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O apóstolo Pedro foi um dos primeiros discípulos escolhidos por Jesus. Pedro também é chamado
na Bíblia de Cefas, Simeão e Simão. Neste estudo bíblico conheceremos mais sobre a história de
Pedro, apóstolo do Senhor Jesus.
A História de Pedro
O apóstolo Pedro era natural de Betsaida, na época uma aldeia de pescadores não muito distante
de Cafarnaum e que ficava na região costeira do mar da Galiléia (João 1:44). Pedro também tinha casa
em Cafarnaum, na Galiléia (Marcos 1:21s). Alguns sugerem que sua residência realmente fosse em
Cafarnaum, e Betsaida apenas sua aldeia de origem.
O apóstolo Pedro era irmão do apóstolo André, um pescador de profissão assim como ele. É bem
provável que seu pai, Jonas, também fosse um pescador (João 1:42). O apóstolo Pedro era casado,
tendo sido sua sogra curada por Jesus (Marcos 1:30). Além disso, é possível que sua esposa
frequentemente o acompanhasse em viagens ministeriais na Igreja Primitiva (1 Coríntios 9:5).
Pedro possuía uma educação considerada limitada e falava o aramaico com forte sotaque da
região da Galiléia (Mateus 26:73; Marcos 14:70); idioma que também utilizava para ler e escrever. No
entanto, Pedro também falava um pouco de grego, muito provavelmente por conta de sua profissão
que exigia constante contato com gentios. O grego era muito utilizado na época, sobretudo nas
cidades de Decápolis.
O apóstolo Pedro também foi o discípulo que, conforme Jesus havia dito, o negou três vezes
antes que o galo cantasse duas vezes na ocasião que envolve a prisão e crucificação do Senhor. Na
verdade essa sua negação contrasta diretamente com o comportamento valente e violento que ele
demonstrou ao cortar a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote, durante a prisão do Senhor. Diante
do olhar de Jesus, ao lembrar-se das palavras do Mestre, Pedro se arrependeu
profundamente (Mateus 26:34-75; Marcos 14:30-72; Lucas 22:34-62; João 18:27).
É possível que o apóstolo Pedro tenha testemunhado a crucificação, apesar dos Evangelhos não o
mencionarem (cf. 1 Pedro 5:1). Cristo ressurreto apareceu pessoalmente ao apóstolo Pedro (Lucas
24:33,34; 1 Coríntios 15:5).
Na época da forte perseguição em Jerusalém após a morte de Estêvão, o apóstolo Pedro também
estendeu sua atuação ministerial a outros lugares, como em Samaria em decorrência da grande
evangelização de Filipe ali, nas cidades costeiras de Lidia, Jope e Sarona. É possível que nesse período
Tiago então tenha assumido a liderança em Jerusalém.
O apóstolo Pedro também foi o responsável por anunciar as boas novas à família de Cornélio em
Cesaréia (Atos 10:1-45). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo informa que Pedro também esteve em
Antioquia (Gálatas 2:11). Na verdade é nesse relato que encontramos a referência sobre o conflito
entre os apóstolos Paulo e Pedro, quando Pedro agiu dissimuladamente se associando aos cristãos
gentios e depois se afastando deles ao temer a pressão do “grupo da circuncisão” que aceitava os
gentios na Igreja desde que estes se submetessem ao cerimonial da Lei de Moisés.
O comportamento do apóstolo Pedro acabou influenciando até mesmo Barnabé. Então Paulo o
repreendeu publicamente pelo comportamento, considerado por ele, como hipocrisia. No entanto,
essa situação foi completamente resolvida, e o próprio apóstolo Pedro mais tarde se referiu a Paulo
como “nosso amado irmão” (2 Pedro 3:15).
Na Epístola aos Coríntios, também somos informados da divisão que havia em tal igreja. Um dos
grupos divididos ali alegava seguir o apóstolo Pedro, enquanto outros diziam ser de Paulo, Apolo e
Cristo. Isso indica que provavelmente em algum momento ele esteve pessoalmente visitando aquela
igreja.
Existe uma tradição muito antiga e uniforme dentro do cristianismo de que o apóstolo Pedro tenha
sido martirizado em Roma por volta de 68 d.C., assim como foi Paulo. Tertualiano (200 d.C.)
defendeu tal informação, e Orígenes afirmou que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, uma
informação também presente em alguns livros apócrifos.