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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

PSICOLOGIA

MILLENA PEREIRA, RAFAELA MELO, SABRINA SACRAMENTO,


THIAGO RODRIGUES

SEXUALIDADE E GLOBALIZAÇÃO
Psicologia e Globalização

RIO DE JANEIRO
2020
MILLENA PEREIRA, RAFAELA MELO, SABRINA SACRAMENTO,
THIAGO RODRIGUES

SEXUALIDADE E GLOBALIZAÇÃO
Psicologia e Globalização

Trabalho sobre a sexualidade em tempos de


globalização apresentado à disciplina de Psicologia
e Globalização do curso de Psicologia do Centro
Universitário Augusto Motta sob a orientação do
professor Maicon Silva.

RIO DE JANEIRO
2020
INTRODUÇÃO

Vivemos em um mundo globalizado há algumas décadas, e não é difícil perceber as


intensas transformações que ocorreram ao longo do processo de globalização, que nunca se
esgota. O conceito de globalização é multidimensional e histórico, e vai apontar “para
tendências, para dimensões mundiais, para o impacto, para conexões mundiais e fenômenos
sociais” (THERBORN, 2001, p. 122) que estão presentes ao redor do globo.
A noção de globalização está relacionada a múltiplas manifestações globais,
entretanto, para Therborn (2001), ela surge em cinco tipos centrais de discurso, que
perpassam os aspectos econômico, sócio-político, sócio-crítico, cultural e ecológico que
foram sendo transformados pela globalização. A partir deles é possível, além de analisar os
efeitos sobre os países e populações espalhadas pelo planeta, constatar o caráter
multidimensional da globalização, visto que ela não produz consequências em âmbitos
específicos, mas sim em todas as esferas da vida humana (THERBORN, 2001).
Uma das consequências mais populares dos fenômenos da globalização, além das
transformações econômicas, sociais, políticas e culturais, é a crescente intensificação da
tecnologia. A “sociedade em rede”, que se dá por meio da mídia e da internet, cresceu
exponencialmente nos últimos anos devido à globalização, e isso modificou
significativamente as relações estabelecidas entre os indivíduos (SILVEIRA, 2004).
A sexualidade humana é um tema complexo, plural e extensamente discutido por
teóricos, mas muitos de seus aspectos ainda são considerados um tabu. A vivência da
sexualidade está intimamente ligada a processos sociais, culturais e históricos (EW, 2017),
visto que as concepções presentes nas sociedades vão se modificando ao longo dos anos, e na
globalização mudam de forma muito mais rápida.
Como os seres humanos são diversos e possuem inúmeras vontades, necessidades,
personalidades, desejos, expectativas, escolhas e etc., não é possível falar de uma sexualidade
apenas, e sim de várias. Essa pluralidade de possibilidades é produto de “marcadores como
idade, raça/etnia, nacionalidade, classe social e orientação sexual” (EW, 2017, p. 51) que
caracterizam os sujeitos e suas relações estabelecidas com a sexualidade.
Nesse sentido, essas relações têm sido modificadas a partir da popularização da
internet no começo deste século, especialmente pelo crescente uso de smartphones que
possuem um custo mais acessível aos consumidores. Dessa forma, a utilização de sites de
relacionamento e aplicativos de celulares objetivando encontros amorosos e sexuais aparece
com um dos efeitos da globalização na sexualidade humana (BELELI, 2017).
DESENVOLVIMENTO

A rede de computadores, antes utilizada de forma restrita em pesquisas e instituições,


agora constitui um sistema de comunicação amplo e inesgotável que abrange grande parte da
população mundial. A internet, dessa forma, foi transformada em parte da cultura de massa
(CASTELLS, 2000; 2003; LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2000; 2003 apud SILVEIRA,
2004) no mundo globalizado, e passa a fazer parte da vida de bilhões de pessoas.
Usa-se a internet para atividades como o estudo, o trabalho e para manter-se
informado sobre as notícias locais e globais, entretanto, por sua natureza múltipla, também é
possível obter entretenimentos diversos, além de estabelecer comunicação e interação com
outros indivíduos, como forma de lazer (SILVEIRA, 2004). Sendo assim, os diálogos
mantidos em chats, sites e aplicativos são utilizados para criar novos vínculos, sejam eles de
amizade, amorosos ou sexuais.
Segundo avaliação feita por psicólogos (KRAUT et al., 2003 apud SILVEIRA, 2004),
da mesma maneira que os avanços tecnológicos proporcionados pela internet facilitam as
pesquisas acadêmicas, as compras online, e até o trabalho à distância, também tornam os
encontros amorosos ou sexuais mais fáceis e rápidos. Dessa forma, essa constante expansão
do uso da internet permitiu o estabelecimento de redes que intensificaram os contatos nas
esferas do desejo e da intimidade (BELELI, 2017), produzindo impactos na expressão da
sexualidade na contemporaneidade.
A utilização de aplicativos de relacionamento é um dos exemplos da expansão da
globalização, sendo possível identificar facilmente os inúmeros efeitos de tal dinâmica nas
relações sociais, tanto as mais superficiais, quanto as relações mais intimistas. A busca por
relacionamentos de forma virtual tem sido algo recorrente na vida de muitos indivíduos, e
com isso, é possível perceber a popularidade crescente de aplicativos como o Tinder e sites de
relacionamento como o Par Perfeito (BELELI 2015; 2017).
Dessa forma, o processo de se relacionar vem passando por mudanças, tendo o avanço
da tecnologia como um dos causadores dessa modificação, que vem sendo utilizada como um
recurso para tornar as vivências amorosas mais facilitadas. Um dos fatores que incentivam a
utilização de aplicativos é o fato da possibilidade de moldar a si mesmo através da criação de
um perfil em sites, onde a construção do eu é, de certa forma, manipulada e tem por intuito
mostrar uma imagem que remeta a determinados simbolismos e sentidos que o indivíduo
busca transmitir ao outro (BELELI, 2017).
Segundo a socióloga Eva Illouz (2009 apud BELELI, 2017), o que é consumido está
intimamente ligado à ideia de identificação e afinidade entre os sujeitos. A empatia é
produzida, à priori, no primeiro contato com o “estilo de vida” do outro, seguido pela
exploração de fotografias que ajudam na criação de tal imaginário que se encaixa ou não na
ideia de parceria amorosa. Portanto, “carreiras exitosas, beleza, força são algumas
características recorrentes na construção de si” (BELELI, 2017, p. 339), e a avaliação
minuciosa de aspectos que compõem a imagem como, por exemplo, roupas, lugares e objetos
de valor utilizados pelos pretendentes, é realizada com facilidade aplicativos e sites.
Assim, ferramentas estão sendo constantemente aprimoradas com o intuito de
segmentarem perfis de interesses, diminuir a possibilidade de risco em relação a um encontro
desfavorável e tornar o processo de conquista direcionado (MOURA; CÔRTES, 2015). Além
das já citadas, Tinder e Par Perfeito, também existem outras ferramentas para busca de
relacionamentos, como o “Hornnet”, “Adote um cara”, “Bumble”, “Love Project”, “Happn”,
“Flert”, “Badoo”, “Date me”, dentre outros (MOURA; CÔRTES, 2015).
O acesso instantâneo à diversas informações de um indivíduo também favorece a
dinâmica ao qual há o descarte ou valorização através da investigação prévia do sujeito em
aplicativos. Tal avaliação mútua onde a aparência ganha centralidade, pode acarretar em
exclusões, julgamentos prévios equivocados e preconceitos tanto em relação à classes sociais
quanto de gênero e raça (BEBELI, 2017).
Nesse sentido, Jonathan Keane (2006 apud BAUMAN, 2008) vai falar sobre os
indivíduos que usam a internet para buscar alguém possuidor de um “perfil ideal” para se
relacionar, compreendendo essa dinâmica como algo que afasta os sujeitos de suas emoções,
e, além disso, sendo também uma atividade que faz com que as pessoas pareçam “peças na
vitrine de um açougue” (p. 133).
A sociedade atual é nomeada por Bauman (2008 apud ACSELRAD; BARBOSA,
2017) como “modernidade líquida”, que se caracteriza pela eliminação das divisões entre
consumidor e mercadoria, onde o consumidor passa a ser um objeto consumido. Assim, é
possível observar uma constante fluidez, efemeridade e o rápido descarte, sendo que os
relacionamentos amorosos também são atravessados pelas características da modernidade
líquida.
É possível visualizar as relações consumistas nos relacionamentos, como é abordado
por Bauman em “O amor líquido”, onde ao falar das relações amorosas, as descreve como
uma mercadoria a ser consumida: “guiada pelo impulso [...] tal como outros bens de consumo,
ela deve ser consumida instantaneamente [...] e usada uma só vez, ‘sem preconceito’. É, antes
de mais nada, eminentemente descartável” (BAUMAN 2004 apud ACSELRAD; BARBOSA,
2017, p. 165).
Neste sistema, para se livrar de um vínculo afetivo só é preciso se desconectar, já que
o "silêncio equivale à exclusão" (BAUMAN, 2004 apud MOURA; CÔRTES, 2015, p. 3),
dessa forma, o ato de conectar ou desconectar acaba sendo o agente mantenedor dos
relacionamentos (MOURA; CÔRTES, 2015), onde os aplicativos, sites de relacionamento e
redes sociais mantêm esse universo vivo.
A facilidade para marcar encontros e conhecer parceiros é uma das características mais
evidentes, mas além das questões complexas já citadas, os ambientes virtuais também podem
servir para propagar práticas violentas nas relações afetivo-sexuais: o chamado abuso online
ou digital, caracterizado por humilhações, insultos, ameaças, controle, isolamento e etc. Sendo
assim, possui certa similaridade aos abusos que acontecem fora (offline) do ambiente digital,
exceto que, dada a natureza de compartilhamento e disseminação na internet, apresenta um
maior potencial de reprodução (FLACH; DESLANDES, 2019).
O abuso digital pode ocorrer de diversas maneiras, tendo o sexting não consentido, o
reveng porn e o controle/monitoramento de parceiros(as) como algumas das principais. O
sexting pode ser definido como o envio de mensagens de texto, fotos e vídeos sensuais, com
ou sem nudez, com o intuito de estimular a pessoa ou o grupo, sendo uma modalidade de
“sexo virtual” possibilitado pela expansão do uso da internet que, quando consentido, não é
um abuso (FLACH; DESLANDES, 2019).
Entretanto, quando há uma exposição não autorizada a terceiros que não estavam
envolvidos na prática, é considerado um tipo de reveng porn e, portanto, um abuso digital. O
reveng porn geralmente ocorre após o término de um relacionamento afetivo-sexual como
forma de retaliação e vingança, sendo entendido como o compartilhamento de fotos (semi-
nudes ou nudes) e vídeos íntimos (sex tapes) na internet, com o objetivo de degradar a
imagem do(a) ex-parceiro(a) (FLACH; DESLANDES, 2019).
Sendo assim, esse tipo de abuso online pode causar uma humilhação pública para o
indivíduo, e o sofrimento causado a partir da divulgação indevida de conteúdos íntimos pode
ser caracterizado como um abuso psicológico e emocional. Essas práticas têm o potencial de
provocar danos à identidade, à autoestima, à integridade, à privacidade e também à imagem
pública do sujeito, afetando seu psiquismo (FLACH; DESLANDES, 2019).
Há também o controle/monitoramento do(a) parceiro(a) afetivo-sexual, prática abusiva
cada vez mais comum que pode ser feita de diversas formas, tais como: rastreamento de
quando o indivíduo esteve conectado pela última vez utilizando sua senha pessoal,
visualização de e-mails e mensagens recebidas sem a autorização do(a) parceiro(a), criação de
perfis falsos em redes sociais para monitorar e controlar as atividades do sujeito, e, devido as
inovações tecnológicas, nos últimos anos também é possível instalar aplicativos de
rastreamento, controle e monitoramento, sem que, na maioria das vezes, o(a) parceiro(a)
sequer tenha ciência disso (FLACH; DESLANDES, 2019).
Esses aplicativos de rastreamento se tornaram populares devido à crescente demanda
por controle/monitoramento e, muitas vezes, são ofertados gratuitamente em lojas online
presentes nos smartphones. Com eles, é possível controlar à distância o aparelho celular do(a)
parceiro(a) e suas senhas, localizar em tempo real onde ele(a) está através do GPS, e ter
acesso às mensagens de textos e àquelas postadas e recebidas em redes sociais como
Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp (FLACH; DESLANDES, 2019).
É possível perceber que os fenômenos ocasionados pela globalização têm inúmeras
consequências para a sexualidade, ora favorecendo os encontros amorosos e sexuais, podendo
ser o meio pelo qual muitas pessoas encontram relacionamentos duradouros, ora servindo
como forma de produzir preconceitos, exclusões e abusos, “manipular” a autoimagem com o
intuito de agradar o outro, e também propiciar o descarte mais rápido das relações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As diversas transformações ocasionadas pela globalização nos mais diversos âmbitos


das relações humanas, especialmente as mudanças que a crescente disseminação da internet
proporcionou para a sexualidade humana, demonstram a necessidade de psicólogas e
psicólogos analisarem suas condutas com relação às questões que acompanham todos esses
fenômenos contemporâneos.
A partir de estudos, aprofundamentos e reflexões sobre as influências da globalização
na sexualidade, será possível aos profissionais analisar as diferenças ocasionadas por tais
processos, lançando novos olhares e compreensões sobre os comportamentos humanos. Como
característica de um mundo globalizado, o ritmo acelerado de mudanças está intrínseco a
todas essas transformações, portanto, é importante que a Psicologia acompanhe esses
movimentos para que o trabalho seja pautado no que há de mais novo nas relações humanas.
Como foi possível perceber, a internet está influenciando inúmeros aspectos
relacionados à sexualidade humana, desde as inovações criadas para facilitar encontros
amorosos e sexuais, até os diversos abusos digitais cometidos contra parceiros(as) e ex-
parceiros(as) que afetam a saúde mental dos indivíduos, dado o caráter de exposição e
humilhação presente nessas práticas.
Aplicativos como o Tinder e sites como o Par Perfeito são famosos em questão de
aproximação de pessoas ao buscar encontros e formar relacionamentos, contudo, é possível
perceber que conforme sua popularidade cresce, também surgem mais casos de manipulações
e humilhações, de localizações e informações pessoais sendo expostas na internet, do
compartilhamento de conteúdos íntimos não consentidos e, também da baixa autoestima que
tais ferramentas podem causar caso o sujeito não consiga encontrar alguém que se interesse.
O presente trabalho foi primordial para compreender que psicólogas e psicólogos
deverão intervir em sofrimentos, dependências emocionais e comportamentos abusivos que
poderão surgir devido à relação entre ambientes virtuais e expressão da sexualidade no mundo
globalizado. Dessa forma, há que se ter um olhar não somente sobre o indivíduo adoecido, e
sim sobre todos os fenômenos contemporâneos que o levaram àquele estado.
Portanto, fazem-se necessárias pesquisas e debates acerca de sexualidade em tempos
modernos e da popularização dos relacionamentos virtuais, advindos da expansão da internet
e de aplicativos de relacionamentos, para compreender formas de evitar exposições
desnecessárias e reduzir os riscos e abusos gerados ao redor deste conceito, buscando também
entender o papel da Psicologia neste meio, e como é possível atuar diante de novas formas de
sofrimento, que se desenvolvem paralelamente à globalização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Uma análise dos relacionamentos amorosos na contemporaneidade a partir da
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