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- Geralmente, carcinomas in situ não são letais, mas são lesões pré-malignas.
Podemos curar cancros invasivos em estádios precoces, mas não em estádios
metastáticos. Assim, com rastreios, fazemos aumentar o caso de carcinomas in
situ identificados, mas diminuímos os carcinomas invasivos (reconhecemos e
poupamos estas mulheres) uma curva desce à custa da subida da outra.
- Biópsia líquida – quase sempre feita no sangue, detetando DNA tumoral (há quem tenha definições mais
latas, incluindo talvez também oncoproteínas, células tumorais)
- Os cancros podem explicar muito pelo meio ambiente; padrão de cancro de japoneses que emigraram
para ocidente muda para semelhante dessas populações, devido a mudança de hábitos e condições
ambientais.
- Importância de entendermos a
biologia do cancro para o melhor
tratarmos. Muitas das vezes, entre o conhecimento
biológico e o desenvolvimento de terapias pode
correr muito tempo transferência de
conhecimento básico para conhecimento clínico. É
o exemplo do tratamento da leucemia mieloide
crónica. A descoberta do cromossoma 22
pequenino nestes doentes (em quase todos) foi em
1960, em Philadelphia, sendo necessários 13 anos
para identificar a sua origem resulta de
translocação recíproca entre braços longos do 9 e 22 e foi preciso ainda mais tempo para compreender a
componente molecular que justificava o desenvolvimento de leucemia, que é a justaposição entre gene
BCR e ABL (Abelson tyrosine kinase), que passa a funcionar ativamente. Estes doentes com CML são os
Ph+. Até ao aparecimento do imatinib nos anos 90, tinha um mau prognóstico. Esta é uma terapêutica
dirigida que inibe a proteína de fusão BCR-ABL, impedindo que ATP se ligue e inibe esta cinase de forma
altamente seletiva aumentou a probabilidade de sobrevivência. Importância de antecipar o uso de
tratamentos dirigidos.
No cancro colorretal há esta acumulação de mutações, sobretudo APC (que ocorrem cedo na mutação
tumoral) e também na PTEN que ocorrem mais tardiamente. Há tendência para certa evolução temporal e
probabilidade de mutações há esta sequência, mas é mais dinâmica do que teorizado no início.
O cancro não resulta de uma única alteração genética. De acordo com artigo da nature, são necessárias 4-5
driver mutations. Que tipos de genes são afetados? Oncogenes – contribuem para progressão (mutações
com aumento de função acelera crescimento tumoral), e Genes supressores de tumor (que impedem
progressão tumoral e que mantêm a estabilidade genómica) como estão lá para proteger, eles têm de
ser desativados em ambos os alelos.
Porquê que quando o cancro é tratado e removido, o doente continua a ser considerado um doente
crónico? Se curado, já não é crónico. Mas se alto risco de recidiva, tenho dificuldade em dizer que está
curado. Se triplo negativo, muito mais agressivo e altamente letal, se não recidivar nos primeiros 5 anos,
nunca mais voltará.