Você está na página 1de 6

UNIDADE II.

GESTÃO EM SAÚDE

2.1- INTRODUÇÃO
Segundo o Dicionário (CUNHA, 1982) a palavra gestor tem origem latina
Gerere e significa conduzir, dirigir ou governar.

O papel de gestor pode ser relacionado a qualquer pessoa que trabalhe com
pessoas.

Segundo Drucker, o “fazer gestão” ou gerir, significa entre outras coisas


“permitir que um indivíduo de excelente atuação empresarial realize livremente seu
trabalho”.

O autor não descarta a função da organização em exercer sua autoridade para a


garantia da coordenação e organização dos processos, afim de obviamente, garantir
bons resultados econômicos.

2.2- CONCEITO:
É uma actividade de administração que se refere ao controlo sobre os processos
de trabalho em saúde para atingir os objectivos estratégicos e metas definidas. Ela é a
prática de actividades relativas à administração do negócio aplicada ao sector da saúde para
melhorar a eficiência dos serviços, bem como, a qualidade, com menor custo e melhores
resultados.

A gestão promove continuamente a monitoria, avaliação, identificação de


problemas, correcções de rumo e comunicação sobre os resultados alcançados.

2.3- GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Gestão da Informação é um conjunto de processos que englobam atividades de


planejamento, organização, direção, disponibilização e controle dos recursos
informacionais da organização.
A G.I. visa tornar eficaz a utilização dos recursos informacionais em qualquer
contexto organizacional, facilitando através do embasamento teórico as atividades
organizacionais, dentre elas, a tomada de decisões.
A gestão de informação possibilita:

a) Aumento da governança dos gestores.


b) Análise da situação actual de saúde.

c) Aumento da capacidade de participação do cidadão.

d) Partilha nas organizações e entre organizações.

e) Programação de acções, actividades e serviços de saúde melhorados.

f) Tomada de decisão factual.

g) Incremento das relações institucionais com órgãos de controlo.

2.4. NÍVEIS DE GESTÃO

Os Níveis de gestão demarcados e organizados são extremamente importantes


para o bom funcionamento de uma organização e devem estar sempre alinhados entre si
e, principalmente, aos objectivos da organização.

Mas antes de aprofundar no assunto “níveis de gestão”, é preciso entender que


o seu objectivo principal é tornar os processos internos de uma organização mais
eficientes e gerar o crescimento saudável desta, através da formulação de
um  planeamento estratégico  e, com ele, a distribuição de tarefas e responsabilidades
aos seus gestores e colaboradores, assim como o seu monitoramento.

Além do planeamento estratégico, ou melhor, antecedendo a ele, é preciso


trabalhar a cultura organizacional da empresa, que será o guia interno de todos os
colaboradores.

E, como veremos ainda nesta unidade, essa cultura, assim como o planeamento
estratégico, serão formulados a partir do nível hierárquico mais alto nas empresas.

Os níveis de gestão, que serão vistos a seguir, se dividem em:

 Estratégico
 Tático
 Operacional 

2.4.1- Os 3 níveis de gestão


Para facilitar a visualização dos níveis de gestão, eles são, geralmente, dispostos
em uma pirâmide, por mais que a representação, como na questão de número de
funcionários, não seja fiel.

Por isso, deve ser levada em consideração apenas a ordem hierárquica desde o
topo até a base da pirâmide. tal como ilucida imagem a seguir

a) Nível Estratégico
O nível estratégico é o nível hierárquico mais alto – de topo de pirâmide – e é
representado por directores, sócios e presidentes de empresas, entre outros cargos
executivos. As acções traçadas pelas pessoas que compõem esse nível, orientarão o
comportamento de todos os colaboradores da empresa e as responsabilidades atribuídas
aos seguintes níveis de gestão.

Nesse nível é definido o objectivo global da organização a partir da análise do


comportamento do consumidor – mais especificamente seu público-alvo, da realidade
do mercado em que se encontra – de maneira geral, e, também, da sua posição nesse
mercado diante da concorrência.

Outra função principal desse nível é formular o planeamento estratégico, citado


no início deste módulo, para orientar suas equipes na obtenção de resultados, levando
em conta, e incorporando, estratégias financeiras e políticas. Nele serão explicitadas as
metas de curto, médio e longo prazo designados a todos os sectores de uma empresa. 

Além disso, os componentes do nível estratégico são os responsáveis pela


formulação da cultura organizacional da empresa, definindo sua missão, visão e
valores e, ao mesmo tempo, criando um ambiente saudável de trabalho. 

Essa cultura será, como foi dito anteriormente, o guia interno de todos os
colaboradores, tanto em relação ao comportamento desejado, valores instaurados,
objectivos e metas principais definidas, etc. quanto à identificação destes colaboradores
com todos esses pontos. E gerará, nesses colaboradores, a satisfação de trabalhar e fazer
parte de uma empresa que cultive um ambiente saudável no seu dia a dia.

b) Nível Tático

O nível tático é o nível hierárquico intermediário – de meio de pirâmide – e é


representado pelos líderes, gestores e coordenadores de uma organização. 

As pessoas desse nível de gestão assumem um papel fundamental na dinâmica


das empresas, já que actuam como uma ponte entre os outros níveis de gestão
(estratégico e operacional).

Para desempenhar esse papel com excelência os gestores devem


desenvolver planos de acção que transmitam os objectivos – traçados pelos cargos
executivos – para os cargos operacionais de forma explícita e directa, evitando ruídos na
comunicação e, consequentemente, falhas e/ou prejuízos para a organização, na
execução desses planos.

Esses planos de acção também são importantes para os gestores já que auxiliam
na visualização de seus feitos e conquistas, em relação aos resultados esperados pelo
nível de topo de pirâmide. Outras ferramentas, como os indicadores de desempenho,
também podem auxiliar e enriquecer seu trabalho.

c) Nível Operacional

O nível operacional é o nível hierárquico mais baixo – de base de pirâmide, mais


que assim como os anteriores realizam papéis importantíssimos na rotina das
organizações e, talvez, os que exigem mais atenção aos detalhes na hora da sua
execução. Esse nível abrange cargos como chefes de equipe, supervisores, etc.

Nesse nível serão colocadas em prática todas as estratégias desenvolvidas, desde


o planeamento estratégico e objectivos globais no nível estratégico, passando pela
formulação dos planos de acção no nível tático. Por isso é tão importante a comunicação
livre entre os níveis, não só entre o tático e o operacional, como também entre o
estratégico e o tático.

2.5- PRINCIPAIS FUNÇÔES DO GESTOR

Gestor é aquele profissional responsável por planear, organizar, liderar e


controlar as actividades de um grupo de pessoas, visa influenciar as pessoas para
trabalharem de forma motivada e cooperativa, visando atingir aos objectivos
identificados e estabelecidos.

Está relacionado ao acto gerir negócios, pessoas ou recursos, com o objectivo de


alcançar metas e objectivos definidos.

Espera-se que o gestor planeie, organize, lidere e controle pessoas dentro de uma
organização a fim de se atingir objectivos. Que motivem pessoas e equipes, que sejam
lideres e que identifiquem, reconheçam e promovam mudanças. Que utilizem a
informação para tomar decisões que afetem directa ou indirectamente a eficácia das
operações da organização.

2.5.1- Funções de gestão de informação

Para uma correcta gestão de informação de saúde o gestor a vários níveis


deve:

a) Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);

b) Fixar objectivos e metas (planear);

c) Conhecer (analisar) os problemas;

d) Solucionar os problemas;
e) Organizar e alocar recursos (recursos financeiros, humanos e materiais);

f) Negociar, tomar e comunicar decisões;

g) Medir e avaliar (controlar).

UNIDADE III. INDICADORES

Você também pode gostar