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Processamento de Rações
Edilson Rezende Cappelle
Técnico em Zootecnia
Rio Pomba-MG
2013
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público,
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a
Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as
universidades e escolas técnicas estaduais e federais.
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etecbrasil@mec.gov.br
Indicação de ícones
1 – Introdu•‚o .........................................................................................................06
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1 - Introdu•‚o
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2 - Conceitos Importantes
2.1 - Alimentos
2.2 - Nutrientes
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Estas substŠncias podem ser de car„ter essencial ou n‚o, dependendo
do animal e ou est„gio de vida a qual o mesmo se encontra.
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2.2.2 - Prote‡na: s‚o macromol…culas complexas, coloidais e de alto
peso molecular, presentes em todas as c…lulas vivas, portanto, essencial • vida
do animal, com uma alta porcentagem de amino„cidos, sendo depois da „gua,
os compostos mais abundantes no corpo dos animais.
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2.2.5 - Minerais: Os minerais fazem parte de outro grupo de nutrientes,
sendo tamb…m de fundamental importŠncia para o funcionamento e ocorr†ncia
correta das rea•ƒes ocorridas no organismo animal.
Macrominerais em (g)
Ca – C„lcio Mg – Magn…sio
P – FŒsforo K – Pot„ssio
Na – SŒdio S - Enxofre
Cl – Cloro
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- Enxofre: Faz parte da estrutura de algumas prote‡nas, sendo
importante para a forma•‚o das cartilagens. Os alimentos tradicionais j„
cont†m quantidade suficientes para suprir as necessidades dos animais.
Microminerais em (mg)
Co – Cobalto Mn – Mangan†s
Cu – Cobre Se – Sel†nio
Fe – Ferro Zn – Zinco
I – Iodo
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- Iodo: Importante para a forma•‚o de hormŽnios reguladores do
metabolismo. As principais fontes s‚o o iodeto de pot„ssio e iodato de
pot„ssio.
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Para que se tenha ideia de sua importŠncia, a mesma al…m de garantir o
meio aquoso necess„rio para ocorr†ncia das rea•ƒes qu‡micas, participa do
processo de termorregula•‚o (controle da temperatura, pois recebe grande
quantidade de calor e n‚o deixa a temperatura do corpo aumentar), participa
do controle „cido-b„sico do organismo (controle do pH celular), … essencial
para a excre•‚o de res‡duos, transporte de substŠncias e nutrientes no interior
do organismo.
A „gua deve ser fornecida limpa, fresca e a vontade (ad libidum) aos
animais, sendo esta de qualidade conhecida sempre a uma temperatura
agrad„vel, a fim de desempenhar suas fun•ƒes no organismo animal.
2.3 - Aditivos
2.4 – Concentrado
2.5 – Ra•‚o
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2.6 - Ra•‚o
2.7 – Dieta
2.8 – Nutri•‚o
2.11 - Car„ncia
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C.A. = Consumo de Alimento (kg) / Unidade de Produto Animal
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3 – Classifica•‚o dos Alimentos
S‚o os que cont†m mais de 18% de fibra bruta (FB) na mat…ria seca e
englobam forrageiras secas e grosseiras (fenos e palhas), pastagens
cultivadas, pastos nativos, forrageiras verdes e silagens.
S‚o os que possuem menos de 18% de fibra bruta (FB) e podem ser
divididos em dois grandes grupos:
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Figura 2 – Classifica•‚o dos Alimentos
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4 - Principais Alimentos utilizados na
Formula•‚o de Ra•†es e Concentrados
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formula•ƒes das ra•ƒes, deve ser encaminhado ao laboratŒrio para realizar as
an„lises de sua composi•‚o qu‡mica, bromatolŒgica, determina•‚o de mat…ria
seca (MS), prote‡na bruta (PB), amino„cidos, extrato et…reo (EE), fibra bruta
(FB), cinzas, minerais e energia bruta (EB). Deve-se tamb…m realizar o controle
de qualidade do alimento, por exemplo, verificar a presen•a de fatores
antinutricionais e qualidade da prote‡na por meio de testes in Vitro e an„lises
laboratoriais.
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4.2 – Alimentos mais comuns utilizados na Fabrica•‚o de Ra•‚o
para Animais
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produzida pelo Aspergillus flavus que se desenvolve entre a casca e a
semente do amendoim.
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11)Farelo de arroz integral: … proveniente do beneficiamento do arroz para
o consumo humano, sendo constitu‡do pelos tegumentos que envolvem
o gr‚o que s‚o removidos no processo de beneficiamento. • de grande3
importŠncia na alimenta•‚o animal quando … estabilizado com
antioxidantes, devido ao alto teor de gorduras. A composi•‚o nutritiva
varia em fun•‚o da maior ou menor quantidade de cascas.
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Estocar a cana por um per‡odo m„ximo de 3-4 dias apŒs a
colheita e armazena-la • sombra.
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caracteriza adultera•‚o. A prote‡na varia de 55 a 65 % e sua cor …
dourada a marrom, com densidade de 545 a 593 kg/m3.
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conteˆdo digestivo, exceto em quantidades que podem ser admitidas
nas boas praticas de processamento. A umidade … removida no
cozimento convencional. O produto obtido … vermelho escuro tendendo
a preto, insolˆvel em „gua. O m…todo de secagem do sangue …
provavelmente o fator que mais contribui para a qualidade.
Temperaturas mantidas altas formam complexos com a lisina que …
indispon‡vel aos animais. • um produto que apresenta problemas de
palatabilidade se usado em grandes quantidades. Sua densidade … de
609 kg/m3.
A farinha de sangue “flash dried” … obtida do sangue cuja a parte
liquida foi removida por condensa•‚o e a parte semi-sŒlida transferida
para um secador r„pido para remover a umidade restante. As
caracter‡sticas s‚o semelhantes a farinha convencional, por…m a cor …
de marrom para vermelho escuro.
A farinha de sangue “Spray dried” … aquela cuja a umidade foi
removida pelo equipamento produzindo uma farinha vermelho
amarronzado. • um produto muito higroscŒpico e solˆvel em „gua.
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de extra•‚o de gorduras por via mecŠnica (prensagem) e(ou) por
solvente, filtrados ou n‚o.
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36)Ureia: … riqu‡ssima em nitrog†nio (N), devendo ser utilizada para
animais ruminantes em n‡veis adequados como, por exemplo, 1,0% do
conteˆdo total da MS da dieta. Na verdade fornecemos esse N para que
a flora microbiana o transforme em prote‡na microbiana, que ser„
digerida e aproveitada pelo animal. A ureia n‚o pode ser fornecida para
equinos ou outros animais n‚o ruminantes, pois nesses a cŠmera
fermentativa se encontra apŒs o estŽmago e, nesse caso, a ureia seria
absorvida, podendo provocar intoxica•‚o no animal. Em ruminantes que
apresentarem sinais de intoxica•‚o por ureia, pode ser administrada
solu•‚o de „cido ac…tico (vinagre), dilu‡da, via oral.
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5 – Formula•‚o de Ra•‚o
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5.2 - Procedimentos para a Formula•‚o de Ra•†es
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National Research Council (NRC), que s‚o mundialmente conhecidas. No
Brasil, as Tabelas Brasileiras para Aves e Su‡nos, publicados pela
Universidade Federal de Vi•osa a partir de dados obtidos em pesquisas
realizadas no pa‡s, t†m sido a vers‚o mais consultada pelos t…cnicos.
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Caracterizar os animais de acordo com o est„gio de desenvolvimento,
sexo, linhagem, dentre outros;
Verificar as exig†ncias de todos os nutrientes dos animais de acordo
com a caracteriza•‚o mencionada no item anterior;
Levantar e quantificar os alimentos dispon‡veis para o programa
alimentar. Nesse momento … oportuno relacionar o pre•o dos diferentes
alimentos, ou seja, realizar uma an„lise econŽmica dos alimentos
dispon‡veis na regi‚o;
Relacionar a composi•‚o qu‡mica e o valor nutritivo dos alimentos a
serem utilizados, considerando-se todos os nutrientes de interesse;
Proceder ao balanceamento da ra•‚o para a prote‡na bruta e energia;
Ajustar a ra•‚o para outros nutrientes, tais como amino„cidos
essenciais, c„lcio, fŒsforo, pot„ssio e sŒdio;
Depois de conclu‡do o c„lculo da ra•‚o, verificar se todas as exig†ncias
foram atendidas.
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dos teores de prote‡na e energia desta ra•‚o. • muito prov„vel que esses
valores n‚o coincidam com as exig†ncias nutricionais do animal apresentadas
nas tabelas. Assim, aproxima•ƒes adicionais devem ser realizadas at… que a
composi•‚o desejada seja alcan•ada. Esse m…todo exige do t…cnico uma
experi†ncia pr„tica, caso contr„rio, ele poder„ se tornar muito trabalhoso.
Como por exemplo, na Tabela 3 s‚o apresentadas as exig†ncias nutricionais
dos animais e, na Tabela 4, os alimentos dispon‡veis e respectivas
composi•ƒes.
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5.3.2 Quadrado de Pearson
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a) C„lculo com dois alimentos
Espa•o = 5%
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Corre•‚o do n‡vel de PB para 95%:
- 16,24% +
[37,06] [37,06]
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F‰sforo (exig†ncia – 0,459%):
Milho: 0,24% de P
D…ficit 0,17%
Milho: 0,03% de Ca
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Total fornecido pela mistura: 0,296%
D…ficit = 0,255%
D…ficit = 0,169%
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Metionina + Cistina Digestˆvel (Exig†ncia 0,479%):
D…ficit – 0,022%
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D…ficit de acordo com as exig†ncias do animal: 0,539 - 0,510= 0,029%
Treonina – Suplementa•‚o com L- Treonina (98%)
D…ficit – 0,029%
Proteˆna
Energia Metaboliz€vel
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A ra•‚o balanceada para su‡nos de m…dio potencial gen…tico na fase de
crescimento … apresentada na Tabela 8.
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Milho (8,26% de PB) : 80% * 8,26 – 6,61%
Espa•o = 5%
16,24%
35,60 35,60
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6,52/ 35,60 * 95 (fator de corre•‚o) = 17,40% de inclus‚o de farelo de soja.
Desenvolvimento do cÇlculo:
X= Kg de milho
Y= Kg de farelo de soja
Equa•‚o I X + Y + 4 = 100
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X + Y – 96 X – 96 – Y (I)
Substituindo I em termos:
X = 96 – 27,22 X = 68,78
Milho = 68,78%
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produ•‚o. A utiliza•‚o desse m…todo torna-se mais importante ainda quando
existe no mercado um grande nˆmero de alimentos para calcular a ra•‚o. Essa
metodologia … largamente utilizada na indˆstria de ra•ƒes e vem sendo
adotada por produtores que desejam diminuir seus custos de produ•‚o.
a) Equa•‚o de Quantidade
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b) Equa•‚o de Custo
Em que: P1, P2, P3, etc., referem-se ao custo de cada ingrediente. Notem que
a equa•‚o est„ ajustada numa restri•‚o na qual o resultado da multiplica•‚o
das quantidades (A, B, C) pelo custo de cada ingrediente deve resultar em um
valor de m‡nimo custo.
c) Equa•‚o de Proteˆna
d) Equa•‚o do C€lcio
0,03* A milho + 0,24* B Farelo de Soja + 0*C ‘leo de Soja + 24,8* D Fosfato
Bic„lcico + 38,4* E Calc„rio + 0* F L-Lisina HCl + 0* G DL-Metionina + 0* H L-
Treonina + 0* I Premix ≥ 0,551 e ≤ 0,551.
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e) Equa•‚o do F‰sforo disponˆvel
0,08* A milho + 0,18* B Farelo de Soja + 0*C ‘leo de Soja + 18,5* D Fosfato
Bic„lcico + 0* E Calc„rio + 0* F L-Lisina HCl + 0* G DL-Metionina + 0* H L-
Treonina + 0* I Premix ≥ 0,459.
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6 - Processamento de Ra•†es e Fabrica de
Ra•†es: Processo de moagem, dosagem,
mistura, peletiza•‚o e extrus‚o
6.1 - MOAGEM
A moagem e a mistura dos alimentos s‚o pontos muito importantes no
processo de produ•‚o ra•ƒes, sendo que a consist†ncia desses pontos produz
um forte impacto na qualidade final dos produtos. A redu•‚o do tamanho das
part‡culas por moagem, prensagem ou amassamento em geral melhora o
desempenho animal. Portanto, o controle do processo de moagem … importante
na f„brica de ra•ƒes. Os moinhos de martelo s‚o os mais comuns para
moagem. H„ uma rela•‚o entre o tamanho da peneira e a necessidade de
produ•‚o para uma determinada linha de ra•ƒes. Com o milho mo‡do e
passado por diferentes peneiras, obt…m-se diferentes tamanhos de part‡culas.
Uma checagem di„ria no tamanho das part‡culas e nas condi•ƒes do
equipamento (furos em peneiras, limpeza) … muito importante. Segundo KLEIN
(1999), avalia•ƒes periŒdicas da granulometria em laboratŒrio podem
diagnosticar problemas como deslocamento de peneiras ou mesmo peneiras
furadas. A moagem, … o processo no qual os ingredientes s‚o reduzidos em
seu tamanho pela for•a do impacto, corte ou atrito. Seguindo-se a moagem
est„ o peneiramento, o qual determinar„ o tamanho das part‡culas dos
ingredientes destinados • fabrica•‚o de ra•ƒes que pode influenciar na
digestibilidade dos nutrientes e como consequ†ncia na maximiza•‚o da
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resposta pelo animal. Al…m disso, o tamanho das part‡culas determina o
consumo de energia el…trica nos equipamentos para obt†-la, bem como no
rendimento de moagem (ZANOTTO e BELLAVER, 1996). Ent‚o, do ponto de
vista nutricional, pode-se considerar que quanto menor o tamanho das
part‡culas do alimento maior o contato dessas com os sucos digestivos,
favorecendo a digest‚o e a absor•‚o. Entretanto, o tamanho ideal das
part‡culas varia com a esp…cie. J„ do ponto de vista de produ•‚o de ra•ƒes
quanto maior o tamanho das part‡culas dos ingredientes maior a economia com
energia e maior a efici†ncia (toneladas/hora) de moagem. Uma boa mistura da
ra•‚o parte do princ‡pio que o tamanho das part‡culas dos alimentos tenham
uma distribui•‚o normal com pouca variabilidade para se obter uma boa
mistura. Por isso, a granulometria dos ingredientes … um fator importante a ser
considerado previamente • mistura.
6.2 - DOSAGEM
Esta … considerada uma das fases que devemos ter grande aten•‚o,
pois al…m de ser um dos momentos de maior potencial de erros, precisamos
garantir que a quantidade dos ingredientes adicionados no misturador seja
aquela calculada. Qualquer desajuste nesta fase seja por incorreto
dimensionamento de balan•as, utiliza•‚o de locais em desordem ou inabilidade
de pessoal para manipula•‚o, comprometer„ certamente a qualidade do
produto final.
Nesta opera•‚o alguns cuidados s‚o extremamente importantes para os
resultados que ser‚o obtidos. Em primeiro lugar podemos citar a exatid‚o nas
pesagens dos ingredientes de acordo com as especifica•ƒes, para que as
quantidades sejam cumpridas e para isso … necess„rio o uso de mais de uma
balan•a na linha operando de forma paralela no processo de pesagens, sendo
de extrema importŠncia que nenhum ingrediente dever„ ser pesado em
quantidade menor do que 4% da capacidade total da balan•a para que
possamos ter a precis‚o necess„ria e assim garantir que os desvios que
ocorram sejam inferiores a 1% da quantidade pesada.
Com essas defini•ƒes realiza-se uma avalia•‚o da quantidade formulada
de cada ingrediente e o resultado que teremos ser„ a quantidade de balan•as
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operando na linha de produ•‚o para que a precis‚o m‡nima seja alcan•ada
desde o menor ao maior ingrediente.
6.3 - MISTURA
Na opera•‚o de mistura … onde deve ocorrer a homogeneiza•‚o de
todos os ingredientes indicados nas formulas. Assumindo que todos os
ingredientes foram satisfatoriamente pesados no processo anterior … nesta
etapa que ocorrer„ a mistura, o misturador dever„ de forma temporizada e no
menor espa•o de tempo poss‡vel, realizar a homogeneiza•‚o dos ingredientes,
obedecendo a um padr‚o m‡nimo de qualidade.
Para avaliarmos a qualidade desse processo devemos atingir, com a
combina•‚o de ingredientes, os n‡veis nutricionais estabelecidos pela formula e
verificadas nas an„lises bromatologicas do produto.
Por outro lado n‚o podemos esquecer tamb…m que a capacidade de
carga do misturador bem como o tempo m‡nimo necess„rio de
homogeneiza•‚o da carga, s‚o limitantes de produtividade sendo inclusive
utilizados como refer†ncia de capacidade de fabrica. Em fun•‚o disso … muito
importante que o misturador de ra•ƒes seja extremamente eficaz na atividade
de misturar os ingredientes no menor espa•o de tempo poss‡vel.
Na opera•‚o da mistura … igualmente importante considerar alguns
fatores que facilitar‚o a homogeneiza•‚o dos ingredientes para que a
qualidade seja assegurada. Entre estes fatores podemos citar a ordem de
adi•‚o dos ingredientes na cŠmara de mistura onde devemos garantir que no
momento da adi•‚o dos microingredientes (fazer pr… mistura), que pelo menos
50% dos macroingredientes j„ estejam adicionados, evitando assim que
microingredientes atinjam o fundo do misturador e fiquem separados. Outro
fator importante a ser considerado … na utiliza•‚o de ingredientes l‡quidos, os
quais somente dever‚o ser adicionados no misturador com o crit…rio de que
seja respeitado um tempo de mistura seca inicial e um tempo de mistura final
apŒs a inje•‚o dos l‡quidos.
Temos diferentes tipos de misturadores utilizados na indˆstria de ra•ƒes.
A decis‚o de qual equipamento utilizar ser„ definida pela necessidade
especifica de cada projeto. Temos os misturadores horizontais e os verticais
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6.4 - PELETIZA‹ŒO
O processo de peletiza•‚o de ra•ƒes que hoje … bastante utilizado pelas
empresas fabricantes de alimentos balanceados, tem como objetivo principal,
tornar mais densos os alimentos que passam da forma farelada para a forma
de pelets, e com isso garantir que cada pelet ao ser consumido pelo animal
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possua todos os ingredientes adequadamente homogeneizados na mistura e
que s‚o necess„rios a uma dieta balanceada. Este processamento evita
tamb…m que ocorram “desmisturas" nos transportes das ra•ƒes, fato de
ocorr†ncia comprovada em ra•ƒes fareladas que passam a perder qualidade
de mistura depois do misturador at… chegar aos animais. Outro ponto
importante que resulta deste processo, … que a ra•‚o submetida ao calor
atrav…s do contato com o vapor saturado e a umidade proveniente da
condensa•‚o deste vapor, que ocorre quando misturado com a ra•‚o no
condensador, faz com que ocorra a gelatiniza•‚o dos amidos. Este fenŽmeno
permite mais facilmente a digest‚o dos alimentos pelo melhor condicionamento
de todos os agentes nutricionais, facilitando assim a absor•‚o tendo como
consequ†ncia principal a melhoria nos ‡ndices de produtividade.
Em rela•‚o ao manejo da peletizadora, trata-se de um conjunto de
atividades relativamente complexas e com altos custos de opera•‚o e
manuten•‚o, por isto … importante que o equipamento seja corretamente
operado para que traga os resultados esperados.
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6.5 - EXTRUSŒO
O processo de extrus‚o de alimentos … uma forma de coc•‚o r„pida,
cont‡nua e homog†nea. Atrav…s deste processo mecŠnico de indu•‚o de
energia t…rmica e cisalhamento, aplica-se, ao alimento processado, alta
press‚o e temperatura, durante um breve espa•o de tempo. Como resultado,
provocam-se mudan•as na forma, estrutura e composi•‚o do produto final.
Devido • intensa ruptura e mistura estrutural que este processo provoca,
as rea•ƒes que, em outros casos, estariam limitadas pelas caracter‡sticas
funcionais dos produtos e reagentes aplicados, tornam-se mais f„ceis.
A extrus‚o … geralmente aplicada no processamento de cereais e
prote‡nas destinados • alimenta•‚o humana e animal.
Extrus‚o … um processo de tratamento t…rmico do tipo HTST (High
Temperatura Short Time) que por uma combina•‚o de calor, umidade e
trabalho mecŠnico, modifica profundamente as mat…rias-primas,
proporcionando novos formatos e estruturas com diferentes caracter‡sticas
funcionais e nutricionais..
- Ra•†es Extrusadas
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Extrus‚o … o procedimento que disponibiliza maiores concentra•ƒes de
energia e prote‡nas. Pois nesse processo ocorre a moagem, mistura das
mat…rias-primas mais o premix e ent‚o a coc•‚o, isso permite aos animais um
melhor aproveitamento dos nutrientes, uma vez que ocorre a quebra dos
nutrientes atrav…s da coc•‚o, deixando os alimentos mais digest‡veis.
Somente apŒs este procedimento o alimento … moldado e cortado por
facas nas espessuras necess„rias.
As ra•ƒes extrusadas devem conter um m‡nimo de amido para ocorrer a
"gelatiniza•‚o" possibilitando a expans‚o da part‡cula, o que facilita a flutua•‚o
em „gua, pois ocorre a forma•‚o de microporos que diminuem a densidade da
part‡cula.
- Ra•†es Peletizadas:
Garante um consumo uniforme dos nutrientes, evitando que os animais
fa•am a sele•‚o dos alimentos e provoca menores perdas no manejo
alimentar. O processo de produ•‚o consiste na moagem das mat…rias-primas,
mistura do premix com os demais ingredientes e passa pelo processo de
peletiza•‚o.
A mistura passa por um aumento de temperatura, prŒximo de 70”C e uma
press‚o que … exercida faz com que o pelete seja formado nas peneiras de
acordo com a granulometria desejada. Com o aumento da temperatura e da
press‚o, ocorre a forma•‚o de uma pel‡cula externa que garante a rigidez e o
formato do pelete.
O fornecimento de ra•ƒes fareladas facilita o consumo de algumas
esp…cies em determinados est„gios de desenvolvimento. A granulometria …
importante para o melhor consumo e aproveitamento da ra•‚o por algumas
esp…cies e est„gios de desenvolvimento, por isso em algumas ra•ƒes os
peletes podem ainda serem triturados.
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Exemplo de ra•‚o peletizada
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Extrus‚o X Peletiza•‚o
Independente do processo de fabrica•‚o, sabe-se que as ra•ƒes
balanceadas apresentam inˆmeras vantagens quando comparadas •s
tradicionais misturas de sementes: padroniza•‚o e balanceamento adequado
dos nutrientes, elimina•‚o da sele•‚o de alimentos, maior digestibilidade e
destrui•‚o de organismos patog†nicos.
Os processos mais utilizados na fabrica•‚o de ra•ƒes s‚o a extrus‚o e a
peletiza•‚o. Ambos os processos resultam em alimentos balanceados, mas
existem diferen•as consider„veis entre os produtos.
O processo de extrus‚o … caracterizado pelo cozimento dos ingredientes
sob alta press‚o, umidade e temperatura, em um curto espa•o de tempo. Este
processo propicia maior digestibilidade do alimento, al…m de melhorar a
palatabilidade da ra•‚o. Outra vantagem … a versatilidade em rela•‚o ao
controle da textura, densidade (grau de expans‚o) e formato do alimento. Os
produtos extrusados podem ser oferecidos em diversas formas e tamanhos, o
que traz vantagens tamb…m em rela•‚o • atratividade. Este conjunto de fatores
destaca o processo de extrus‚o como vantajoso, em rela•‚o aos processos
mais tradicionais na fabrica•‚o de ra•ƒes. Todas as ra•ƒes Alcon, granuladas
ou em bastƒes, s‚o produzidas por extrus‚o, pois buscamos oferecer aos
animais a melhor nutri•‚o e, consequentemente, ainda mais saˆde e bem
estar.
A peletiza•‚o consiste na compacta•‚o de ingredientes, formando
pequenas unidades chamadas pelets. Para esta transforma•‚o, umidade,
press‚o e temperatura tamb…m est‚o envolvidas, por…m em menor
intensidade, resultando em grau de cozimento reduzido. Este processo …
utilizado na fabrica•‚o de aproximadamente dois ter•os das ra•ƒes mundiais,
devido ao baixo custo de produ•‚o e a facilidade no manejo dos equipamentos.
Quando confrontada com o processo de extrus‚o, a peletiza•‚o apresenta
desvantagens em rela•‚o a digestibilidade, elimina•‚o de organismos
patog†nicos e palatabilidade.
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produzidos, da aduba•‚o utilizada, do clima, do per‡odo e das condi•ƒes de
armazenamento. J„ os produtos advindos da indˆstria t†m suas diversidades
causadas pelo tipo de processamento e conserva•‚o utilizados. Um exemplo
dessa categoria s‚o os premˆx vitamˆnicos e os microminerais. A
formula•‚o mais adequada, tendo como base an„lises laboratoriais, … obtida
atrav…s da combina•‚o dos alimentos energ…ticos, tamb…m fornecedores de
prote‡na, com alimentos proteicos com alto teor de energia. Os nutrientes
complementares devem ser compostos por alimentos exclusivamente
energ…ticos, proteicos e os de exclusividade mineral.
Ao preparar a ra•‚o para bovinos, equ‡nos, su‡nos, caprinos e outros,
alguns pontos merecem aten•‚o:
N‚o utilizar m‚o ou p„s para misturar a ra•‚o. Para esse fim, devem ser
utilizados misturadores, pois m‚os e p…s n‚o proporcionam uma
distribui•‚o uniforme de todos os nutrientes, ocasionando um baixo
rendimento dos animais, consequentemente, um preju‡zo para o
produtor.
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Modelo de Fabrica de Ra•‚o.
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