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Alunas: Claudia Feijór, Emanuelly Valente,

Fabíola Colares e Thais de Souza.


Disciplina: Metodologia da

Pesquisa

Resenha do Livro:​ ​Educação e Mudança.

Paulo​ Freire
​ ​ ​ .

O homem deve ser o sujeito de sua própria educação. Não


pode ser objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém.
Paulo Freire. Pág. 28

Sinopse.

​ livro Educação e Mudança de Paulo Freire foi escrito durante o


O
período em que o autor esteve em exílio fora do Brasil por 14 anos, e
publicado anos seguinte à sua volta aproximadamente. Volta esta que se
dá inteiramente física pois o autor sempre esteve presente no Brasil
espiritualmente, sempre com sede de volta e com um otimismo
implacável em ver a mudança em nossa sociedade, deste ponto de vista
foi que se originou o livro, nele Freire aborda a transformação que ele
quer ver na educação da sociedade brasileira e aponta de um jeito lauto e
ígneo as peculiares da pedagogia-sócio-política. Vejamos à seguir.

Inicialmente Moacir Gadotti aborda incialmente uma sinuosa


resenha da vida do autor, ele narra como foi a vida de Freire no exílio
e em como seu otimismo nunca pareceu perante todo esse período de
repressão, pelo contrário, Paulo Freire alimentou-se de uma forma
voraz de tudo o que podia do Brasil incluindo esperança, para a sua
volta triunfante. Ele conta como é admirável o compromisso do autor
com a mudança que ele quer ver na sociedade e na educação, ele
declara que Paulo Freire não é um acadêmico que se mantém longe
do cotidiano dos educandos e sim aquele que interage e participa
unindo teoria e prática sempre [...] “sua práxis são tão fortes,
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violentas até, carregadas de um sentido existencial profundo. Sentido
que
Paulo Freire não “dá”, mas que “exprime”. E como o seu ponto de

partida, a sua opção radical é a l​ ibertação dos oprimidos, o sentido

mais profundo da sua obra é ser a “expressão” dos oprimidos. Daí ser
uma obra inquietadora, perturbadora revolucionária. Ela exprime a
realidade e a estratégia do oprimido.” (Paulo Freire, 2008, p. 04, 12ª
edição Moacir Gadotti).

Entretanto ​ udança que o autor quer
o tema principal do livro é a m
ver, a inibição de uma​ sociedade de oprimidos para uma de ​iguais,
Paulo Freire quer a conscientização do meio em que vivemos e
sujeitos capazes de fazerem suas próprias escolhas e não serem
acondicionados a ela, não estando alheios a tudo e aos
acontecimentos que os cercam. Portanto onde essa mudança começa?
Na escola? Onde o direito de uma boa educação lhe é tirado por
motivos tiranos? Obviamente que sim! É nessa direção que o
pensamento de Paulo Freire caminha, indica: A escola não seria um
local de dominação (em que a elite impõe uma forma de pensar) a um
grupo dominado? É válido lembrar que no círculo de Paulo Freire a
​ âmbito de pureza e redentora da sociedade ​fraca,
escola ela não é um
na escola é onde as forças entram e manipulam como no restante dos
outros lugares.


​No decorrer do livro vimos que no primeiro capítulo O
​ compromisso do Profissional com a Sociedade o autor discorre sobre
o laço em que o profissional da educação tem com a sociedade em que
ele está inserido e que vai atuar. Seu papel tem de ser visto como algo
crucial e imaculado, você tem de saber bem que tudo o que fará
acarretará consequência futuras, talvez irreparáveis. Quando se entra
neste âmbito devemos reconhecer o compromisso que estamos
​ assumindo, e quando falamos em ​compromisso queremos ir além do
sentido denotativo e conotativo da​ ​palavra, estamos falando do âmago
do seu papel com à sociedade. Entretanto a partir desta reflexão,
Freire aponta que o profissional tem de ser comprometer tão
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profundamente com seu trabalho a fim de sair molhado ou queimado
do mesmo, e diz também que quem se intitula neutro na educação
nada mais é que ​medroso ou temeroso devido às consequências que
acarreta este campo de trabalho. A práxis (ação e reflexão sobre a
realidade), é, também, sinônimo de solidariedade, nunca unilateral
ou reduzida à “falsa generosidade”. Aquele que se compromete não
pode ter uma visão ingênua da realidade, mas precisa buscar
conhecê-la, compreendê-la em sua totalidade. Por fim, ainda neste
primeiro capítulo, Freire evidencia que além do comprometimento
genérico, deve existir também o comprometimento profissional, como
uma dívida que o profissional assume em sua prática.

O segundo capítulo, ​A Educação e o Processo de Mudança Social,


inicia-se com uma reflexão antropológico-filosófica sobre o conceito
de educação imbricado à questão da mudança. Nesse capítulo ele
puxa para a via da ​educação envolta pelo caráter do homem, que é
um ser que está em constante aprendizado, o homem é um ser
mutável, e que não existiria educação em si, se não formos providos
dessa tal característica. Por isso, nunca, jamais e em hipótese alguma
podemos nos colocar no patamar de “​ser superior” aos outros, (Não
educamos nunca ensinamos à um bando de ignorantes bárbaros) E
sim, aprendemos juntos, a cada dia uma coisa nova, nunca seremos
capazes de saber T ​ UDO! O aprendizado é infinito, a cada dia, a cada
hora! Nasce uma coisa nova. Portanto devemos sempre respeitar o
próximo e buscar compreendê-lo. Assim, a educação deve estar ligada
a esse respeito que não busca apropriar-se do próximo, impor-se, pelo
contrário, almejar a comunicação e interação respeitosa. Ainda neste
capítulo Paulo Freire discorre que o homem é um sujeito de relações,
que o indivíduo é taxado, rotulado a um status social e excluído de
diversas​ ​coisas que acontecem em seu próprio país, por trás disso
estão entrelaçadas diversas questões políticas que só podem ser
rompidas se não perdermos a esperança de lutar e se qualificar a fim
de se incluir aonde deveríamos estar.
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O terceiro capítulo trata de O​ Papel do Trabalhador Social no
Processo de Mudança, Paulo Freire discorre sobre o papel do homem
perante ao mundo, ele diz que quando o sujeito enfrenta teus próprios
obstáculos e irrompe as barreiras colocadas em seu caminho ele cria
seu próprio mundo histórico-cultural. Ou seja, é somente por meio da
percepção da essência da realidade que o homem pode refletir e agir
conscientemente para mudança da realidade em que foi condicionado
a viver, pois se a estrutura social é obra do homem, a sua
transformação também é. Nesse sentido, o trabalhador social não
pode se colocar no papel de “neutro” “acovardar-se” no processo de
mudança, e nem tampouco buscar seus ideais, esperar que eles façam
por você o seu trabalho. A realidade pode, portanto, ser mudada; não
um delírio não factível ou inacessível. Paulo Freire diz que para haver
mudança no contexto social é preciso ter a percepção do seu meio, o
que leva a reflexão a fim de traçar metas para as mudança.

E por fim no quarto e último capítulo, ​Alfabetização de Adultos e


Conscientização, trata-se da relação homem-educação-mundo. O
homem é o sujeito da educação e não o objeto da mesma assim dele
deve agir com criticidade e reflexão sobre a sociedade
histórico-cultural em que vive é a partir do reconhecimento do seu
âmbito é que ele vai agir em prol do melhoramento de sua condição,
ele passará de alienado e manipulado para aquele que indagar, exige e
intervêm sobre seu espaço e o que lhe é proposto. No capítulo Paulo
Freire avança discorre sobre essa mudança no Brasil, para ele, se o
Brasil quer avançar é necessário que haja esse reconhecimento de
área, avanços na democratização, para tal é preciso o conhecimento e
a organização do pensamento. Assim, pensar é um ato fundamental.
E como fazê-lo? Ênfase no diálogo, é por meio de conversas que o
analfabeto fará a assimilação​ ​do que é leitura letrada, compreender, e
ir além da alfabetização (ortográfica e dialógica) e sim tornar-se um
ser letrado com consciência da sua sociedade histórico-cultural. A
educação para adultos é um marco que Paulo Freire nos inquiriu no
ano de 1962 em angicos, o qual funciona e vale a pena investir.

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