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USO DE ANTICOAGULANTES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM PACIENTES COM

COVID-19: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA


Maria Leticia de Jesus Veloso¹ Heloísa Sousa Guieiro¹ Flávio Junior Barbosa Figueiredo²
Faculdades Santo Agostinho, Montes Claros.

Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a Covid-19 é uma doença causada pelo novo
coronavírus SARS-Cov-2, em que cerca de 80% dos casos a recuperação ocorre isenta de tratamento
hospitalar, e que 20% necessitam de internação, para maiores cuidados. Dentre as complicações dos
pacientes admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) podem incluir sepse ou choque séptico, lesão
pulmonar alveolar, síndrome respiratória aguda além de alta prevalência de distúrbios hematológicos,
especialmente o tromboembolismo venoso (TEV). Mediante estudos recentes, pacientes graves são induzidos
a uma tempestade de citocinas, que leva à ativação da cascata de coagulação e causa fenômenos trombóticos.
O tratamento de TEV tem como objetivo reduzir a morbidade e reduzir/minimizar o risco de
desenvolvimento de síndrome pós-trombótica. Objetivos: Avaliar efeitos do uso de fármacos
anticoagulantes em pacientes com COVID-19 que desenvolveram TEV em UTIs. Métodos: Trata-se de uma
revisão de literatura não sistemática a partir da seleção de artigos científicos através da base de dados
PubMed, com descritores em saúde “Anticoagulants” e “Intensive Care Units” acrescidos no termo “AND”
sendo aplicado os filtros: Texto completo grátis, meta-análises, revisão sistemática e artigos publicados no
último ano. Foram encontrados 7 artigos, e destes, em que 1 atendeu ao critério de elegibilidade. Tendo
como padrão de escolha, a avaliação de anticoagulantes no tratamento de pacientes com TEV, títulos que não
descreviam a utilização de determinada classe terapêutica, foram excluídos. Resultados e Discussão: No
artigo selecionado, 11 estudos foram incluídos na revisão, em que 3 foram realizados na UTI. A idade média
dos pacientes foi em maior parte, acima de 60 anos, sendo 47 a 69% do sexo masculino; os medicamentos
mais usados foram: Enoxaparina e Heparina. Entre os 14.854 pacientes que receberam anticoagulantes, 2.430
morreram, enquanto 1.459 de 5.894 pacientes que não receberam administração de anticoagulante morreram.
Dos três estudos em pacientes exclusivamente na UTI houve uma diminuição de mortalidade de 41%
comparando pacientes que receberam terapia anticoagulante com aqueles que não receberam. Conclusão:
Através da análise conclui-se que a administração de anticoagulantes foi significativamente associada à
diminuição da mortalidade intra-hospitalar sem aumentar a incidência de eventos hemorrágicos.

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