30 - Benefícios Legislação Especial - Parte 2

DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Prof. Rubens Mauricio

Rubens Maurício
@profrubensmauricio
Previdenciário Diagramado
Prof. Rubens Maurício

BENEFÍCIOS DECORRENTES DE LEGISLAÇÕES ESPECIAIS
PENSÃO ESPECIAL - SÍNDROME DE TALIDOMIDA
QUESTÕES INÉDITAS

(Questão Inédita - 2022)
A Pensão Especial devida às pessoas com deficiência física conhecida
como "Síndrome de Talidomida“ possui caráter indenizatório e será
paga em uma única parcela.
Pensão Especial - Síndrome de Talidomida
Introdução
Estudaremos nesse módulo a pensão especial, mensal, vitalícia e

intransferível, às pessoas com deficiência física conhecida como
"Síndrome de Talidomida", devida a partir da entrada do pedido de
pagamento (data de entrada do requerimento) no Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS.
O benefício será devido sempre que ficar constatado que a

deformidade física for consequência do uso da Talidomida,
independentemente da época de sua utilização.
Direito Previdenciário
O valor da pensão especial paga às pessoas com deficiência conhecida
como da Síndrome de Talidomida, reajustável a cada ano posterior à
data da concessão, será calculado em função da multiplicação do
número total dos pontos indicadores da natureza e do grau da
dependência resultante da deformidade física, constante do processo
de concessão, pelo valor do salário mínimo.
Valor e Reajustamento
O valor da pensão especial (Renda Mensal Inicial), reajustável a cada ano

posterior à data da concessão, será calculado em função da multiplicação
do número total dos pontos indicadores da natureza e do grau da
dependência resultante da deformidade física, constante do processo de
concessão, pelo valor fixado em Portaria Ministerial/Interministerial que
trata dos reajustamentos dos benefícios pagos pela Previdência.
O reajustamento do benefício ocorrerá, também, com a multiplicação do

valor constante em Portaria Ministerial/Interministerial, pelo número total
de pontos de cada benefício, obtendo-se a Renda Mensal Atual – RMA.
É vedada a acumulação da Pensão Especial da Talidomida com
qualquer rendimento ou indenização por danos físicos, inclusive a
Renda Mensal Vitalícia que, a qualquer título, venha a ser pago pela
União, ressalvado o direito de opção, inclusive a indenização por dano
moral.
Acumulação
É vedada a acumulação da Pensão Especial da Talidomida com qualquer

rendimento ou indenização por danos físicos, inclusive a Renda Mensal
Vitalícia que, a qualquer título, venha a ser pago pela União, ressalvado o
direito de opção, salvo a indenização por dano moral concedida por lei
específica.
A Pensão Especial da Talidomida é acumulável com qualquer benefício do
RGPS ou ao qual, no futuro, a pessoa com Síndrome possa vir a filiar-se,
ainda que a pontuação referente ao quesito trabalho seja igual a dois
pontos totais.
A Pensão Especial da Talidomida é acumulável com qualquer benefício
do RGPS ou ao qual, no futuro, a pessoa com Síndrome possa vir a
filiar-se.
Acumulação
É vedada a acumulação da Pensão Especial da Talidomida com qualquer

rendimento ou indenização por danos físicos, inclusive a Renda Mensal
Vitalícia que, a qualquer título, venha a ser pago pela União, ressalvado o
direito de opção, salvo a indenização por dano moral concedida por lei
específica.
A Pensão Especial da Talidomida é acumulável com qualquer benefício do
RGPS ou ao qual, no futuro, a pessoa com Síndrome possa vir a filiar-se,
ainda que a pontuação referente ao quesito trabalho seja igual a dois
pontos totais.
A pensão especial aos portadores da síndrome da talidomida, cujo
valor é calculado com base nos pontos indicadores da natureza e no
grau da dependência resultante da deformidade física, não pode ser
reduzida em razão da redução de incapacidade para o trabalho,
ocorridas após a sua concessão.
Acumulação
O benefício em questão é de natureza indenizatória, não prejudicando

eventuais benefícios de natureza previdenciária, não podendo ser
reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de
redução de incapacidade para o trabalho, ocorridas após a sua
concessão.
A partir de 7 de julho de 2011 (data de publicação da Lei nº 12.435),

passou a ser permitida a acumulação de Pensão Especial para Vítimas da
Síndrome de Talidomida com o Benefício de Prestação Continuada da Lei
Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS, devida à pessoa com
deficiência ou ao idoso.
Atualmente é vedada a acumulação de Pensão Especial para Vítimas
da Síndrome de Talidomida com o Benefício de Prestação Continuada
da Lei Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS, devida à pessoa
com deficiência ou ao idoso.
Acumulação
O benefício em questão é de natureza indenizatória, não prejudicando

eventuais benefícios de natureza previdenciária, não podendo ser
reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de
redução de incapacidade para o trabalho, ocorridas após a sua
concessão.
A partir de 7 de julho de 2011 (data de publicação da Lei nº 12.435),

passou a ser permitida a acumulação de Pensão Especial para Vítimas da
Síndrome de Talidomida com o Benefício de Prestação Continuada da Lei
Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS, devida à pessoa com
deficiência ou ao idoso.
O beneficiário da pensão especial às vítimas da síndrome da
talidomida fará jus a um adicional de 25% sobre o valor deste benefício
se comprovar 55 anos de idade, se homem, ou 50 anos de idade, se
mulher, e contar pelo menos 15 anos de contribuição para qualquer
regime de previdência.
Adicional de 25%
O beneficiário desta pensão especial fará jus a um adicional de 25% sobre

o valor deste benefício se:
for maior de 35 anos;
necessite de assistência permanente de outra pessoa; e
tenha recebido número total de pontos indicadores da natureza e do

grau de dependência resultante da deformidade física, constante do
processo de concessão, superior ou igual a 6.
Adicional de 35%
Sem prejuízo do adicional mencionado anteriormente (25%), o

beneficiário desta pensão especial fará jus a um adicional de 35% sobre o
valor do benefício, desde que comprove pelo menos:
25 anos, se homem, e 20 anos, se mulher, de contribuição para

qualquer regime de previdência; ou
55 anos de idade, se homem, ou 50 anos de idade, se mulher, e

contar pelo menos 15 anos de contribuição para qualquer regime de
previdência.
Após o óbito do beneficiário, a pensão especial para os deficientes
com Síndrome de Talidomida será revertida em favor dos seus
dependentes.
Adicional de 35%
Sem prejuízo do adicional mencionado anteriormente (25%), o

beneficiário desta pensão especial fará jus a um adicional de 35% sobre o
valor do benefício, desde que comprove pelo menos:
25 anos, se homem, e 20 anos, se mulher, de contribuição para

qualquer regime de previdência; ou
55 anos de idade, se homem, ou 50 anos de idade, se mulher, e

contar pelo menos 15 anos de contribuição para qualquer regime de
previdência.
PENSÃO ESPECIAL DOS SERINGUEIROS
QUESTÕES INÉDITAS

Aos seringueiros que contribuíram na produção da borracha durante a
Segunda Guerra Mundial, conhecidos como “soldados da borracha”, é
assegurado o pagamento de pensão mensal vitalícia, desde que não
possuam meios para a sua subsistência e da sua família.
Pensão Especial dos Seringueiros
Beneficiários
É assegurado o pagamento de pensão mensal vitalícia aos seringueiros

recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de
1943:
que tenham trabalhado durante a Segunda Guerra Mundial nos

Seringais da Região Amazônica, amparados pelo Decreto-Lei nº
9.882, de 16 de setembro de 1946; e
que não possuam meios para a sua subsistência e da sua família.
É permitida a percepção cumulativa da pensão mensal vitalícia,
recebida pelos seringueiros que contribuíram na produção da borracha
durante a Segunda Guerra Mundial, com qualquer outro benefício de
prestação continuada mantido pelo RGPS ou RPPS.
Acumulação
É vedada a percepção cumulativa da pensão mensal vitalícia com

qualquer outro benefício de prestação continuada mantido pelo RGPS ou
RPPS, ressalvada a possibilidade de opção pelo benefício mais vantajoso.
A prova de que não recebe qualquer espécie de benefício ou

rendimentos será feita pelo próprio requerente, mediante termo de
responsabilidade firmado quando da assinatura do requerimento.
A pensão especial mensal vitalícia dos seringueiros que, atendendo ao
chamamento do governo brasileiro, trabalharam na produção de
borracha, na região Amazônica, contribuindo para o esforço de guerra,
será correspondente ao valor de 1 salário-mínimo.
Valor e pagamento a dependente
A pensão especial mensal vitalícia dos seringueiros será correspondente

ao valor de 2 salários-mínimos, atualmente R$ 2.424,00 (ano de 2022).
A pensão mensal vitalícia continuará sendo paga ao dependente do

beneficiário, por morte deste último, no valor integral do benefício
recebido, desde que comprove o estado de carência (não aufere
rendimento, sob qualquer forma, igual ou superior a 2 salários-mínimos;
não recebe qualquer espécie de benefício pago pelo RGPS ou RPPS e
não seja mantido por pessoa de quem dependa obrigatoriamente.
A comprovação da carência do beneficiário ou do dependente será feita

com a apresentação de atestado fornecido por órgão oficial.
A pensão especial devida aos seringueiros que contribuíram na
produção da borracha durante a Segunda Guerra Mundial, conhecidos
como “soldados da borracha”, é vitalícia e intransferível, não
revertendo a qualquer dependente em caso de morte do beneficiário.
Valor e pagamento a dependente
A pensão especial mensal vitalícia dos seringueiros será correspondente

ao valor de 2 salários-mínimos, atualmente R$ 2.424,00 (ano de 2022).
A pensão mensal vitalícia continuará sendo paga ao dependente do

beneficiário, por morte deste último, no valor integral do benefício
recebido, desde que comprove o estado de carência (não aufere
rendimento, sob qualquer forma, igual ou superior a 2 salários-mínimos;
não recebe qualquer espécie de benefício pago pelo RGPS ou RPPS e
não seja mantido por pessoa de quem dependa obrigatoriamente.
A comprovação da carência do beneficiário ou do dependente será feita

com a apresentação de atestado fornecido por órgão oficial.
Em relação à pensão especial vitalícia devida aos seringueiros que
contribuíram na produção da borracha durante a Segunda Guerra
Mundial, conhecidos como “soldados da borracha”, julgue o item a
seguir:
A comprovação da efetiva prestação de serviços, inclusive mediante
justificação administrativa ou judicial, só produzirá efeito quando
baseada em início de prova material, não sendo admitida prova
exclusivamente testemunhal.
Data de Início do Benefício e

Comprovação da Efetiva Prestação dos Serviços
O início da pensão mensal vitalícia do seringueiro será fixado na data de

entrada do requerimento – DER.
A comprovação da efetiva prestação de serviços, inclusive mediante

justificação administrativa ou judicial, só produzirá efeito quando baseada
em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente
testemunhal.
Em relação à pensão especial vitalícia devida aos seringueiros que
contribuíram na produção da borracha durante a Segunda Guerra
Mundial, conhecidos como “soldados da borracha”, julgue o item a
seguir:
A residência do requerente em casa de outrem, parente ou não, ou
sua internação ou recolhimento em instituição de caridade será óbice
ao direito à pensão mensal vitalícia do seringueiro.
Observações
A residência do requerente em casa de outrem, parente ou não, ou sua

internação ou recolhimento em instituição de caridade não será óbice ao
direito à pensão mensal vitalícia do seringueiro.
A comprovação da efetiva prestação de serviços far-se-á perante os

órgãos do Ministério do Trabalho e Previdência.
PENSÃO ESPECIAL ÀS VÍTIMAS DE HEMODIÁLISE DE CARUARU
QUESTÕES INÉDITAS

A pensão especial mensal devida ao cônjuge, companheiro ou
companheira, descendente, ascendente e colaterais até segundo grau,
das vítimas fatais de hepatite tóxica, por contaminação em processo
de hemodiálise no Instituto de Doenças Renais, com sede na cidade de
Caruaru/PE, corresponde ao valor de dois salários-mínimos vigente no
País.
Pensão Especial às Vítimas de Hemodiálise de Caruaru
Valor e Beneficiários
Trata-se de pensão especial mensal, retroativa à data do óbito, no valor de um

salário-mínimo vigente no País (observada a prescrição quinquenal), devida ao:
cônjuge; das vítimas fatais de hepatite

tóxica, por contaminação em
companheiro ou companheira; processo de hemodiálise no
Instituto de Doenças Renais, com
descendente; sede na cidade de Caruaru, no
Estado de Pernambuco, no
ascendente; e período compreendido entre
fevereiro e março de 1996.
colaterais até segundo grau.
A pensão especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru será
devida mediante evidências clínico-epidemiológicas determinadas pela
autoridade competente.
Requisitos
A pensão especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru será

devida mediante evidências clínico-epidemiológicas determinadas pela
autoridade competente.
Havendo mais de um pensionista habilitado ao recebimento da pensão
especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru, será rateada
entre todos em parte iguais, não sendo revertida em favor dos demais
a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
Regras Aplicáveis aos Dependentes
Havendo mais de um pensionista habilitado ao recebimento da pensão

especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru, será rateada entre
todos em parte iguais, sendo revertida em favor dos demais a parte
daquele cujo direito à pensão cessar.
A existência de dependentes de uma mesma classe exclui os

dependentes das classes seguintes, quanto ao direito às prestações.
A pensão especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru não se
transmitirá ao sucessor e se extinguirá com a morte do último
beneficiário.
Observações
Aos beneficiários da Pensão Especial Mensal não será devido o

pagamento do abono anual (13º-salário).
A pensão especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru não se

transmitirá ao sucessor e se extinguirá com a morte do último
beneficiário.
É vedada a acumulação da Pensão Especial Mensal devida às vítimas
fatais de hepatite tóxica, por contaminação em processo de
hemodiálise no Instituto de Doenças Renais de Caruaru, com qualquer
outro benefício do RGPS ou de RPPS, inclusive o Benefício de
Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social –
BPC/LOAS.
Acumulação
É permitida a acumulação da Pensão Especial Mensal com qualquer outro

benefício do RGPS ou de RPPS, inclusive o Benefício de Prestação
Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS.
Em relação à pensão especial mensal devida às vítimas de hemodiálise
de Caruaru, julgue o item a seguir:
O pagamento da Pensão Especial Mensal será suspenso,
imediatamente, no caso de a Justiça sentenciar os proprietários do
Instituto de Doenças Renais de Caruaru com o pagamento de pensão
ou indenização aos dependentes das vítimas.
Suspensão da Pensão Especial
O pagamento da Pensão Especial Mensal será suspenso, imediatamente,

no caso de a Justiça sentenciar os proprietários do Instituto de Doenças
Renais de Caruaru com o pagamento de pensão ou indenização aos
dependentes das vítimas.
PENSÃO VITALÍCIA ÀS VÍTIMAS DO CÉSIO 137
QUESTÕES INÉDITAS

A pensão especial às vítimas do acidente nuclear ocorrido em Goiânia
com Césio 137 é vitalícia e personalíssima, não sendo transmissível ao
cônjuge sobrevivente ou aos herdeiros, em caso de morte do
beneficiário.
Pensão Vitalícia às Vítimas do Césio 137
Introdução
Será concedida pensão vitalícia, a título de indenização especial, às

vítimas do acidente com a substância radioativa CÉSIO 137, ocorrido em
Goiânia, Estado de Goiás.
A pensão especial às vítimas do acidente nuclear ocorrido em Goiânia

(pensão vitalícia às vítimas do césio 137) é personalíssima, não sendo
transmissível ao cônjuge sobrevivente ou aos herdeiros, em caso de
morte do beneficiário.
A comprovação de ser a pessoa vítima do acidente radioativo ocorrido
com o CÉSIO 137 e estar enquadrada nas regras para o recebimento
da respectiva pensão especial será feita por meio de junta médica
oficial, a cargo do INSS e supervisão da Fundação Leide das Neves
Ferreira, com sede em Goiânia/GO, devendo-se anotar o tipo de
sequela que impede o desempenho profissional e/ou o aprendizado
de maneira total ou parcial.
Comprovação
A comprovação de ser a pessoa vítima do acidente radioativo ocorrido

com o CÉSIO 137 e estar enquadrada nas regras para o recebimento da
pensão será feita por meio de junta médica oficial, a cargo da Fundação
Leide das Neves Ferreira, com sede em Goiânia, Estado de Goiás e
supervisão do Ministério Público Federal, devendo-se anotar o tipo de
sequela que impede o desempenho profissional e/ou o aprendizado de
maneira total ou parcial.
Havendo condenação judicial da União ao pagamento de indenização
por responsabilidade civil em decorrência do acidente nuclear ocorrido
em Goiânia, o montante da pensão especial devida às vítimas do Césio
137 será suspensa.
Condenação Judicial para Pagamento de Indenização
Havendo condenação judicial da União ao pagamento de indenização por

responsabilidade civil em decorrência do acidente nuclear ocorrido em
Goiânia, o montante da pensão ora instituída será obrigatoriamente
deduzido do quantum da condenação.
O pagamento da pensão vitalícia às vítimas do césio 137 ocorrerá à
conta de encargos previdenciários com recursos do INSS, a partir do
ano seguinte à publicação da lei 9.425/1996, com a despesa prevista
no Orçamento da União.
Dotação Orçamentária
O pagamento da vantagem pecuniária (pensão vitalícia às vítimas do

césio 137) ocorrerá à conta de encargos previdenciários dos Recursos da
União sob a supervisão do Ministério da Economia, a partir do ano
seguinte à publicação da lei 9.425/1996, com a despesa prevista no
Orçamento da União.
Os funcionários da Vigilância Sanitária que, em pleno exercício de suas
atividades, foram expostos às radiações do CÉSIO 137, serão
submetidos a exame para comprovação e sua classificação como
vítimas do acidente, devendo-se anotar o tipo de sequela que impede
ou limita o desempenho profissional.
Funcionários da Vigilância Sanitária
Os funcionários da Vigilância Sanitária que, em pleno exercício de suas

atividades, foram expostos às radiações do CÉSIO 137, também serão
submetidos a exame para comprovação e sua classificação como vítimas
do acidente, devendo-se igualmente anotar o tipo de sequela que
impede ou limita o desempenho profissional.
PENSÃO ESPECIAL ÀS PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE
LEI Nº 11.520/2007

Pensão Especial às Pessoas Atingidas pela Hanseníase
Contextualização Histórica
A hanseníase, chamada antigamente de lepra, é uma doença crônica,

causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por
alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e
força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e
pode gerar incapacidades permanentes.
A doença ainda não tinha cura, e o único meio encontrado pelo governo
federal para evitar que a epidemia se alastrasse era segregando os
doentes. Na década de 1930, o presidente Getúlio Vargas decidiu, então,
segundo modelos estrangeiros, criar hospitais-colônias em todos os
estados brasileiros e mandar para lá – sem autorização para saírem –
todas as pessoas acometidas pela doença. Quem não queria ir por bem
era levado à força.
Milhares de brasileiros foram, portanto, retirados de suas casas,

submetidos à clausura compulsória e segregados em hospitais-colônia
por terem hanseníase, a estigmatizante lepra.
O Brasil chegou a ter 101 hospitais-colônia. Após a extinção total dos

hospitais-colônia, ocorrida em 1986, muitos pacientes não tinham
qualquer condição de reinserção social, seja por falta de recursos
financeiros, seja por não mais encontrarem suas famílias.
“Em 1995, foi publicada lei extirpando a palavra "lepra" da
Administração Pública, sendo substituída por "hanseníase". A medida
tinha por fim diminuir o preconceito e a carga negativa que a
denominação da doença trazia aos seus portadores.” REsp 1.662.747.
Trata-se de pensão especial, mensal, vitalícia e intransferível, devida às

pessoas atingidas pela hanseníase e que foram submetidas a isolamento e
internação compulsórios em hospitais-colônia, até 31/12/1986, que a
requererem, a título de indenização especial.
A pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase é

personalíssima, não sendo transmissível a dependentes e herdeiros, e
será devida a partir da entrada em vigor da lei 11.520/2007.
Segundo a Portaria Interministerial MTP/ME nº 12, de 17/01/2022, o valor

da pensão especial concedida às pessoas atingidas pela hanseníase e que
foram submetidas a isolamento e internação compulsórios em hospitais-
colônia, assegurada pela Lei nº 11.520/2007, é de R$ 1.831,71 (para o
ano de 2022), e será reajustado anualmente, conforme os índices
concedidos aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social –
RGPS.
O requerimento será endereçado ao Secretário Especial dos Direitos

Humanos da Presidência da República, nos termos do regulamento.
Caberá ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS o

processamento, a manutenção e o pagamento dessa pensão
especial, sendo que as despesas decorrentes correrão à conta do
Tesouro Nacional e constarão de programação orçamentária
específica no orçamento do Ministério do Trabalho e Previdência
Social.
A pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase será concedida

por meio de ato do Secretário Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República, após parecer da Comissão Interministerial de
Avaliação, com a atribuição de emitir parecer prévio sobre os
requerimentos formulados, cuja composição, organização e
funcionamento serão definidos em regulamento.
Para a comprovação da situação do requerente, será admitida a ampla

produção de prova documental e testemunhal, e, caso necessário, prova pericial.
Na realização de suas atividades, a Comissão Interministerial de

Avaliação poderá promover as diligências que julgar convenientes,
inclusive solicitar apoio técnico, documentos, pareceres e
informações de órgãos da administração pública, assim como colher
depoimentos de terceiros.
As despesas referentes a diárias e passagens dos membros da

Comissão correrão à conta das dotações orçamentárias dos órgãos a
que pertencerem.
A pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase, ressalvado o

direito à opção, não é acumulável com indenizações que a União venha a
pagar decorrentes de responsabilização civil sobre os mesmos fatos.
O recebimento da pensão especial não impede a fruição de qualquer

benefício previdenciário.
A indenização será paga diretamente ao beneficiário, salvo em caso de

justo motivo, quando poderá ser constituído procurador especialmente
para este fim.
A pensão especial hanseníase não gera direito ao abono anual (13º-

salário).
O Ministério da Saúde, em articulação com os sistemas de saúde dos

Estados e Municípios, implementará ações específicas em favor dos
beneficiários da pensão especial em estudo, voltadas à garantia de
fornecimento de órteses, próteses e demais ajudas técnicas, bem como
na realização de intervenções cirúrgicas e assistência à saúde por meio
do Sistema Único de Saúde - SUS.
O Ministério da Saúde, o INSS e a Secretaria Especial dos Direitos

Humanos da Presidência da República poderão celebrar convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos que objetivem a cooperação
com órgãos da administração pública e entidades privadas sem fins
lucrativos, a fim de dar cumprimento ao disposto na lei 11.520/2007.
PENSÃO ESPECIAL DESTINADA A CRIANÇAS COM SÍNDROME
CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS
LEI Nº 13.985/2020

Pensão Especial Destinada a Crianças com Síndrome
Congênita do Zika Vírus
A Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) compreende

um conjunto de anomalias congênitas que podem incluir alterações visuais,
auditivas e neuropsicomotoras que ocorrem em indivíduos (embriões ou fetos)
associados à infecção pelo vírus Zika no período gestacional.
A forma mais conhecida da doença é a microcefalia (malformação congênita em

que a cabeça e o cérebro dos recém-nascidos são menores que o normal).
Além da microcefalia congênita, uma série de manifestações, incluindo

desproporção craniofacial, espasticidade, convulsões, irritabilidade, epilepsia,
disfunção do tronco encefálico, problemas de deglutição, contraturas de
membros, anormalidades auditivas e oculares, e anomalias cerebrais têm sido
relatadas entre crianças recém-nascida que foram expostos ao vírus Zika durante
a gestação.
Pensão Especial Destinada a Crianças com
Síndrome Congênita do Zika Vírus
Tais alterações podem variar quanto à sua severidade, sendo que quanto mais
cedo a infecção ocorre na gestação, mais graves tendem a ser esses sinais e
sintomas.
A principal forma de transmissão da infecção pelo vírus Zika em mulheres

grávidas é através da picada pela fêmea do mosquito Aedes aegypti.
Esta síndrome foi descoberta em 2015, devido à alteração do padrão de

ocorrência de microcefalia em nascidos vivos no Brasil. Na época, o evento foi
considerado uma Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e,
posteriormente, Internacional.
Estudaremos nesse módulo a pensão especial destinada a crianças com

Síndrome Congênita do Zika Vírus, nascidas entre 01/01/2015 e
31/12/2019, beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC) da
Lei Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS.
A pensão especial destinada a crianças com Síndrome Congênita do

Zika Vírus será mensal, vitalícia e intransferível e terá o valor de um
salário-mínimo.
A pensão especial não poderá ser acumulada com indenizações pagas

pela União em razão de decisão judicial sobre os mesmos fatos ou com o
BPC/LOAS.
A pensão especial será devida a partir do dia posterior à cessação do

BPC/LOAS ou da cessação das indenizações pagas pela União em
razão de decisão judicial sobre os mesmos fatos, que não poderão
ser acumulados com a pensão.
A pensão especial destinada a crianças com Síndrome Congênita do Zika

Vírus não gerará direito a abono ou a pensão por morte a qualquer
eventual dependente ou resíduo de pagamento a seus familiares.
Pensão Especial Destinada a Crianças com Síndrome
Congênita do Zika Vírus
O requerimento dessa pensão especial será realizado no Instituto

Nacional do Seguro Social – INSS.
O reconhecimento da pensão especial ficará condicionado à

desistência de ação judicial que tenha por objeto pedido idêntico
sobre o qual versa o processo administrativo.
O INSS e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência

(Dataprev) adotarão as medidas necessárias para a operacionalização
da pensão especial destinada a crianças com Síndrome Congênita do
Zika Vírus no prazo de 60 dias, contado da data de publicação da lei
13.985/2020.
Será realizado exame pericial por Perito Médico Federal para constatar a
relação entre a síndrome congênita adquirida e a contaminação pelo
vírus da zika .
As despesas decorrentes correrão à conta da programação orçamentária

“Indenizações e Pensões Especiais de Responsabilidade da União”.
No caso de mães de crianças nascidas até 31/12/ 2019 acometidas por

sequelas neurológicas decorrentes da Síndrome Congênita do Zika Vírus,
será observado o seguinte:
a licença-maternidade de que trata o art. 392 da Consolidação das

Leis do Trabalho (CLT), será de 180 dias.
o salário-maternidade devido pelo RGPS será devido por 180 dias.
Rubens Maurício
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Estudaremos nesse módulo a pensão especial, mensal, vitalícia e

O benefício será devido sempre que ficar constatado que a

O valor da pensão especial (Renda Mensal Inicial), reajustável a cada ano

O reajustamento do benefício ocorrerá, também, com a multiplicação do

É vedada a acumulação da Pensão Especial da Talidomida com qualquer

É vedada a acumulação da Pensão Especial da Talidomida com qualquer

O benefício em questão é de natureza indenizatória, não prejudicando

A partir de 7 de julho de 2011 (data de publicação da Lei nº 12.435),

O benefício em questão é de natureza indenizatória, não prejudicando

A partir de 7 de julho de 2011 (data de publicação da Lei nº 12.435),

O beneficiário desta pensão especial fará jus a um adicional de 25% sobre

for maior de 35 anos;

necessite de assistência permanente de outra pessoa; e

tenha recebido número total de pontos indicadores da natureza e do

Sem prejuízo do adicional mencionado anteriormente (25%), o

25 anos, se homem, e 20 anos, se mulher, de contribuição para

55 anos de idade, se homem, ou 50 anos de idade, se mulher, e

Sem prejuízo do adicional mencionado anteriormente (25%), o

25 anos, se homem, e 20 anos, se mulher, de contribuição para

55 anos de idade, se homem, ou 50 anos de idade, se mulher, e

Prof. Rubens Mauricio

É assegurado o pagamento de pensão mensal vitalícia aos seringueiros

que tenham trabalhado durante a Segunda Guerra Mundial nos

que não possuam meios para a sua subsistência e da sua família.

É vedada a percepção cumulativa da pensão mensal vitalícia com

A prova de que não recebe qualquer espécie de benefício ou

Valor e pagamento a dependente

A pensão especial mensal vitalícia dos seringueiros será correspondente

A pensão mensal vitalícia continuará sendo paga ao dependente do

A comprovação da carência do beneficiário ou do dependente será feita

Valor e pagamento a dependente

A pensão especial mensal vitalícia dos seringueiros será correspondente

A pensão mensal vitalícia continuará sendo paga ao dependente do

A comprovação da carência do beneficiário ou do dependente será feita

Data de Início do Benefício e

O início da pensão mensal vitalícia do seringueiro será fixado na data de

A comprovação da efetiva prestação de serviços, inclusive mediante

A residência do requerente em casa de outrem, parente ou não, ou sua

A comprovação da efetiva prestação de serviços far-se-á perante os

Prof. Rubens Mauricio

Trata-se de pensão especial mensal, retroativa à data do óbito, no valor de um

cônjuge; das vítimas fatais de hepatite

A pensão especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru será

Regras Aplicáveis aos Dependentes

Havendo mais de um pensionista habilitado ao recebimento da pensão

A existência de dependentes de uma mesma classe exclui os

Aos beneficiários da Pensão Especial Mensal não será devido o

A pensão especial devida às vítimas de hemodiálise de Caruaru não se

É permitida a acumulação da Pensão Especial Mensal com qualquer outro

Suspensão da Pensão Especial

O pagamento da Pensão Especial Mensal será suspenso, imediatamente,

Prof. Rubens Mauricio

Será concedida pensão vitalícia, a título de indenização especial, às

A pensão especial às vítimas do acidente nuclear ocorrido em Goiânia

A comprovação de ser a pessoa vítima do acidente radioativo ocorrido

Condenação Judicial para Pagamento de Indenização

Havendo condenação judicial da União ao pagamento de indenização por

O pagamento da vantagem pecuniária (pensão vitalícia às vítimas do

Funcionários da Vigilância Sanitária