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TRIBUNAIS
PAULO LÉPORE E MPU
Coordenador
HENRIQUE CORREIA
DIREITO
CONSTITUCIONAL
PARA OS CONCURSOS DE TÉCNICO E ANALISTA DE
TRIBUNAIS E MPU
8ª
EDIÇÃO
revista,
atualizada e
ampliada
2022
Capítulo II
Princípios fundamentais,
direitos fundamentais
e direitos e deveres
individuais e coletivos
Sumário: 1. Princípios fundamentais; 1.1. Fundamentos da República Federativa do Brasil ; 1.2. Poderes
da União ; 1.3. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil ; 1.4. Princípios que regem a Re-
pública Federativa do Brasil em suas relações internacionais – 2. Direitos fundamentais – 3. Tribunal Penal
Internacional – TPI – 4. Direitos e deveres individuais e coletivos – 5. Ações constitucionais ou remédios
constitucionais; 5.1. Habeas corpus; 5.2. Mandado de segurança individual; 5.3. Mandado de segurança
coletivo; 5.4. Mandado de injunção; 5.5. Habeas data; 5.6. Ação popular – 6. Questões discursivas – 7.
Questões comentadas – 8. Questões objetivas para treinar
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Os princípios fundamentais compõem o Título I, da Constituição Federal, que
abrange os artigos 1º a 4º.
Cada um desses quatro artigos introdutórios à CF tem o seu papel, compondo
categorias de valores constitucionais.
O art. 1º, caput, da CF, versa sobre os fundamentos da República Federativa do
Brasil.
Já o art. 2º da CF enuncia a separação de Poderes.
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Nesse ponto, merece destaque a lição de Uadi Lammêgo Bulos: “Veja-se que,
em rigor, o poder político é uno e indecomponível. Por isso, quando falamos em
separação de Poderes estamos nos reportando a uma separação de funções estatais,
conferidas a órgãos especializados para cada atribuição”.1
Para auxílio na tarefa de memorização dos objetivos da RFB, trazemos mais uma
expressão mnemônica: CO-GA-ERRA-PRO.
1. BULLOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 396.
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2. DIREITOS FUNDAMENTAIS
Os direitos e garantias fundamentais estão formalmente alocados nos artigos 5º
a 17, que compõem o Título II da Constituição Federal.
Denominam-se direitos fundamentais os direitos humanos que são positivados
nas Constituições.
2. Trata-se de uma metáfora baseada no uso do verbete francês cliquet por praticantes de alpinismo.
A expressão designa situações fáticas de um percurso técnico em que somente é possível avançar,
subir.
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3. A esse respeito vale destacar julgado do STF, “Sem prejuízo da supremacia da Constituição sobre os
tratados e convenções internacionais, a norma convencional internacional em vigor e aplicável no
Brasil e que disponha acerca de direitos humanos, não tendo sido objeto de processo legislativo
que a equiparasse a emenda constitucional (art. 5º, § 3º, da CF, nos termos da EC 45/04), tem força
jurídico-normativa suficiente para restringir a eficácia e indiretamente obstar a aplicabilidade da
norma constitucional paradigma, gozando de status supralegal. (RE 466.343, julgado em 2008 e relatado
pelo Ministro Cezar Peluso).
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Apesar de não estar alocado no título relativo aos direitos fundamentais, vale
destacar o conteúdo do art. 109, § 5º, da CF: “Nas hipóteses de grave violação de
direitos humanos, o Procurador Geral da República, com a finalidade de assegurar
o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos
humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal
de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento
de competência para a Justiça Federal”. (grifos nossos)
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43. Nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei 9.507/97: “Considera-se de caráter público todo registro
ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou
que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações”.
44. O habeas data também não se presta para obtenção de vista em processo administrativo, consoante
posicionamento do STF: “A ação de habeas data visa à proteção da privacidade do indivíduo contra
abuso no registro e/ou revelação de dados pessoais falsos ou equivocados. O habeas data não se
revela meio idôneo para se obter vista de processo administrativo”. (HD 90-AgR, julgado em 2010 e
relatado pela Ministra Ellen Gracie).
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f ATENÇÃO!
A ação popular tem objeto restrito à anulação de ato lesivo ao patrimônio público
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Portanto, ela não se presta a nenhum
outro objetivo!
Vale anotar que, nos casos de ação popular movida contra o Presidente da Re-
pública, a competência originária para o seu julgamento não é do Supremo Tribunal
Federal, pois não há previsão no art. 102 da CF, que conta com rol taxativo (regime
de direito estrito). Nesse sentido, a jurisprudência do STF: “A competência para
julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente
da República, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau. Precedentes.
Julgado o feito na primeira instância, se ficar configurado o impedimento de mais
da metade dos Desembargadores para apreciar o recurso voluntário ou a remessa
obrigatória, ocorrerá a competência do STF, com base na letra n do inciso I, segun-
da parte, do art. 102 da CF”. (AO 859-QO, julgado em 2001 e relatado pelo Ministro
Maurício Corrêa).
Por fim, registramos que a ação popular está regulamentada infraconstitucio-
nalmente pela Lei 4.717/65.
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6. QUESTÕES DISCURSIVAS
(MPE-SP – Promotor de Justiça - SP/2008) Aponte, de forma sucinta, as principais
controvérsias sobre a hierarquia normativa dos tratados internacionais de direi-
tos humanos antes e depois da Emenda Constitucional 45/2004. Atualmente qual
é a orientação predominante no STF? Já houve aplicação concreta da nova regra
constitucional pelo Poder Legislativo? Exemplifique.
RESPOSTA
Segundo o art. 5º, § 3º, da CF, incluído no texto constitucional pela EC 45/2004: “os trata-
dos e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”. Nesse sentido, os tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos que se submeterem a esse processo
de incorporação terão força de norma constitucional.
Esse novo trâmite já foi concretamente aplicado para a incorporação ao ordenamento
jurídico brasileiro da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Defi-
ciência, aprovada pelo Congresso Nacional em 2008 e promulgada pelo Presidente da
República em 2009 que goza, pois, de status constitucional.
O grande problema é que, antes da inclusão do § 3º ao art. 5º da CF, o Brasil já havia in-
corporado inúmeros tratados de direitos humanos. Assim, restou a dúvida: qual seria o
status normativo dos tratados aprovados antes e, portanto, sem a observância do novo
procedimento de incorporação?
No bojo do RE 466.343 e do HC 87.585, julgados em 2008, que tinham como objeto a prisão
civil de depositário infiel, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou decidindo que, os trata-
dos internacionais sobre direitos humanos que foram incorporados sem a observância da
regra do art. 5º, § 3º, da CF, gozam de status supralegal, ou seja, valem menos do que as
normas constitucionais, mas são superiores a quaisquer outras normas infraconstitucionais.
(FGV – XIX Exame Unificado - 2016) A Associação Antíqua, formada por coleciona-
dores de carros antigos, observando que Mário, um de seus membros, suposta-
mente teria infringido regras do respectivo Estatuto, designou comissão especial
para a apuração dos fatos, com estrita observância das regras estatutárias. A
Comissão, composta por membros de reconhecida seriedade, ao concluir os
trabalhos, resolveu propor a exclusão de Mário do quadro de sócios, o que foi
referendado pela Direção da Associação Antíqua.
Questionada por Mário sobre o fato de não ter tido a oportunidade de contradi-
tar os fatos ou apresentar defesa, a Associação apresentou as seguintes alega-
ções: em primeiro lugar, não seria possível a Mário contraditar os fatos ocorri-
dos, já que as provas de sua ocorrência eram incontestáveis; em segundo lugar,
os trâmites processuais previstos no Estatuto foram rigorosamente respeitados;
em terceiro lugar, tratando-se de uma instituição privada, a Associação Antíqua
tinha plena autonomia para a elaboração de suas regras estatutárias, que, no
caso, permitiam a exclusão sem oitiva do acusado. Por fim, a Associação ainda
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RESPOSTA
A) Sim, o direito à ampla defesa e ao contraditório pode ser alegado, mesmo sem pre-
visão estatutária para tanto. Tal direito encontra fundamento no art. 5º, inciso LV, da CF,
e pode ser objeto de tutela em relações privadas, visto que a garantia do contraditório
e da ampla defesa é decorrente do devido processo legal e, portanto, é preceito de
ordem pública. Assim, deve ser observado mesmo em relações de âmbito particular.
Justifica-se a observância desse preceito com base na eficácia horizontal dos direitos
fundamentais, entendimento segundo o qual os direitos fundamentais não apenas de-
vem ser respeitados nas relações indivíduo-Estado, mas também nas relações indivíduo-
-indivíduo. A eficácia horizontal é, portanto, o que vincula os particulares em relações
privadas, decorrente do reconhecimento de que não apenas na relação indivíduo-Esta-
do existem assimetrias, mas também nas relações indivíduo-indivíduo.
B) O estatuto da Associação Antígua não pode estabelecer regra que afaste a apreciação
da causa pelo Poder Judiciário, porque constitui direito e garantia fundamental contido
no texto constitucional, positivado no art. 5º, inciso XXXV, da CF: “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
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maior razão, diploma normativo sublegal certamente também não poderá fazê-lo.
Acrescente-se que o dispositivo em referência tem natureza de direito fundamental, o
que aumenta ainda mais sua densidade normativa.
RESPOSTA
A) Sim, é possível invocar um direito fundamental em demanda movida contra particular.
Em primeiro lugar cumpre salientar duas características dos direitos fundamentais que
devem ser levadas em consideração no caso em questão: universalidade e essencialida-
de. Esta se refere à inerência dos direitos fundamentais aos seres humanos, destacan-
do-se sua dignidade. Aquela diz respeito ao fato de os direitos fundamentais alcançarem
todos os seres humanos, sem distinção. Portanto, considerando essas características, é
perfeitamente possível que Morales ingresse com demanda em face da emissora brasi-
leira, ainda que seja cubano, posto que, de acordo com a interpretação dada pelo STF
ao caput do art. 5º da CF, os estrangeiros também são titulares de direitos fundamentais
no Brasil. Em segundo lugar, mesmo que seja uma demanda contra um particular, é
possível invocar um direito fundamental com base na teoria da eficácia horizontal dos
direitos fundamentais. Além da eficácia vertical, entendida como aquela que vincula o
Poder Público aos direitos fundamentais, a doutrina também reconhece a existência
da eficácia horizontal, como sendo a que vincula os particulares em relações privadas,
decorrente do reconhecimento de que não apenas na relação indivíduo-Estado existem
assimetrias, mas também nas relações indivíduo-indivíduo. A eficácia horizontal dos
direitos fundamentais se fundamenta na dimensão objetiva dos direitos fundamentais,
que exige a proteção do Estado em caso de ameaça aos direitos (verticalidade), ameaça
esta que pode ser decorrente de atos de particulares (horizontalidade).
B) Não, o argumento da defesa é completamente equivocado. Os direitos individuais têm
aplicação imediata, e, portanto, eficácia direta e independente de legislação infracons-
titucional, consoante art. 5º, § 1º, da CF.
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A) Deve ser respondido que é possível a demanda, explicando o que vem a ser eficácia
horizontal dos direitos fundamentais, bem como esclarecendo que esta eficácia horizon-
tal decorre da dimensão objetiva dos direitos fundamentais.
B) Não é correto o argumento da defesa. Os direitos individuais, nos termos do Art. 5º, §
1º, da Constituição Federal, têm aplicabilidade imediata, prescindindo de edição de nor-
ma regulamentadora, salvo quando a própria Constituição assim o exigir expressamente.
7. QUESTÕES COMENTADAS
COMENTÁRIOS
Alternativa “a” (responde todas as alternativas): Segundo disposição do art. 5º, XVI:
“XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anterior-
mente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente;”. Ao fazer requerimento, o grupo de pais estava pedindo autorização, o
que é desnecessário segundo o texto constitucional. O correto seria fazer prévio aviso,
a fim de não frustrar outra reunião. Logo, o instrumento utilizado pelo grupo de pais
foi inadequado. Vale ainda observar que a autoridade agiu corretamente, pois já havia
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo horário e local.
Alternativa correta: “a”.
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Alternativa “e”. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (art. 5º, LX, da CF).
02. (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 2/2018) Considere que trata-
do internacional que veda a prisão civil do depositário infiel seja aprovado em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros. À luz das disposições da Constituição Federal, trata-
-se de tratado
(A) incompatível com o direito brasileiro, uma vez que não poderia vedar a prisão
civil do depositário infiel, já que prevista na Constituição Federal.
(B) incompatível com o direito brasileiro, apenas porque teria sido aprovado atra-
vés de procedimento não previsto no texto constitucional, embora no mérito
não haja óbice à vedação de prisão civil do depositário infiel.
(C) compatível com o direito brasileiro no que toca ao procedimento adotado para
a sua aprovação, mas incompatível ao vedar a prisão civil do depositário infiel,
já que prevista na Constituição Federal.
(D) incompatível com o direito brasileiro no que toca ao procedimento de aprova-
ção, mas compatível ao vedar a prisão civil do depositário infiel, por se tratar
de norma de direito fundamental mais protetiva do que aquela acolhida no
texto da Constituição Federal.
(E) compatível com a Constituição Federal no que toca ao procedimento adotado
para a sua aprovação, ademais de não haver óbice material à vedação da
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(Cespe / Técnico do MPU / MPU / 2018) Com base nas disposições constitucionais
acerca de princípios, direitos e garantias fundamentais, julgue o item a seguir.
05. (Consulplan – Técnico Judiciário – Sem Especialidade – TRF 2 – 2017) “Iliel e Anel
travaram intenso debate a respeito da relevância da distinção, para a República
Federativa do Brasil, do conceito de nacionalidade, em especial sob o prisma
da fruição de direitos e garantias individuais. Para Iliel, os direitos e garantias
individuais são privativos dos brasileiros, natos ou naturalizados. Anel, por sua
vez, acresceu que somente quem tem direitos políticos possui direitos e garantias
individuais.” À luz do disposto na Constituição da República, é correto afirmar que
a) somente a afirmação de Iliel está incorreta.
b) as afirmações de Iliel e Anel estão totalmente incorretas.
c) somente a afirmação de Anel está incorreta.
d) as afirmações de Iliel e Anel estão totalmente corretas.
06. (FGV – Técnico Judiciário– Área Administrativa – TRT 7/2017) Osmar estava em sua
residência e foi informado de que deveria permitir a entrada de um policial que
estava portando um mandado judicial de busca e apreensão, a ser cumprido
justamente em sua residência. À luz da sistemática constitucional, é correto afir-
mar que o ingresso na residência de Osmar, sem o seu consentimento, para o
cumprimento do referido mandado:
(A) poderia ocorrer em qualquer dia ou horário;
(B) deveria ocorrer em certo horário, que deve ser indicado pela autoridade judicial;
(C) deveria ocorrer à noite, se autorizado pela autoridade judicial;
(D) não poderia ser realizado à noite, ainda que Osmar seja muito perigoso;
(E) não poderia ocorrer no final de semana.
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07. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 23/2016) Um grupo de populares
sem vinculação partidária avisou previamente as autoridades administrativas
competentes a respeito da manifestação pública que pretendem realizar, in-
formando o dia, a via pública a ser utilizada para tanto e o horário do evento.
Após ter sido dada publicidade a essa manifestação pelas redes sociais, partido
político organizou a realização de um comício no mesmo dia, local e horário da
aludida manifestação, sem, no entanto, comunicar o fato às autoridades admi-
nistrativas competentes. Considerando o texto constitucional,
a) a realização da manifestação e do comício pode ser impedida pela autoridade
administrativa competente, por falta de autorização prévia, requisito expressa-
mente previsto pela Constituição Federal para que seja garantido o exercício da
liberdade de reunião.
b) a autorização prévia dada pela autoridade administrativa competente não é
requisito para o exercício da liberdade de reunião, sendo que a realização do
comício pode ser impedida pela autoridade competente caso o comício frustre
a realização da manifestação anteriormente convocada para o mesmo local.
c) caso haja incompatibilidade de realização da manifestação e do comício, a ma-
nifestação deve ser impedida pela autoridade competente em benefício do
comício político, uma vez que as manifestações públicas de partidos políticos
devem prevalecer sobre as demais.
d) deve ser garantida pela autoridade administrativa competente a realização da
manifestação e do comício, ainda que o comício possa frustrar a manifestação,
uma vez que a Constituição Federal assegura a liberdade de reunião sem exigir
o prévio aviso à autoridade competente.
e) a autoridade administrativa competente não pode interferir na realização do
comício, nem da manifestação, ainda que o comício frustre a manifestação, uma
vez que todos têm direito de exercer a liberdade de reunião em lugares abertos
ao público e para fins pacíficos.
08. (FCC – Analista Judiciário – OJAF – TRT 20/2016) Fausto, empregado da empresa X,
exerce a função de operador de máquinas. Na semana passada, seu chefe hie-
rárquico, chamou todos os empegados no pátio da fábrica e ofereceu bananas
aos macacos que não estavam atingindo as metas, apontando como exemplo
Fausto. Fausto, sentiu-se humilhado e chegando em sua residência, consultou a
Constituição Federal sobre a prática de racismo e verificou que a Carta Magna
a) prevê dentre os direitos sociais que a prática de racismo constitui crime inafian-
çável, mas prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
b) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de ra-
cismo constitui crime inafiançável, mas prescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei.
c) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de ra-
cismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei.
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