Você está na página 1de 65

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Prof. Rubens Mauricio


Rubens Maurício
@profrubensmauricio
Previdenciário Diagramado
Prof. Rubens Maurício

Prof. Rubens Mauricio


BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
DA LOAS
(LEI Nº 8.742/1993 E DECRETO 6.214/2007)

Prof. Rubens Mauricio


BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
INTRODUÇÃO E RESPONSÁVEL OPERACIONAL

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

Benefício de Prestação Continuada da LOAS - Conceito

É a garantia de 1 salário-mínimo mensal

Que tem impedimentos de longo prazo de natureza


física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
à pessoa com
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
deficiência
participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.

ao idoso Com 65 anos ou mais (homem ou mulher)

que comprovem
não possuir meios de prover a própria manutenção
nem de tê-la provida por sua família

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

RESPONSÁVEL OPERACIONAL

O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

é o responsável pela operacionalização


do benefício de prestação continuada

Apesar do Benefício de Prestação Continuada ser um benefício


assistencial (e não previdenciário), o INSS ficou responsável por
sua operacionalização.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
DEFINIÇÃO E CONCESSÃO

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

BENEFICIÁRIOS

pessoa com deficiência


Idoso (65 anos de idade ou mais)

O Benefício de Prestação Continuada é devido ao brasileiro, nato ou


naturalizado, e às pessoas de nacionalidade portuguesa, desde que
comprovem, em qualquer dos casos, residência no Brasil e atendam
a todos os demais critérios estabelecidos.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

CONSIDERA-SE IDOSO PARA RECEBIMENTO DO BPC:

IDOSO: aquele com idade de 65 anos ou mais.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

CONSIDERA-SE PESSOA COM DEFICIÊNCIA


PARA RECEBIMENTO DO BPC:
PESSOA COM DEFICIÊNCIA: aquela que tem impedimentos de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.

CONSIDERA-SE
IMPEDIMENTO DE LONGO PRAZO

AQUELE QUE PRODUZA EFEITOS PELO


PRAZO MÍNIMO DE 2 (DOIS) ANOS

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

CONSIDERA-SE INCAPACIDADE PARA RECEBIMENTO DO BPC:

INCAPACIDADE: fenômeno multidimensional que abrange


limitação do desempenho de atividade e restrição da
participação, com redução efetiva e acentuada da capacidade
de inclusão social, em correspondência à interação entre a
pessoa com deficiência e seu ambiente físico e social.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

Considera-se incapaz de prover a manutenção da


pessoa com deficiência ou idosa a família cuja
renda mensal per capita seja:

IGUAL ou INFERIOR a um quarto (1/4) do salário


mínimo.

Ou seja, observados os demais critérios de elegibilidade definidos nesta Lei,


terão direito ao BPC/LOAS a pessoa com deficiência ou a pessoa idosa com
renda familiar mensal per capita IGUAL ou INFERIOR a ¼ do salário mínimo.

Neste caso, segundo a jurisprudência, há presunção absoluta de


miserabilidade, não cabendo prova em contrário.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

CONSIDERA-SE FAMÍLIA PARA CÁLCULO DA RENDA


PER CAPITA, PARA RECEBIMENTO DO BPC:

conjunto de pessoas composto pelo requerente, o


cônjuge, o companheiro, a companheira, os pais e, na
ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos
solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores
tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

COMPOSIÇÃO FAMILIAR
(DESDE QUE VIVAM SOB O MESMO TETO)

REQUERENTE

CÔNJUGE OU COMPANHEIRO

PAIS (NA AUSÊNCIA DE UM DELES, MADRASTA OU PADRASTO)

IRMÃOS SOLTEIROS

FILHOS E ENTEADOS SOLTEIROS

MENORES TUTELADOS

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

CONSIDERA-SE RENDA MENSAL BRUTA FAMILIAR,


PARA RECEBIMENTO DO BPC:

a soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente pelos


membros da família composta por salários, proventos, pensões,
pensões alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada,
seguro-desemprego, comissões, pro-labore, outros rendimentos do
trabalho não assalariado, rendimentos do mercado informal ou
autônomo, rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal
Vitalícia e Benefício de Prestação Continuada, ressalvado o Benefício
de Prestação Continuada concedido a idoso ou pessoa com
deficiência que não será computado, para fins de concessão do
benefício de prestação continuada a outro idoso ou pessoa com
deficiência da mesma família.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

A RENDA FAMILIAR MENSAL DEVERÁ SER DECLARADA PELO

REQUERENTE
OU

REPRESENTANTE LEGAL

Obs.: sujeitando-se aos demais procedimentos previstos


no regulamento para o deferimento do pedido.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de


impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por
médicos peritos (Perícia Médica Federal) e por assistentes sociais do Instituto
Nacional de Seguro Social - INSS.
Obs: O INSS poderá celebrar parcerias para a realização da avaliação social,
sob a supervisão do serviço social da autarquia (INSS).

Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do


beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu
encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura.

São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as


inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único, conforme previsto em
regulamento.
Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

ENQUADRAMENTO

O Benefício de Prestação Continuada integra


a proteção social básica no âmbito do
Sistema Único de Assistência Social - SUAS,
instituído pelo Ministério da Cidadania, em
consonância com o estabelecido pela Política
Nacional de Assistência Social – PNAS.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
AVALIAÇÃO DE OUTROS ELEMENTOS PROBATÓRIOS DA
CONDIÇÃO DE MISERABILIDADE E DA SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

MISERABILIDADE E VULNERABILIDADE

Para concessão do Benefício de Prestação Continuada


(BPC/LOAS), poderão ser utilizados outros elementos
probatórios da condição de miserabilidade do grupo
familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme
regulamento.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

AMPLIAÇÃO DO LIMITE DE RENDA MENSAL FAMILIAR PER CAPITA

O regulamento também poderá ampliar o limite de renda mensal


familiar per capita (originalmente igual ou inferior a 1/4 do salário-
mínimo) para até 1/2 salário-mínimo, observado o disposto nos slides
a seguir.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

Na avaliação de outros elementos probatórios da condição de


miserabilidade e da situação de vulnerabilidade serão considerados os
seguintes aspectos para ampliação do critério de aferição da renda familiar
mensal per capita:

I - o grau da deficiência (apenas para pessoa com deficiência);

II - a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da


vida diária (apenas para pessoa idosa); e

III - o comprometimento do orçamento do núcleo familiar exclusivamente com


gastos médicos, com tratamentos de saúde, com fraldas, com alimentos
especiais e com medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência não
disponibilizados gratuitamente pelo SUS, ou com serviços não prestados pelo
Suas, desde que comprovadamente necessários à preservação da saúde e da
vida (para pessoa com deficiência e idosa).
Benefício de Prestação Continuada

A ampliação do critério de aferição da renda familiar mensal per


capita de que trata o slide anterior ocorrerá na forma de escalas
graduais, definidas em regulamento.

Aplicam-se à pessoa com deficiência os elementos constantes dos


itens I e III do slide anterior e à pessoa idosa os elementos
constantes dos itens II e III do slide anterior.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

O valor referente ao comprometimento do orçamento do


núcleo familiar com os gastos mencionados será definido
em ato conjunto do Ministério da Cidadania, da Secretaria
de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência e
do INSS, a partir de valores médios dos gastos realizados
pelas famílias exclusivamente com essas finalidades,
facultada ao interessado a possibilidade de comprovação,
conforme critérios definidos em regulamento, de que os
gastos efetivos ultrapassam os valores médios.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

O grau da deficiência será aferido por meio de instrumento de


avaliação biopsicossocial, observados os termos do Estatuto da
Pessoa com Deficiência.

Enquanto não estiver regulamentado o instrumento de avaliação do


Estatuto da Pessoa com Deficiência, a concessão do benefício de
prestação continuada à pessoa com deficiência ficará sujeita a
avaliação médica e avaliação social realizadas, respectivamente, pela
Perícia Médica Federal e pelo serviço social do INSS, com a utilização
de instrumentos desenvolvidos especificamente para esse fim.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
RENDIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
E CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

OS RENDIMENTOS DECORRENTES DE

estágio supervisionado
aprendizagem
não serão computados para os fins de
cálculo da renda familiar per capita

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
OUTRAS EXCLUSÕES DA RENDA MENSAL
BRUTA FAMILIAR

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

Não serão computados como renda mensal bruta familiar:


Benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária;

Valores oriundos de programas sociais de transferência de renda;

Bolsas de estágio supervisionado;

Pensão especial de natureza indenizatória e benefícios de assistência médica;

Rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas em ato


conjunto do Ministério da Cidadania e do INSS;
Rendimentos decorrentes de contrato de aprendizagem.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

OBSERVAÇÃO:

O benefício de prestação continuada ou o benefício


previdenciário no valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido
a idoso acima de 65 anos de idade ou pessoa com deficiência
não será computado, para fins de concessão do benefício de
prestação continuada a outro idoso ou pessoa com deficiência
da mesma família, no cálculo da renda bruta mensal per capita,
que deverá ser IGUAL ou INFERIOR a ¼ do salário mínimo.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
OBJETIVO

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

O Benefício de Prestação Continuada visa:

enfrentamento da pobreza;

garantia da proteção social;

provimento de condições para atender contingências


sociais; e

universalização dos direitos sociais.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

OBSERVAÇÃO:

A plena atenção à pessoa com deficiência e ao idoso


beneficiário do Benefício de Prestação Continuada exige
que os gestores da assistência social mantenham ação
integrada às demais ações das políticas setoriais nacional,
estaduais, municipais e do Distrito Federal,
principalmente no campo da saúde, segurança alimentar,
habitação e educação.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
COMPETÊNCIA

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

COMPETE AO
MINISTÉRIO DA CIDADANIA

implementação
da prestação do benefício, sem prejuízo
coordenação-geral
das iniciativas compartilhadas com
regulação Estados, Distrito Federal e Municípios,
financiamento em consonância com as diretrizes do
monitoramento SUAS e da descentralização político-
administrativa.
avaliação

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
MENORES DE 16 ANOS DE IDADE

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

Crianças
Para fins de reconhecimento
do direito ao Benefício de
Prestação Continuada às Adolescentes
menores de 16 anos de idade

Deve ser avaliada a:


existência da deficiência e o seu
impacto na limitação do desempenho de atividade; e

restrição da participação social, compatível com a idade.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
ACUMULAÇÃO

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA


NÃO PODE SER ACUMULADO PELO BENEFICIÁRIO COM

qualquer outro benefício no âmbito da Seguridade Social

qualquer outro benefício de outro regime

seguro-desemprego

ressalvados o de assistência médica e a


pensão especial de natureza indenizatória

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz

não acarreta a suspensão do Benefício de Prestação Continuada

limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante


da remuneração e do benefício

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
ACOLHIMENTO EM INSTITUIÇÕES DE
LONGA PERMANÊNCIA

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

A condição de acolhimento em instituições de longa permanência, como

Abrigo
Hospital
Instituição congênere

não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência


ao Benefício de Prestação Continuada

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
BENEFÍCIO A MAIS DE UM MEMBRO DA
MESMA FAMÍLIA

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada
RECEBIMENTO POR MAIS DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA

O benefício de prestação continuada será devido a mais de um


membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos exigidos.

OBSERVAÇÃO

O benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário


no valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65
anos de idade ou pessoa com deficiência não será computado, para
fins de concessão do benefício de prestação continuada a outro
idoso ou pessoa com deficiência da mesma família, no cálculo da
renda bruta mensal per capita, que deverá ser IGUAL ou INFERIOR a
¼ do salário mínimo.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA LOAS
REVISÃO, CESSAÇÃO, SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DO
BENEFÍCIO

Prof. Rubens Mauricio


Benefício de Prestação Continuada

O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos


para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.

O pagamento do benefício cessa no momento em que forem superadas as


condições que lhe deram origem, ou em caso de morte do beneficiário;

O benefício será cancelado quando se constatar irregularidade na sua


concessão ou utilização;

O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a


realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, entre
outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da
pessoa com deficiência.
Benefício de Prestação Continuada

A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com


deficiência não impede nova concessão do benefício, desde que atendidos os
requisitos definidos em regulamento.

O beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada concedido


judicial ou administrativamente poderá ser convocado para avaliação das
condições que ensejaram sua concessão ou manutenção, sendo-lhe exigida a
presença dos requisitos previstos na Lei e no regulamento.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Benefício de Prestação Continuada

O benefício de prestação continuada será suspenso pelo órgão concedente


quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na
condição de microempreendedor individual.

Extinta a relação trabalhista ou a atividade empreendedora e, quando for o


caso, encerrado o prazo de pagamento do seguro-desemprego e não tendo o
beneficiário adquirido direito a qualquer benefício previdenciário, poderá ser
requerida a continuidade do pagamento do benefício suspenso, sem
necessidade de realização de perícia médica ou reavaliação da deficiência e do
grau de incapacidade para esse fim, respeitado o período de revisão (a cada 2
anos);

A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a


suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o
recebimento concomitante da remuneração e do benefício.
Benefício de Prestação Continuada

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS
AUXÍLIO-INCLUSÃO

Prof. Rubens Mauricio


Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-A
Beneficiários

Terá direito à concessão do auxílio-inclusão de que trata o art. 94 da Lei


nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a
pessoa com deficiência moderada ou grave que, cumulativamente:

Receba o benefício de prestação continuada e passe a exercer atividade:

que tenha remuneração limitada a 2 (dois) salários-mínimos; e

que enquadre o beneficiário como segurado obrigatório do Regime


Geral de Previdência Social ou como filiado a regime próprio de
previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Direito Previdenciário Municípios.
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-A
Beneficiários

Terá direito à concessão do auxílio-inclusão de que trata o art. 94 da Lei


nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a
pessoa com deficiência moderada ou grave que, cumulativamente:
tenha inscrição atualizada no CadÚnico no momento do requerimento do
auxílio-inclusão;

tenha inscrição regular no CPF; e

atenda aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada,


incluídos os critérios relativos à renda familiar mensal per capita exigida
para o acesso ao benefício.
Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-A, § 1º
Beneficiários

O auxílio-inclusão poderá ainda ser concedido, caso receba o benefício de


prestação continuada (BPC/LOAS) e passe a exercer atividade nas condições já
descritas no primeiro slide, mediante requerimento e sem retroatividade no
pagamento, ao beneficiário:

que tenha recebido o benefício de prestação continuada (BPC/LOAS) nos 5


(cinco) anos imediatamente anteriores ao exercício da atividade remunerada;
e
que tenha tido o benefício de prestação continuada (BPC/LOAS) suspenso
quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na
condição de microempreendedor individual.
Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-A, § 2º e § 3º
Cálculo da renda familiar per capita

O valor do auxílio-inclusão percebido por um membro da família não será


considerado no cálculo da renda familiar mensal per capita, para fins de
concessão e de manutenção de outro auxílio-inclusão no âmbito do mesmo
grupo familiar.

O valor do auxílio-inclusão e o da remuneração do beneficiário do auxílio-


inclusão (limitada a 2 salários-mínimos) percebidos por um membro da família
não serão considerados no cálculo da renda familiar mensal per capita para fins
de manutenção de benefício de prestação continuada concedido anteriormente
a outra pessoa do mesmo grupo familiar.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-A, § 4º
Cálculo da renda familiar per capita

Para fins de cálculo da renda familiar per capita serão desconsideradas:

as remunerações obtidas pelo requerente em decorrência de exercício


de atividade laboral, desde que o total recebido no mês seja igual ou
inferior a 2 (dois) salários-mínimos; e

as rendas oriundas dos rendimentos decorrentes de estágio


supervisionado e de aprendizagem.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-B e § 1º
Valor do Auxílio-Inclusão

O auxílio-inclusão será devido a partir da data do requerimento, e o seu


valor corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do benefício de
prestação continuada em vigor (1/2 salário mínimo).

Ao requerer o auxílio-inclusão, o beneficiário autorizará a suspensão do


benefício de prestação continuada pelo órgão concedente (em razão da
pessoa com deficiência passar a exercer atividade remunerada, inclusive
na condição de microempreendedor individual).

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-B e § 2º e § 3º
Concessão Automática

O auxílio-inclusão será concedido automaticamente pelo INSS, observado


o preenchimento dos demais requisitos, mediante constatação, pela
própria autarquia (INSS) ou pelo Ministério da Cidadania, de acumulação
do benefício de prestação continuada com o exercício de atividade
remunerada.
Constatada tal situação, o auxílio-inclusão será devido a partir do primeiro
dia da competência em que se identificou a ocorrência de acumulação do
benefício de prestação continuada com o exercício de atividade
remunerada, e o titular deverá ser notificado quanto à alteração do
benefício e suas consequências administrativas.
Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-C
Acumulação

O pagamento do auxílio-inclusão não será acumulado com o pagamento


de:

benefício de prestação continuada;

prestações a título de aposentadoria, de pensões ou de benefícios


por incapacidade pagos por qualquer regime de previdência social;
ou

seguro-desemprego.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-D
Cessação do Auxílio-Inclusão

O pagamento do auxílio-inclusão cessará na hipótese de o beneficiário:

deixar de atender aos critérios de manutenção do benefício de


prestação continuada; ou

deixar de atender aos critérios de concessão do auxílio-inclusão.

Obs.: Ato do Poder Executivo federal disporá sobre o procedimento de


verificação dos critérios de manutenção e de revisão do auxílio-inclusão.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-E, 26-F e 26-G
Disposições finais sobre auxílio-inclusão

O auxílio-inclusão não está sujeito a desconto de qualquer contribuição e


não gera direito a pagamento de abono anual (13º salário).

Compete ao Ministério da Cidadania a gestão do auxílio-inclusão, e ao


INSS a sua operacionalização e pagamento.

As despesas decorrentes do pagamento do auxílio-inclusão correrão à


conta do orçamento do Ministério da Cidadania.

O Poder Executivo federal compatibilizará o quantitativo de benefícios


financeiros do auxílio-inclusão com as dotações orçamentárias existentes.
Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-G, § 2º
Disposições finais sobre auxílio-inclusão

O regulamento indicará o órgão do Poder Executivo responsável por avaliar os


impactos da concessão do auxílio-inclusão na participação no mercado de
trabalho, na redução de desigualdades e no exercício dos direitos e liberdades
fundamentais das pessoas com deficiência, nos termos do § 16 do art. 37 da
Constituição Federal.

CF/88
Art. 37. (...) § 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou
conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com
divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Auxílio-Inclusão

Lei 8.742/93
Art. 26-H
Disposições finais sobre auxílio-inclusão

No prazo de 10 (dez) anos, contado da data de publicação na LOAS da


Seção que trata do auxílio-inclusão, será promovida sua revisão, com
vistas a seu aprimoramento e ampliação.

Direito Previdenciário
Prof. Rubens Mauricio
Rubens Maurício
@profrubensmauricio
Previdenciário Diagramado
Prof. Rubens Maurício

Prof. Rubens Mauricio

Você também pode gostar