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B. DE MOURA
O ACIDENTE DO TRABALHO.
EM SÃO PAULO
(1890/ 1919)
198.4··_:_
_::;__ 1
"O .&.ClDKIITK DO Ta.&..a.&.L•O KII SÃO PAULO ( 1890 / 1919)"
O A C I D E N T E D O T R A B A L H O
E M S Ã O P A U L O
( 1890 / 1919)
. q �z
-
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;,;l.U..t-.J� '11: 'H1::iOflA.
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Rl5UOTE C.ú üf-.
LfTR� �
cias ( História
São Paulo
1984
A elaboração deste trab•lho deve�muito
ao apoio de meus familiares, ao auxílio
finaceiro da Fundação de Amparo à Pesqui
sa do Estado de São Paul&.- FAPESP e a
orientação e amizade da Prof� Dr� Maria
li!
Thereza Schorer Petrone, aos quais deixo
aqui registrada minha gratidão.
Para José Paulo, meu marido, por to
do incentivo. e para nossos filhos Thai�
Marcelo e Laís, com amor.
"A exploração capitalista é assombrosa
mente clara, colocando o trabalhador num nível inferi
or ao da máquina. De fato, esta, n� permanente passi
vidade da matéria, é conservada pelo dono; impôs-1 h e
constantes resguardos no tra�ê-la Íntegra e brunida ,
corrigindo-lhe os desarranjos; e quando morre - diga
mos assim - fulminada pela pletora de força de uma ex
plosão, ou debilitada pelas vibrações que lhe granulam
a musculatura de ferro, origina•ª mágoa; real de um des
falque, a triste�a de um decrescimento da fortuna, o lu
to ·inconsolável de um dano. Ao passo que o operário,
adstrito a salários escassos demais à sua subsistência,
é a máquina que se conserva por si, e mal; as suas do-
res recalca-se forçadamente estóico; as suas moléstias,
que, por uma cruel ironia, crescem com o desenvolvimento
industrial - o fosforismo, o ' ·r,g.j,r.is.:rH?,
satu rnismo, O' hidra
o oxcarbonismo - cura-se como pode, quando pode; e mor�
re, afinal, às vezes subitamente triturado nas engrena
gens da sua sinistra sósia mais bem aquinhoada, ou len
tamente - esverdinhado pelos sais de cobre e de zinco,
paralítico delirante pelo chumbo, inchado pelos compos
tos de mercúrio, asfixiado pelo óxido carbônico, ulcera
do pelos cáusticos dos pós arsenicais, devastado pela
terrível embriaguez petrólica ou fulminado por um "coup
de plomb" - quando se extingue, ninguém lhe dá pela fal
ta na grande massa anônima e taciturna, que enxurra to
das as manhãs a porta das oficinas". (1)
IntroduçãO................................................. 1
fenômeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3724/1919 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
VI - Conclusão 184
Anexo 194
.
espaço e do período determinados permita interpretá-los -
corretamen
te, sem prejudicar, a despeito de sua intermitente atualidade e de
sua latente universalidade, a precisão de sua localização e de sua
dimensão no passado. Nesses termos, a preocupaçao em preservar o
que há de peculiar em termos de segurança do trabalho na cidade de
São Paulo para o período de 1890 a 1919 - período que, embora nem
sempre conte com documentação suficientemente expressiva para ofe
recer sobre o tema uma análise sem depressões, permite surpreender
o operariado paulistano em suas ainda incipientes manifestações
deve se processar paralelamente ao contato com o problema nas de -
mais areas que nele concentram seu interesse.
Capítulo I
que existe entre eles, um dado comum dos mais importantes, o fato
( 1)
-
A nível federal, e no Decreto n9 1313, de 7 de Janeiro de
-
9
se orgao.
seu artigo 39, "tão somente a ação súbita de uma causa exterior
janéiro de 1919.
são da doença profissional "do número dos fatos que dão lugar
ou intoxicações crônicas"(9).
a segurança do trabalhador.
ridades e procurando fazer com que cada um assuma seu lugar espe
minante"(ll).
rio, por mais exposto que esteja aos riscos dele decorrentes, p�
te constitui uma lesão orgânica rtão e�idente nem sempre permite pe�
(17) Idem
16
direito comum"(l9).
desde que ela existe - nos abster de mencioná-la ede nos posicionar
-
"na história relatada" pelo operário li
nao se encon
tra um ponto sequer que se possa atribuir a um acid�n
te do trabalho a perda do seu olho. Não houve trau
matismo e não temos base para afirmar que o paciente
sofreu urna rnolétia adquirida no trabalho"(20).
no trábalho(23)
nico-metodológica,
-
não constituem senao uma procura de maior obje-
Capítulo ·11
titativa
tísticos disponíveis
pre aproximados que, provavelmente, ficam bem aquém das reais pr�
Trabalho. No entanto, por mais objetiva qu� tente ser essa repar-
tematização :·minuciosas.
1913 que ."só registra, como acidentes fatais, as mortes que sobre-
. �
No entanto, o conceito operar1.o, inicialmente circunscrito ao tra-
dade:
E. mais:
as vítimas que o próprio Departamento arrola como tal, o que faz :S�
tor secundário deve ter sido, no período em estudo, ainda mais acen
obrigatoriamente conduz.
- -
101 e o numero que inaugura a primeira tentativa de a-
apura para o roes de dezembro do ano de 1911, 20 dos quais têm co-
mais concretas.
-
Assim, embora o Departamento nao mencione a natureza
gar, é possível saber que no mês e ano supra citados, dos acidentes
- .
do trabalho ocorridos na cidade de São Paulo com operarias, que eh�
tes.
reparte por tres grandes grupos: o dos que ocorrem nas fábricas,ac�
� .
sados na linha dos operarias; o dos que têm por sede as construções;
ada.
'' garage s ' e casas comerci ais 11 , transformando num dado comum os e-
- .
ventos registrados na indústria e no comercio, o que impede uma Vl.-
31
entre si.
total que, excluído o ano de 1913, fica na Tabela II, reduzido a 1318
lecimentos.
revela também que não são poucos os acidentados nessas oficinas que
oficinas mecânicas.
sador inferências mais amplas - restrita aos acidentes de que são ví
to, nada correto desprezar o acidente que tem como vítima, por exem
a medida em que ele tenha sido arrolado como tal e nao como "operá
rio", ainda que acidentado numa fábrica. Por outro lado, nao seria
cia semr dúvida expressiva tendo-se em vista que o domingo não se cons
faixas horárias como nos anos de 1912 - numa proporção de 116 par�
34
130 acidentes - 1918 - 187 para 162 acidentes ou que então dela
anos. Essses dados estão sem dúvida relacionados quer ao fato de na::>
menores e crianças.
produção, simples dona de casa - uma vez que, conforme já nos refe
odo.
-
em consequência do acidente, 331 não precisaram ' afastar-se do traba
.
lho; também 331 estiveram impedidos de trabalhar por menos de 4
1912 a 1919
1917, p. 234.
começa a se1; superada no ano seguinte. Segundo Azis Simão, "a produ
tir de 191S é muito mais 'p rofunda do que se pode supor. Az is Simão ace!:
do período que antecede a guerra. O mesmo pode ser dito das rela-
çÕes de trabalho.
pertence.
mais seria.
42
Capítulo III
1. Considerações preliminares
ras - há uma condição "sine qua nom" para que o acidente venha a o-
trabalho nao
- e, portanto, representativo apenas de um simples "mau m�
Mais do que isso ele é urna denúncia de que são bem raros, senao ine
-
sistentes - sem querer ser maniqueísta - os momentos positivos que
do acidente do trabalho.
te; a partir dos principais ângulos que sua complexidade oferece. Es
(S)Idem.
situação de trabalho.
do, nem sempre objetiva e pouco precisa em alguns momentos. Essa cir
siva das 24 horas de seu quotidiano e, nesse sentido, e sobre ele que
vada por uma atitude empresarial pouco ou nada voltada para a impla�
própria sobrevivência.
pital que esta acumula, e não sem sofrer contestações, que a indús
co critério, o da improvisação.
tre de 1912.
51
conformaria em traba1 har em 'ofici nas que podem provocar doenças dive2:
nas da Capital (13). Dois anos depois, Nino Navarria, nas páginas
diz r � speito à- "fu 1 ação manua 1 ou meeânica" e à "pu 1 ição dos ehapéus"
de 1912, p.266.
53
ção destaca como "o mais pesado dos serviços na fabricação de cha -
são ali os operários ora colhidos pelas correi.as, ora, quando ca-
sobre uma das aberturas das lançadeiras" deve extrair "o fio enrolado
p.45.
giene", conclui:
interior delas"(29).
1 9 1 5 , p • 3 7 / 3 8 • :,:
triais:
tantâneamente.
braço esquerdo'(31).
natureza do serviço"(33).
de trabalho.
tes. ror detrás de tudo issb está o trabalhador, suas sensações físl
por sua mãe, que lhe comprou um par de tamancos para torná-la um pou-
co mais alta(35).
( ...)
Os latões de agua ou as tinas pesavam, em geral
.. -
O meninos - prossegue o autor - sempre foram indis
insegurança - no indivíduo.
balho, incorporada, no que diz respeito aos menores, assim como a pr�
didade:
(40).
p.12.
. - .
O fato e que critérios como aprendizagem, exper1.enc1.a e
a especialização de tarefas.
mente 3,5 vezes mais elevado do que o de um "mestre". São bem pou
va. Por
• outro lado, na função de "Meadeiro" aparecem arroladas a
tres".
que desempenha, embora não exerça sobre ela pleno domínio, o tra
ele julga saber, então, o que esperar dela e muitas vezes ela o
,,
surpreende. Assim, rotina e conseqUente hábito, acabam por gerar
clarecer mais urna vez Messias Teixeira C. Filho: "É verdade tam
bém que uma grande parte dos acidentes resulta de uma imprudência
de certo tempo habitua-se por tal forma que não toma as precauço�
cautela.
da idade.
vo no salário ordinário.
( 5 O) •
(50) Idem, p. 43
industriais" (55).
teúdo que tende a ser tanto mais acentuado quanto mais numerosas
op.cit.
· 78
sivas.
ram.
dreiro adulto que maltrata o menor quando este nao desempenha a con
do, não admitem deslizes. Nesse sentido, as greves têm como cau-
próprio companheiro.
fensor de teses.
lor das idéias nos personagens" que imitam (71). Segundo Mariâng�
pal grupo social radicado nesse bairro. O mesmo pode ser dito do
ce, por sua vez, extrapolar, em muitos casos, os limites de uma pr�
sim, como forma de evasão - sinal de que o indivíduo não tem sua pe�
ga "amiúde mais psíquica do que f ísica" que pesa e. acaba por destru
recuperar (7 7).
zer assume uma intensa conotação política que o afasta de suas fin�
cientização.
fluenciado pelo trabalho, uma vez que são muitos os casos de famíli
unidade de produção.
pertinente:
co".
E conclui:
anças que o processo produtivo ainda não absorve, e que nele perma
rio das mulheres na lavagem das roupas, uma ou outra altercação en
tre elas, um ou outro marido que interfere nas brigas, uma criança
na fábrica.
que pode, ser definida como ''uma atitude mental provocada pela satis-
J
Interno ou tamento
i
incentivo
ou açao
derivativo
ecessidade
rário ao acidente:
te, à medida em que atuam sobre o indivíduo, sobre seu corpo e por
_I, Indivíduo
(2)
(b)
Psicológico Fisiológico
-
(c) (a)
Meio - ambiente
(1)
------------..
Local de trabalho
•------------ Habitação
ººº
98
Capítulo IV
1. Considerações preliminares
até então, de forma rarefeita e nada ob jetiva . Se, no que diz res
vigor.
ensão da Lei Federal 3724 vinculada quer aos momentos que a antec!
correspond e..te e, fina 1 mente, os disp ositivos de proteç ão, parti ndo do
argumentação de Carrion:
"Segurança e higiefl
. e do trabalho sao fatores
país (9).
falta as suas obrigações, pelo que deve reparação", a nao ser que
sim, responde pelo acidente mesmo que este tenha origem em um caso
lações consagram.
vel da indústria, sua reparação deve ser considerada como uma obrig�
culpa.
do"(20).
observação e crítita.
deral.
preparados
• de chumbo, sulfureto de carbono, fósforos, nitro-gli
ta-se, três anos depois, nesse sentido, "às mais arbitrárias in-
processar.
. .
Dessa forma, e sobretudo a luz da insuficiência - e
dente do trabalho.
rêsse com "a sorte dos infortúnios nos casos de desgraça", embora
mente", não havendo dia "em que não se tenha algum fato lúgubre a
dentes do trabalho:
dÚstria ...
( .�.)
O Brasil - conclui - absolutamente nao tem uma ·1e
dente do trabalho'"(33).
próptios acidentes:
gias, para que seja evitada boa parte das causas que
'balhadores.
lismo assassino.
ça no trabalho (35).
escrupulosos" (40).
na.
E mais:
transmissão.
E ainda:
Sanitário.
7 anos"(44).
em vigor.
de de caráter oficial(45)
(4 7).
. .
correias, roldanas e outras peças moveis, isoladas
Sanitário'"(54).
responsabilidade"(57).
25 de junho de 1915;
va indenização"(60).
ser prevenido:
a prevençao:
( 6 2)
(63) .
ção dos menores, por lhes não assistir capacidade civil". A incon
soal do operário".
dentre os recursos de que dispõe, aquele que lhe permite dar con-
- •
(66) "O problema considerado no Brasil. Prevençao . Boletim do
li
dos por força maior ou por delito, imputável, quer à vítima, quer
a um estranho"(69). E justifica:
,fissionais"(70).
ais, deve ser reparado, quer haja, quer não haja responsáveis pe-
...
132
na-se o projeto:
to"(73).
das normas para não fugir à sua finalidade precisa, bem limitada,
justifica:
nas, como os Liceus de Artes e Ofícios por exemplo 11 onde muitos dos
demais 1 1 • E conclui:
patrão deixa de explorar uma indústria, quer por morte, quer por
lecimento "(90).
lho. O projeto de lei ganha, então, uma nova dimensão: "A repar�
ção de desastres".
E conclui:
( 92) •
tes, quer por burla da legislação, quer, ainda, pela própria men-
penas o projeto Adolpho Gordo - uma vez que os demais não chega-
"solucão urgente"(94).
guintes termos:
custas(96).
jo Castro Exemplifica:
11
Em 1908, a Segunda Câmara da Corte de Apelação do
Reunidas em 1911.
te de culpa do patrão nao deixa de estar amparado, uma vez que " o
trabalho:
do.
mento que mais sobressai no texto da Lei mas, aquele que encerra a
ainda que para isso deva transportá-la, quando seu estado permitir
trabalho.
subseqUentes.
,_1
149
pen d e do que chama d e "cri tério s ob jetivos d o � xame c1íni e o"(1 O 7),
didato ao trabalho:
clarece:
(113) Idem.
152
são mínima" (114) não deveriam deixar de ser admitidos "e indeniza dos
tar "de uma predisposição ou tara de que ninguém tem culpa e que
clui:
(115) Idem.
(117) Idem.
cimento (121) . Seu pai, Adelmo Della Torre, passa a pleitear, en
-
Os advogados dos reus, tendo em vlsta as circunstâncias
a suscitar:
çoes.
audazes".
dessa natureza".
E conclui:
que sofrer.
açao que contra ele move Severino Bilharinho no ano de 1920, re
questão observando que o autor da ação tem feito "do ligeiro aci
inércia e os gananciosos.
da vítima.
dolosamente.
"( ... ) a vítima agiu até com dolo: s_abia que nao
-
d�via abandonar o seu posto e, escondidamente, trans
dico nomeado pelo Juiz para examinar o operário, lavra o seu lau
seguintes termos:
E justifica:
(130).
sos não devem ser citados como dados acabados mas, freqUentemente
dirige sua análise sobre a Lei Federal n�3724 para dois aspectôs
(132).
a eficiente
' reforma dos seus dispositivos. (134).
(133)Idem.
(134) Idem.
163
gumenta:
da humanidade.
encontrarem"(l36).
uma refusão tão larga e completa que nao seria demais esta Comissão
(136)Idem, p. 21.
164
deiro papel que deve desempenhar, para que nao rasteje como mais
(138) Idem, p. 26
(139) Idem, p. 26/26.
(140) Idem, p. 26/27.
165
agitação"(l41). E conclui:
civil"(142).
sim sendo " a expressao causa Única da morte usada na lei brasilei
.
piar da legislação estrangeira as doenças consideradas na. Europa
os trabalhadores no Brasil"(l47).
59) "Uma boa lei de reparaçao pode ser uma lei de pre -
teresse econômico, social e moral da naçao deve ser ( ... ) dar à lei
raçao:
cação." (149)
(149) Idem.
167
denização acarretam.
Capítulo V
s o li •
Sua crítica é dirigida, então, diretamente ao Estado:
dade e de trabalho.
( ...)
� de esperar que os pobres que têm uma profis
comodidade da mensalidade"(4)
providência qualquer�
outros 11 (8).
E acrescenta:
que visita, dos mais variados setores, cerca de 65% respondem afir
lar de cada uma das respostas afirmativas não permite que seja es-
lugar, mais de 40% das respostas não especifica de que modo é �ei
gráfico - revela não fazer seguro "Por falta de Companhia que assu
ma a responsabilidade" (11).
ro princípio de estética;
(12).
guintes termos:
caba por perder a causa, sendo a sentença que lhe dera provimento
pleiteada.
E mais:
energias" (17).
tado.
� .
Ao nível do empresario, as conseqUências do acidente do
te ativa disponível.
1920, Pereira Ignácio & Cia. são obrigados, pelo Curador Al�ides
causas de 402$000 réis, decisão que os faz apelar, sem que cont�
Brasil,
' em que os embargos são motivados justamente porque a em-
presa se recusa a pagar as custas, o processo contém toda a evo-
o Regimento;
-
as custas, nao se tratando de causa ou demanda,
operaria.
. .
(22) Idem.
(23) Idem.
184
VI
C o n c 1 u s a o
lho.
tão social em São Paulo, que não encontra sequer na Lei Federal
TABELA I
N O M E R O A P R O X I M A D O D E
O P E R Ã R I O S A C I D E N T A D O S
C A P I T A L
1 9 1 2 / 1 9 1 9
São Paulo.
189
TABELA II
ACIDENTES DO TRABALHO
CAPITAL
1913 / 1919
TOTAL LOCAL
GERAL FÃBRICAS e OFICINAS CONSTRUÇÕES, REPARA
DE ACI VIA
ANO DEPÓSITOS,"GARAGENS ÇÕES, DEMOLIÇÕES,
DENTES E CASAS COMERCIAIS ESCAVAÇÕES. 1 PÚBLICA
1 2671 operários
1913 604 424 412
estabelec imen to s.
TABELA III
A C I D E N T E S D O T R A B A L H O
190
E M : FÁB R I C A S (1)
1 9 1 3 / 1 9 1 9
TOTAL S E T O R ( 3 )
GERAL
DE ACI- T E X T I L A L I M E N T 1 C I A S
ANO DENTES
EM FÁ- NÃO ES- CHAPf'.US CALÇADOS (4) ,MACARRÃO E OUTROS BEBIDAS
BRICAS ALGODÃO JUTA SEDA LÃ PECIFI- MASSAS
CADO GENEROS
( 2 )
1913 209 37 11 2 - - 6 24 7 9 6
1914 105 8 11 - - 8 - 12 8 4 7
1915 131 37 6 1 - 3 1 8 1 3 3
1916 164 - - - - 24 4 10 3 7 5
1917 218 33 - - 1 4 6 17 1 10 3
1918 244 45 3 - - - 1 34 4 4 8
1919 262 46 - 1 - - 5 21 9 18 7
TOTAL 1333 206 31 4 1 39 23 126 33 55 39
FONTE: Boletim do Departamento Estadual do Trabalho, 1913/1919. São Paulo.
(1) Selecionados os que o Departamento registra como tendo -ocorrido em "fábricas".
(2) Inclusive "fábricas e oficinas não especificadas".
(3) Selecionados os de maior importância no parque industrial paulistano.
(4) Inclusive fábricas de alpargatas, chinelos e tamancos.
191
TABELA IV
O P E R Á R I O S A C I D E N T A D O S
S E G U N D O A N A C I O N A -
L I D A D E
C A P I T A L
1 9 1 3 / 1 9 1 5
A N G E I R O S
E S T R-·-··-
BRASILEI-
A N O ROS ITALIANOS PORTUGUSES ESPANHOIS OUTRAS TOTAL
. ' '
(1)
1914 76 57 29 25 8 195
1915 62 43 28 8 10 151
São Paulo.
norada.
-------��-�·
PROJ[CTO /l\c..dciro1 e Albuquerque �-o-[---�s
Píl J CTO ds - --�---r
«,ao de ln - --_---,
ornoJlÇ0M -. �
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o
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-
PROJ[CTO GrHcho Carrl�o .-l
lamcnlo [11adunl do Tr�lalho de Si,o l'aula N
.-l
°'N
N. 1G9 N.273 (11prc"n'"ºº pelo Sr. Senailor Adolpho Gnrdo) til
3 do Se lembro de '1904 22 do Agosto de 1908 N. 5 (n� CimarJ, 2,J..A) • 25 de Junho de 1!?1� O•
.,O
-=================:======================================================
.
.-l til i::
1-1
lndcmniz..ação em uipital .µ
u e) Viuv3 e filhos ou netos or• :::>
::: phams a !ca C"..11d ado • 2 annos de Sllario (Art. 6. o , (eira e) Nfo 1'fo o
2 t) filhos ou nelos •. • • IS mc..zes cl!: salu,o (Art. (i. o, lc!F.t /::) Z-.:fo !'-�o i:: o
-< { e) Viuv;i. s� filhos nem outros i::
• descendentes • • • • • • L'UIO de ulu-io (Ar!. (i.o, letu rj Z-.:io Nio til <
• d) Ascecdcires caior� de fu Cl)
... anno, . . . • . . . . 10 c,czc:s de_ uhrio (Art. 6.o, leir.1. d) -�fo Nfo
,I.J o
li. - lncipaci.dide p-ernunenle e i:: ..e:
º,
-�
Cl) .-l
absolul:i • • • r. • • 2 a.nnos de s.a..f�rio (Art. ·s le:ra é) 1· J'.io 1
Nio
'd C1j
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llf. - lnclp..acidade p.ucial penna
n�te IS ma� de sa.Jario (1) (Art.5. o , letr.1. e) 1 l'-:io
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Nfo 1 tJ C1j
1 - til 1-1
l',r.si.:..
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) ViuV'3 e íifbos ou ntios or- f (0 º/0 do ulari�. {Art. s. o, letra a) Qaa.nto { i·i.ura, v. letr.1 r. Qu.u1!0 1ss QuJJ1to :i viun. v. le:r.t e. Ç't!anlo acs filh�: �
phacrs a sea OJid.ada � • • fi/J,os: um, 15¼; dois, 25 º.' ; trc-s, 0 I·
um, .l5"'n; dois, :.s 0;., ; Ires, :!5 º;'0 ; qo2t.o ou til o
35º.'�; quarro ou mai,, 40 º/0 • (.-1.rt. 1 ITU.is, �O º!,. (Art. �- º , g J. o, letra b). O:ni.ssc,, 'd
to. o ,§ 4. o , n. 11, letras a, b, ,- e é). 1 nc:1u pu'le, qnan10 ::os ne-10s. til
-�
Or.us,o, n�u p.•e, qu:1.nt.o aos nc:10s. ! o .-l
1 Ia é) filhos oa nele» • Idem (Art. 8. 0 1 letra a}. Filhos: um, 15°,10; dois, 25¾; Ires,! Filhos: um, ZJ".'0; cJois, 35 º ,'�; lrc-s, �5 °!0; qua.• :> C1j
35 º.'o; quatro ou ma.is, -40 º/:,- Omis- 1 Iro 011 mz..is, f-.0 º.',,. ( Loca cit.) Omisso, n� ::,
r) Viuva snn filhos nem outros so, ne-s'...a. parte, qt.:..anto acs nc:le>s. 1 p.anr, quanto :ics netos. .µ 'd
...: dccender.les • • • • • 1 20 °/0 do s2lario. (Art. S.o, [dr.a b). 20 º/0 do sal.rio. (Ar1. 10.o §· 4. 0 1 n. 1) 12'.l •'.'0 por J<) anr,cs; esg-01:,do c:1se pr.uo, se ífr C1j til
d) Ascendenks, descendenks, 1 .-l .µ .-l
1 irupll par.i o trabalho, l> º.'r, pe!;:i �éS!O � til .......
Cl)
irm5os e outros dcpco1den1c.3 ,·iá;J. (Art. 4.o, S 1.0 , le1r.1 e).
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annos, quando nio existir viu�-a �nte, quando nio existir viun, I VÍ\'cnre cu os filhos da v1CTirn:1. n:õo csi:olarcr.i o
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11cm descendente; rnaximo, 30 º/•. ner:i Filhos; maxir:io, 30º,' 0 (Art., a quantid,de m1xim:1. da sal:iri-, ;innuJI 4ue Cl) .µ p..
(Art. :!. o, letra e). JO.o , 4.o, n. Ili}. : pcioe sc:r di:;rrihuid:i em p:ns,�es \t,J º 'o - Art. ,-.::i i::
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193
TABELA VI (1)
’ .. / ’! — Membros superiores:
; / a) Lado direito: ’ "• > •/. .
Perda de todé o‘membro. 55 a 60%
Perda do ante-braço. 50 a 60%
Perda da mào . . 45 a GO %
Perda do polícçar. 25 a 40%
«Perda do indicai lor 15 a 40%
Perda do médio , . 10 a 25%
Perda do anular . 5 a 20%
Perda do mínimo ........ . 5 a 20 %
Ankylose completa'da articulação escapulo-hu-
moral. .... .................... 40 a 60%
Ankylose incompleta da articulação cscapulo-hu-
I incral, conforme o grãu. : .:......................... 10 a 40%
A ikylosc completa de cotovelo.................................. 30 a 45%
Aakvlose incompleta do cotovelo, conforme o
| gráu *....................................................................... 10 a 35%
Ahkylose completa da articulação do punho. . 20 a 45%
Ankykn • incompleta da articulação do punho,
conforme o gráu. . ....................... 5 a 30%
11 — Membros inferiores:
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(:' V1t111io1 ,u&11ru•tilt:1, C:<-r.&c, /anuft:rn o, •ttu IIJdn[ua.c, C",UÇ'ffltn/111, dtv�iJ.Ct,6)!� t'�Ç'O•
na ,ta"c .i'� t::,mrar.lici, ncs c'"';í!,., cl, dJ't,ruito, ou ,m •ua d,{/,"'°;ª�"' ,U;;;. /4-ul¼ ·
Bibliografia
Almanaque do Estado de São Paulo para 1891. Ano VIII. São Paulo,
Ed. Cia. Industrial de São Paulo, 1891.
1969.
_____
DEANE, Phyllis - A Revolução ________
.....;:.. _
Industrial. Rio de Janeiro, Zahar,
DENIS, Pierre - O Brasil no século XX. Lisboa, José Bastos & Cia.
Editores, s.d.
Paulo
1919
1920
Embargos n9 11.372
1921
1930
1932
3. Jornais (1)
"A Platéia"
"A Província de S. Paulo"
"A Terra Livre"
"Avanti!"
"El Grito del Pueblo"
"Fanfulla"
"Folha da Tarde"
"Folha do Brás"
"Folha do Povo"
"Gli Schiavi Bianchi"
"Il Corriere d'Italia"
"Il Lavoro"
"Il piccolo"
11 11 Secolo"
"Jornal do Aprendiz"
"Jornal do Operário"
"Jornal Operário"
"L'Amico del Lavoratore"
"La Battaglia"
"La Scure"
"La Vita Italiana nel Brasile"
205
ººº