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All content following this page was uploaded by Rosalvo Nobre Carneiro on 03 April 2019.
RESUMO
Os centros produtores de redes de dormir da região Nordeste brasileira, cujas atividades
industriais apresentam forma artesanal e/ou mecanizada, estão inseridos diferentemente nas
redes urbanas, nacional e internacional. Os fluxos que ligam estes centros aos demais
centros destas redes resultam e são condições de suas multiterritorialidades, expressas nos
territórios-zona, territórios-rede e aglomerados humanos de exclusão.
Palavras-chave: Redes de dormir, rede urbana, território-zona, território-rede,
aglomerados humanos de exclusão.
ABSTRACT
The hammock productive centers from Brazilian northeast, whose activities show an
traditional or mechanized form, are inserting in different national and international urban
system. The flows that connect these centers to other centers of these systems result and
are conditions of their multi territories expressed in the territory zones, territory system and
human‟s exclusion agglomerate.
Key words: Hammocks, urban system, territory zones, territory system and human‟s
exclusion agglomerate.
1
Doutorando do PPGEO da UFPE e Professor Assistente do Curso de Geografia do Campus Avançado Profª.
Maria Elisa de Albuquerque Maia da UERN. E-mail: rosalvonobre@uern.br.
2
Professor Adjunto do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE. E-mail: alcindo_sa@uol.com.br.
3
“Conceituar os circuitos como de fluxos socioespaciais significa unir os fluxos imateriais de toda ordem aos
fluxos materiais de qualquer natureza que configuram o espaço e que são por este configurado. Trata-se de
trabalhar, de forma conjunta, os circuitos de fluxos, materiais e imateriais, que são produzidos e trocados
pelos agentes sociais, empresas e instituições dentro dos circuitos espaçais da produção segundo as
5
Sobre a classificação da estrutura urbana brasileira em Nordeste, Centro-Sul e Centro-Norte ver o trabalho
de Egler (2001).
6
Sobre esta classificação dos circuitos de fluxos, vê a dissertação de mestrado de Carneiro (2006) que os
define a partir de uma análise da teoria dos dois circuitos da economia urbana de Milton Santos à luz do
presente momento.
7
“A centralidade do fato urbano, referido duplamente à organização do território imediato e à articulação do
espaço econômico em territórios ampliados, gera e amplia permanentemente novas regiões e redes de
localidades em seus espaços de influência, redefinindo também novos centros urbanos que comandam cada
vez mais amplos espaços de produção e consumo” (MONTE-MÓR, 2004).
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise da inserção diferenciada dos centros urbanos produtores de redes de dormir
da região Nordeste do Brasil revela que os mesmos estão organizados espacialmente por
meio de territórios-zona e de territórios-rede. A extensão e a profundidade que cada um
destes tipos territoriais tem nestes lugares são variáveis, em função da configuração dos
seus circuitos de fluxos socioespaciais e do seu meio técnico-científico-informacional.
Quanto à possibilidade de desterritorialização da atividade, tornando-se assim em
aglomerados de exclusão, políticas públicas de garantia da territorialidade existente e de
sua expansão estão sendo implementadas em diferentes lugares produtores de redes de
dormir. As mesmas, no entanto, têm se voltado precipuamente para a inserção destes
espaços aos territórios-rede internacionais que propriamente aos territórios-zona ou em
rede nacionais.
No caso do consórcio de exportação de São Bento esta estratégia é aceitável, posto
que sua indústria têxtil domina o mercado nacional, mas é deficiente internacionalmente.
Por outro lado, não parece ser a mais adequada para o caso de Aiuba, no Ceará, cuja
9. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, J.L.L. 1996. As transformações na produção artesanal de redes-de-dormir
no nordeste brasileiro e suas relações com a reprodução do espaço. Tese de Doutorado
em Geografia – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São
Paulo, São Paulo. 290p.
______. SÁ, A.J. de. 2005. A produção do espaço e os circuitos de fluxos da indústria
têxtil de São Bento-PB. Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA. v. 22, n. 2.
SANTOS, M. 1979. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países
subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves. (Ciências sociais).
______. 2003. Economia espacial: críticas e alternativas. 2. ed. São Paulo: Edusp. (Milton
Santos, 3).
THERY, H.; MELLO, N.A.; DANTAS, E.W.C.; COSTA, W.M. 2006. Padrões de uso e
ocupação do território e suas principais tendências de transformação. São Paulo, 17 de
abril de 2006. Disponível em: http://www.integracao.gov.br / publicações /
desenvolvimentoregional / publicação / modulo1.html. Acesso em 02 de Maio de 2007.