AMBIENTE REGULATÓRIO

CONHEÇA AS NOVAS LEGISLAÇÕES, MARCO LEGAL

DAS GARANTIAS E RESOLUÇÃO 4909.

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 O QUE VOCÊ
ENCONTRA NESTE EBOOK
ÍNDICE
Introdução 4
O que é Ambiente Regulatório? 5
O que é Marco Legal das Garantias? 7
Instituições Gestoras de Garantia (IGGs) 9
Como o serviço funcionará caso aprovado? 10
Alienação Fiduciária 11
Hipoteca 12
Agente de Garantias 13
Monopólio da Caixa Econômica Federal 13
O que o Marco Legal impacta no mercado imobiliário? 13
O Marco Legal das Garantias e as novas Leis dos Cartórios 15
O que é a Resolução 4909 18
O impacto da Resolução 4.909 no mercado imobiliário 20
Referências 22
Sobre a autora 23
Sobre o Sienge 24

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 INTRODUÇÃO

Com o intuito de esclarecer o projeto de Lei 4.188/22, a Lei

14.382/22 e a Resolução 4.909, o Sienge criou esse ebook.

Aproveite a leitura!

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 O que é Ambiente
Regulatório?
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 O que é Ambiente Regulatório?
Com o intuito de reduzir a burocratização existente na
administração pública, através do Plano Nacional de
Desestatização (PND) de 1990 iniciaram-se as privatizações
das empresas de siderurgia, petroquímicas e fertilizantes.
Em 1995, também houve privatizações estatais de
outros serviços, como distribuição de energia elétrica
e telecomunicações (KOMATSU, 2004; PÓ, 2004; apud
MORAES 2014). Após as privatizações, de diversos setores,
e a necessidade da implantação de agências reguladoras
para fiscalizar e normatizar estes setores privatizados, foi-
se criado um modelo regulador para os setores, que são
divididos em três gerações: primeira geração (1996 - 1997),
segunda geração (1999 - 2000) e terceira geração (2001 -
2002).
Dentre os órgãos reguladores brasileiros, onde estão
inseridas as agências reguladoras, tem-se também o Banco
Central do Brasil (BACEN), que não foi criado a partir das
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privatizações ocorridas na década de 1990, mas sim, criado
em 1964, através da Lei nº 4.595, como uma autarquia
federal integrante do Sistema Financeiro Nacional (BACEN,
2014; apud MORAES, 2014).
Assim, como as agências reguladoras, o BACEN é um órgão
independente, vinculado ao Ministério da Fazenda, e dentre
suas competências estão as de autorizar, normatizar e
fiscalizar as instituições financeiras. O BACEN tem a missão
de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda
e um sistema financeiro sólido e eficiente (BACEN, 2022).
Atualmente o BACEN é responsável pela Resolução 4.909,
que será explicada ao longo desse ebook.
6
 O que é Marco Legal
das Garantias?
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 O que é Marco Legal das Garantias?
O Marco Legal da Garantias é um projeto de Lei (nº
4.188/21) que modifica o atual regramento legal de
garantias imobiliárias no Brasil, incluindo a hipoteca e
a alienação fiduciária. O projeto de lei cria o serviço de
gestão especializada de garantias, que tem como meta
tornar o uso de garantias para a concessão de créditos
mais eficiente, simples e seguro.
Durante sua participação no Construsummit 2022, José
Carlos Gama, Presidente do Conselho Jurídico (Conjur) e
Vice-Presidente Jurídico da CBIC, pontua que ‘’o projeto de
Lei do Executivo é de extrema importância para a sociedade
civil como um todo, por tratar de diversos assuntos, mas
que para o setor da construção civil dois pontos são
fundamentais: primeiro, a criação do sistema de gestão
especializada de garantias; e segundo, um aprimoramento
das regras dessas garantias’’.
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O projeto do ‘Marco Legal das Garantias de Empréstimos’
é o substitutivo do relator na Câmara, deputado João
Maia, do PL do Rio Grande do Norte. Para o site oficial
do Senado (senado.leg.br) João Maia ‘’argumenta que a
reformulação das normas que regulamentam as garantias
no Brasil é necessária para diminuir o risco de inadimplência
do devedor, contribuindo, dessa forma, para a redução do
custo do crédito’’.
A recuperação do crédito se tornou a tarefa mais incerta e
demorada atualmente. Pelo site oficial do Senado (senado.
leg.br), é possível saber que ‘’recupera-se apenas 14,6%
do valor das garantias no Brasil, contra 85,3% no Reino
Unido, 81,8% nos Estados Unidos. Esses dados indicam que
o tratamento atual dispensado ao tema das garantias pelo
ordenamento jurídico brasileiro necessita ser reformulado
para melhorar esses números, por conseguinte, reduzir os
juros pagos pelo tomador brasileiro’’.
8
 E, pensando em dividir as responsabilidades e
atividades de todo processo do mercado financeiro, a
proposta introduz, como grande mudança, a criação
do serviço de gestão especializada de garantias, reais
ou pessoais, as Instituições Gestoras de Garantias
(IGG).

Instituições Gestoras de Garantia (IGGs)

As Instituições Gestoras de Garantia (IGGs), serão

um serviço de gestão especializada de garantias,
dirigido por pessoas jurídicas de direito privado,
regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional
e cujo funcionamento é autorizado e supervisionado
pelo Banco Central.

Os principais objetivos das IGGs serão facilitar

a utilização, gestão, complementação e o
compartilhamento de garantias utilizadas para
realização de contratação de crédito com uma ou
mais instituições financeiras no país.

José Carlos Gama, da CBIC, explica que as IGGs

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 (Instituições Gestoras de Garantia), são instituições que
fazem a ponte entre os donos de imóveis e os agentes
financeiros. As IGGs irão avaliar os imóveis dados de
garantia nos empréstimos bancários, e com isso, negociarão
as condições de prazo e juros com os donos do imóvel e,
consequentemente, a pessoa que precisa do empréstimo.
Atualmente, os bancos fazem a avaliação do bem, dado
em garantia.
Como o serviço funcionará caso aprovado?
Toda operação do Marco Legal será feita pelas Instituições
Gestoras de Garantias (IGGs). Elas serão as pessoas jurídicas
responsáveis por constituir, utilizar, gerir e compartilhar
garantias das operações de crédito entre os devedores e
as instituições financeiras.
Com estas instituições, o foco é que o processo seja feito
mais facilmente. Ainda, quem vai regulamentar as IGGs é
o Conselho Monetário Nacional (CMN).
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Conforme o site da Conjur (conjur.com.br), ‘’para atuarem,
as IGGs precisam firmar um contrato de gestão com o
prestador da garantia. O projeto dispõe ainda sobre
os requisitos que devem estar previstos em contrato,
principalmente: valor máximo de crédito que poderá ser
vinculado à garantia, prazo de vigência e tipos de operação
expressamente autorizados pelo prestador da garantia,
inclusive em favor de terceiros’’.
As IGGs são regulamentadas pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), mas fica a cargo do Banco Central do
Brasil a supervisão e autorização das atividades das IGGS.
Em suma, e segundo o site do Santander (ape11.com.br) o
projeto de lei:
■ aprimora a alienação fiduciária e o instituto da hipoteca; 
■ prevê a execução de garantias com concurso de credores
e institui o agente de garantias; 
10
 ■ põe fim à impossibilidade de contratação de novos
créditos vinculados à mesma garantia imobiliária dada
em alienação fiduciária, ainda que perante o mesmo
credor;
■ trata da retirada de restrições à competição no sistema
financeiro, com a extinção do monopólio da Caixa
Econômica Federal sobre as operações de penhores
civis, além de permitir que a Letra Financeira passe a ser
utilizada como instrumento para sanear o mercado de
operações ativas vinculadas;
■ determina que os estados e os municípios podem utilizar
qualquer instituição financeira para fazer o pagamento de
professores e demais profissionais da área de educação,
mesmo que os recursos sejam oriundos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
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Alienação Fiduciária
O Projeto de Lei do Marco Legal da Garantias (nº 4.188/21)
pretende refinar os procedimentos de execução de alienação
fiduciária em garantia de um imóvel. Com o projeto, muda
as regras de intimação do devedor, aperfeiçoa a definição
da caracterização do preço vil, fixando critérios de valores
mínimos para arrematação em leilões (50%), além de criar
procedimentos para a execução de dívidas garantidas por
mais de um imóvel (lacuna da legislação atual). Se torna
permitido ainda a contratação e inclusão de novas dívidas
vinculadas a uma mesma garantia imobiliária, além das
regras relativas ao leilão extrajudicial e à exoneração de
credor, em caso de insuficiência do valor de alienação do
imóvel para fazer frente ao valor da dívida, serem alteradas.
11
 Hipoteca
As garantias hipotecárias dentro do projeto, buscam
voltar ao uso desse recurso como modalidade de garantia
de financiamento imobiliário. A opção pretende passar
por melhorias na segurança jurídica da sua execução
extrajudicial. A proposta passa por homogeneizar os
procedimentos da hipoteca com aqueles aplicados à
alienação fiduciária.
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Apenas para fins de esclarecimento, vamos deixar aqui a
explicação do Presidente do Conselho Jurídico (Conjur) e
Vice-Presidente Jurídico da CBIC, José Carlos Gama, sobre
a diferença entre Alienação Fiduciária e Hipoteca:
‘’Na Garantia Hipotecária, o imóvel que será dado em
garantia pertence ao devedor. Exemplo: o Gama quer
pegar o empréstimo em um banco X, ele já tem um imóvel
que é seu e dará ao banco a garantia da sua propriedade’’.
Efetivamente, se o Gama se tornar inadimplente, o banco
credor vai executar esta garantia, afinal ele está executando
12
 uma propriedade que não lhe pertence, ele está executando
a propriedade do devedor.
Já na Alienação Fiduciária, o dono proprietário do imóvel
transfere essa propriedade resolúvel para o agente credor.
Então, por que é que a propriedade é resolúvel? Porque
nesta ocasião a propriedade se divide em duas partes, direta
e indireta. Tem a propriedade direta, a qual o dono continua
utilizando. Mas a propriedade indireta já é transferida para
o agente financeiro, então, se o dono do imóvel se tornar
inadimplente, o agente financeiro notifica a pessoa, com
um prazo de pagamento, e caso o não pagamento ocorra,
o agente financeiro se torna dono total do imóvel.’’
Agente de Garantias
O ‘Agente de Garantia’ é a figura, que pode ser nomeado
pelos credores, como aquele que poderá constituir, levar a
registro, gerir e pleitear a execução de qualquer garantia,
designado para este fim pelos credores da obrigação
garantida, agindo em nome próprio e em benefício destes.
O Agente de Garantia poderá ser um dos credores ou
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qualquer terceiro, com possibilidade de ser substituído
a qualquer tempo, por decisão do credor individual ou
concurso de credores, observando o quórum de maioria
simples dos créditos garantidos, o que deve gerar maior
eficiência e profissionalização na gestão, registro e execução
das garantias (Cescon Barrieu, 2022).
Monopólio da Caixa Econômica Federal
O projeto de lei ainda elimina o monopólio da Caixa
Econômica Federal sobre o mercado de penhor civil.
Com isso, abre espaço para outras instituições financeiras
concorrentes atuarem nesse mercado.
O que o Marco Legal impacta no mercado
imobiliário?
O projeto de lei impacta no mercado imobiliário de forma
geral, mas, especialistas dizem que um dos principais
motivos é em relação ao Crédito com Garantia de Imóvel,
também conhecido de home equity.
13
 O home equity funciona da seguinte forma: uma pessoa,
ou empresa, vai até uma instituição financeira em busca
de crédito, e aceita ceder um imóvel quitado, e em seu
nome, à instituição como forma de garantia pelo crédito,
e somente após a quitação do empréstimo, é que o imóvel
volta a se tornar 100% da pessoa/empresa. até a operação
ser quitada.  CBIC diz que apenas haverá um encarecimento no valor
A maior vantagem dessa modalidade é que com o poder
nas mãos da instituição financeira, é possível a negociação
de taxas mais baixas e prazos mais longos. Por conta
disso, e por ter essa opção de uns juros mais baixos para
população, há chances do Home Equity se tornar uma
‘febre’ entre brasileiros, caso o projeto seja aprovado.
visto que antes existia credor e devedor, as empresas não
se adéquem com as IGGs mediando as relações entre os
credores e devedores.
Caso não haja um número significativo de instituições
se habilitando como IGGS, o Vice-Presidente Jurídico da
da taxa financeira, indo de encontro ao objetivo previsto
no projeto de Lei. Então, a expectativa de todos no setor,
que aguardam ansiosos pela aprovação da Lei 4.188, é que
instituições se adéquem e se tornem IGGS.

No entanto, para o Presidente do Conselho Jurídico (Conjur)

e Vice-Presidente Jurídico da CBIC, José Carlos Gama, fica
a questão ‘’quantas entidades privadas vão se habilitar
para funcionar como Instituto Gestor de Garantia?’’. José
afirma que a ideia é ‘’reduzir o curso do dinheiro’’, e que
preocupa o fato de entrando um novo ator no processo,

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 O Marco Legal
das Garantias
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e a Lei dos Cartórios
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 O Marco Legal das Garantias e a Lei dos Cartórios
O projeto de lei 4.188/2021, o novo Marco Legal das
Garantias, além de tudo visto nos tópicos anteriores neste
ebook, também destaca outros pontos que objetivam a
melhoria do ambiente para empréstimos e financiamentos.
Um deles é a Lei 14.382/2022, outra iniciativa do governo,
conhecida como MP dos Cartórios.
Durante sua participação no Construsummit 2022, o Vice-
Presidente Regional da CBIC, Aristóteles Passos Costa Neto,
falou que o objetivo principal da Lei 14.382/22, foi criar o
SERP, sendo um serviço eletrônico de registros públicos.
Conforme o especialista, ‘’esse serviço visa integrar todas
as serventias em uma plataforma única, ou seja, integrar
todos os cartórios do Brasil em um único sistema. E quando
falamos em cartório de registros, não falamos somente em
registros de imóveis, falamos de imóveis, documentos e
civil’’.
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Essa centralização foca em modernizar o sistema, dando
a possibilidade de ter online registros públicos de atos,
negócios jurídicos e consultas, além da unificação de
procedimentos e prazos, que antes tinham somente nas
comarcas.
Segundo o site da Gazeta do Povo (2022), ‘’o sistema prevê
interconexão e interoperabilidade das bases de dados dos
cartórios, permitindo, entre outros, o atendimento remoto
e o intercâmbio de documentos eletrônicos, restringindo as
peregrinações de quem precisava fazer deslocamentos para
conseguir documentos ou lavrar atos presencialmente’’.
Para Aristóteles Passos Costa Neto, a lei não vai beneficiar
somente o empresário incorporador, mas também ao
usuário comum do sistema. Para o Vice-Presidente
Regional da CBIC ‘’toda a sociedade se beneficia, porque
a instituição de um sistema eletrônico de registro público
16
 permite que todo cidadão possa acessar esses serviços
por meio da internet. Ou seja, para quem puder e souber
operacionalizar o sistema, deixa de frequentar o balcão de
um cartório. Isso esvazia o cartório’’.

Com isso, a sociedade passa a ter condições de acessar

diversos serviços burocráticos através da internet. E, por lá,
consegue protocolar e consultar títulos, registro e outras
coisas. Ao fim de sua fala no Construsummit, Aristóteles
relembra ‘’a vida será facilitada a partir dessa Lei 14.382/22,
esse é um dos motivos pelo qual ela é considerada um
Marco Regulatório do setor imobiliário’’.

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 O que é a
Resolução 4.909?
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 O que é a Resolução 4.909?
A Resolução nº 4.909, do Conselho Monetário Nacional
(CMN), de 27 de maio de 2021, altera a Resolução nº 4.676,
de 31 de julho de 2018, que dispõe sobre as condições
gerais e os critérios para contratação de financiamento
imobiliário pelas instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil e disciplina o direcionamento dos recursos captados
em depósitos de poupança.
Durante sua participação no Construsummit 2022, a
Líder de Clientes - Produtos Imobiliários na CERC, Juliana
Aguiar, explica a Resolução 4.909 de maneira objetiva
‘’a resolução equipara os recebíveis imobiliários a ativos
financeiros, e que para o ano que vem, para ser dado em
garantia de operações de crédito, esses ativos precisam
estar registrados em uma IMF, que é uma infraestrutura de
mercado, como a CERC’’.
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Segundo o ebook da CERC e do Sienge, ‘’Resolução
4.909: entenda os impactos e conheça as oportunidades a
partir de janeiro de 2023’’, a resolução passa a obrigar os
desenvolvedores imobiliários (Incorporadoras e Loteadoras)
a registrarem as unidades e contratos de compra e venda
de empreendimentos imobiliários em uma registradora,
para poderem ser dados em garantia aos Financiadores.
‘’Com isso, o mercado imobiliário será fomentado, gerando
novas possibilidades, ou seja, melhorando o acesso ao
crédito e oferecendo segurança a todo o setor. Além
disso, o registro dos Recebíveis Imobiliários ganhará mais
relevância no mercado por trazer novas possibilidades
com a ampliação e descentralização da oferta de crédito
para o setor da construção civil e moradias. Todos os
desenvolvedores precisam se adequar a norma até o dia
1 de janeiro de 2023, para conseguirem contratar o Plano
Empresário’’ (ebook ‘’Resolução 4.909: entenda os impactos
e conheça as oportunidades a partir de janeiro de 2023’’)
19
 Para Juliana Aguiar, Líder de Clientes - Produtos Imobiliários
na CERC, a resolução vai além de resolver o problema
do incorporador e do financiador, ‘’ela traz o comprador
da unidade para ser parte desse processo, para trazer a
publicidade sobre a sua aquisição, sobre o seu fluxo de
pagamento e, principalmente, traz consciência para ele a
respeito do gravame, da hipoteca e que aquele processo
de garantia, não é um processo problemático para ele,
de que ele não precisa se preocupar com a hipoteca e
com a alienação fiduciária dos recebíveis decorrentes do
contrato que ele firmou com aquela unidade, que ele pode
ficar confortável, com financiamento, a obra vai andar
e que o recurso, se destinado ao local correto, para a
Incorporadora, ou pro domicílio do financiador, a evolução
da obra vai seguir seu curso, o financiador vai receber o
seu pagamento pelo financiamento daquele projeto, e a
chance é muito mais promissora de que tudo dê certo,
que os prazos se cumpram e que os entregáveis sejam
entregues e ele receba a unidade que ele tanto espera
para morar, o que ele espera para construir’’.
IR PARA O ÍNDICE EBOOK AMBIENTE REGULATÓRIO: CONHEÇA AS NOVAS LEGISLAÇÕES, MARCO LEGAL DAS GARANTIAS E RESOLUÇÃO 4909
Saiba mais sobre a Resolução, seus impactos, oportunidades
e como se preparar para as mudanças, no ebook gratuito feito
pela CERC, em parceria com o Sienge, acessando: https://
www.sienge.com.br/os-impactos-e-oportunidades-
da-resolucao-4909/
O impacto da Resolução 4.909 no mercado
imobiliário
A resolução consegue beneficiar todas as linhas de
financiamento que o setor imobiliário trabalha, uma vez que
com mais informações disponíveis para os financiadores,
eles atuem com mais segurança para conceder empréstimos
e tenham a possibilidade de abrir novas oportunidades,
focadas nos perfis ideais de cada desenvolvedor imobiliário
(Incorporadoras e Loteadoras). Por conta disso, é possível
que haja uma maior oferta de imóveis.
Durante sua participação no Construsummit 2022, a Líder
de Clientes - Produtos Imobiliários na CERC, Juliana Aguiar,
20
 elencou os principais pontos de impactos e oportunidades
da Resolução 4.909, são eles:
■ Padronização de dados;
■ Visibilidade e destaque aos projetos bem geridos
(empoderamento do empreendedor organizado e
transparente);
■ Compradores sendo o principal vetor de auditoria
(empoderamento do cliente);
■ Domicílio bancário preservado pela informação segura
e transparente;
■ Ampliação da oferta de crédito para o setor da construção
civil habitacional;
■ Os bancos terão mais segurança para crédito aos
incorporadores menores, pois terão visibilidade do
projeto que estão financiando e transparência dos
IR PARA O ÍNDICE EBOOK AMBIENTE REGULATÓRIO: CONHEÇA AS NOVAS LEGISLAÇÕES, MARCO LEGAL DAS GARANTIAS E RESOLUÇÃO 4909
recebíveis dados em garantia, passa a ser mais ‘’project
finance’’ do que ‘’corporate finance’’;
■ Descentralização da oferta de crédito, ampliando o
desenvolvimento habitacional para além do Sudeste
(em especial São Paulo).
Para a especialista, agora é preciso que todas Incorporadoras
se organizem e aprendam a lidar com as novas obrigações
da Norma, para poderem se beneficiar de todas as
oportunidades que a Resolução 4909 vai trazer para o
mercado imobiliário num todo e para todo o ecossistema.
Para Juliana, com a Resolução, é possível ‘’a gente se
aprimorar e conseguir fomentar com mais velocidade e com
mais democracia os recebíveis, que estão espalhados por
todo o país, recebíveis de qualidade, de empresários sérios
que estão desenvolvendo suas regiões e que, por muitas
vezes, por falta de conectividade, não tem a oportunidade
de fazer o uso dos seus ativos de forma adequada para
fomentar o seu negócio’’.
21
 Referências
Alessandra Beine Lacerda, Gerente de Projetos da Comissão da Indústria
Imobiliária e HIS, na Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Aristóteles Passos Costa Neto, Vice-Presidente Regional da CBIC, na
palestra ‘’Lei 14.382/2022 e os impactos nos registros de imóveis’’
durante o Construsummit.
Ape 11. Uma empresa Santander. Acessado em novembro de 2022.
https://www.ape11.com.br/o-que-e-o-marco-legal-das-garantias/
BACEN. Acessado em novembro de 2022. https://www.bcb.gov.
br/acessoinformacao/legado?url=https:%2F%2Fwww.bcb.gov.
br%2Fpre%2Fsobre%2Fpestrategico.asp
Cescon Barrieu. Acessado em novembro de 2022. https://www.
cesconbarrieu.com.br/cesconbarrieuinsights/novo-marco-legal-
das-garantias
Ebook Sienge ‘’Resolução 4.909: entenda os impactos e conheça as
oportunidades a partir de janeiro de 2023’’. Acessado em novembro de
2022. https://www.sienge.com.br/os-impactos-e-oportunidades-
da-resolucao-4909/
Erika Calheiros, Gerente de Projetos do Conselho Jurídico Conjur, na
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
IR PARA O ÍNDICE EBOOK AMBIENTE REGULATÓRIO: CONHEÇA AS NOVAS LEGISLAÇÕES, MARCO LEGAL DAS GARANTIAS E RESOLUÇÃO 4909
Gazeta do Povo. Acessado em novembro de 2022. https://www.
gazetadopovo.com.br/economia/como-novas-regras-cartorios-
garantias-podem-baixar-juros-facilitar-negocios/
Gov.br. Acessado em novembro de 2022. https://in.gov.br/web/dou/-/
resolucao-cmn-n-4.909-de-27-de-maio-de-2021-322967965
Juliana Aguiar, Líder de Clientes – Produtos Imobiliários na CERC, na
palestra ‘’Resolução 4909: impactos, oportunidades e como se preparar’’
durante o Construsummit.
José Carlos Gama, Presidente do Conselho Jurídico (Conjur) e Vice-
Presidente Jurídico da CBIC, na palestra ‘’Como o novo Marco Legal de
Garantias impacta o setor imobiliário’’ durante o Construsummit.
MORAES, Eliene Aparecida, 2012. Acessado em novembro de 2022.
http://ppgcont.unb.br/images/PPGCCMULTI/mest_dissert_278.
pdf
Senado. Acessado em novembro de 2022. https://www12.senado.
leg.br/radio/1/noticia/2022/06/03/aprovado-na-camara-marco-
legal-das-garantias-de-emprestimos-ja-esta-no-senado
22
 SOBRE O AUTOR

Giovanna Pavan C. Franco

Jornalista de formação, atualmente Copywriter no Marketing do Sienge. Também possui

graduação em Gestão de Pessoas, mas não exerce a profissão. Possui experiência em
agência, rádio, criação de materiais ricos (como ebooks) e treinamento para equipes.

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 SOBRE O SIENGE
O Sienge é o maior ecossistema tecnológico da indústria da construção.

É desenvolvido pela Softplan, está no mercado em contínua evolução

há 32 anos e atende mais de 5 mil clientes.

O Sienge facilita o cotidiano de construtoras e incorporadoras através

de uma plataforma altamente tecnológica e especializada na cadeia da
construção, que soluciona e otimiza as diversas rotinas das empresas do
setor através da transformação digital.

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