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UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS

DISCIPLINA: DIREITOS REAIS I

PROFESSORA: RITA CORREIA SEBASTIÃO

SUMÁRIO: CAMPO DE ACTUAÇÃO DOS DIREITOS REAIS: (âmbito de aplicação, Direitos Reais como Ramo
de Direito Civil e a Autonomia dos Direitos Reais). CORRESPONDENTE ÀS AULAS (resumidas) QUE
SERIAM APLICADAS NOS DIAS 27 E 31 DO MÊS DE MARÇO/2020.

OBJECTIVO DOS SUMÁRIOS: Tem por objectivo levar ao entendimento do


estudante o enquadramento desta disciplina, relativamente ao campo de
aplicação e de actuação dos Direitos Reais na vida prática.

ENQUADRAMENTO:
O curso de direito civil é uno, o Direito Patrimonial, que se divide em
direito obrigacional (a maior fonte de obrigação é o contrato) e
Direito Real (propriedade é o principal direito real).
Nos Direito das Obrigações, nós estudamos as relações dos homens
entre si. Nos Direitos Reais, nós estudamos a “relação” dos homens
com as coisas, sempre movido por interesse económico. Desse
relacionamento económico, com as pessoas e com as coisas, forma-
se um património ao longo de nossa vida, que será transferido aos
nossos herdeiros após nossa morte, de acordo com as regras do
Direito das Sucessões. O interesse económico está em todas essas
relações.
O Direito de Família é o menos patrimonial de todas os ramos do
Direito Civil.
Em suma, o Direito Patrimonial é o campo do Direito Civil onde as
pessoas se relacionam entre si, através dos contratos, e onde as
pessoas se “relacionam” com as coisas, adquirindo propriedade,
com o objectivo de formar um património, que será transferido aos
herdeiros após a morte.
No direito patrimonial predomina a autonomia privada, onde a
liberdade dos particulares é grande, não há a presença marcante do
Estado. É permitido fazer tudo o que a lei não proíbe,
diferentemente do direito público (Administrativo - onde só se faz o
que a lei permite). 
AUTONOMIA

O direito real autonomizou-se no direito romano, e assim foi se


sucedendo, primeiro na idade média a seguir no renascimento e por
último no século XIX e depois a influência determinante de Savigny
em 1840, a que se seguiram os trabalhos da pandectística alemã.

É um ramo autónomo porque possui princípios e características


próprias, tem um objecto específico, segundo a doutrina maioritária
tem como objecto uma coisa corpórea.

DIREITOS REAIS C/RAMO DE DIREITO CIVIL

D. R. constituem um ramo de direito privado, incide sobre os


direitos patrimoniais, isto desde a repartição histórica do direito
romano: Direito das Obrigações, Direitos Reais, Direito da Família e
Direito das Sucessões.

É direito privado porque o aproveitamento de uma coisa corpórea


por um sujeito vem regulado debaixo dos princípios da igualdade e
da liberdade e não da autoridade (ius imperi) e da competência.

Dentro do direito privado, direitos reais é direito geral ou comum


contrapõe-se o direito especial ou excepcional.

O direito das coisas ou direitos reais uma das divisões do direito


civil, dedicado a coordenar as relações jurídicas dos homens sobre
as coisas e suas formas de sua utilização. O direito das coisas, bem
como os direitos pessoais/créditos estão inseridos na categoria dos
direitos patrimoniais.

Antes, é fundamental definir os conceitos de “coisa” e “bem” para a


matéria: todos os bens são considerados coisas, mas nem todas as
coisas são bens. Bem é toda espécie de coisa que possa ter
utilidade ao homem, que corresponda aos seus desejos. O direito
das coisas, então, é a expressão jurídica do estado das coisas
objecto de propriedade.

A partir daí a matéria se concentrará em todas as dimensões


possíveis desta relação entre coisas e homens. Certamente, o mais
importante conceito nesta área é o da posse, a qual pode ser real
ou presumida.
Como visto, este direito afecta directa e imediatamente a coisa sob
todos os aspectos e a acompanha em poder de quem a detenha,
naquilo que é chamado direito de preferência, que é um direito
subjectivo. Todas as demais pessoas estão obrigadas, sem
distinção, a não praticar acto que turbe o titular na utilização de seu
direito.

O exercício da propriedade em sua plenitude contém diversos


componentes, entre eles o uso e o usufruto. São elementos que
podem ou não estar reunidos nas mãos do proprietário, pois o
direito os considera como susceptíveis de se constituírem em
objecto próprio, destacável.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Enquanto o direito das obrigações visa disciplinar a dinâmica


patrimonial propiciando a mobilidade do circuito económico. Os
direitos reais visam disciplinar a estática patrimonial isto porque não
é através dos D.R que se processa as trocas dos bens nem a
cooperação de pessoas. Os Direitos Reais visam disciplinar a
utilização dos bens.

Os Direitos Reais regulam as situações prévias e sucessórias da


qualidade de proprietário, ou seja, os D.R. regulam as situações
prévias e posteriores da movimentação dos bens.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
GOMES, Orlando. Direito das Coisas. Actual.
ALBERTO, José Vieira - Direitos Reais de Angola.
A. Santos Justo – Direitos Reais,
Duarte, Rui Pinto – Curso de Direitos Reais.
Carvalho Fernandes – Direitos Reais.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. Direito das coisas. São Paulo:
Atlas. V. 5.

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