Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Componentes:
Gabriel Goya Lotério - 11223097
Marcos Eidi Tamura
Rogerio Yukio Muraki - 9862818
A irracionalidade do Número e
Introdução:
Note que:
1 1
(q+1)!
= (q+1)q!
1 1
(q+2)!
= (q+2)(q+1)q!
1 1 1
(q+1)!
+ (q+2)!
+ ... = ( 1
q! q+1
+ 1
(q+1)(q+2)
+ 1
(q+1)(q+2)(q+3)
+ ...)
Mas como
1 1 1
0 < q + 1 < q + 2 < q + 3 < ... ⇒ q+1
> q+2
> q+3
> ...
Então
1 1 1 1
(q+1)2
> (q+1)(q+2)
, (q+1)3
> (q+1)(q+2)(q+3)
...
Logo,
1 1 1 1 1 1 1 1
0< (
q! q+1
+ (q+1)(q+2)
+ (q+1)(q+2)(q+3)
+ ...) < (
q! q+1
+ (q+1)2
+ (q+1)3
+ ...)
Mas
1 1 1
{ q+1 , (q+1)2,
(q+1)3
, ...}
1
é uma PG de razão q+1 e a sua soma infinita pode ser calculada por
1
q+1 1 q+1 1
1
1−( q+1 )
= q+1 q
= q
Daí,
p 1 1 1 1 1 1 1
0< q
− (1 + 1!
+ 2!
+ ... + q!
) = (q+1)! + (q+2)!
+ ... < q! q
p 1 1 1 1 1
0< q
− (1 + 1!
+ 2!
+ ... + q!
) < q! q
⇒
p 1 1 1 1
0 < q !( q − 1 − 1!
− 2!
− ... − q!
) < q
≤ 1
Observe que o termo destacado acima é um número inteiro, pois q |q! , 1|q! e
k !|q! ∀k ≤ q
Mas isso é um absurdo, pois não existe número inteiro positivo menor que
um.
Outra demonstração da irracionalidade do número e pode ser feita da
seguinte forma:
Vamos primeiro obter uma estimativa do erro Rn que cometemos no cálculo
deste número quando o aproximamos pela soma parcial S n da série anterior (que
vai até 1/n!). Temos:
1 1 1
Rn = (n + 1)! (1 + n+2 + (n + 2)(n + 3) + ...)
< 1
(n + 1)!
(1 + (n + 2)−1 + (n + 2)−2 + ...)
1 n+2 1
= (n + 1)!
· n+1
< n! n
1
Podemos então escrever: S n < e < S n + Rn < S n + n! n
m 1
Sn < n = S n + Rn < S n + n! n
1
n! S n < m(n − 1)! < n! S n + n
< n! S n + 1
Então, da desigualdade anterior, temos que o número inteiro m(n − 1)! está
n = 10 já nos dá um erro inferior a 10−7 . Euler calculou o número e com 23 casas
decimais, obtendo e = 2,71828181845904523536028.
Resolução do exercício 3(a) da lista 4:
Resumidamente, iremos provar que a definição por limite e por série do
número e levam ao mesmo número.
n
Posso definir o número e pelo lim (1 + 1n ) .
n→∞
1 n
Expandindo (1 + n) como um binômio de newton, tenho:
n j n
(1 + 1n ) = 1n + n!
1!(n−1)! * 1n−1 * 1
n + ... + n!
j!(n−j)! *1
n−j
* ( n ) + ... +
1 n!
n!(n−n)! * (n) ,
1
com 1 ≤ j ≤ n .
Para os primeiros 4 termos, temos:
n! 1 n! 1 n! 1
1+ (n−1)! * n
+ 2!(n−2)! * n2
+ 3!(n−3)! * n3
Simplificando, chega-se a:
n(n−1) n(n−1)(n−2)
1 + n * 1n + 2! *
1
n2
+ 3! *
1
n3
E então:
n−1 n2 −3n+2 1 1 1 1 1
1+1+ 2!n
+ 3!n2
=1+1+ 2!
− 2n
+ 3!
− 2n
+ 3n2
∞
1
Perceba que temos os 4 primeiros termos da série ∑ k!
com algum resto.
k=0
a1 a2 ai aj a1 a2 ai aj a1 a2 ai aj
(1+ + +...+ +...+ ) (1+ + +...+ +...+ ) ( + +...+ +...+ )
nj n n2 i nj n n2 i nj 1 n n2 i nj
nj j!
n
= n
j!
= j!
+ n
j!
a a ai aj
( n1 + 2
+...+ ni
+...+ )
n2 nj
Perceba que quando n → ∞ , o resto
j!
tende a 0, pois cada
termo tende a 0.
Portanto, a sequência (1 + 1 n
n) se aproxima de
∞
1 1 1 1 1 1
1+1+ 2! + 3! + 4! + ... + j! + ... + n! , que é a própria série ∑ k!
.
k=0
∞
1 n 1
Então, lim (1 + n ) = ∑ k!
.
n→∞ k=0
Conclusão: