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Roteiro 02 Direito Civil II Parte 01 Atualizado
Roteiro 02 Direito Civil II Parte 01 Atualizado
P R O F A . D R A . F A B I A N A M A R I A M . G . D E C A S T R O .
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OBRIGAÇÃO CIVIL
Obrigação civil ou obrigação perfeita: vínculo jurídico
OBRIGAÇÃO MORAL
Obrigação moral: constitui dever de consciência (equidade)
QUANTO AO e sua execução é, sob o prisma jurídico, mera liberalidade
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OBRIGAÇÃO NATURAL
OBRIGAÇÃO NATURAL
(FLÁVIO TARTUCE, 2018, P.
OBRIGAÇÃO NATURAL: natureza jurídica
113/114) OBRIGAÇÃO a) mútuo feito à pessoa menor – art. 588 do CC
Para Maria Helena Diniz (2010, p. 67/68) a obrigação
a) o credor não pode exigir a prestação, pois não há
pretensão natural é norma jurídica não autônoma. NATURAL b) juros não estipulados no mútuo – art. 591 do CC
b) há debitum sem obligatio Sérgio Carlos Covello (apud Rosenvald, 2018, p. 344) a c) pagamento de dívida prescrita – art. 882 do CC
c) o pagamento por parte de devedor capaz é válido e
obrigação natural é uma obrigação imperfeita constitui d) dívida judicialmente inexigível – art. 883 do CC
irretratável
relação jurídica pré-constituída de crédito e débito todavia
HIPÓTESE DE
d) não cabe ação de repetição do indébito
INCIDÊNCIA e) empréstimo para jogo ou aposta feito no ato de apostar –
por questões de ordem legislativa não se elevou ao nível
OBRIGAÇÃO NATURAL (MARIA HELENA DINIZ,
de obrigações civis ou se elevou e perdeu sua art. 815 do CC
2010, P. 57
exigibilidade.
a) não é obrigação moral
b) obrigação juridicamente inexigível Nelson Rosenvald (2018, p. 345/346) a obrigação natural como
c) se for cumprida por pessoa capaz de forma espontânea,
dever extrajurídico preconiza a ideia de que no instante em
ter-se-á a validade do pagamento
d) irretratabilidade do pagamento que há o cumprimento a ordem jurídica considera justo ou
e) efeitos dependem de previsão normativa equitativo, sob o prisma da mera liberalidade e a lei
considera a irrepetibilidade do pagamento.
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art. 588 do CC estabelece que “O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia art. 883 do CC prescreve que “não terá direito à repetição aquele que deu
autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei”
mutuário, nem de seus fiadores”
FUNDAMENTO LEGAL: art. 591 do CC que prevê “ Destinando-se o mútuo a fins econômicos, FUNDAMENTO LEGAL: Art. 814 do CC prevê que “As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a
OBRIGAÇÃO NATURAL presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de redução, não poderão OBRIGAÇÃO NATURAL pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se
exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.” pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.
§1º Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva
art. 815 do CC dispõe que “Não se pode exigir reembolso do que se emprestou reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo; mas a nulidade
para jogo ou aposta, no atode apostar ou jogar” resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé. §2º O preceito contido
neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se
excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos. §3º Excetuam-se,
art. 882, 1ª parte do CC dispõe que “não se poderepetir o que se pagou para
igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em
solver dívida prescrita”
competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os
interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares
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Art. 481 do CC Pelo contrato de compra e venda, negócios jurídicos antes da tradição. Parágrafo único.
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um dos contratantes se obriga a transferir o Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a
Para Limongi França a obrigação de dar traduz “aquela em virtude da qual o possuir pelo constituto possessório; quando cede ao
domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe
devedor fica jungido a promover, em benefício do credor, a tradição da coisa adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em
certo preço em dinheiro.
(móvel ou imóvel), já com o fim de outorgar um novo direito, já com o de poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da
restituir a mesma ao seu dono” (AZEVEDO, 2011, p. 34) coisa, por ocasião do negócio jurídico.
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OBRIGAÇÃO DE DAR
Obrigação de dar
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA (ART.
Prestações de diversas índoles 233 AO ART. 242 DO CC) OBRIGAÇÃO DE DAR COISA
INCERTA (ART. 243 AO ART. 246 DO CC)
- obrigação específica
- obrigação genérica (gênero ou quantidade) –
- princípios que regem a obrigação
de dar coisa certa: art. 243 do CC
obrigação de restituir –
a) art. 313 do CC – o credor não é obrigada a receber - estado de indeterminação é transitório
obrigação de dar – constituição ou transferência da propriedade para outra coisa, ainda que mais valiosa - nemo aliud pro - concentração da prestação – art. 244 do CC / - direito
transferência do direito uso, fruição ou posse temporária alio invito creditore solvere potest de escolha do devedor, mas há exceções (título da
direta b) art. 233 do CC – na obrigação de dar o acessório obrigação)
segue o principal, mas há exceções (resultar do título
ou das circunstâncias do caso) – acessorium sequitur - princípio da equivalência das prestações
principale (princípio da gravitação jurídica) - efeito da cientificação – art. 245 do CC
obrigação de obrigação de contribuir – solver dívida em dinheiro –
c) art. 234 do CC – na obrigação de dar coisa certa a - regra – gênero não perece (genus nunquam perit)
rege-se pelas normas de obrigação de prestações especiais em obrigações
coisa perece para o dono – res perit domino – art. 246 do CC
dar e pecuniária pecuniárias (valor quantitativo e o
dinheiro é o meio)
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Art. 313 do CC O credor não é obrigado a receber Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais gênero e pela quantidade.
valiosa.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela
Art. 233 do CC A obrigação de dar coisa certa abrange os OBRIGAÇÃO DE DAR COISA
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
acessórios dela embora não mencionados, salvo se o
contrário resultar do título ou das circunstâncias do
INCERTA contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a
caso.
Fundamento legal melhor.
Art. 234 do CC Se, no caso do artigo antecedente, a coisa
Fundamento legal
se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o
obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de disposto na Seção antecedente.
culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e
mais perdas e danos. Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por
força maior ou caso fortuito.
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perda da coisa a ser restituída perda da coisa a ser deterioração da coisa a ser deterioração da coisa a ser
sem culpa do devedor antes restituída com culpa do restituída sem culpa do restituída com culpa do
da tradição (art. 238 do CC) devedor antes da tradição devedor antes da tradição devedor antes da tradição
(art. 239 do CC) (art. 240, 1ª parte do CC) (art. 240, 2ª parte do CC)
Enunciado 15 da I Jornada de Direito Civil prevê que “as disposições do art. 236 do novo Código Civil
também são aplicáveis à hipótese do art. 240, in fine.”
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OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS – tem por objeto a quantia fixa em dinheiro (art. 315 do CC –
princípio do nominalismo)
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O B R I G A Ç Ã O D E F A Z E R
OBRIGAÇÃO DE FAZER OBRIGAÇÃO DE FAZER DE NATUREZA OBRIGAÇÃO DE FAZER DE NATUREZA
INFUNGÍVEL (247 E ART. 248 DO CC) FUNGÍVEL (ART. 249 DO CC)
Obrigação de Fazer: objeto imediato Hipótese A – consequência do inadimplemento Hipótese A – consequência do inadimplemento
Para Orosimbo Nonato “fazer compreende os atos,
da prestação e o objeto mediato é a voluntário de obrigação de fazer de natureza voluntário (art. 249, caput do CC)
todos os atos que deixam de incidir na expressão
atividade pessoal infungível – perdas e danos (art. 247 do CC)
fazer” (AZEVEDO, 2011, p. 47)
hipótese B – consequência da impossibilidade da hipótese B – execução da obrigação de fazer em
prestação na obrigação de fazer de natureza caso de urgência ante a recusa ou o retardamento
infungível – sem culpa = resolve-se a obrigação e – (art. 249, par. ú. Do CC)
Obrigação de Fazer duradoura Obrigação de Fazer de natureza infungível, com culpa = perdas e danos (art. 248 do CC)
imaterial ou personalíssima (intuito personae)
Obrigação de Fazer instantânea Obrigação de Fazer de natureza fungível, material
ou impessoal
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER devedor que recusar a prestação a ele só Art. 249 do CC prevê que “Se o fato
imposta, ou só por eleexeqüível.” puder ser executado por terceiro, será
livre ao credor mandá-lo executar à
Súmula 410 do STJ - "A prévia intimação Art. 248 do CC prevê que “Se a prestação custa do devedor, havendo recusa ou
mora deste, sem prejuízo da
pessoal do devedor constitui condição do fato tornar-se impossível sem culpa do
devedor, resolver-se-á a obrigação; se por indenização cabível. Parágrafo único.
necessária para a cobrança de multa pelo culpa dele, responderá por perdas e Em caso de urgência, pode o credor,
danos”. independentemente de autorização
descumprimento de obrigação de fazer ou judicial, executar ou mandar executar
o fato, sendo depois ressarcido.”
não fazer."
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ART. 247 DO CC
-inadimplemento voluntário / - conversão em perdas edanos
- admite ação específica com fixação de astreinte (multa pecuniária)
- art. 815 a 821 do CPC
ART. 249 DO CC
-admite-se a autotutela civil (urgência / utilização de meios necessários
indispensáveis para evitar o dano / não haja condições de obter
intervenção
judicial)
- art. 822 e 823 do CPC
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OBRIGAÇÃO INSTANTÂNEA
OU MOMENTÂNIA
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OBJETIVAMENTE Obrigação
prestação a que se obrigara
c) prestação positiva ou negativa
PLURAL simples
d) art. 313 do CC – princípio
fundamental do direito obrigação
“credor não é obrigada a aceitar
coisa diversa”
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todas se
impossibilidade de impossibilidade impossibilidade de impossibilidade de
impossibilitaram sem
uma das prestações de todas as uma das prestações todas as prestações
por culpa do devedor culpa do devedor –
sem culpa prestações
com culpa do devedor por culpa do devedor
e escolha do credor - art. 256 do CC
devedor, d e escolha do devedor e escolha do credor
o subsiste
remanescente - - art. 254 do CC (art. 255, 1ª parte do art. 255, 2ª parte do
art. a CCr CC
253 do CC
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Art. 253 do Código Civil prevê que “Se uma das duas Art. 255 do Código Civil prevê que “Quando a escolha
prestações não puder ser objeto de obrigação ou se couber ao credor e uma das prestações tornar-se
tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.” impossível por culpa do devedor, o credor terá direito
OBRIGAÇÃO OBRIGAÇÃO
de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra,
ALTERNATIVA / ALTERNATIVA /
com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas
DISJUNTIVA DISJUNTIVA
as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o
Fundamento legal Art. 254 do Código Civil prevê que “Se, por culpa do
Fundamento legal credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da
devedor, não se puder cumprir nenhuma das indenização por perdas e danos.”
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará
aquele obrigado a pagar o valor da que por último se Art. 256 do Código Civil prevê que “Se todas as
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso prestações se tornarem impossíveis sem culpa do
determinar” devedor, extinguir-se-á a obrigação.”
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PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O. PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O.
F O N TE : R O S EN VA L D , N EL SO N ( 2 0 18 , P . 2 5 9 ) ; T A R T U CE , F LÁ V I O ( 2 0 18 , P .7 0 )
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PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O. PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O.
Conceito: faculdade de substituição do devedor e O art. 157 do CC estabelece que “Ocorre a lesão
seu exercício é irrestrito – art. 643 do CC argentino
quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou
“aquele que não tendo por objeto senão uma só
prestação, permite a lei ou o contrato ao devedor por inexperiência, se obriga a prestação
substituí-la por outra para facilitar-lhe o OBRIGAÇÃO manifestamente desproporcional ao valor da prestação
pagamento” FACULTATIVA oposta. § 2º Não se decretará a anulação do negócio,
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PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O. PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O.
M O D A LI D A DE S D E
O B R I G A Ç ÕE S N O C Ó D I G O
CI VI L : O B R I GA Ç Õ E S
Q U A N T O A O CON TE Ú D O
F O N TE : RO S EN VA L D , N EL SO N ( 2 0 18 , P . 2 70 )
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PR O F A . D RA . F A B IA N A M A R IA M . G . D E CA STR O.
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