1) distância mínima entre o septo e a saída:
0,20 m;
2) volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula:

V = 2 N + 20
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onde:
N é o número de pessoas que contribuem para a caixa de gordura; V é o volume, em litros;
3) altura molhada: 0,60 m;
4) parte submersa do septo: 0,40 m;
5) diâmetro nominal mínimo da tubulação de
saída: DN 100.

Supondo que uma cozinha sirva aproximadamente 193,7 conforme o calculo da equivalencia populacional a seguir (N=193,7
pessoas ), o volume da caixa de gordura deverá ser calculado:

Volume: V = (2 x 193,7) + 20

V = 387,4 + 20

V = 407,4 litros

Volume de retenção

O cálculo do volume de retenção leva em consideração dimensões como Profundidade útil (cm), Comprimento (cm) e Largura
(cm).

V= Ab * HU/1000

Em que,

V: volume de retenção da caixa de gordura, em L;


Ab: área da base da caixa de gordura, que depende do formato da seção considerada, em cm²;
Hu: profundidade útil, correspondente à distância entre o fundo da caixa e a geratriz inferior do tubo de saída, em cm;
1/1000: conversão de unidade cm³ para Litro.
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Dimensões:

Comprimento (cm) ;100 cm


Largura (cm); 70 cm
Profundidade útil (cm); 60 cm

V= Ab * HU/1000
V= 7000 * 60 /1000
V= 420 Litros
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10.1 PARÂMETROS DE PROJETO

PARÂMETROS
coeficiente volumétrico:3 3 L.L-1
Vazão media de entrada : 3 m³ por dia - 0,375 m³/h – ou 0,1042 L/s

Tempo de operação (TO) = 08 horas/dia

Temperatura (ºC) 25

Concentração (C0) = 3,487 kgDBO/m³/dia

10.2 VAZÃO DE PROJETO

10.2.1 vazão diária – q1


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Adotamos o valor de 3 m³/ de efluente por 1000 de leite processado (admitindo o consumo de água igual à produção de efluente)
Então ja sabemos que teremos um volume de geração de efluente de :V=3000 L /diaV=3000/8 ( Horas de funcionamento )V=375
L/h,Ou seja a cada hora esta entrando do tanque de equalização 375 L de efluente por hora.

Levando em consideração que temos uma vazão de entrada volumetrica constante ao londo de 8 horas de funcionamento
podemos dizer que a cada hora temos um 0,375 m³ entrando no sistema .

VAZÃO - Q efluente = V/T

onde: V = volume, t = tempo, Q = vazão volumétrica do efluente a ser tratado.

Qe=3 m³/dia

Qe=0.375 m³/horas

Qe=6.25 Litros /minuto

Qe=0.1042 Litros /segundos

Vazão do efluente =
0.375 m³/ hora
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10.2.3 volume de efluente produzido

Adotamos o valor de 3 L de efluente por 1000 L de leite processado Consideramos, para os anos 0 e 5, o processamento de
1000 L de leite por dia Neste caso, como a vazão diária de efluente gerado pelo laticínio foi estimada é possível calcular o
coeficiente volumétrico de geração de efluente pela quantidade de leite processado, conforme detalhado a seguir:

COEFICIENTE VOLUMÉTRICO

CV = V /v ,logo CV= 3000/1000

CV=3 L.L-1

Assim, o coeficiente volumétrico do laticínio em estudo é igual a 3.

10.4 CARGA AFLUENTE DE DBO (L)

10.4.1 Dados de entrada relativos à vazão e à carga de DBO afluentes

Adotamos o valor de 3,487 kg de DBO por 1000 L de leite processado Consideramos, para os anos 0 e 5, o processamento de
1000 L de leite por dia . Para o ano 0, tem-se:
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CONCENTRAÇÃO :

Concentração:
3.487 kg/d.

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝐵𝑂 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑔𝑜𝑡𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 ( 𝑔 𝑑 ) = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 ( 𝑚3 𝑑 ) × 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ( 𝑔 𝑚3 )

Calcular o Equivalente Populacional (EP) de uma indústria que possui os seguintes dados concentração de DBO = 3487
kgDBO/m³ e Vazão media de 3 𝑚3 por dia
.

A carga de DBO é:

carga = vazão . concentração/1000

CARGA :

A carga de DBO é: L = vazão x concentração

L=Co*V1,logo temos ;
L= 3487x3/1000
L = 10.46 kg DBO/d

L=10.46 kg
DBO/dia
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A carga per capita representa a contribuição de cada indivíduo (expressa emtermos de massa do poluente) por unidade de
tempo. Uma unidade comumente usada é a de g/hab.d. Assim, quando se diz que a contribuição per capita de DBO é de
54g/hab.d, equivale a dizer que cada indivíduo contribui por dia, em média, com oequivalente a 54 gramas de DBO.

10.3.2 equivalencia populacional

Um importante parametro caracterizador dos despesos industriais e o da equivalencia populacional ,aonde forma matematica
se traduz a equivalencia populacional entre o potencial poluidor da industrial comunente em termos de materia organica em
determinada população ,a qual produz esta mesma carga poluidora.
A fórmula para o cálculo do equivalente populacio-nal de DBO é:Adotado o valor que e frequentemente utilizado de 0.054
gDBO/hab.d, tem-se:

E.P (equivalente populacional)= carga de DBO da indústria (kg/d/ contribuição per capita de DBO (kg/hab.dia

EQUIVALENCIA POPULACIONAL

EP = CARGA /CARGA PER CAPITA

EP = 10,46 kg-d /0,054 kg-hab.d

EP= 193,7 hab

Assim,os despejos desta industria possuem um potencial poluidor (em termos DBO) equivalente a uma população 193,7
habitantes .

EP=193,7/hab.
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10.3.3 Dimensionamento

10.3.3.1 Tanque séptico de câmara única

Unidade de apenas um compartimento, em cuja zona superior devem ocorrer processos de sedimentação e de flotação e digestão
da escuma, prestando-se a zona inferior
ao acúmulo e digestão do lodo sedimentado

10.3.3.1.1 volume total do tanque

Dados:
Temperatura do mês mais frio: 25 ºC
V = volume útil, em litros
N= número de pessoas ou unidades de contribuição; 193,7 pessoas
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco (Tabela 3 NBR 7229): 97
T = período de detenção, em dias (Tabela 2- NBR 7229): 1dia
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x
dia ou em litro/unidade x dia (Tabela 1 – NBR 7229): 1 Litros/dias
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia
ou em litro/unidade x dia (Tabela 1 - NBR 7229): 160 L/dia

V = 1000 + N (CT + K Lf)


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Volume estimado:
V= 1000 +N (C * T + K * Lf)
V= 1000 + 193,7 (160 * 1 + 97 * 1)
V= 50780 L ou 50,78 m³

V= 50,78 m³

Dimensões:
Formato: primatico
Número de câmaras: Câmara única
Profundidade útil: 210 cm
Largura :380 cm
Comprimento: 638 cm
Volume efetivo: 50,91 m³

10.3.3.2 Sumidouro

Segundo a norma NBR 13.969/97, sumidouro (também chamado de poço absorvente) é um poço escavado no solo, destinado
à depuração e disposição final do efluente no nível subsuperficial que utiliza o solo como meio filtrante e verticalizado, em
relação a vala de infiltração.

Justamente por ser uma unidade mais verticalizada, seu uso é favorável em regiões em que o aquífero é profundo, pois deve-
se sempre respeitar, segundo a norma, uma distância mínima de 1,50m entre o fundo do sumidouro e a cota máxima do aquífero.
26

Como você já deve imaginar, já que o sumidouro utiliza o próprio solo como meio filtrante, um dos principais fatores no correto
funcionamento do sistema de infiltração do efluente no solo depende,basicamente, das características do solo onde é
instalado o sumidouro.

SUMIDOURO (TÉRREO)

Número de
Contribuição de esgoto
Ocupantes
Habitação Ocupação Tipo Unitário Total
N (L/pessoa.dia) (L/dia)
Residência padrão
Escritório Permanente 193,7 160.00 30,992
médio

Espessura da Tempo de duração do teste Rebaixamento de


Teste Camada
camada (m) (min) água (m)
1 1 1.00 30 0.30
2 1 1.00 30 0.30
3 1 1.00 30 0.30

10.3.3.3 Dimensionamento do sumidouro


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Dados:
Taxa de percolação média do solo: 100 min/m
K = Taxa máxima de aplicação diária superficial: 0.160 m³/m².dia
;Cd= Contribuição de esgoto:30,992 L/dia ou 30,99 m³.

A = área total de inflitração (m)².

10.3.3.4 Área de infiltração estimada:

O dimensionamento do sumidouro trata-se basicamente de determinar a área total onde ocorrerá infiltração no
sumidouro. Tal valor pode ser determinado pela divisão do volume total diário estimado de esgoto (m³/dia) pela taxa
máxima de aplicação diária, nos dados acima .

A=Cd/K
A=30,99 m³./0,160 m³/m²
A=193,7 m²
Onde:

A: área total de infiltração (m²);


K: taxa máxima de aplicação diária (m³/m² dia);
Cd: contribuição diária (m³/dia).

Dados de Dimensionamento :
28

Formato: Cilíndrico Número de sumidouros: 1


Diâmetro de cada sumidouro: 300 cm
Para um sumidouro cilíndrico, como o proposto no projeto , com diâmetro D e altura útil H,
as áreas de fundo e lateral podem ser calculadas a partir das formulações abaixo:

A área total de infiltração, por sua vez, é a soma da área lateral com a área de fundo.

A=AL+AF

A=AL+AF sabendo que ; AF=π*D2/4 , AL=π*D*H seguimos ao calculo da altura.

A=π*D*H+ π*D²/4
A=π*2*H+ π*2²/4
193,7=6,28H+3,14
193,7-3,14=6,28
190,56=6,28H
H=190,56/6,28
H=30,34

A área total de infiltração, por sua vez, é a soma da área lateral com a área de fundo.
10.4 EFICIÊNCIA GLOBAL DE REMOÇÃO DO TRATAMENTO

Estima-se a Eficiência Global (Ef) para o tratamento adotado conforme equação a seguir:

Ef = So DBO (mg/l)- SF DBO (mg/l)/ So DBO (mg/l)*100

Onde:
So = DBO de entrada do tratamento;
SF = DBO de saída .

Ef=So- SF/ So*100

Ef=3.487(mg/l)-348,7(mg/l)/ 3.487*100

Ef= 90%

Ef= 90%

10.5 DISPOSIÇAÕ FINAL EFLUENTE TRATADO

A disposição no solo é também um processo viável e aplicado em diversos locais do


mundo.A aplicação de esgotos no solo pode ser considerada uma forma de disposição final,
de tratamento (nível primário, secundário ou terciário), ou ambos . A destinação de descarte
será por aplicação com escoamento superficial. O efluente tratdo será distribuído ao longo
da faixa superior do terreno com declividade, através do qual escoam, até serem coletados
por valas na parte inferior. No empreendimento o terreno possue uma baixa permeabildade.A
percolação pelo solo é, portanto, baixa, com a maior parte do líquido escoando
superficialmente. Parte do líquido é também perdida por evapotranspiração. A aplicação do
descarte é intermitente. A aplicação será por tubulações de distribuição com aberturas
intervaladas .

11. MANUAL DE OPERAÇÃO

DIARIAMENTE

Esgotamento e limpeza da peneira de estatica de modo a evitar acúmulo e


perda de eficiência;

MENSALMENTE

Esgotamento do lodo remanescente no Fliltro anaerobico de modo a evitar


acúmulo e perda de eficiência;

SEMESTRALMENTE

Análises laboratoriais dos Efluentes Bruto e Tratado, respectivamente,


necessárias ao controle operacional e ambiental do tratamento;

ANUALMENTE

Verificação da necessidade de limpeza do tanques ;


Verificação da necessidade de manutenção das camadas dos wetlands .
12.CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

CRONOGRAMA DE EXECUÇÕES

CRONOGRAMA -ASPRURA
SISTEMA DE TRATAMENTO Ano REF

2022/2023

ITEM DESCRIÇÃO MESES


SISTEMA
TRATAMENTO 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
AGROINDUSTRIA- ASPRURA

1 IMPLANTAÇÃO
• • • •
SERVIÇOS GEOTÉCNICOS
• Fundações e
estrutura
• Locação da obra
• Escavações

2 PROJETO
EXECUÇÃO DO • • • • • • • • • • • •
PROJETOS E • • •
DETALHAMENTOS
• Preparo do leito
para assentamento da tubulação
• Assentamento da
tubulação
• Aterro das valas
• Cercado e
urbanização da ETE

3 MONITORAMENTO

SISTEMAS DE
MONITORAMENTO

• • • • • • • • • • • •

Retirada lodo • • • • • • • • • • • •
Manutenção na ETA • • • • • • • • • • • •
Analises meio filtrante • • • • • • • • • • • •
Analises caixa de inspeção • • • • • • • • • • • •

4 ANALISES DE AGUA • • • •
PROGRAMAS AMBIENTAIS • • • • • • • • • • • •
5

O Quadro mostra o cronograma físico indicando as medidas emergenciais imediatas, de curto, médio e longo prazo, ao
longo do período de de 1 ano, considerado como horizonte de planejamento ao presente sistema de tratamento.
13. JUSTIFICATIVA DO TRATAMENTO ADOTADO
A escolha pelo sistema escolhido foi devido a vantagens como:
- Compactação da estação;
- Redução de custos;
- Sistema proposto prevê alta eficiência.

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há de se considerar que todos os equipamentos, processo de implantação


entre outros fatores consideráveis no processo de implantação da fossa séptica
e seus acessóriosacima identificados devem necessariamente atender as
legislações vigentes, especialmente as NBRs: NBR- 7229/93 e NBR- 13969/97.

A Sondagem Investigativa técnica está registrada sobre o número (Registro de


Responsabilidade Técnica – CREA 16903-D) (Memorial Descritivo e de cálculo)
Sob ART: 8500130175. O projetista não se responsabilizará por eventuais
alterações deste projeto durante sua execução. As definições dos
equipamentos sanitários aplicados no projeto, não devem ser, em hipótese
alguma, extrapolados sem prévia consulta e autorização do projetista.
Recomendamos que sejam utilizados produtos de qualidade e confiabilidade
comprovadas. A qualidade da instalação depende diretamente do material
utilizado. Este projeto foi baseado no layout e informações fornecidas pelo
arquiteto ou proprietário. Verificação da necessidade de manutenção no
sistema de tratamento. Assumo sob a pena da Lei que as informações
descritas são verdadeiras.

Eng° Edevandro Tenório

CREA/RO 16903-D
15. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR


13.969:1997 tanques sépticos – unidades de tratamento complementar e
disposição finaldos efluentes líquidos – projetos construção e operação.
Rio de Janeiro, 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).NBR


7229:1993 projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos. Rio deJaneiro, 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 12209–


Elaboração de projetos hidráulicos-sanitários de estações de tratamento de
esgotos sanitários” Rio de Janeiro/RJ, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 12208–


Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário”. Rio de Janeiro/RJ,
1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 9649–


Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário”. Rio de Janeiro/RJ, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 7372 NB


115 – Execução de tubulações de pressão - PVC rígido com junta soldada,
rosqueada, ou com anéis de borracha”. Rio de Janeiro/RJ, 1982.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 9822 NB


778 – Execução de tubulações de PVC rígido para adutoras e redes de água”.
Rio de Janeiro/RJ, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 5680 PB


277 – Dimensões de tubos de PVC rígido”. Rio de Janeiro/RJ, 1977.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 5648 EB


892 – Sistemas Prediais de Água Fria – Tubos e Conexões de PVC 6,3, PN
750 Kpa, com junto soldável – Requisitos”. Rio de Janeiro/RJ, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT – “NBR 8417 EB


1477 – Sistemas de ramais prediais de água, tubulação polietileno –
Requisitos”. Rio de Janeiro/RJ, 1999.

NORMA TÉCNICA DIN – “DIN 8074 / 75 / 77 / 78 – Fabricação de Tubulação


PEAD para uso em rede de adutoras de água, esgoto, mineração e irrigação”.
NETTO, JOSÉ MARTINIANO DE AZEVEDO – “Manual de Hidráulica”. Editora
Edgard Blücher Ltda. São Paulo/SP, 1998.

NUNES, José Alves, tratamento físico-químico de águas residuárias


industriais, 4ª edição revista e ampliada – Aracaju: Gráfica Editora J.
Andrade LTDA, 2004.

RICHTER, Carlos A.; NETTO, José M. de Azevedo. Tratamento de Água:


tecnologia atualizada – São Paulo: Blucher, 1991.
ANEXOS

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