Você está na página 1de 4

ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.

Faculdade Anhanguera de Anápolis


Curso: DIREITO Período: Turma: Valor Valor
Prova Atividades
9° “A”
1000 1000
Disciplina: Legislação Penal extravagante Primeira Nota Nota
avaliação
Professor: KELLYANNY DE JESUS Data: 17/04/2020
SOARES
075.107.463-29 -
Aluno: FREDERICO OLIVEIRA DE
CASTRO

Orientações Gerais:
I. O aluno tem até o dia 17.04, às 22hrs. para entregar a prova ao representante da sala ou
diretamente ao professor.
II. As perguntas possuem vários itens (A, B, C, etc.) Responda em parágrafos separados e indique a
letra do item no início. Nas perguntas que questionam sua própria opinião, responda com
tranquilidade, pois não haverá resposta certa ou errada, mas apenas a avaliação da sua
capacidade argumentativa. Portanto, não precisa seguir posição majoritária.
III. Para a nota da prova, responda apenas as 5 primeiras perguntas. Caso não tenha feito o desafio
nota máxima e o estudo dirigido por problemas de acesso ao sistema, responda à questão n. 6
para atribuição de nota de atividade. Se você fez o DNM e o ED, NÃO PRECISA RESPONDER A
QUESTÃO N. 6.
IV. A resposta não deve ultrapassar 15 linhas digitadas (fonte 10, Arial) ou 20 linhas manuscritas.

Questão 1:

A) Diferencie posse e porte de arma de fogo.

R: Para o Estatuto do Desarmamento, Lei 10.826/03, diz que possuir uma arma de fogo é tê-
la no interior da sua residência; enquanto portar é ter o direito de estar com ela na rua, por
exemplo. Pois a regra é a proibição, pois não há autorização para que as pessoas saiam
armadas nas ruas, com exceção aos casos estabelecidos na Lei 10.826/03.

B) O fato da arma ser "raspada" altera a tipificação criminal?

R: Sim, no caso de arma raspada será tipificado como crime de porte ou posse de
arma de uso restrito e está prevista em seu Art. 16 I da Lei 10.826/03.

C) Posse de arma de fogo de uso proibido (arma está dentro da residência) é tipificada em qual artigo
da Lei 10.826/2003?

R: Está tipificado no artigo 16° da Lei 10.826 (Estatuto do Desarmamento).

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e
em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6
(seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma
de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a
arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração,
marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; V –
vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,
munição ou explosivo.

Questão 2:

A) Os crimes hediondos são imprescritíveis?

R: Não, pois a Constituição Federal trás em seu artigo 5° quais os crimes que
são considerados hediondos, sendo eles a pratica de Racismo e Ação de
Grupos Armados, civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático.

B) O crime de roubo é hediondo? Se sim, em quais hipóteses?

R: Sim, de acordo com a Lei de Crimes Hediondos o ROUBO é considerado crime


hediondo: circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima; circunstanciado
pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou
restrito e qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte.

C) A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são hediondos?

R: Não, de acordo com o artigo 5° da Constituição Federal será considerado crimes


EQUIPARADOS A hediondos.

Questão 3:
a) É possível que pessoa jurídica seja responsabilizada criminalmente? Se sim, em qual hipótese?

R: Sim, de acordo com a doutrina majoritária entende-se que é possível pois tendo
em vista que se adota a teoria da realidade onde a pessoa jurídica é um ente
autônomo e distinto de seus membros, dotado de vontade própria. O art. 173 da
(Constituição Federal CF/88) admitiu a responsabilidade penal da pessoa jurídica
nos crimes contra: a) a ordem econômica e financeira; b) a economia popular; c) o
meio ambiente.

b) No que consiste a teoria da dupla imputação nos crimes ambientais?


R: De acordo com essa teoria para que haja responsabilidade penal da pessoa jurídica deve
haver também imputação da pessoa física responsável pelo ato e que tal conduta reverta
em benefício do ente coletivo (um ou mais agentes ligados), teoria denominada da dupla
imputação. Em outros termos, somente haveria a instauração de ação penal em face da
pessoa jurídica nas hipóteses em que fosse possível apurar a efetiva participação de um ou
mais agentes na prática do crime ambiental. De outra forma, a pessoa jurídica nem mesmo
poderia ser processada judicialmente.

c) Na sua opinião, é correta a aplicação do direito penal às pessoas jurídicas? Justifique sua resposta,
inclusive indicando se o direito administrativo não seria suficiente ou mais eficiente na punição de
empresas.

R: Sobre minha opinião não é correta a aplicação do direito penal as pessoas jurídicas, pois
acredito que a punição deveria ser feita apenas para a pessoa física na qual foi a responsável
pela conduta criminosa. E no caso de algumas irregularidades ou indenização deveria
utilizado o direito administrativo, por meio do poder de polícia e da responsabilidade civil
das pessoas jurídicas.

Questão 4:
A) Indique quais são os tipos de tortura (denominações doutrinárias)?

R: Tortura ao crime – a finalidade específica do agente consiste em provocar ação ou


omissão criminosa, por ex: torturar alguém obrigando que esta pessoa roube um
banco.
Tortura confissão ou tortura prova – a finalidade específica do agente é obter
confissão, informação ou declaração.
Tortura discriminatória – a motivação do agente consiste em preconceito de raça ou
religião, por ex: torturar judeus por sua preferência religiosa.

B) Diferencie tortura qualificada pelo resultado morte do homicídio qualificado pelo uso da tortura.

R: A diferença está no dolo do agente (na intenção), no homicídio qualificado pelo


uso de tortura a intenção do agente é causar a morte do agente. Já na tortura
qualificada pelo resultado morte a intenção do agente é apenas torturar, mas a
vitima acaba morrendo, havendo dolo no antecedente e culpa no consequente.

Questão 5:
A) Diferencie usuário e traficante nos termos da Lei de drogas (Lei 11.343/2006).

R: Para diferenciar Usuário e Traficante deverá ser analisado alguns quesitos, como o Juiz
analisará a quantidade de substância apreendida; o local e as condições em que se
desenvolveu a ação criminosa; as circunstâncias da prisão; a conduta e os antecedentes
do agente que cometeu o ato. O exemplo trazido é: Um traficante pode ser pego com uma
pequena quantidade de droga e nem por isso será considerado usuário, a situação vai
depender de todo o caso concreto e já um usuário pode ser pego com grande quantidade
de droga e não ser considerado traficante. Basicamente o usuário possui a droga para seu
próprio uso e o traficante para comercializar.

B) Houve a descriminalização da conduta de portar drogas para consumo próprio? Justifique sua
resposta.
R: Não, pois houve apenas a despenalização. Com a alteração da lei de drogas houve a
revogação da pena do crime de portar drogas, no entanto a conduta continua tipificada na
lei, tendo apenas a pena alterada para uma de outra natureza no tipo mais benéfico da
conduta do sujeito. Como diz o Art. 28 Lei nº 11.343/2006.

Você também pode gostar