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t, ..)li ti. .,risir ,l.linr:lro de Írlutrição de Gado de Leite

A.t.GUiíA§ UOilriiDERÇDES SOBRE STLAGENS DE SORGO


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M z, Dsc. proÍessor B:r3?Tii:;;
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Mz, Doul.rnado ., 3:ff"ts*=:l 5lf :
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Gustavo Henrique De Fr,as Castrõ

1. TNTRODUçÃO

O sorgo tem como origem a África e parte da Asia. Apesar de ser uma cultura muito
antiga,
somente a partir do fim do século XIX é que teve um grande desenvolvimento em
muitas regiÕes
agrícolas do mundo (Veiga, '1986). Bernardino (1996) ãÍirma que a cuttura de sorgo páriiorugr*
já deve ocupar de 30'35% da área total cultivada no país e a expectativa
é de g-r"'r"rt" década
cresça para 50% do total cultivado para a produção de silagem.

Segundo Fontes & Moura Filho (1979), o sorgo é muito resistente à desidratação devido
ao seu
ststema radicular íibroso e muito extenso (óodendo atingir 1,5m de profunáidade,
t5 valor este
normalmente 507o maior que o- do milho), ao ritmo de iranspiração
eficaz (retardamento oo
crescimento) e características Íoliares das xeróÍitas, como a sérosidade
pilosidade, que reduzem. a perda de.água da planta. Antunes (1979)
e a ausência de
estudanoo as-ãxigàncias
climáticas do sorgo considerou que com menos de 450 mm anuais, a cultura só
1
deverá ser Íeita
com irrigação. No entanto com o desenvolvimento de variedades e híbridos
I precoce' o ciclo destas culturas requer, para seu completo desenvolvimentg, de maturação
cerca de ggomm de
rb chuva, desde gue este total apresente boa distribulção nos três meses srb""qúente.
i semeadura. Apesar desta resistência à seca o r;o.rgo temdois períodos
critúôi em quãã'cuitura"
exige umidade no solo. o primeiro é o que vai até 2o a zs dias após a germinação.
: corresponde ao período próximo ao florescimento. Aliada a estas
E o segundo
:'
possibilidade de aproveitamento da rebrota, que pode produzir características há a
até 600/o oa póoução o" H,rS oo
primeiro corte (Zago, '1991).

,8
!. o uso do sorgo na Íorma. de silagem e íavorecido por esta cultura apresentar níveis
de
carboidratos solúveis,,capacidade tampão relativamente baixa, conteúdo de matéria
seca-acima
de 20 '/" e estrutura Íísica que Íavorece a compactação durante o enchimento do
silo. Segundo
.?,, Araújo et al (2002) a siiagem de sorgo apresenta varias vantag"n. qránáo .orüãoã
'l
siiagem de milho, incluindo menores custos de prcdução, maiór tolerância a esiiageÁ, "orn "
assim
como melhor capacidade de.se recuperar após longcs pórÍodos de estiagem e maior p"ràouçao
oe
matéria seca sob estas condíções.

2, CULTIVARES E CARACTERíSTICAS AGRONÔI,: 'AS

Segundo viana et al i^ 001), atualmente estão disoo: r/eis no mercado três lipos de sorgo como
recurso forrageiro: os sorgos graníferos, os forrageiros e sacarinos, além dos cultivares
ãe oupto
)0 propósito, Estes cultivares variam na altura, produção de matéria
bromatolÓgica, produzindo
seca composição e
silagens com valores nutritiios diÍerentes. os cultivares
variam de 1,oo-1 ,60 metros, com panículas bem desenvolvidas e grãos Oe tamann'o !ránit.ro,
granOe
produzindo silagens de valor nutritivo superior
?o de silagens dos sorgos fonageiros de porte atto.
os sorgos do tipo forrageiro são adaptados pãra prooução de silagem e para corte verde, com
altura entre 2 e 3 metros. Além disso, existem cultivares de duplo propósito (Íorragem
à-grão;,
com altura média em lorno de 2 metros. Os cultivares de porte alto produze, Jil"g"n.
valores nutritivos normalmente inferiores aos de uma boa silagem de miího devido a
,áa menor
proporção de grãos na massa ensilada (Zago, 1997). O úrgo forrageiro apresenta grande
"o111

potencial para utllização, já que possui eievada produtividade, bóa adequação


á mecanizãçao e
grande versatilidade, podendo ser utilizado como íeno, pastejo, corte diretô
e silageÀ leorgur,
1995; Bernardino, 1996). No entanto para Silva (1996), um dos probtemas enÍrentados no
processo de ensilagem é o acamamento da Íorragem a ser utiiizada, sendo
encontrada correlação
positiva entre altura das plantas e porcentagem de acamamento. Segundo ast" ártor, a

**tÁ
i:.[ Sirr.,' a;.r Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
pcssibitidade de acarrar''r,;::tc é maior para cultivares Íorrageiros, tornando-se preocupante
quanüo a C,.nsid:de de pt;'61'o por hectare é muito alta.
Í;
Segundo Cummr,rs íl)7 1), os critérics para seleção de híbridos de sorgo oara silagem têm sido,
CC
principalmente, aitura ;.1,-.- planta, produtividade. crodução de grãos, resistência a doenças e pragas
e tolerância à seca. E
g
r:
Outra importante observação Íeita por Cummins (1972), é que o desenvoivimento de híbricjos de
sorgo com colmo seco, pelo acréscimo no teor de rnaiéria seca da planta, pode contribuir para a
pro«iução de silagem de melhor valor nutritivo, com menores perdas durante o processo de u
ensilagem e melhor consumo voluntário pelos animais. No entanto a correlação colmo suculento
com menor teor de matéria seca da planta inteira, não Íoi encontrada em alguns trabalhos Ãã,
(Borges, 1995 e Nogueira, 1995). Este último autor afirma que a proporção de grãos da planta
exerceu maior inÍluência no teor de matéria seca que a sucr.ilência ou não do colmo. Carvalho et Perr
al. (1992) observou que das Írações da planta de sorgo, o colmo é a porção que menos contribui 1,31
para a elevação do teor de matéria seca, seguido pelas Íolhas e a panícuia, esta última permitindo
grandes ganhos de matéria seca num curtc período. Segundo Borges (1995), variedades de 4.-
colmo suculento e sacarino e de oorte alto têm geralmente concentrações de carboidratos
solÚveis mais elevadas. o que poderia Íavorecer a fermentação lática, mais do que a influência Ost
nos teores de maté!'ia seca. Íorn
em
rzrl
De acordo:cm vilella (1985), a propc ão de grãos é um importanie Íator determinante da
qualidade das silagens, pois nele encontra-se a maior fração energética disponível da planta, diÍe r

sendo eles responsáveis pela maior elevação no teor de matéría seca das Íorrageiras. Segundo tanir
Nússio (1992), 40-50"/" da matéria seca deveria ser composta de grãos no momenio da tânic
ensilagem, na tentativa de garantir maior qualidade e consumo do material ensilado. Silva (1g97), enzi
avaliando silagens de sorgo de porte alto, médio e baixo, com diÍerentes combinações de colmo x
Íolha x panícula, concluiu que o aumento da particioação da panícula na planta iáteira reduziu os Ost
teores de constituintes da fibra e elevou os valores Ce DIVMS, em todos os híbridos estudados, cons
demonstrando uma necessidade de particioaÇão mínima de 4Oo/o de panícula na planta de sorgo, posr'
para obtenção de silagens de boa qualidaoe. Atem do aumento na DIVMS. houve maior Íacilidade TCr
no processo de :mpactação. peqL
Quir

3. PRODUÇÃO DE MATERIA SECA Oa


(estr
Algumas variedades de sorgo apresentam malores produçies de matéria verde (MV) e matéria resp
seca (MS) que o milho. Além disso, o sorgc tem sido apontado como uma boa alternativa de ácid<
plantio próximo a centros urbanos, onde as culturas de milho estão sujeitas a retirada das êspigas enta
para consumo humano, acarr3tando grandes prejuízos aos p!'odutores, visto que a espiga Íenili
representa de a0-50% da matéria seca do milho na éooca de ensilagem e tem reflexós
interr
signiÍicativos na qualidade das silagens (Carualho et al., 1992). De acordo com Valente (1992), a Íorm
produtividacle mínima aceitável para o sorgo é de 40 toneladas de massa verde por hectare, pois, que
abaixo disto. seria economicamente inviável. iden'

A produção de matéria seca de híbridos de sorgo para silagem na EMBRApA Milho e Sorgo No
variou de 11,49 a 13,62 toneladas,tra em 86/87, contra 10,03 do milho, e de 12,40 a t3,ó6 com;
toneladas/ha no ano agrÍcola de 87188, contra 10,70 de um híbrido de milho (ENSAIO..., 19g7; Ílava
ENSA|O..., 1988). polir:
eStrL
A produção de matéria seca da pianta de sorgo aumenta com a altura da mesma Este Íato deve-
se a alteração da proporçáo de colmo, Íolhas e panícula. De forma semelhanie, o estagio de
crescimento aÍeta a produção de matér'ia seca Do!'iambém aiierar as proporÇões de colmo, tótna e
panícula da planta de sorgo. Na tabela 1 são apre::,'+ntados os resultados obtidos por Zago (1gg1 Terri
)
para proporÇões de colmo, folha, panícula e produtrvioade da matéria seca em Íunção do estag,r (TC)
de crescimento de plantas de sorgo de Dorte alto (AG-2002), porte médio (AG-2ÓOa-g e porte diges
baixo (AG-2005-E) para. 57,5'
reSpt

"i.i
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
li'rte
TABELA 1 - Porcentagem de colmos (%C), Íolhas (%F) e panÍculas (%P) na matéria seca e
produtividade de matéria seca (PMS) em toneiadas por hecrare em Íunção da época de
;ido, coiheita
igas Estáciio de li.(l.ZUUZ AG-2004-E AG-2005-E
colheita %C 96F %P PMS outC ohF %? PMS IoC o/oF o/,? PMS
sde
Grão leitoso 67 23 10 14,2 58 23 i I .,,5 19 27 ?4 1A,7
rra a
Grão pastoso 64 18 1 9 15,3 48 21 32 13,p 95 21 44 1 1 ,6
)de Grão farináceo63 15 23 18,8 46 16 39 14,6 34 17 49 t O,B
Grã r Duro 69 13 19 16,2 48 t 6 34 12,5 35 le 5C i C.8
ento Aoapiaoo cie Zago (1991)
rlhos
tanta Pereira et al. (1993) obtiveram produções de matéria seca e proteína bruta de 18,0 e 1,08; 16,6 e
'ro et
1,34; 14,6 e 1,25 toneladas/ha para os sorgos de porte alto. médio e baixo, respectivamente.
tribui
tindo 4. TANINOS
sde
ratos
Os taninos são compostos Íenólicos com alto peso molecular (500 a 3000), sendo capazes de
incia Íormar ligações com proteínas e outras macromoléculas como os carboidratos. E são classiÍicados
em dois gr'.rDos: os hidrolisáveis (carboidrato centrai com ligaçôes de ácidos Íenólicos
carboxilicos) e os condensados (mrstura de polÍr-rercs Ílavaroidss\ (Van Scesi, 't 994). Apesar de
eda diÍerirem na distribuição botânica, nos produtos de hidrólise e em outras propriedades, estes
anta,
taninos apresentam em comum a capacidade de tormar complexo com as proteínas. O ácido
undo
tânico constitui o exernoic tíoico ocs taninos hiciro:,;aveis e a sua hidróiise, espontânea ou
cda enzimática, libera glicose e ácido gáiico.
997),
mox Os taninos condensados (TC), também chamados pr"cantocianidinas, são potímeros de flavanóis,
:iu os
constituÍdos predominantemente por unicjades de leucoantocianidinas com ligações C-C cla
ados,
Ê.,siÇão 4 de uma unidade à posição 6 ou 8 da unidaoe seguinte. Jansman (i993) aÍirmou que os
orgo, TC não são aÍetados por enzimas, mas decompôem-se quando tratados com ácidos, Íorrnando
rdade pequena quanttdace de antocianidinas, sencjo ciassiÍicados como proantocianidinas.
Quimicamente, os TC são polímeros de Ílavanóides: 3-hidroxiÍlavanol eiou 3,4-dihioroxiÍiavandior.

O acetato e a Íenilalanina são os precursores necessários para a sÍntese dos fiavanóides


(estrutura básica dos taninos) senoo originaoos do metabolismo dos carboidratos e proteína,
respectivamente. Tocjo flavanóide possui uma estrutura típica C6-Ca-C6. Nos vegetais a partir do
atéria
ácido chiquímico podem ser sintetizados os taninos hicroiizáveis e os taninos cloncjensacjos. No
entanto para que os taninos condensados selam Íormados é necessária a formação de
fenilalanina a partir do ácido chiquímico. O f lavan-3,4-diol, é produzido via, Ílavanot e
intermediários do dihidroÍlavanol. As rotas metabólicas exatas e as intermediações para a
formação dos TC não são completamente conhecidas, entretanto, um grande númeró de enzrmas
que participam dos diÍerentes passos no processo de condensação Cos taninos vêrn sendo
pols,
identiÍicadas. As ligações predominantes entre as moléculas monoméricas são do tioo covalente
4,8. No entanto, ligações 4,6 iambém podem ser encontradas em algumas espécies de plantas.
No processo de condensação durante a Íormacão do tanino, são Íormados primeiramente
Sorgo compostos cjrméricos, seguidos por triméricos. tetrarnêricos e oligoméricos (Jansman, 1993). O 3-
13,96
flavanol com peso molecular abaixo de 300Q é um composto solúvel. E as procianidinas altamente
1 987;
polimerizadas tornam-se insolúveis e são Íreqüentemente destinadas para conexão de tecroo
estrutural das plantas.
deve- 4.1. Digestão dos taninos em ruminantes
;io de
:lha e Terrill et al. ('1 994) conduziram experimentos para deterrninar o destino dos tannos condensados
1991) (TC) durante a digestão em ovelhas. Em um destes exoerimentos, a recuperação dos TC da
stagi0
digesta em dois momentos (0 e 4 horas) oepois oa incuoação anaeróbica a 39"C Íoi de: 7g,9 e
porte
57,5a/" no rúmen; 50,9 e 49o/o ne abomaso; 64,4 e 46ouô no duodeno e 49,4 e 3g,g% no íleO,
respectivamente. E ao Íazerem análises para TC da digesta do rúmen, abomaso e íieo e amostras

itu

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de fezes das ovelhas alimentadas com Lóius pedunculatus e calcularem o fiuxo dos TC ao longo ^A^-
dUóts
do trato digestivo, encontraram baixos valores em tcdas as amostras de digesta, indicando o inteç;
desaparecimento do TC através do rúmen e intestino delgado, e a recuperação dos taninos
con-,lensados nas Íezes Íoi somente cerca. oe 15% do ingerido. Pire:
Âll^^
J'léL
Rabelo (1997) determinou que o sorgo com diferentes teores de tanino eram degradados no rsoqi
rúmen, e eue os TC desapareciam a medida que os tempos de incubação avanÇavam, atingindo o tanrr
máxirno após 72 horas de incubação ruminal. Segundo Perez-Maldonado & Norton (1996),45% bruta
dos taninos condensados ingeridos Íoram degradadcs no rúmen e 40% dos TC que chegaram ao da rr
abomaso e intestinos Íoram absorvidos.
TAB
4.2. Teores de taninos nas silagens de sorgo dige
CMS
A seleção de sorgos utilizados para a produção de silagem é feita para os genótipos com baixos
teores de tanino, pois existe uma correlaÇão negativa entre os teores de tanino e a digestibilidade
cja n :!éria seca (Zago, 1991). Segundc Cummins (1 971), que estudou a influência do teor de f'LlC
tanino sobre a digestibilidade Ín vitrc da materia seca, em híbridos de sc-go granífero com altos e Ôtia
baixos teores. o orocesso de ensilagem recuz o teor de taninos. O mesmo pôde ser observado
BB6
por Borges et al. (1995), que determinaram uma redução significativa dos teores de tanino das
8tr7
silagens de sorgo com a ÍermentaÇão. Myachoti et al. (1995) afirmaram que a ensilagem é uma AdaD
Íorma de reduzir os teores de taninos nos grãos de sorgo com alta umidade, processo que pode
ser utilizado para aumentar o valor nutritivo do grão de sorgo na alrmentação de aves. Entretanto
Olivi
os autores relataram que a causa desta diminuição pela estocagem anaeróbica ainda não está milh
completamente esclarecida. Íontr
diar:
De acordo com Gourley e Lusk (1978), a presenÇa ou ausência de taninos. não é o Íator oaia
determinante para que ocorra v":'iação na digestibilidade dos nutrientes da silagem de sorgo. Este
Íato também e sugerido por Borges (1995) e Nogueira (1995). Estes autores observaram a Gasl
diminuição dos teores de tanino com a íermentaÇão durante a ensilagem. ede
silaç
Já Cummins (1971)observou que a digestibilidade do grão aumentou com a ensilagem (de 50 an trí
para 60ozâ em sorgos de alto tanino, e de 65 garaTSok em sorgo de baixo tanino), entretanto, não
redu
houve aumento na digestibilidade das Íolhas e caules. Segundo este autor, isto ocorreu devido a
não redução do tanino nestas ÍraçÕes da plania (caule e folha) com a ensilagem. E(

Para Marinho (1984), Van S:est (1994), Nogueira (1995), eZago (1997), existe uma correlaçáo
entre o conteúdo do tanino, a digestibilidade de MS e da proteína, sendo que estas decrescem
com o aumento no teor de tanino ncs crãos de sorgo. Nogueira (1995), Corrêa (1996), Silva Um
(1996), Silva (1997), Pesce (1998). Brito (1999) e Rocha Júnior (1999) encontraram valores de
mat(
DIVMS entre 57.65 e 6'1 ,53%, 50,23 e 60,56%, 50,19 e 58,49ol", 57,83 e 62,49at",54,1 1 e 63,04%, MS,
51,27 e 58,49% e 50,'19 e 58,50%, res,oeciivamente oara híbridos de sorgc com e sem tanino.
Dr0tr
BaS.
Montgomery et al. (1986), citados por Rodrigues (199'1 ), avaiiando 12 híbridos de sorgo sãc
graníÍeros e Íorrageiros, com alto teor de tanino, observaram reduçÕes significativas no teor ces:
destes entre as Íases de grão Ieltoso. pastcsc e rnaturaçáo fisiologica. No entanto não 5EU(
observaram diÍerença entre os estádios nos sorgcs de baixo tanino no grão. Bodrioues (1991), prin
encontrou valores máximos de tanino quando os grãos estavam no estagio leitoso. Segundo este der
autor os gráos de sorgo podem ser ciassificados com ou sqm tanrno. Ouando os níveis Íorem pate
suDeriores a0.70o/" o materiai terá taninc e quando os níveis Íorem inÍeriores a 0.70% o material out í
não terá tanino. Para esta classiÍicação o autor usou do método azul da Prússia e este método é terc
utiiizado para classiÍicar grãos e não silagens. látic
leva
De acordo com Kumar e Singh (1984). alimentos ricos ern tanino. corno grãos de sorgo, devem
ser íornecidos com restrições para ruminantes, pois estes alimentos podem causar diversos Nos
problemas como: baixa produção de ieite. redução na dlgestibilidade do enxoÍre, alterações
olar
toxico-degenerativas no intestino, Íígado. baÇo e rins, presença de muco na urina e constipação. gei'.
Entretanto, Hibberd et al. (1985) e JosiÍovich et al. (1987) concluíram que os ruminantes enc

''.i'
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
''lEo
adaptados a dietas ricas em fenóis, possuem microorganismos capazes de modiÍicar ou destrutr
00 integralmenle estas SUbSIâncias. reduzindo ConSiCeravelmente sua toxicidade.
nos
Pires (2003) determinou o consumo voluntário e cs coeÍicientes de digestibiliciade em ovlnos das
silagens de sorgo oe híbridos sem tanino (BR60i ) e com tanino (BR700) e de duas iinhagens
no isogênicas sem tanino (CIúSXS1651 e com lanj:o (CMSXSIi4). Este autoi'conciut; que os
ioo taninos presentes na Slracenr de SOrgo não inte'eren" nO conSUmO ca rnaténa Se:a e:r3ieÍna
l5o/" bruta, Sendo observaoa a interferência destes cornpostos nos valores de cjigestlbilidade aparente
rao da matéria seca e proteÍna bruta da srlagem de sorgo (Tao. 2).

TABELA 2- Consumo de matérla seca (CMS) proteína bruta (CPB), coeÍicientes de


digestibilidade aparente da matéria seca (DAl',4S) e proteína bruta (DAPB) ccs genótipos
CMSXS165, CtlSXS114, BR601 e 8R700

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uma Adaptado de Pires (2C03)
:ode
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Oliveira et ai. (2004) avaliando o desempenho de novilhos Nelores allmentados com silagem de
está rr'lho e silagem de sorgo com alta e baixa concentraÇão de tanino associado com oiÍerentes
Íontes protéicas, não observaram eÍeito dos teores cje oroteína e nem diÍerença no ganho 0e pesc
diário e na conversão alii'nentar entre as dietas. Nc entanto. o consunno Ce i"naléi'ia seca Íoi rnatc-
Íator para aS ciietas com sitagem de sorgo independente Oa concentração de tanino.
Este
rma Gaspari et al. (1996), avaiiando a engorda de bovinos de corte aiimentados com silagem de n'rilho
e de sorgo com e sem tantno, encontraram melhores resultados com os animais alimentados con
silagem oe milho. mas ao comparar silagens de sorgo (corn e sem tanino), o deser"irpenho dos
te 50 anrmais Íoi semelhanre, indicando que c eÍeitc cr-,s:anrnos, no deser-npenho ani,'nal. code se:
, não reduzido com o processo da ensilagem.
ido a
5. SILAGEM DE SORGO

ação 5.1. Qualidade da silagem


scem
Silva Um importante Íator determinante do tipo de fermentação no processo de ensilagern é o teor de
;s de matéria seca da planra. Er-n silagens muito úmldas, os eÍluentes gerados variam cie 1 a ilok oa
MS e contêm a maioria Cos componentes solúveis da Íorragem, como açúcares, ácidos orgànicos.
?40/o' proteÍnas e outros compostos nitrogenados (McDonald et al., 1991). Uma eQuação proposta por
Bastimam & Altman (1985) citados por Xiccato eI ai. (1994) estimou que as percias por eÍluentes
sorgo são muito pequenas quando a MS da Íorragern é superior a 25a/o e sua produção vin,';aimente
)teor cessa com 297o de MS. Segundo Paiva (1976), silagens de boa qualidade devern ter a matéria
, nãO
seca entre 30-35%. Siiagens que apresentern urnicade muito alta têr:-r urna sérle ce Cesvanagens:
I 991), primeiro silagens muito úmidas têm um custo de produção maior, pois o transporte oor quantiOade
) este de matéria seca Íica mais caro; segundo, o pH de silagens muito úmidas tem que ser mais baixo
Íorem para inibir o crescimento de Clostridia spp. Êstas bacténas são indesejáveis por produzirem ácido
:terial butírico e degradarem a ÍraÇão protéica com conseqüente redução do valor nutricionai da silagern;
odo é terceiro, mesmo que o nível de carboidratos solúveis sela o suÍiciente para promover Íermentação
látlca, o consumo voluntário é diminuído, e quarlo, silagens muito úmidas produzem eÍiuentes que
levam à perda de nutrientes oe alta digestibilidade (McDonald et al., 1991).
revem
ersos Nos sorgos este o teo. de matéria seca varia com a idade cje corte e com a natureza do colmo da
3çães planta (Carvalho et ai., 1992). Segundo Zago (1991), híbridos de sorgo com colmo secc.
)açáo. geralmente elevam o teor de matéria seca mais precocemente com a maturação. Esse auloi
tantes encontrou para o sorgo AG 2002, de colmo sucuiento, 21 ,1: 24,9: 30,9 e 29,3% de matérra seca

".r
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
nos estádaos de grãos leitosos, pastosos. farináceos e duros. respectivamente. Já paro o sorgo Fiooi
AG 2OO5-E de colmo seco.29,'1 ;33,a; 38,7 e 48'9% de matéria seca respectivamente para os híbrir
mesmos estád1os citaCos ante!'lormente.
Qua:
Zago (1991) observou que o ponto de máxima acumulação de matéria seca em três variedades de proc.
sorgc ocorreu 28 dias após o Ílcrescimenio. Segundo Carvaiho et al. ('1 992). levando-se em conta ativic
somen're o tecr de MS da pianta, os estádios de grão Íarináceo e duro são os mais indicaCos para na ir
a produção de silagens. Quando o sorgo Íorrageiro iá completou seu ciclo de crescimento, com os amô'
grãos no esiádio Íi:ináceo e ma'téria seca (MS) em torno de 27 a 30oro, apresenia maiores umé
rendimentos gci átea cultivada e maiores coeÍicientes de digestibilidade "in vitl'o" da MS (Zago. impc
1 991 ). cons

Estu6ando silagens cje sorgo variandc oe 23 a29oto de MS, Leme et al. (i991) nà encontraram Acr
cjiÍerencas SieniÍicatir.,as para ganho de peso. ingestão da matéria seca e conversão aiimentar em McD
bovinos. Segunoo Vvard et al. (1966), há uma correlaÇão negativa entre umicjade e consumo oe - bact.
O,g3 a -0,95, incircancjo oue a MS ou atgum Íator intimamente relacionado a eia é um dos Íatores silag
que mais inÍluencia o consumo. sign
solú.
Para que uma siiagem seia conside"ad?oe boa oualidaCe é necessáric que Dreserve ao máximc a rei
possível as características nutricionars do material original. lsto ocorre com reduÇões na maic
respiraçãc do tecico da olanta, na aiilioade proteoiítica e no cesenvolvimento de clostrídios
(Borges. 1995), o gue e obtroo com ráproc decréscrmo do pH após a ensitagem (McDonalcl et al., NaI
1991). Segundo Paiva (1976), uma siiaoem muito boa apresenta valores de pH entre 3.6 e 3,8: oara
uma siiagem boa entre 3,8 e 4,2: uma siiagem méCra1.2 e 4,6. e ui'na rurm valores de pH maiores cara
atto ê I ^l^
ál,Jé.
buir
Segundo Leibensperger e Pitt (1987), na silagem corn alto teor de matéria seca (acima de 35ozâ). o
DH é um critério menos útli para meorr oualidade. desde que a Íalta de água e a alta pressào TAB
osmótica pode,.n restringir a Íermeniaçãc e a produÇão de ácido; ooÍtanto. rnesmo corn oH alto, butír'
estas siiagens cocern ser cons f,gradas Ce boa quaiicade. Po'o'11'c ladc. c aumento oe pH com
alto teor de unldade esiá associaCo cc- pi'oteó!ise, c:oducão de -ninas e ác,do butÍricc. pr

Juntamente Corn C 1egr 0e maiéria SeCe e p1-i. OUi:OS oaràmetrOS Corno OS áCidOS OrgâniCCS. O 3.6-:
nÍvei oe cartolc!'atcs sciúve!s, relaÇàc nitroqênic amcniaca' i nitrooênio ioiai (N-NH3/NT) são
utrrrzaoos para classiÍicar as siiagers cianto a sua oualidaoe. No oue diz respeito aos ácidos
orgânicos. cs ácidos acéiicc, propiônrco. isoDutirico, outirrcc, vaiérico. rsovaierico. succrnlca, _3:
Íormico e la.trco são os con"lumente ceterminadcs, senoo cxe o acético. butírico e c lático são os
Arai
mais irnpcnartes.
iJds
solu
O ácido lático. em Íunção de sua maio: constante de dissociação, possut relevante papel no
processo Íermentativo da silagem, ccis é c responsável oeia queda do oit a valores inÍeriores a
4,2 (McDonald 8. Henderson (1962) ctados pot Lavezzo, 1993). Segundo Nogueira (1995) COí-1r

cz"
silagens com teores de ácido lático acinra oe 59! e ácido acético e butírico abaixo de 2.59o e 0,'1
resgectivamente pooem ser consideraoas de muiio ooa -quaiidade. Por outro lado à oresença cie
acioo acéiico em Eranoes ouanl,iaoes está relacicnacjcs à aÇão proiongada de coliÍormes e das
Oactérias heteroÍermentaiivas, corn DreliÍzc para c baiancc energético enire a forraqem verde e
Obs
ensitada (Moisio e Heikonen, 1994). Segundo McDonald et al. (1991), as bactérias láticas podem
5UL
ser homofermeniativas ou heteroÍermeniativas. As primeiras conve:tem glicose e frutose em ácido paa
lático e são pr"eCominantes no inicic cc Drocesso Íermentativo de silagens bem consei'vadas. Já
tên
as bactérias heteroÍermentativas produzem além do ácido iático' ácido acéiico' etanol e dióxido de pan
carbono, não sendo por isso, tão eficientes quanto as homoíermentativas Dara promover a quir
reduÇão do ol-i
das
Considerancio o conteúdo oe carboloratos solúveis. em condições exoerimentais. Petterson e
Lindgren (1993) demonstrarain que Íoíarn necessários 2,5% na matéria natural da planta de sorgc
para Dromover reiuÇãc do oH a vaiores inÍeriores a 4,2 e manter cs níveis de nitrogênio
amoniacal abaixo de 8?o do nitrogênio total. Borges (1995), Nogueira (1995). Bernardino (1996) e

10
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
.'go Rocha Júnior (1999) encontraram valores superiores a 3.591, de carboidratos solúveis totais eni
aos híbridos de sorgo a ensilar. chegando estes valores aIé acirna de 10 % em alguns híbridos.

Quanto à relação N-NHy'NT, o teor de N-NHy'NT iunio corn o valor de pH, são indicativos dc
:s de processo Íermentativo. Norrnalmente a quantrdade de amÔnia é utilizada como incircador ca
)onta atividade clostridial proteoiítica. E muitos trabaihos conco!'oam com a utilização oeste parâmeiro
para na indicação do grau oe proteólise na silagern. Enlreianic istc oode acai'retar erros, pois o ieor de
mos amônia é apenas um indicador da queora de aminoácioos. Pode ocorrer intensa proteóiise sem
iores um aumento signiÍicativo no conteúdo de amÔnia (McDonaic et al., 1991). Tais preocupações sào
lago, importantes, pois os altos níveis de proteÓlise nas silagens oodem estar relacionadcs a baixos
consumos voluntários e a menor eÍiciência de sÍntese de proteína microbiana (Van Soest, 1994).

aram A concentraÇa,io de N-amoniacal em Íorra-oens é usualmente menor que 1% (Ohshima &


lr em McDonald, 1978). No entanto, a degradação protéica por enzimas das plantas e a aÇão das
)0e- bactérias láticas, entéricas e de clostrídios alteram a composição cia fração nitrogenada da
rtOÍ€S silagem (Nogueira,'1995). Segundo McDonaid ei ai. (1991), o nitrogênio amoniacai oa silagem é
significativamente diminuído quando se ensilarn materiais corn valores altos de MS e carboiCi'atos
solúvers em água. Segundo o AFRC (1987), uma siiagem oode ser considerada muito boa quando
iximo a relação N-NH3/NT for menor que 10%, boa entre 10 e 15o,., média entre'1 5 e 20'tà e ruim quando
rS na maior que 20%.
rídios
ut dl., Na tabela 3 são apresentados alguns valores pH, nitrogênio amoniacal, e ácidos graxos voláteis
para a silagem de sorgo observados na literaiura. De maneira geral a siiagem oe sorgo
riores caracteriza-se como urra silagem de boa qualidace ccnr oH abaixo de 4,2, nitrogênio arnontaca
abaixo de '1 0 % do N-toral, acido lático acima de S,Co,;, acido acetico aoaixo ae 2,A ozo € âcroo
butÍrico abaixo de A,2oio.
i%), o
essão TABELA 3 Valores de pH, nitrogênio amoniacal (N-NH3). acido lático, acido acético e acido
''t diru, -
-i corn
sorgo
butírico da silaqem de _
N-NH3 Acioo Acido Acroo tr^niâ
tonle
PH (96 N/N-iota' -át,co {o.o, Acé:,co 'o"' 9;:,::c (oá)
Araúic et . ,2x02).,
ar*a tra t, 6.30-15,42 0,75-1 ,95 0.167-0.003 "' al.(2002);
Fontanelli et
) são Aydrn et al. (1999)
rcidos âon 5,46 7,18 :,i ! Valadares Finc er al. (2001)
:Ínrco,
;ão os
Araújo et al. (2002) avaliaram a inÍluência cjo estádio de maturação (grão leitoso. leitoso/pastoso.
pastoso, Íarináceo e ouro) na produção de ácioos graxos voiáteis e consumo ce carboidraros
solúveis no processo oe Íermentaçãc ca silagern oe sorgo ce três híbridos de duplo propósito (BF,
rel no
1/ôC 2 700, BR 701 e Massa 03). Estes autores concluíram que todas as silagens aDresenta!'am
-) concentrações de carboidratos solúveis suÍicientes cara produzirem silagens de boa qualidade
considerando-se as ccncentraçoes de ácioos graxos voiále:s corno indicadores oa Íermentação.

5.2. Valor nutriiivo


erde e
:odem Observa-se uma grande variabrlidade entre a composição 0e nutrientes nos diíerentes hÍbridos de
sorgo. Estas variaçôes devem-se principalmente a diÍerentes oroporçÕes entre colrno, Íolhas e
r ácrdc
panícula. Em híbrioo,; de sorgo de porte médio ou baixo, normalmente os teores de proteína bruta
ras. Já
têm se mostrado slperiores aos de porte ailo em Íunçãc ce urna maior partlcipação cas Íolhas,
lido de
panículas e grãos na massa ensilada (Zago. 1991). Na tabela 4 são apresentadas a composição
fver a quín,ica-bromatologica da silagem de sorgo observada na literatura, tendo o valor da composrção
da silagem de milho como reÍerência.
ison e
) sorgo
cgênio
996) e

i0 11

;lfr-
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
TABELA 4 - Teores de matéria seca. proteína bruia. Íibra em detergente ácido. Íibra em reso€
detergente neutro, lignina e digestibilioade in vitro oa matéria seca da silagem de sorgo e (FDp
milho
MS PB trDN FDA LlG DIVMS Fonte Valv;
30.6 6,8 51 .7 34.7 9,5 Avdin et al. (1999) sitacr
38.47 6,63 52.51 28.aL - 53,59 Festie et al. (20C2) COfiCr
Silagem de scrgc 20.ô 9.1 / u.J qr . +.v Fontaneiir et al (2CC2)
Vaiadares Filho ei al.
29,57 7,54 57.85 31,79 4.77 56,61 (2001t
29,81 7,5i 58.09 35.0C 6,22 55,1 Média Ud' C
Valadares Filho et al a) e
Silagem oe milno 30.89 7.2A 55.46 30.59 4,89 56.71 (2001) Cu..r
nnir,
Onde é silagem de milho e onde é de sorgo na tabela? Ficou conÍuso. Caso necessário. qô Pa

abra novas céiuias na primeira coluna. guantas necessárias e coloque silagem de milho ou _^^
silagem de sorgo (conÍorme o caso) OK? i/1OC
nras..
5.3. Consumo, ciigestibilidade e prooução animal.
Res:
O consumo voluntário é oor deÍinição a ouantidade diária total de alimento inoerido por um animal alrr:r
quando este é oÍerecido ad libioum. E influenciado por- Íatores Íísicos e Írsiológicos. O Drimeri'o cona
pooe ser correiacionacjo ao enchimento ruminai. ou se1a, (a drstensão oo rumen, retículo e
abomasc), à qualidade do aiimentc. a abertura do oriÍício retículo-onrasal. aos eÍeitos da maiÊ
mastigaÇão qug estimula a salivaÇac e e. motiiidacle ruminal. Nc segundo caso (Íatores
Íisiológicos) o aumento da concentraçãc. no rúmen e no sangue. de produros do metaboitsmo tais
como aceiatc, oropionâto e butirato, esitmuia os rêceDiores ouimiostáticos e estes, Doi sLla vez. c Vatv
centro da sacrecace que está localizaoo rc hiootáiamc ventro-media! (Thlacc & Giil 1990: Va: Ccr
Soêst,1994). algor
conv
Apesar dos mecanismos oe controle da ingestão de Íorragens Írescas e ensiladas serem
semelhante, normalmente o consumo de silagem é menor. Segundo Van Soest (1994), os sucos
as silagens contêm amônia e aminas eue podem reduzir o consumo. A ocorrência destes íatores
esiá reiacionada principalments a un cajrão de ÍerrnentaÇãc inadequadc levanoo a ce::as dos
c:" cidratos Íermentáveis e oroteínas oue orioinarn amônia e aminas nestas condiçôes. A
rngestão de matéria seca (túS) por carneiros consumindc gr.arníneas frescas varia normai;rente
entre 4C e 100 cranas de MS ccr unicads ae:anenhc metabólico (g MS U-lú) e pai'a siiagens cis
20 a75 g MS UTM (McDonald et al., 1991 )

A 0igestão oe alrmentos (voiiJrnggs5 ou ccncentrados) coCe ser oeíinida como a degraca;ão cje
macromoléculas a compostos simples. Na dioestão destes alimentos rlrticipam Íenômeinos de
natureza química e Íísica. Os processos Íísicos compreendem a motilidade do trato
gastroiniestinal. mistura oo conteúdo. rnastigação. ceglutiçãc e ruminação. Os Íatores quimicos
envolvern as secreÇÕes enzimáticas e gia:rdulares do animal e a aitvidade cas enzima-<
Dacterianas.
i-

Seguncio Van Soest (1994). c valor nutriiivo cje urn voiumoso é determinado em função de sua i^.,,

contribuição energética para atendei' as necessidades diárias de energia do animal e da 1 98-


ouantidade consumida espontaneamente. Este mesmo autor sugeriu que 70"/ô do valor nutritivo de
uma Íorragem está relacionaoa ao seu consumo ê 30o,b a sua drgestibilidade. Lusi
leite
Martins (2000) avaliando o consumo e a digestibilidade aparente das silagens de quatro genótipos ela ;

0e sorgo em ovinos não encontrou diÍerenÇa estatística no consumo de matérra seca que variou l't ot
de 68.55 a 54.92 g!'âmas por unidade ce ia,.nanho metabólico por Cia (g/UTM/dia). Em relação ao 5UI L
consumo de proteÍna bruta (Pg) e proieina digestÍvel (PD) os vatores Íicar.am entre 5,53 e 3.g5 res;
giUTM/dia e 2.16 e 1.11g/UTM/dia. rescectivamente. Para cs consumcs de ener.gia bruta (EB), silai
energia digestível (ED) e energia metabolizável (EM) os valores médios Íoram,257,96: 't95,76 e dec
142J5 Kcal/UTM/dia, respectivamente e 36.45: 29,08; 23,94:9.85 e S,43 g/UTM/dia, 9r'U-
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
respecttvamente para consumo de Íibra em oetergente neutro (FDN), Íibra em detergente ácroo
)e (FDA), celulose, nemrcelulose e irgnina.

Valvasori et al. (1998b) cornoararâm a oroduÇão ce leite ce vacas hoiandesas alimentadas co,'n
) silagem oe sorgc c:'anriero ou siiagem cs cana-oe-aÇucar suDlementacas ccrn 3 xg de
) conceniraco. Estes a:ioies ocservararx DrccJÇ3es ce ei:e ce 12.93 Kg de leite/vacardia con
i2\ 3647" Ce goroura cara as vacas aiimentaoas ccn silaoern 3e sorgo, e 11.78 kg de ieileivaca/dia
â1
corn 3.580/o oe Qoroura oara as vacas allmentaoas com sllagem oe cana-de-acÚcar.

Caracterisricas rnoícrc.-oicas cos tecioos veqetais em ciiÍerentes oartes da planta oodenr interÍerir
al na digestioilrdaoe Ern reiação a cuituras corno a de scrgc cue possui colmc Íolhas e panicuia.
Cumnrrns {:!/t r 3i{s aue a oigestibilioaoe Cas oanicu as e sernpre rnaio!' oue a oas Íolnas e o
coirno. normatmenre a Dane de i-nenor oigestibiii0aCe. AvatLanco a quaiioade das siiagens ce
sário, sorgo Ccrrea (1996), Siiva (1997) e Brito (1999) oDtiveram aumento oa DIVMS das silagens a
no ou medida qlje se aumenlava a canicicaÇão das Danicuias. i'lc enianto Silva (1996) e Hocna Júnror'
(1999; lão enconi:'ararn urn arlmenlc na DIVMS ccrn i.ll'ira rnaior Danicroação Ce canícuias na
massa ensiiada.

Bestle eI al. (20C2) avaliaram o consumo oe nratéria seca e o desempenho de Dezerros de cone
lnimal alimentados ccr"n srlagem de sorgo de ouplo crooosiio colnrdo a ouas alturas (.l4 e 45 cm) e
rmelfO concentraoo. Esta vanaÇáo na altura de cone resultou em diÍerentes oroporÇÕes de colrno, Íolhas
)ulO e e panicuie oas pjanlas oe sorgo. Í!Ao Íoi ocservaoo oor esles aulores oiÍerenÇas no consumo de
:s da maténa seca e energia digestívet. senoo cue a altura ce ccne de 45 crn apresenlou meinor
atores conversão aiimentar oo que o cone a 14 crn,
ro tais
VEZ, C Vaivasol el al. (1998a; avaiiararn o cesemoenno ce oezerrcs ca raÇa Hoianqesa alirnenraocs
-l; Van ccm silagem de sorgc graniiero e silagem cie cana-oe-açúcar supiementaoo com iareio oe
algodão. A silagerr oe scrgc apresentou maiores vaiores oe ganho de peso Ciário com meno.
conversão aiiíneniar e menor consurnc de Íarelo de aigocão lTab. 5).
serem
SUCOS TABELA. 5 - Consumo oe n]alera seca tctal Ce natér,a seca reÍerente ao Íarelo Ce
atores aigocião, ganno oe Deso e conversão alirnenrar de Dezerros alimentados com silagem
ls dos .
,ES. A
mente Consumo de MS totai (Kg/dia) I+, O JÕ 4,e1Q
:ns de Consumo de MS Farelo oe Aigodão 2 A2<5
(kglcjia;
Ganho de peso (xgiCia) o âr^r; lr,J / Ol-
:ão de Conversão aliment.r' íkg/kg) 7 .72a 12,35b
,oS de Letras rguars em mesma trna náo dlÍerem entre sr a 5o/o oe procabilrcade
trato AdapraCo de Valvasoi et al. (1998a)
micos
.nas 6. SILAGEM DE SOHGO X SILAGEM DE MILHO

De mooo geral a siiagem ce sorgc apresenla ce 85-95',o cio vaicr nuirilivo da silagem de mllnc
le sua havendo, no entanto, referências mais ampias (72 a92?.) (Seiiiert e Prates, 1978; Valente et ai.,
eda 1 984b)
:ivo de
Lusk et al. (1984) avaiiando silagens de milho e scroo não coservaram diÍerenÇas ra orodução de
leile (24,4 x 24,7 l/dia\ e encontraram valores de oigestibiiidade aDarente da matéria seca vanando
rótipos de 59,8 a 61 ,4ak e 58,3 a 58,8%, para miiho e sorgo respectivamenie. No entanto Lusk et ai.
variou (1984) e Gcmioe el ai. (1987) encontrarar,. rn0estÕes.e ra:era seca maiores para siiagens oe
jão ao sorgo que pa;a si,agens ce milnc {1,83 x 2,649. cc Deso vivo (PV) e i,6E e 2,00?; PV,
aâOÂ respectivamente para milhc e scrgo). Bezerra ei al. (i993) analisando c valoi'nutricional ce
, (EB), silagens de miino, m,lho consorciado com soi'oo e rebroias ie sorgo. encontraram maiores valores
5,76 e de consumo de matéria seca (66 7 giUTM;, oroieina oi'ura (7.7 g/UTM), proleÍna drgestÍvel (4,8
-M/dia, g/UTMI e energia Druta (32a 4 Kcai/UTM) para as srlagens ce i'eoroia ce sorgo aos g8 oias.

t2 I3

Jj-
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite

Nichols et al. (1998) compararam o eÍeito da silagem de sorgo e silagem de milho na dieta de BEZEF
vacas holandesas de alta produção. Nãc Íoi observado por estes autores diÍerença no consumo siia,
de matéria seca. na produçào e composição do leite reÍerente ao fornecimentc das respectivas r,.2i
silagens.
BORG!
TABELA 6 - Consumo de matéria seca. oroCução e composição do leite de vacas de Íec
il
alta procjuÇãc alimentadas com silagem de-.nilho e s-ilagem ce sorgc 'c

CABVTI
que
Produção oe leite (kgidra) 36.86
f;.2
Gordura (ozâ) 3,16 J.Zé
Proteína (o/o) a ,l^
^-7 n,1D=
Lactose s,06
LJ:
de Nichols et al. (1998).
VE

Aydin et al. (1999) avaliaram o desempenho de vacas holandesas de aita produÇão aiimentadas
com diferentes volumosos (silagem de sorgo, siir--:o111 cje soroo BMF, silagem de alÍaÍa e silagem
de milho) em uma dieta com relaÇão volumosc. )ncentrado 65:35. Neste trabalho a dieta com
silagem de sorgo apresentou os menores valores para consumo de matéria seca (3,5% do peso
vivo) e produção de leite corrigida para 4ai" de gordura (20,7 kgidia). A silagem de sorgo culúl,i
apresentcu 84.9 .?ó do consumo ce matéria seca e 71,4 ",o da produçãc Ce lel'ie em rsi3çig g U':
silagem de milho.
ir!:,4
7. CONSTDERAÇOESFINAIS §i

A cultura do sorgc oode ser utilizada para conÍecÇão de silagerr't em substituicão ac milho em =\:a.,.
L''
regiões com menor índice oluviométrico. De Íorma conjunta, a oossibilidaoe da colheita da rebrota
do sorgo Íavorece esta cuitura no que Ciz respeito a oroduÇão de matéria seca Dor hectare.
Atenção especial deve ser dada ao rnomentc de colheita da cultura, uma vez o.Je este pode ter FAIRE
grande inÍluência sobre o valor nutritivo da silagem.

8. REFERÊNCIAStsIBLIOGRÁFICAS
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l;,
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JOSiF
ca

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l6
t'7
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gacio de Leite
5 a 10 mm de largura. A inÍrorescência é uma oensa espiqueta (srmiia. a urna oanÍculai com'1 C a estab,
50 cm de comprrmento e 0.5 a 4,0 crn ce oiâmetro. com Íormato cilínorrco e estreitaoo no áprce ou 0raoa
nas duas elÍremidades (Bogoan. 1977" O eixo oa esoieueta da orroem a numeroscs oedúnculos
oe 2-25 mm de comprrmenio, oue Dooen" oroouzir. mars oe 870 a 30C0 sementes (S<er-man e Emo
Riveros, 1990: Anorews e
Rarewski. ig95i. Piania de polinizacac cruzaaa. aoreserta urna resioi
consioerávei diversidaoe morfoiógica e arnpia variabilidaoe genérica oe:? gi'ahie Da:ie das clanri:
Caracig.íS:,Ce:- O€ 'ri3c(an::a a!-O^3- la. 39,rr.),:rr3ç aSS -. a.Jç rSva:- CCn f .aCJeS :3 il
e:.
caracteres possanl aparecer ern caoa geraÇão. (Bogdan, 1977: Serna-sarorva'. t9g1; Barbosa, Pare .
2000).
0ase
2. ALGUNS ASPECTOS SOBRE A CULTURA DO MILHETO
A ou;
O milheto é um cereai de grande imooriância munoial. sendo consicerado uma excelente
alternativa Dara DroouÇáo oe gràos e Íorragem (Cafe et ai.. 2002). Caracteriza-se oor ser uma
àutu'
gramínea anuai de velãc, de cicio cuno e se oesiaca como Íorrageii'a Dor sua nabilidacje em
caix:.
desenvoiver-se em estaçÔes chuvosas cu|.tas. com baixas orecioitaÇoes oluviométricas e peio
deve
crescimento ráoido. boa capacioaoe oe rebrote e boa qualioade como Íorragem, permitindo
eÍicie
produção de Íorragem de qualroade em cu{o esoaÇo de tempo. (Bogdan, 1977: r-ima et al., 1gg7;
SOIO r
Bonamigc. 1999).
For ,.

Na alimentação de ruminantes pode ser utilizaoc sob pasieio contínuo ou rotacionado, na Íorma
de capineira. feno, silagem e grào. E uma planta muito apreciada oelo gado. nutritiva e não oossui
da c,
utilrzã
fatores antinutricionars como os cianogênicos (Costa, '1 992; Lima et al., 1gg7).
utilrze
s; prodr
O grão do milheto ouanÕo comoarado ac milho contém de27 a 32% mais Droteína. duas vezes Para
mais elÍrato etereo e possui cerca de 2.25 e 1,2 unidades percentuais a mais para Íibra em *it
É sobrr
detergente neutro e ácido, respectivamenie (Lawrence et al., 1995). A sua energia esuivale em
,i,
aproxtmaoamente 85% oo valor do milho. Possui baixos níveis de polifenóis. sem a presença de 1+ Segu
tanino e sua composição é de 71o/o oe enoosperma , 17o/o de embrião e gc,o de casca. Assrm. a sua
proporÇão de embrião é o dobro da observada no grão do sorgo, contribuindo para um valor í
,hi
realiz
inver:
nutritivo mars alto (Kumar. 1999).
II climá
ô nôc
A grande tolerância desta cultura à seca deve-se ao seu sistema radicular agressivo, profundo ,$
(Skerman e Riveros, 1992, citaoos oor Bonamigo. 1999) e à sua eficiência na transÍormação de -ii
água enr rna.térra seca, Dois necessiie Je ce"ca 3CC a 400 granas de água Da!.a D'oCuzil. 1 grama
.&:.
4.P
oe matéria seca. E capez oe vegetar em reqiÕes com preciõitaÇÕes pluviométricas inferioresà 400 &
Dea
mm anuais. tendo em vista oue é cultivaoc na lndia. onde a oluviosidade é de acenas 130 a lg0
mm oor ano (Perret e Scatena. 1985: Barrcs.20C0). O ciclo veoetativo é cur1o, variando de 6C a.
€' r{a r.
-"*, que
90 dras para variedades orecoces e i0c a lso dias Dara as tardias, com uma temperatura ótima
:lí.' ex0e
de crescimento de 28 a 30e C (Perrel e Scatena. 1985). náo suoortando temoeraturas inferiores a :i:
t;
'1
0 aC (Skerman e Rivercs lgg0). E uma culiura inÍluenciaoa peio Íotoperíodo. de moclo que, 1.1'
Num
ouanto mais tardiamente Íor realizaoo o clantrc. menos dias a olanta levará oa. oerminação ao ,j
Ílorescimenlo, oue ocorre. qeralrnente. ocr volta de 10 a 12 semanas aoós o oiantio.,'A sua EDOC

utiiizaÇão para Dasteto oode ser Íerta entre ouatro a seis semanas após a semeadura. ou cerca de Dlan:
trrnta dias aoos a sua emergência (Bogoan . 1977: St<erman e Riveros. 1990: Kichei et al.. 1 ggg). rMs
DTOC

Vai bem e!'n soios com aitas concentrações oe alumínio. baixos oH e alta salinidade, porém a mat€
cultura nãc resiste a soros encnarcaCcs. E toierante a baixa fêrtilidade oo soto. mas aDresenta sorg
alta resposta oe oroducâo em soios Íeneis ou aoubaoos, d'esenvolvenoo-se melhor em solos cortÊ
arenosos. onde seu sistema radrcular'é mais viooros: (Bogdan, 1977: Freitas. 1g8B: Andrews e Proc
Raiewiski. 1995: Bonamigo. 1999. Kichet et at.. 1999). i'egiÊ
obsr,
Freii
3. PLANTIO E EPOEA DE SEMEADURA
ITQ /.

A lavoura do milheto é estabeiecida oo. sementes. que, 0e moco oeral. são jogadas a lanço e vero
/êen
incorporadas levemente com grade niveladora. tanto aoós a colheita oa cultu!-a de verão como na
primavera (Bonamigc, 1999). Segunoo Maraschin (1979) para assegurar boas condiçôes esta
de MS/,

7A

d$i.
*
4 III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
I ,U d estabelecimento. enratzamento, crescimento e rebrota, recomenda-se araÇão, seguida de
ce ou graoagem e passagem oe rolo compaclaoor aDÓs a serneadui'a.
CUIOS
tan e Em olantio de saÍrinha. aoós a cuhura de sora ou milho, o milheto vem sendo cultivadc acenas nc
uma resíduo de aoubação dessas cuituras. com prcdução oasiante satrsÍatorra no Brasii Centrai. Em
r drc
3lanlio oe cr,"navera e r.,e:àc. eÍn areas cue ràc sc::era:: ie':J:na aducação allelc-. Kicne. et
s cie a:. ilgggr reoc,rnenca:i. a:alecáo co s3rc Dara ctaniro ce u.rna Íorraqeira Ce rnécia exigê:lcia.
bosa, Para soios oe textura rreoia. por exemoio. a saturaceo de oases oevera ser elevada cara cerca ie
4Aa4Soio,ofosrorooara6aSppm,oootessrooara50pprneoniti'ogêniodeveràserusaoona
L,ase de 5U a 100 Kg,'na.

A qualidade da semenre é determinante no estabelecimento e orodução da cultura, sendo de


;lente grande lmportâncla o connecimento da Dercentagem de pureza e germinaÇão para a
"uma determinaçáo oo vaior cuiturai oa semente. De acorco com Freitas (1988), tem-se veriÍicaoo urna
ie ern oaixa germinação nas sementes de milheto disponíveis Dara o oiantio (cerca 0e 429â). Ponanro.
) pelo deve-se Íazer uma comoensaÇão, eievando a densidade oe semeadura. Para que hara uma
ritindo eÍiciente germinação oas sementes, Kichei et ei. (1933) recomendam que a lempei'atura médra oc
1 997;
solo sela superror a 20qC, além de haver umidaoe suÍicrente para a emergência oas plântuias.
Por isso, o milheto pooe ser semeado no inÍcro oa onmavera. por ocasião das onmerras cnuvas,
até o inÍcio do outono. O método de semeadura também tem grande inÍluêncra sobre o rendrmento
Íorma da cultura. Estes rnesmos autores recomenciam que a semeaoura sela reairzada em iinna,
)ossui utilizando-se 18 a 20 Kg de sen",ente/ha, com esDaÇarnento 0e 20 a 30 cm entre linnas para
utilrzação em pastelo: ou 12 a 15 Kg/ha, com espaçamento entre linhas de 40 a 60 cm para a
produção de grãos, semenres ou silagem. A proÍundroade de semeadura pode variar oe 2 a 4 cm.
vezes Para serneadura a iançc recomenoam 2Aorc a rnais ce sementes/ha e. nc caso ce
ra em sobressemeaoura em lavou!'as oe soia, milho. scrgo e aloz. cerca de 30 a 35 Kg de sernentes/ha.
.ie em
rÇa de Segundo Bonamigo (1999) a semeadura do miiheto visando a produção de Íorragem raramente é
a sua reaiizada através oe semeaoora ern linha, Dois. ctmo cuitura que coDre o perÍodo seco cn
valor inverno, o tempo de implantação é curto e variavel. 0ependendo Íundamenlalmente oas condiçÕes
climáticas anteriores. Assim, por Íacilidade de operacronalidaoe. menor necessidade de máouinas
â
e pessoal e malor raoidez, a implantaçáo via semeaoura a lanÇo é a regra e não a exceção.
rfundo
:ão de
.'ama
4. PRODUTIVIDADE DO MILHETO

;30 De acordo com Bogdan 11977) o milheto apresenta oroduções oue variam de 3 a 20 toneladas (t)
-,
80 de matéria seca (MS) por hectare (ha), dependendo do clima, solo, adubação e cultivares, sendo
:60a que rendimentos de 7 a 10 t MS/ha podem ser aceitos como valores médios em camDos
ótima expenmentars e/ou íazendas bem mane.;adas.
ores a
) que, Num ensaio realizado em Viçosa - MG por Pereira et al. (1993), plantaram milheto em duas
;ão ao épocas distintas. O primeiro plantio Íoi realzacio em 290311988, e o segunoo em 251A411988. As
A sua plantas do primeiro plantio toram cortadas entre 64 e 84 dias de idade, produztndo, em media, 8,4
rca de t MS/na e I,37 l PBlna. uá as piantas cio segunoo ptantio, Íoram colhioas aos 100 oias de roaoe
)aq\ produzinoo, em méciia. 9,5 t MS/ha e 0,93 t PB/na. No orimerro cone o milheto Droouziu mars
matéria seca e proteina b!'ura por nectare 0o que a avera, e, quando comparado a urn níorido de
,rém a sorgo (Sorgnum bicolor x Sorgnum sudanense), mosrrou Drodutividaoe superior em ambos cs
lsenta cones, demonsrranoo a habilidade produíva oo rniinetc soo conciiçoes oe restriÇão nÍdrrca.
soios Produçoes de 11,03 t lúS,'ha Íoram registraoas Dor Atmeioa et ai. (i993) ouranie o verà0. na
'ews e
região de Lavras, Minas Gerars. Herdertong & Garcia (1990). citados por Messman et al. í1992)
observaram produção oe 1C,3 t MS/ha durante um verão quente e seco nos Êstaoos Unioos.
Freitas (1988) iamoern curanre o verão encontrou ern cüatro cortes, produçoes nnédias oe 10,72 i
MS/ha e 78,6tmaté!1a verde (MV)/ha. Sishnor e1 a'. Í1993) relaiararn que a proCuÇãc de Íorragem
verde para três estaglos de crescimento (fiorescrmento. grão Dastoso e crescimento pieno) Íoram,
mço e respectivarnente 54,1 ,55,9,52,9 Í l"4Viha. Já Guterres et ai. (1976) obtiveram proouÇoes no
mo na estádio de Íiorescirnento ce i3 i. seguida oe 10.4 I nc esrâdto ce ennbc!'racna!.nenlc e 5.8 i ce
es de MS/ha no estáci,o veoetalivc

20 2t

,í*L.
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite

198
No nordeste brasileiro seu rendimento Íorrageiro Íoi da ordem de 1 ,2 a 7,5 t MS/ha, em
Pernambuco e de 2.7 a 5.6 t de MS/ha na Paraíba (Lira et al., 1977). Já no Bio Grande do Sut. NC,
Freitas e Saibro (1976), citacjos por Chaves (1997), obtiveram rendimento de 10,7 t MSiha de
(18
milheto comum. Neste mesmo estado. SeitÍert e Prates (1978) encontraram produçoes de MS/ha
^^:
variando de 13,4 a 15,1 Vha para o milheto. valores estes superires aos obtidos para a cultura de q'1
milho, cujos vaicres variaram de 9,5 a 1C,98 Vha. Produções superiores Íoi.am obiiCas por.
Andrade e Andrade (1982), onde o milheto colhido no estádio Íarináceoidurc oroduziu cerca de
80,1 t de MV, equivalendo a 21,9 t MS/ha.

Guimarães Junio: (2003) avaliou a produção de matéria seca de 3 cultivares de milheto (CMS-1, mâ:
em
BRS'1501 e Bi l) colhidos ern diÍerentes idades (37,52 e 67 dias) em Seie Lagoas, Mrnas
Gerais. os dados observados por este autor estão representados na tabeia
l. utrl
TABELA 1 - Produção de matéria seca por hectare de três cultivares de milh ': em

BRS-1501 Ca
0,88 2,8BBa 5,S8Aa 5,9BAb
BN-2 0,B4Da Ca
2,99 5,238a 7,03Aa
Acaplado ie Gur;.narães Júnigp 12gac,

Para produÇãc de grãos, Jain &. Bal (1997) relâtam que, na Índia. variedades tradicionais
produzem de 300 a SCO Kg/ha. enquan.io os híbridos alcanÇam prociuÇões
entre 1g00 e 2400
Kg/ha. Andrews e Raiewski (1995) relaiam que, sob condiÇÕes ótirnas de cultivo. a produção de
grãos pode saltar para 5000 kg/ha.

5. SILAGEM DE MILHETO
f,,1^
5.1. QUALIDADE E VALOR NUTRITIVO
es1.
Em função de características de rusticidade e adapiacão a olantios de Íim de verão
ou grincípio de oa
outono, o milheto é considerado como uma cultura de grande potencial para produção de
siiagem suÍl
em regiões com orobiemas de veranico ou seca ou em olantios de sucessão o, sáÍrinha, após a
sec
colheita da cuitura orincipal (Andraoe e Andrade. 1982b; Pereira et âi., 1993). Segundo Kichel
et soii
al' (1999)' oara a produÇão de siiagem o milheto pode substltuir o mitho e o sorgo com ganhos em
produtividade e Qualidade Quando cultivado em safrinha ou tardlamente. Nd -ná
Br.asit poucos
estudos reiacionaoos a ensilagem de milheto. entretanto, a produção de quantidades elevadas
de
Íorragem. associadas a caracterÍsticas cuÍmicas que favoreçam padrões desejáveis de Oa
fermentação. devem nortear a produÇão de silagem desia planta (Lima. 19g7). _{§
ds
,'.1 cap
l.&Ê.
slti,
Visa.Co a ensilaoem. Almeida et al. íi993) ceifaram o milheto na Íase de gr.ão gastoso, :*â
iffi, dut
em média.
110 oras após o plentio e obtiveram valores de 27,7cÀ, s.6% e 39,7on para MS. pB FB -1:
de!
respectivamenie. Bov el al. {1gg4i anaiisaran silagem de rnilheto Íeita
e ,át
com Dlantas colhidas acima 311
]:€ fni;i
de 12 semanas de idade. e encontraram os seguintes valores: 2g.21"/o de MS: 16,g2o/o de pB;
25.32i" de FB: 66,2802o cie FDN: 34,4670 de FDÀ. Trabalhando com silagem de milheto contendo
23,4% de MS. 12% de PB. 66,69" de FDN e 42.5.k de FDA anI
Par
Plantas colhidas no estádio de grão pastoso (21,40," de MS) renderam
a Bishnoi et al. (.1 993) sila
silagem contendo 3C.4% de MS; 6.8% cje PB: 12.3?o oe FB. Entretanto, antes digi
da ensilagem, os
autoresreduziramoteordeumidadedomaterial aténíveisentre65 el)oio.Segundoosãutores.
ainda são necessárras inÍormaÇÕes aoicrcnajs a resgeilo Cjo ponto ideat trê
de colhe-ita para obtenÇão s
de uma 'nator DroouÇâo de Íorragern e siragem oe milheto com bom vã,or nLttricionai. aut.
do
Foram relataoos valores de oH de 3,53 até 5.g.1 oara silagem de milheto (Figueiredo lild
& Mühlbach,

22

'.F"

,,s,,
n.,
&
III Simpósio Mineiro Ce Nutrição de Gado de Leite
1g84, citados oor Machado Fiiho e lv1ühlbach, 1986). Entretanto, para silagem de piantas colhidas
.,em no estádio de gi'ão oastoso. Macnado Filno e Mühlbach í1986) encontraram vaic: de pH de 4.'
> Sul, enquanto que Bisnnoi ei a:. (1993; e Hoy (r994) encontraram pH de 4.3. AnoÍaoe e Ancraoe
de (1982b) observaian vaiores de pl-r Ce 23A. L.27 4,70; acido láiico 0e 2,29,7.89 ê 3,98 c,'o: êctac
açético Ce 13.35, Õ,2d e 1.83 ",oi actco butÍ,;cc Ce 4,53, C,24 e a,22oi" respeçiivarnenle 3â!"a a
'a de silagem ec ,r'r-r;r-9lo ccl:-rica con 68. 8i e i3'4 C as.
por
de Guimai.ães..lu:ror í2Cii3, avâiicu a .crrpcsjÇãc cuÍrnica-Dorrieiológica ê a oualidade oa sllagem ce
três genótiDcs de mitieto (Çf\4S-1 , BFS-15C1 e BN-21. Este autor observou valores para o teor oe
matéria reca variandc de 23,28 e 23,9i o,L.2are a prcteÍna brula de 9.73 a 11,32",c, pai'a a Íbra
\4S-1, em detergente neut!'o de 46.96 a 55 519/o. Íib:a er: cletergente ácido de 27,86 2.31,55ci'. e iignina
Vinas de 3,34 ae.31o/o na silaoem Ce mil:eto. Com.eiaÇão a qualioacle da siiagern (-iac.2) este aulor
utilizancic a classiÍicaÇão prcoosta poi l!íiever ei ai. ( 1969), consicerou a s ,aoem ccs lres
genolipcs ce mitneic con-lo cje muiic bca ouaii:aae

TABELA 2 - Valores de nraiér'ia seca. or?estibiiiCade in vitro da matéria seca, pH.


niirogênio amoniacai enr perce:tageni cc.ri:iogênio total, riraiér'ia seca, áorct acéiicc
Lqcr q Q quÚ:lgl-E!§É! 9!§ :?,'9! i! c_{9§ 3 e T [sto 3.o§j! a§!!i1T e : IaÇ!.
x j, I

,.,":
L^
MS DIVMS I\].NHJNT ^EíUIlrlCO
g-Êt!qrleQ /c.'., (eâMS)
pH roii A.ético
(9"MS; lo,oMS)

cl'/1s-1 =/ ÁÁ 8.46 J,UJ


ionais 5:i5- I 3U .: âÊ 372 Y,U 1nr nA7
2400 B:\-2 ,.. 3,./õ a;Ê ^\ 41 i,tu
^a
ão de Aoep:ai3 de Guimai'áes ...lur :r

O emurchecirnento é urna Drática cue pode se,,rlilizada oara obtençáo oe siiager,'r ce melhcr
qualiiade. Esruoando o efet:o cc enurchec!,r]'e.ic gobrÊ'a cualidaie Ca s|ager oe mrihetc.
Viacf)ado Frlno e Munlbacn (1986) coiheram e ensilararn as plan{as ccm 45 olas oe rebrote no
estádio de grão leitoso, obtendo 23,1,% de \4S aara silagern emurcneclCa e'l 8,4e," de lúS cara
silagem sem ernurcheci,1.]ento. O enrur'checirnento resuitoi.j nur,.ra reduçãô nc lecr ce acrco láctico
cio de e aumento na proporcão de nitroaênio amoniacar. sem que estas alleraÇoes Ícssern, no entanio,
,agem suÍicienles pa!'â oesolailÍicar a sliaçem. Neste nresmo estucio. observou-se que o leor'0e matéía
:Pós a seca Ca Íorragem eumentou sei'n oue hcuvesse redução na concentraÇão ce ca:Doioratos
:hel et solúveis.
OS êM
0uc0s 5.2. Consumo, digesiibilidade e Produção Animal'
ras de
i5 de O aproveitamento de aiimento volumoso Delos rumrnantes deve-se a açáo da micrcbiota ruminal,
capaz de degraoar a pareoe celular vegetal. Amarat et al (2003) avaharam a oegraoabilioade ln
situ em ovinos da sllagenr de três genotipos ce rnrlheto cor,ados aos 7C e 9C dias ce iOade. Estes
autores observaram vaiores méoios de degraciabiliaade potencial oe 53,96 € 50,20 o,o: €
degradabiiidade eÍetrva em raxa cie oassagern oe 0,05/nora de 29,85 e 26,26'Á para a siiagem de
i -.
milheto corlado aos 70 e 90 dias, respeclivamenl€.
acima
,a 9F'
rtendo O consumo voiuntário associado a oigestibiiioade são os principais determinantes do desempenho
animal, tornado-se imponanre a mensuraÇãc oesies oois parâmetros na avaliação oe aiimentos
para ruminantes. Bona Filho e Lopez (1979) encontraram valores de consumo de Írateria Seca de
,1
993)
silagem de milheto colhida aos ''1 0 0ras oe 3i,68 a 40,94 g/UTM/dia e coeÍrcientes oe
digestibilidade da matéria seca de 50.63 a 54,70 'k. Guimarães Júnror et al. (2001) determinaram
im, OS
o consumo voluntário e o coeÍiciente oe digestibilidade aparente da matéria seca oas silagens oe
rtores,
três genótioos de milheto (NPM-1. BRS-1501 e CMS-3) em ovinos. Não Íoi observado cor estes
enção
autores diÍerença signiftcativa (c>0,0S; entre os genotipos, sendo obtido valor médio cie consumo
de matéria seca de 44, 2 gIUTMldia (68'1 gidial. e coeÍiciente de digestibilidade aoarente oara a
matéria seca de 18,7 o,".
lbach,

22
.'iii
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
Andrade e Andrade (1982a) comDararam o consurno voluntár'io, os coeíicientes de digestibilidade
aDarente e os teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) da silagem de milheto pura. adtclonada
de2Ooi" de cana-de-açúcar ou 6% de melaÇo. A silagem pura de milheto apresentou menor nível
de consumo de matérra seca. não diÍerinoo ouando ao coeÍiciente de di_qestibilidade agarente da
matéria seca e ao teor cje NDT (Tab. 2).

Pinto et al. (1999) comparararn o consumo voiuniário e a digestibilidaCe ln viva em ovinos das
silaoens de caoirr Sudãc \Sorghum sudanese), Milhetc \Pennisetum glaucum). Teosintc
(Euchalena mexrcana) e Milho (Zea mays). Com a relação ao consumo cie matéria seca (Tab.3).
proteína digestívei e energia digestível, estes autores cbseruararn os menores valores
estatisticamente signiÍicativos para a silagem de milheto. Segundo estes autores este Íatc
decorreu do maior teor de fibra em detergentê neutro e nitrogênio amoniacal (2.96o/" do N totar)
presente na silagem de milheto. Para os coeÍicientes de drgestibiliciaoe aparente, não Íol
observada diÍerença entre as silagens avaliadas por estes autores (Tab. 3).
Os rr
TABELA 2 - Consumo vo!untário (CVMS). coefroente de dige:iibilidade aparente, litera
(DAMS) da matéria seca e concentração de nutrientes digestíveis totais (NDT) da terçc
ou si
redur
f ibros
Milheto * 20ok de cana de açúcar' 1410,67a 45,30b 45,28 prop(
Milheto + 6% de meiaco i 544,33a 5'1 ,76a 49,85 dige:
degrr
Andrade e Andrade (1982a) men(
glico
TABELA 3 - Teores de tibra êm detergente neutro (FDN), consumo voluntário de corp(
matéria seca (CVMS), proteína digestível (CVPD), energia digestível (CVED), meta
coeÍicientes de digestibilidade da matéria seca (DAMS), proteína bruta (DAPB) e da
Íibra em deteroente neutro (DAFDN) das silaçens de capim sudão, milheto, teosinto 6.C
e milho
A cul
baixe
CVMS (g/UTM/dia) 57,73a 23,10b 54,12a 67,61 ! áride
CVPD (giUTM/dia) 4.10b 1,8'1c 4,22a s,22e
CVED (g/UTM/dia) 159,99a 61,65b 159,39a 196,77ê Devi
DAMS (./") 61 ,18 ÂÂ 1Â ô6,25 76,52 utiliz,
DAPB (%) 74.34 75,53 77,30 81,25 a su;
DAF?N (%) .59.79 s6,73 65,10 76,s2
Médias seouicas de lel'as diÍerentes nas linhas diÍerem entre si (o<0,05: Tukey). Adaotado
de Prnto el
al. (1999)

Ward et al (2001) comoararam o consumc voluntário e os coeficientes de digestibilidade da


matérra seca. Íibra em,-etergente neutro e Íibra em detergente ácido da silagem de milhetc com
as silagens :e nrilho e sorgo forrageiro em novilhas (Tab. 4). A silagem cje rniiheto aoresentou o
ma:or cons'irro de matéria seca, fibra em detergente neutrc e ácido. Para os coeÍicientes de
digestibilidade. as silagens de so!'go Íorrageiro e milho apresentaram maiores valores cie
digestibilidade oa matéria seca quando comparados à silagem de milheto. Não Íoi observada
diÍerença estatÍs'(ica entre os coeficientes de drgestibilidade da Íibra êm detergentê neutro e ácidc
aoresentados oelas silagens avaliadas oor estes autores. No'enianto. Ward et ai., 2001 chamam
a atenÇão Dara o al:i valor de oH (4.09: a.5C e 3.96 para silagem de sorgo Íorrageiro. milheto e
milho. respectivamente) da silagem de milheto, podendo este Íavorecer a ocorrêncra de proteólise
durante o processo Íermentativo.
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
iirdade TABELA 4 - Consumo voluntário de matéria seca (CVMS), fibra em detergente neutro
ionada (CVFDN), Íibra em detergente ácido (CVFDA) e coeficientes de drgestibilidade
rr nívei aparenre da matéria seca (CVMS), Íibra em detergente neutro (CVFDN), Íibra em
nte da deterqente ácido das silagens de sorgo Íorrageiro. milheto e milho
Sorgo Íorrageirc Milheto Milho
CVMS (kg/dia) 2 0Âh 1,92a 3,88b
os das 56,83a 51,36b RQ 12a
DAMS (%)
rosinro CVFDN (kg/dia) 2,000 2,53a 1,960
'ab.
3), DAFDN (%) 53,80 50,70 50,37
ralores 1,28b '1,62a 'i 7b
CVFDA (kg/dia) ,i
te Íato DAFDA 47,14 47 g1 48,92
{ total) Médias :guidas Õe letras dilerenles nas irnnas entre s, l!,<0,05; 'este t de student). Adaptado
rão Íoi de waÍo er ai (2001)

Os resultados de ciesempenho animal com o fornecimento de silagem de rnilheto são raros na


literatura. Messman et al. (1992) avaliaram o consumo voluntário e o desempenho de vacas no
I terço médio de lactação alimentadas com oietas onde o volumoso consistia de silagem de milheto
ou silagem de milho e silagem de alfafa. Esles autores observaram ganho de peso diário negativo,
redução dos teores de proteína do leite, maiores coeÍicientes de digestibilidade das Írações
Íibrosas e menor da fração solúvel em detergente neutro, menor retenção de nitrogênio e maior
proporção molar de acetato no rúmen (Tab. 5). Segundo estes autores, apesar da maior
digeslibilidade da parede celular da dieta com silagem de milheto, esta seria lentamente
degradada, ocorrendo menor disponibilidade imediata de energia no rúmen, Íato que justificaria a
menor retenção de nitrogênio. Juntamente a este Íato a menor presença de precursores
gliconeogênicos (propionato no rúmen), levariam a percja de peso pela mobilização de reseryas
f
corporais para a síntese de glicose, que é a principal Íonte energética para os processos
metabólicos na giândula mamaria.
1
) 6. CONSIDERAÇOES FINAIS

A cultura do milheto devido a sua capacidade de se estabelecer em regiões onde há ocorrência de


baixa pluv, :.iCade, possibilita a produção oe siiagem para aiimentação animal em regiões mais
áridas.
:a

Devido a características de consumo e digestibilidade da silagem de milheto, esta deve ser


utilizada em categorias animais de menor exigência, devido principaimente a Íatores relacionados
a sua degradação ruminal.

lade da
,.to com
entou o
ntes de
>res de
servada
e ácido
;hamam
rilheto e
oteÓlise

:i
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**-
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25
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#'
*..
.f,hÉ
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
TABELA 5 - Consumo voluntário de matéria seca (CVMS), coeÍicientes de BARRI
digestibilidade aparente da matéria seca (DAMS) e Íibra em detergente neutro Mi'
(DAFDN). retenÇão diária de nitrogênio (N-retido), ganho diário de peso (GDP), relação Zo'
acetato:propionato no rúmen, produção e composição do leite de vacas no terço médio
de lactação alimentadas com ditas tendo como base silagem de milheto e silagem de BISHN
coi
Ag
P'
silaoemdemry BOGD
CVMS (kg/dia) 10 tr 23,8 0,02 19
DAMS (%) 66.8 66,9 0,93
DAFDN (%) 64,6 51.4 0,03 BONA
N-retido (g/dia) OA 86,6 0.03 an
GDP (kgidia) -0,04 0,78 0,01 Br
Produção de leite corrigida
21,8 22,1 0,93 BONA
(Kg/dia)
Gordura do leite (o/") J,OC ó,J5 0.33
IC
Proteína do leite (%) 3,24 3,44 0.04
Acetato: Propionato ruminal
72,4'.12,5 63.4:19,3 0,01 BRUN
(mol/1 O0mol)

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rs de
iana,

3da
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1 der

'ains.

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n. 1,

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28
29

**-
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite

SILAGEM DE GIRASSOL aproxir


avançi
variaçr
proÍessor Do Deparlarnenro De zootecnia Da Escora
tt§;tt-".i.,':";BTü?ilrt
FrcÍesso.Ad juntoDauniversidadLe';'e?ua";iltil:iii;r:::Ê'Á] PONTr
Deboraf' Arves Ferreira
Doutoranda em Ciencia Anima, EV-UFMG
O con
Íator li:
silager
A estacionalidade da produção e da oÍerta de Íorragem, como conseqüência de variáveis abaixc
climáticas e do prÓprio manejo. vem sendo reconhecida como um dos principais limitantes a Íato d
produção animal em sistemas de criação baseados em pastaeens (Silva et at., 199g). avanç,
Uma das
práticas para melhorar a alimentação do rebanno e minimizar õs eÍeitos da reCuzida produção
de
forragem no perrodo de estiagem é a conservação das forragens produzidas no veráo, via De ac
ensilagem (Almeida et al.. 1995). Tradicionalmente, o milho e o õorgo têrn sido as cutturas possib
mais
utilizadas nesse processo de conservação, mas entre diversas alternativas aparece o girassol Ílor, e'
(Helianthus annuus). (1959
encon'
Nos Últimos anos. o cultivo na época da s,'irinha, semeadura realizada entre janeiro marÇo, verde-
e vem
aumentando consideravelmente (Henrique et ai., 1998). Geralmente são uiilizadcs o milho (2000
eo
sorgo' que proouzem uma silagem bem preservada e com bom valor nutritivo, entretanto, amare
produções são incertas de ano para ano, por serem muito influenciadas pela suas
disponibilidade de
água no solo. Então o cultivo do girassol após a retirada da cultura de verão, com semeadura As rec
a
partir de fevereirc, ood.e ser uma ooçãc viavei para a produÇão de Íori'agem (Conçaivãi
1996). O girassol também pode ser Íacilmente introduzldo em áreas tradiciãnais
ót ai., OS ES1
Oe pàouçao, pois avalie:
praiicamente necessita do mesmo maquináno Dara coiheita que outros grãos (Balia
et al., g95), o .1
Poder,
QUe 0ermite uma oeíeiia inteoraÇãc Corn culturas corno o nnith3. slsrr;dc-se a produtividade
Cor. apres(
área e contribuindo oara a rotaÇão de cutturas.
Harpe
orgâni
uso Do G|R/\SSOL PARA PRODUÇÃO DE STLAGEM no cc
respe(
O girassoi ap!'esenta característica de coa resistência ao esti.esse hídrico e boa toierância a última
baixastemDeraiJras. r::lenco-sÊ urnâ bca oiiã3:a,a o oianirc de safr.inha e Dai.a regiões que ensila
aoresenlem baixos ínotces oluvioÍétricos. Tanto os cultlvares oesenvolvidos para pro!uçào
a Oe MS re
óleo, oue contêm de 3s a 4so/o de oreo no grâo (McGuiiev e schingoethe, 1gg2), quanto
os causo
cultivares corn sementes não oleosas. chamaoas oe variecades conÍeiieiras, (95 dii
eue possr. em grào
maior. casca grossa @0 a 45oi. oc pesc cia semente) Íacilmente removível e contêm quatrc
de 25 a 30%
de óleo (Carrão-Panizzi e 511an67rrno,i gg4). tênr sido utilizaoos na conÍecção de
silagem. teores
(mais
Para a colheita oodem ser utihzaoas as mesmas máguinas usadas
Dara a ensilagem do milho e DIVMi
do soi'gc. devloamente reguraoas pa:a o esDaÇamenro de plantio da cultura do*girassol (70-go do hít
cm)' o tamanho de partÍcula deve ser uniÍorme e também é recomendado o mesmo tamanho notou
utilizaoo Dara milho e sorgo (1.5-2,Ocm). Assim como cualquer outro material a ser ensilacio,
deve- degra
se fazer o enchimento e a vedação do silo o mais i'ápioo possível, de Íorma a
evitar perda do valor
nutritivo da Íorregem (Gonçalves et ai.. 2000).
Edwa'
i conclr
com Í,
PRODUTIVIDADE DO GIRASSOL
origrn,
Íerme
A produtividade oor área é um dos principais Íatores na comDosição dos custos de produção MS (2
da
silagem. Nas reoiões onde a silagem de ci'assot tern s169 produzida, a produtividade
em período de efl
de saÍrinha. alcança cerca de 30 toneladas de matéria naturat (MN) por hectare ou, 1991 )
aproximadamente, oito toneladas de matéria seca (MS). Experimentos de Càmara
et al. (199ga), MSé
Câmaraet al. (1999b) e de Tomich (i9-o9). eue avaiiaram a produtividade da sitagem de'giiassor
de 1o,,
em período de saÍrinha, observarar.r produçoes entre 12 e 4g vha de MN ou de,
s
§c
:
Í fII Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
aproximadamente, 4 a 11 Vha de MS, para as colheitas em estádios de maturação mais
avançados. Foi notada, em estudos de Tomich (1999), Rezende (2001) e Souza (2OO2), grande
variação na produtividade entre os d!Íerentes qenótigos avaliados.
:alves
JFMG
ereira
S.BA) PONTO DÊ ENSILAGEM DO GIRASSOL
:rreira
JFMG
O conteúCc de MS é considerado uma das desvantagens da cultura do girassol e tem sido um
fator limita te na produção de sua silagem. Os dados nacionais sobre avaliações de
silagens de girassol, até o ano de 2003, apresentam valores médios AeZa,iot (Anexo l), vatores
áveis abaixo dos 30'35% preconizados para produção de silagens de boa qualr-rade, e atribuídos ao
esà fato da cultura acumular muita umidade na haste e receptáculo Íloral, mesmo em estádios
t das avançados de desenvolvimento (Pereira, 2003).
io de
, via De acordo com a litere:Jra, varias épocas de ensilagem são indicadas rlorrlson (1966) relatou a
mais possibilid.-'r do girassoi ser ensilado quando m:ude ou ciois terço: r plantas estiverem em
assol flor, enqua. rc Schuster (1955) indicou a ensilagem durante toda a i;-. eção. Entretanto, Cotte
(1959) considera que o girassol pode ser ensilado no final da Íloraçâo. Tosi et al. (1975)
encontraram bons resultados guando realizaram coÍ1es com os capítulos, apresenlando coloração
vem verde-amarelo na Íace dorsal e com sementes diÍerenciadas e bem Íormadas. Gonçalves et al.
)eo (2000) recomenda colheitas com a planta apresentando'1 oO7" dos grãos madurós, brácteas
suas amarelas a castanhas e Íoihas murches ou secas.
ie de
ura a As recomendaçóes de época de ensilagem da cultura do girassol são controversas e são poucos
)t al., os estudos que realizaram a ensilaEem em estádios mais avançados oe maruração. Estudos que
, pois avaliem d,Íerentes épocas de ensitagem (inciuindo estádios mais avançaooá Ce maturaçáo)
rs), o poderáo ser importantes, pois serão capazes de estabelecer o mcmento em que a cultura
e por apresentará uma ótima relação entre produção de matéria seca e valor nutrltivo.

Harper et el. (1981) avaliaram a composição química e a digestibilidade in vitro da matéria


orgânica da ,,tanta do girassol em doze semanas consecutivas após a floração. notando aumento
no conteúoo de fibra bruta (20,8olo a 33,0-q" para a primeira e última semana de corte,
respectivamente) e redução signiÍicativa na digestibilldade (76,6% a 56,9% para a primeira e
cia a última semana de cofte, respectivamente). Rezende (2001) avaliou três genótipos d'e girassol
l que ensiiados com 95, '110 e '125 dias de idade e oôservou que os genótipos só áiingrram os teãres de
ao de MS recomendados para ensiiagem (30-35%) corn idaoe de'125 dias, porém o avançar da idade
to os causou um aumento (p<0,05) nos conteúdos de FDN e redução (p<0,05) nos valore's de DIVMS
grão (95 dias = 62,9o/"', 1'1 0 dias = 56,17o; e 125 dias = 49,47o). Souza (2OOZ), avaliando as silagens
de
30% quatro genótipos de girassol ensilados com 90, 97 , 104, 'Í 1 1 e 'Í 18 dias, também observoüque
os
teores de MS adequaoos para ensilagem sóÍoram atingidos em estádios avançados de maturação
(mais de 1 11 dias de idade), que os conteúdos de FDN e FDA aurr,entaram e os valores de
rlho e DIVMS diminuíram com o avanÇar da maturidade das plantas. Pereira (2009), ao avaliar a silagem
70-90 do híbrido M734 em diÍerentes estádios de maturação (100, 107,1i4 e tZj dlas apos o ptaniio),
ranho notou aumênto dos conteúdos da parede celuiar e redução significativa na taxa e e)densão de
deve- degradação com o avançar do estádio de maruração das piantas.
valor
Edwards et al. (1978) avaliaram o girassol ensilado em doze estádios de crescimento e
concluíram que mesmo em estádios precoces, com baixo conteúdo de MS, Íoram obtidas silagens
com fermentação predominantemente láctica, conferindo uma orrservação satisfatória do material
originalmente ensilado. Freire (2001), Porto (2002) e Pereira (2003) encontraram bons perfis de
Íermentaçáo das silagens de girassol, mesmo trabalhando com materiais com baxo conieúdo
de
ão da MS (22%), mostrando o potencial de conservação do girassol nestas condiçÕes. porém, as
óerdas
rríodo de eÍluentes de materiais com menos de 25o/" de MS devem ser consideiadas (McDonald et at.,
) ou, 19€1.). outro problema que pode ser observado corn sllagens apresentando baixos
conreúdos de
)99a), MS é uma possível diminuição no consumo. oltJen e Botsén (198o) retataram que a cada àJmento
'assol ,a de 1o/o na MS da silagem o consumo de MS aumentava em 0,0176 kg.
r de, ':rL
:li|

§
30
31

.&.
'it'
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
Experimentos que avaliem o consumo, a digestibilidade e o desempenho de animais alimentados
com o girassol ensilado em diÍerentes estádios de maturação são escassos e de Íundamental vivo.
importância para que se estabeleça o ponto ideal de ensilagem. comp
C0êÍir
Íoran
QUALIDADE DA SILAGEM DE GIRASSOL silagr

Em média, os diferentes genótipos de girassol têm produzido silagens com bom padrão de Devic
fermentaÇão (Freire, 20_0'1; Porto, 2002). os teores de MS, como discutido ener(
anteriormente, usacj
geralmente são baixos (24,1"/o). As silagens têm apresentado valores
de pH que variam éntre +,0
a 5'5 (Tomich' 1999), com a média dos valores alcançados estando relativamente altas, quando ovinc
comparadas à das silagens de milho ou de sorgo (Tosi et al., 197S; Henrique et al., lSSA)Io que enco
pode estar rel;rcionado aos maiores teores prótéicos do girassol, que (200
o resulta em redução da
com
taxa açúcar/proteína (Tomich, 1999), importante inftuencladora do pH da
silagen, âlou-Ouüão.o que
9]9'?90 poder tampão do girassot (44,67 e.mg / loog de MS) quando comõarado com o mitho
(22'63 s'mo 1009 de MS). os teores médios dã conteúdo de nitrogênio amoniacat em ADES
{
percentagem do nitrogênio toial, parâmet!'o que pode avaliar COmt
a clegradaçao ãa proteínã áúr,ánt"
Íermentação no silo, geralmente ficam abaixo de 10%, o que classiÍiàa
ai sitagáns corno de muito" SegL
boa qualidade (Tomich, 1999; Freire, 2OO1 ; Stehling, 2001; Sorr., 2OO2).
extre
Dados experimentais têm mostrado níveis adequados de ácidos orgânicos .,n Schrr
nas silagens de r!
dee
girassol, com adequadas concentrações de ácido lático e baixos conteúios ',}
de ácido Uutiiüã, para milhc
a maioria dos genótipos (Tomich, 1999; Freire 2001 ; porto, 2002; Souza ZOO2). ,'
, r{i'
nutrir
.É;
:j5
a)
.g;
VALOR NUTRITIVO DA SILAGEM DE GIRASSOL 14
COtr
E notado uma ampla variação nos ccmponentes Íibrosos, teores de elrtrato ,ffi
.w
etéreo, proteína e Occ
11t9req de drgestibilidade_entre_d.iferentes genótipos de girassot (Anexo t). os vatores *ãoios oe
FDN' FDA, Lignina, EE, PB e DIVMS e oJseus resoectivos desvios paoroes litera
literatura nacional foram: 46,7o/o (s.5,6); 97,sa/o (s.3,6); 7,23o/o (s. 1,1); 1s; encontraoàs na
11,golo (s. a,1); 10,1% (s. a/kg
1,5)', e 52,21o (s. 1,1 ). de c,.
expe
Ouando a composição química da silagem de.girassol é comparada com ASS
a do milho ou do sorgo,
normaimente observa-se. maior têor dà proteína e de extrato etéreo para anin
(valdêz et al., 1984a; Valdez et ai., 198gb; Almeida et al., j99s; Henrique
a silagem de girassol
obse
et at., 1998; Fernandes
et al., 2002; Possenti et al., 2002; Ribeiro et al., 2002), enquanto oi vatores MSr
oó oige;tiuitiJàa" in
vitroóa matéria seca são gera!mente inÍeriores. (48,(
Dow
Os valores relativamente baixos de digestibilidade in vitro da matéria seca pâra oiras
girassol inicialmente Ío' n explicados por Tomich (t9gg) a siiagem de
coúo conseqüênciá oiominuiçüo oa
digestibilidade da Íibra devido ao arto :onteúdo de extrato etéreo das
siragens. Entretanto,
A lite
Noguera (2000) demonstrou não existir diÍerenÇe na digestibilidade
da sitalem de girassol qUê
desengordurada ou não.. Mello e Nôrnberg (2004) realizaraãr o fraciànamento
proteínas das silagens de milho, ssrgo e girassol, conÍorme dos carboidratos e tv,Õ .
descrito por Snitfen et al" (1gg2). A nh cr
silagem de girassor apresentou menor conteúdo de carboidratos totais
do gue as sitagàns oe
milho,e sorgo, em razão do maior conteúdo de proteína bruta e ê)ítralo alrm,
etéreo na primeira. o
conteúdo de carboidratos não fibrosos iaÇucares solúveis e amido+pectina) encc
na silagem de milho
apresentou-se maior do que nas silagens de sorgo e girassol. o co rn
conieúdo oã *
hemicelulose, Íração lenta e potencialm;nte digeríveT no ri.en, silag
tái maior na silagem"eLto""
de sorgo,
intermediário na silagem de milho e menor na silagem de (o.c
oirassor. Já o maior conteúdo de lignina
e Íibra associada à lignina (fração não digerívet nJtrato gãstrointestin"rl tJ pela
de girassol. segundo Pereira (áoo3), as d]Íerentes propor-ções
á0"ã*;;"";"";;àn".
dos carboidr"mr éntãá ,ii"õà, o.
girassol e as silagens de milho e sorgo e o mais alto teor
de extrato etéreo oa
Asc
s,rafãm ãàjiiassor
resultam' em média, em vaiores de digestibilidade rn vitro interiores. conc
Carneiro et ai. (2ooz)
obiiverarr. menor degradabilidade eÍeiiva ãa FDN da silagem oe silag
tira."or quando comparada com
sil6gsrn de milho ou sorgc. Bueno e: at. (2CC1), em ex_ier.i:r.,.enio com
Cã Oigurflbiiidadeãpi*t. *
32
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
'i:dcs vlvo, também comprovaram a menor digestibilidade da FDN da silagem de girassol (39,5%)
rental comparada com a siiagem de milho (60,2i"). Entretanto, Mizubuti et al. (2002) observaram que os
coeÍicientes de digestibilidade aparente da MS, FDN e PB das silagens de girassol e de milho
Íoram similares; já o da FDA Íoi maior para a silagem de milho e do extrato etérec maior para a
silagem de girassol.

Devido ao elevado conteúdo de extrato etéreo, a silagem de girassol pode ser uma boa Íonte
io de energética, o que pcde. em pafte, compensaÍ a menor digestibilidade desta sllagem ouandc
1ênte, usada em dietas corretamente balanceacias. Ribeiro et al. (2002), comparando o desempenho de
fi, 4,0 ovinos da i'aça Hampshire Down aiimentados com siiagem de milho, sorgo ou girassoi,
Jando encontraram meihor oesempenho ocs animais airmeniados com silagenr de girassol. Bueno et ai.
o que (20Ci i, em avallação oa cirgestibilidade aparente da silagem de milho e da silagem de girassci
ão da com diÍerentes nÍveis de inclusÕes de concentrado (20,40 e 600/.) na oieta de ovinos. conclurram
do ao que o elevado teor de EE Ca siiagem de girassoi Íoi aproveitado eÍicientemente pelos animars,
milho apesar de ccmprovarem a menoi' CigestibiiiCede ca FDN da silaEem de girassol (39,5o;")
al em comparacja com a silagem de milho (60,2%).
ante a
muito Segundo Valdez et ai. (i988a), urn cjos probier-nas cia utilizaçãc da silagem de girassoi é o teor ce
extrato etéreo, que é três vezes maior que o observado para silagens de milho. McGuÍÍey e
€ Schingoethe (1980), comparando silagem de girassol com sriagem de milho, notaram que o teor
ns de x de e;Írato etéreo da silagem de girassol Íoi 4.3 vezes sugerior que o encontrado na silaoern de
), para i
ê
milho, concluindo que a maior limitação oa siiagem ce girassoi para vacas corn alta exigêncra
,lt nutricional sena os elevados conteúdos cie EE e o aito tecr de fibra.
it-
.i
CONSUMO VOLUNTÁRIO
s
.#
:ína e & O consumo das dietas contendo silagem de girassol Íoi satisÍatório na maioria dos relatos de
ios de q literatura. Bergamaschine et al. (1999) encontraram consumos de MS variando de 72.8 a 80.6
jos na g/kgo75/dia em garrotes oa raça Guzera receoendo siiagens oe grrassol colhioo em duas épocas
;fr
1% (s. de corte (100 e 108 cias) e sr3iementâdos com 600 g,cab/Cia oe Íareio de sota. Ko (2002; ern
# experimento com ovinos adullos, obteve consurnos de MS variando de 5C,2 a71.sgiiçr7'ldtacara

&
& as silagens de ouatro genótioos de girassol, afirmando que esras tiveram boa aceilaÇão pelos
§orgo,
§ animais. Mrzubuti et ai. (2002) tamoém reairzaram urn experimento com ovinos acjultos e
irassol
*:tr observaram um ccnsumo de MS de 5?,25 E,'xco"ic'a p_e,a a silagern c1e girassoi. 'l consurnc de
randes MS de silagem de milho foi semeihante (63.24 g,kg"'"/dia) e o de silagem de sorgo Íoi menol
ade in
ü
& (48,06 g/kg0'75/dia;. Ribeiro et ai. (2002), irabalhanoo com ovelhas adutt?s da raça Hampshire
Down encontram consumos oe 76,8 t 2,C, 69,8 t 2.0. e 83,3 t 2,A glkg'''"ldia para siiagens oe
#, girassol, sorgo e rnilho, respectivarnente.
am de B
-ia
.A A literatura não é conclusiva sobre o consumo de MS em dietas contendo silagem de girassol
..*.
como única Íonte de volurnoso para vacas leiteiras. L4cGuííey e Schingoethe (1980), veriÍicararr:
+ cue as vacas alifienlagas corn siia:er ce ::a3s0l, vale:ace ccaÍei:3lra. cSns:..1r':a.r 4 c <g c=
MS a menos em relação àquelas alrmenlaoas com sitagem de milho. Já Valdez et al. (1988b) não
j92). A
observaram diierenças signiÍicativas no consurno oe vacas hoiandesas, com 50 cjias cje iactaçãc,
)n§ de alimentadas com siiagens oe girasso! (se,:nen:es oiecsas) oir de rnilho. O consumo oe h,{S
:ira. O encontrado por Hubbel et al. (.1 985) para vacas Jersey, foi maror com silagem de girassol do que
,milho com silagem de milho, Leite (2002) obseryou oue a substituição total da silagem de milho pela
o§e + silagem de gira,ssol na dieta cje vacas leiteira causou uma diminuição signiÍrcatrva de 17o,,â
sorgo, (p<0,01)na ingestão de matéria seca; ra a substituição pe,r;ial de 34 e 66% da silagem de milno
lignina pela silagem de grrassoi não aÍetou a ingestão Õe matéria seca.
ilagem
iem de As contradiÇões dos resultados entre os trabalhos pooem estar associados às diÍerenças nas
irassol condições experimentais e entre os cultivares de girassol utilizados, pois para produção oe
(2002) silagem podem ser uti[zaoos matenais destinados a orodução de óiec ou materiais conÍeiteiros,
a com com menores teores de extrato etéreo (Leite, 2002).
:nte in

32 JJ
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite

vclum
PRODUÇÃO E COMPOSTÇÃO DO LEtrE opçàc
SUDêrr
Hubbel et al. (1985), em experimentos com vacas Jersey, conseguiram maiores produções e alimei-
conteúdo de sólidos totais no leite dos anrmais alimentados com silagem de girassol, quando tambe
comDarados aos alimentados com silagem de milho. oorérn cs teores de gordura do leite Íoram aiimer
similares. Thomas et al. (1982a) também não observaram diÍerenças na produÇ;,:l de leite de ODSET
vacas holandesas alimentacjas com silagem de girassol ou de alÍaÍa. Já Valdez et al. (1988a), ao alimer
testar a silagern de girassol, silagem de milho e a mistura das duas para vacas holandesas,
encontraram produçÕes de leite similares entre os animais alimentados com silagem de milho e
silagem de girassol, porém a produção de leite corrigida para a gordura Íoi superior para os
animais alimentados com silagem de milho. McGuÍíey e Schingoethe (1980) compararam as
silagens de milho e girassol de sementes oleosas na alimentação de vacas holanc.-:ias.
Observou-se que a produção de leite foi superior para os animais alimentados com silagem de
girassol, porém quando esta Íoi corrigida gaa 4o/o de gordura as produÇões Íoram similares.

Siiva (2002) avaliou a produção e a composição do leite cie vacas leiteiras alimentadas com
diÍerentes oropor'çÕes de silagem de girassol (07o.3a"/o,66% e 100%) em substituição a silagem
de milho na dieta. A produção de leite toi de 27.2 kgidia para os animais que receberam 66% de
silagem de gtrassoi, 27,5 kgidia pa!'a os anirnais que receberam 34% de silagem de girassol e de
27,4kgldia para os animais que receberam silagem :e milho como volumoso único. Entretanto os
animais que !'eceberam somente siiagem de girasso como voiumoso apreseniaram reduÇão da
produção de leite, de 24,0 kg/dia. A porcentagem de gordura do leite Íoi semelhante entre os
animais que receberam 0, 34 e 66/" de silagem de girasscl. Houve redução da porcentagem de
proteína com a inciusão de siiagem de girassoi à ciieia. entretanto a oroduÇão de oroteína, em
kg/dia, não Íoi aÍetaCa pela substituição oarcial da silagern de milho pela silagem de girassol. O
autor concluiu que a inclusão parcial da silagem de girassol mostrou-se viável, não aÍetando a
produção nem mesmo o conteúdo de proteína e gordura do ieite. Já a substituição completa
aÍetcu negativamente estes parâmetrcs.

Em alguns exoerimentos observa-se modiÍicações na composição do leite dos animais


alimentaOos com siiagern de girassoi. íhomas eiai. (1382a)observaram reouÇão na porcentagem
de gordura do leite dos animais alimentados com silagem de girassol sendo de 3,2k conlra 3,6"k
no leite dos animais alimentados com siiagem de alÍafa. O mesmo resultado Íoi observado por
Valciez et al. (1988b), sendo de 3.0% pa!'a os animais a -entados com silagem de girassol e
3,4'/ono leiie dos animais aiimentados com silagem de milno. Já McGuffey e Schingoethe (1980)
observaram aumento na çordura e ácidos graxos poliinsaturados no leite e reduçáo de proteína e
sólidos totais no leite das vacas alimentadas com silagem de girassol. As explicações pera a
modiÍicação na composição e quantioade de leite são baseadas na diminuição da ingestão de
FDA nas dietas que contêm silagem de girassol. pelo aumento do aporte de ácidos graxos pós-
ruminal conÍerido pelos grãos presentes na silagem de girassol e diminuição na relação
acetato:propionato decorrente da inib:;ão da digestão da Íibia devido ao alto conteúdo de extrato
etéreo das dietas que contêm a silagem de girassol como Íonte única de volumoso.

A inibição da síntese de gordura do leite por proCutos oriundos da biohidrogenaÇão incompleta ou


não usual dos ácidos g!'axos poliinsaturados no r'úmen seria também uma possível explicaçáo
para a diminuição da gordura do leite (Davies e Brown, 1970; citaoos por Bauman,2000), porém
esta não Íoi uma teoria explorada nos trabalhos que avaliaram a silagem de girassol como Íonte
de volumoso para gado de leite. ;

CBESCIMENTO E ENGORDA

Normalmente, em experimentos com noviihos de corie e com bovinos de Ieite em crescimento, a


silagem de girassol tem demonstrado ser capaz de imorimir bons ganhos de peso, sendo,
geralmente. simllar aos demais volumosos comoarados (Marx,.l 977: Thomas et al., 1gg2b).
Ribeiro et al. (2002) avaliaram as silaoens de milho, sorgo e girassol como Íontes únicas de
III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite
volumosos para a engorda de ovinos. concluindo que a silagem de girassol pode ser uma boa
opção, 1á que os animars alimentaoos com este voiumoso apresentaram ganhos médios diarros
superiores (0,263 kg Dai'a antmais alimentados corn siiagem de girassol: C 171 kg Dara cs
ese alimentados com silagem de sorgo; e 0,175 kg para os aiimentados com silagem de rnilho) e
ando também apresen!aram melnor renoimento de carcaça (53 14, 48,13 e 46,36 9b oara os animais
oram aiimentados com sitagem de gtrassoi, sorgo e milho, respectivamente). Kercher et ai. (1985)
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0, ao alimentados com sitagem oe grrassol ou de miiho.
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III Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite

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