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RE:TALE LIVRO 2

Posted originally on the Archive of Our Own at http://archiveofourown.org/works/35573245.

Rating: Teen And Up Audiences


Archive Warning: Graphic Depictions Of Violence, Major Character Death
Category: Gen, F/F
Fandom: Undertale (Video Game)
Character: Liza, Eva, Adam, Ally, Lilith, Monika, Maria, erine, Mettaton (Undertale),
Sans (Undertale), Undyne (Undertale), Asgore Dreemurr, Chara
(Undertale), Barachiel, Frisk (Undertale)
Additional Tags: Military, God Killer - Freeform, gkc - Freeform, God Complex, Lesbian
Character, undertale - Freeform, alternative universe, AU, Undertale
Alternate Universes, Mettaton - Freeform, Toriel - Freeform, Sans -
Freeform, Scientist W. D. Gaster, Evil W. D. Gaster, W. D. Gaster Being
An Asshole, Muff - Freeform
Language: Português brasileiro
Series: Part 3 of RE:TALE
Stats: Published: 2021-12-07 Updated: 2022-10-10 Chapters: 10/? Words:
64361

RE:TALE LIVRO 2
by ONZE

Summary

Após o grande Reset, uma mudança metanarrativa tão violenta que dilacerou o universo e
recriou em uma narrativa completamente diferente. Todos os antigos personagens se
encontram em situações diferentes que tentem ao desastre. A todo momento, um inimigo
que busca algo, um inimigo impossível e a própria ameaça metanarrativa correm a espreita.
O tempo é seu inimigo, enquanto eventos passados ocorrem e alteram a mudança nas
variáveis da história. Retale não é uma au pensada como um jogo, e sim uma história
escrita. Um universo metanarrativo construído em um construto diferente do tradicional
multiverso das demais aus. Nele, os personagens vivem e morrem, saem de suas histórias e
as reescrevem, são pegos nas armadilhas do destino e por fim, tem que lutar para ter um
espaço quando o mundo é governado por seres impossíveis que controlam totalmente o
rumo da história. Lembre-se, as coisas são construídas de forma, que os personagens podem
fazer qualquer coisa que quiserem dentro de suas delimitadões restrições dentro do conceito
metanarrativo
INFERNO VAZIO
Chapter Summary

Eva, uma garota que a única amiga, é uma pessoa um pouco excêntrica. Vive o seu dia
de escola esperando o baile na noite, quando algo acontece e as primeiras figuras se
revelam.

Escuridão

Escuridão é aparentemente a única coisa que existe neste lugar, um eterno mar de apenas nada com
uma leve névoa fina que cobre todo o chão. E no meio desse mar infinito de nada, existe uma
garota.

Seus cabelos são grisalhos e sua pele é totalmente branca, com linhas completamente negras em
seu corpo determinando onde ela começa e onde acaba. Ela segura em suas mãos um pequeno
lampião que solta uma chama completamente branca, iluminando parcialmente o local. Não
importa o quão longe a garota ande, o eterno chão de areia parece não terminar, ela olha para o
lado e para o outro já sem muitas esperanças, conseguindo ver no horizonte algo que ela nunca
mais tinha visto.

Luz

Ela havia chegado finalmente na fronteira, a fronteira que divide o infinito escuro e o infinito claro.
Um lugar que ela não vira a séculos, mas há algo de diferente nele.

Ela consegue ver claramente no meio uma pequena garota segurando um lampião que emite luzes
negras, deixando uma pequena parte ao redor dela da mesma cor. A mesma era apenas uma
silhueta e seus olhos apresentavam a cor branca presente em todo o local junto de pequenas linhas
de contraste em todo o seu corpo que revelam algumas curvas, dando uma primitiva noção de onde
ela começava e terminava.

A garota com o lampião branco começa a se aproximar lentamente de seu infinito e garota com o
lampião negro faz o mesmo, até um certo momento elas estão de cara acara. Ambas a menos de 50
centímetros da borda de seus respetivos infinitos. Às duas levantam suas mãos, começando a
chegar cada vez mais perto da borda e

5 DE SETEMBRO

9 DA MANHÃ
Eva acorda abruptamente, olhando para os seus arredores e vendo todos os seus colegas de classe
olhando-lhe com um rosto variando em 3 emoções.

Risonho, indiferente e deboche. Ela não consegue entender o que está acontecendo até finalmente
sua audição voltar ao normal, olhando para frente e finalmente percebendo sua professora parada
em sua frente dando uma bronca.

“Eva é a quinta vez nesta semana que você faz isso, você não dorme em casa não?
Fica a noite toda vendo televisão? Isso já passou dos limites, eu vou mandar uma carta
para a sua mãe e eu espero que você retorne com ela aqui amanhã!” Ela fala com um
tom agressivo, gesticulando as mãos como se fosse explodir.

“É isso? Nossa não precisa gritar, eu não sou surda, só espera um minuto” Ela fala de
forma sonolenta.

Ela boceja e esfrega o rosto, se virando e agarrando em sua mochila algumas balas de
café e jogando em sua boca.

“E agora você come em sala de aula, um ultraje!”

“Ei para de ser histérica, são só balas de café. O marco ontem comeu 2 sanduíches e
você deixou”

Ela se vira e aponta para um garoto no fim da sala, todos se viram e olham para o mesmo pegando
ele no meio de uma mordida em uma coxinha. Ele para no meio enquanto se vira para ver seus
colegas e lentamente termina de fechar a boca.

“Marcos! Fique bem aí! Você não vai escapar dessa vez”

“Poxa professora, é uma coxinha”

E no meio dessa situação, a sineta toca e imediatamente todos os alunos se levantam e saem
correndo do local. No momento que Eva se levanta a sua professora a para, segurando seu ombro e
a entregando uma pequena carta, a garota suspira e agarra a mesma com sua professora a soltando
logo em seguida.

Eva caminha até a porta, saindo e dando de cara com o corredor de sua escola. Lá tinha diversos
alunos andando para lá e para cá, ela para por um momento indo para o lado e se apoiando na
parede, fechando os olhos e os esfregando.
A garota continua com os olhos fechados por um tempo e finalmente os abre depois de 6 segundos,
olhando para o lado e sendo abraçada por Erine a 2 centímetros de seu rosto, dando um enorme
sorriso com olhos esbugalhados.

Eva cai para trás dando um pequeno grito enquanto se estabaca no chão gélido de sua escola. Erine
imediatamente muda de expressão e se abaixa rapidamente para tentar socorrer a amiga.

“AI DESCULPA EU” Ela grita

“Cruzes Erine! Quantas vezes eu já disse que eu não gosto que você dê susto em
mim!” Ela fala já levantando.

Eva se levanta com a ajuda de sua amiga, batendo um pouco em suas roupas para tirar a sujeira do
chão. Olhando para ela afagando um pouco a sua cabeça. Ela, em contrapartida, dá um sorriso.

“Tá, eu te perdoo, vamos comer algo”

“Bora!” Ela fala com entusiasmo

Às duas começam a andar, passando pelos corredores de sua escola até finalmente chegarem na
lanchonete. La era possível mesas e pessoas comendo e conversando, Eva e Erine se entreolham
tentando perceber alguma mesa livre e finalmente veem uma ao cafundó de judas totalmente vazia.

“Bem, acho que vai ser aquela mesma”

“Eva não se preocupa com isso, é só uma mesa, vamos logo antes que acabe a comida”

As garotas se viram e caminham a passos largos em direção do self service da escola, entrando na
fila e consequentemente pegando prato e talheres. Mais a frente elas veem várias opções como
arroz com uma pasta de molho e frango, alguns biscoitos e potes de leite. Às duas se servem e vão
em direção a mesa, e finalmente percebendo uma grande poça de um líquido amarelo em um dos
bancos.

“Acho que é por isso que não tem ninguém aqui” Ela Erine fala com raiva

“Desgraça, quem foi que mijou aqui… Tá é só a gente se sentar no outro lado que
deve estar resolvido”

“Tem certeza? É que aquele troço fede um pouco” Ela fala com receio
“Bem é isso ou comer no chão, o que você prefere?”

“Ok…”

Às duas se sentam uma do lado da outra. Erine imediatamente começa a devorar a sua comida, mas
Eva apenas agarra seus talheres lentamente e fica mexendo no arroz com molho por um instante.
Ela se afunda em suas memórias e começa a pensar no sonho estranho que ela teve a pouco tempo
ainda na sala. Na percepção do sonho já tinham se passado gerações, mas para Eva só se passaram
poucos segundos, é como se todos esses anos tivessem se passado em uma velocidade
ridiculamente alta e mesmo assim ela os entendeu. Ela pensa isso enquanto dá lentamente mordidas
atrás de mordidas e quando ela menos percebe já terminou de comer.

Ela se enrolou tanto em seus pensamentos que devorou a sua comida em instantes, ao se religar na
realidade ela olha pro lado vendo, Erine sentada lendo um quadrinho, mas com outra pessoa
sentada ao lado dela. Erine logo percebe sua amiga a observando.

“Eva! Finalmente, você entrou numa twilight zone de novo, não me respondia e só
ficava olhando pro seu prato. Aliás eu terminei de comer a séculos e você…”

Erine para de falar, olhando pro rosto de paisagem de sua amiga que não estava
olhando para ela e sim para a garota de cabelos azul sentada ao lado.

“Quando foi que ela chegou aqui?”

“Você está falando da Ally? A uns minutos, mas aparentemente você tava muito
concentrada na sua comida para entender qualquer coisa. Bem, o intervalo vai acabar
em 5 minutos, vamos logo andando para a sala”

Ally estava sentada ao lado de Erine, apenas comendo sua comida com um fone de ouvido. Ela
parecia estar nem aí para a existência das duas.

Assim Erine se levanta, pegando na mão de sua amiga e a levando para longe, às duas carregando
os seus pratos e os deixam na área de limpeza e se dirigem para a saída. Mas no meio do caminho
elas são interrompidas pelas luzes de toda a lanchonete subitamente se apagando.

“Eva, o que está acontecendo!”

“Droga, eu sei exatamente o que é”

Elas falam enquanto Erine se agarra e abraça Eva.


“O pior mal que existe em toda a humanidade” ela fala com toda a seriedade do
mundo

“Qual? DEMÔNIOS? DRAGÕES?” Erine fica amedrontada, olhando para os lados,


quase molhando as calças

“Pior… Adolescentes”

Quando ela fala isso, as luzes voltam, mas agora em uma coloração roxa. Diversos balões caem do
teto e uma música piegas começa a tocar com um holofote iluminando a mesa no centro. Uma
pessoa usando um terno, mas com o rosto maquiado de palhaço, aparece lá com um microfone.

“BOM DIA, ESTUDANTES DA ACADEMIA EBOTT LAKE, HOJE TEREMOS


NOSSO BAILE ANUAL E ESTOU AQUI A PEDIDO DA DIREÇÃO PARA
AUMENTAR OS ÂNIMOS DE VOCÊS”

E uma explosão de faíscas acontece e quando elas se dissipam, a mesma pessoa aparece segurando
uma guitarra e no mesmo instante começa a tocar.

Várias pessoas se levantam com a música que estava alta até demais, Eva faz um rosto emburrado
e tampa os ouvidos, mas Erine sorri com brilho em seus olhos, levantando as mãos e começando a
dançar, aquilo parecia uma cena de high school musical, entretanto de chernobyl e Eva realmente
não estava feliz com isso, o garoto com rosto de palhaço agarrou um microfone e começou a cantar
e junto isso metade dos alunos que estavam no local.

Eva foi direto para a porta, agarrando seu pegador e puxando. Mas logo ela percebeu que a mesma
estava trancada.

“Você só pode estar de sacanagem comigo que vou ter que esperar essa ladainha
acabar… Acredite, ódio é mútuo”

Percebendo que ela não tinha nenhuma opção além de ficar e escutar essa música ridícula, ela se
encaminha até a mesa que estava outrora, se sentando do lado de Ally que já tinha terminado de
comer.

“Bem, acho que não sou a única que odeio musicas piegas aqui”

“Bem, você se chama Ally né?”


“Sim, sou Ally Parker prazer. E você seria?”

“Eva, meu nome é só Eva mesmo”

“Nossa, Eva, esse nome é interessante. Você é de que turma mesmo?”

“Sou da turma da professora Ângela, mas estou pensando em cursar artes cênicas”

“Artes cênicas, quando eu era menor eu queria fazer isso, mas… Coisas mudaram”

Ambas ficam em silêncio por alguns segundos.

“Bem, com quem você vai ao baile?”

“Com ninguém, eu não vou ao baile. Não que eu não tenha ninguém para ir, mas sim
porque eu acho idiota. Não vejo graça em várias pessoas de mãos dadas e dançando”

“Mesma coisa… Você vai fazer algo… Mais tarde?”

“Bem, depende do que você quer dizer com algo mais você quiser dar um role eu
posso, não tenho nada para fazer hoje… Espero não ter nada para fazer hoje, mas é
improvável, Meh que se dane, talvez eu vá ao baile com você, tu parece legal”

“Ok!”

“EVA!”

Eva se vira, olhando Erine correr até ela. Eva estava tão entretida conversando com Ally que nem
percebeu que o showzinho do cara de palhaço terminou.

“Eva você tinha que ver, foi incrível. Do nada a porta abriu e um monte de gente
cantando macarena chegou, eu acho que tinha alguém com cabeça de cavalo” Ela fala
com entusiasmo, mas no final da frase ela apenas olha para baixo e começa a coçar o
queixo

“Erine por favor, eu não quero saber do detalhe, só vamos”

“Ok, tchau Ally!”

Ally não responde, apenas se levantando e levando o seu prato para a lixeira. A esse ponto as luzes
voltaram ao normal e quase todos já tinham saído e às duas logo fazem o mesmo, indo até à porta e
saindo da lanchonete e consequentemente chegando de novo em sua sala a menos de 30 segundo
para o sinal tocar.
“Bem é isso, te vejo depois Erine é melhor você correr” Ela fala dando leves risadas

5 DE SETEMBRO

13 DA TARDE

O sol era radiante, pela rua crianças brincavam e se divertiam. A escola a essa hora já acabou e a
praça da cidade estava lotada e no horizonte estava o famoso monte Ebott, que de monte não tinha
nada pois tecnicamente ele era uma montanha, mas todo mundo o chamava monte, pois era um
costume local.

E no meio da praça, estava um garoto de roupas bejes. Seu cabelo era castanho e o restante de suas
coisas não eram nada charmosas, nada implicava que ele era o filho do prefeito da cidade.

Seu nome era Adam

Adam estava sentado em um banco de pedra com um cubo mágico nas mãos. Ele mexia os dedos
freneticamente ao tentar resolvê-lo, mas ele estava lá a 1 hora e apenas conseguiu completar 2
faces e uma ainda tinha um quadrado de outra cor no meio.

“Droga, esse treco é impossível. Como eu vou fazer isso se todas as peças estiverem
conectadas!”

Com frustração, o garoto joga o seu cubo mágico para trás e cruza os braços.

“Não é tão complicado quando você pega o jeito”

Ele se vira para o lado de onde veio a voz súbita enquanto avança para a direção contrária, mas
parando ao perceber que quem estava ali aparentemente não apresentava perigo a ele.

Lá estava uma garota de cabelos castanhos. Seus olhos eram vermelhos como rubi e ela usava uma
roupa listrada entre as cores verde, amarelo, azul-escuro e roxo com uma calça de cor marrom-
claro e usando um sapato comum.

Ela se levanta e vai até o cubo mágico que outrora fora jogado pelo garoto e o agarra, caminhando
em direção ao banco ao lado dele e se sentando enquanto aleatoriamente girava seus lados.

“É só seguir os padrões, quando você pega o jeito fica fácil”

A garota para, girando e olhando para o cubo e subitamente começando a girar suas faces de forma
frenética, o completando em menos de 3 segundos e o colocando em cima do banco onde estava
sentada.

“Uau, isso é incrível!” Ele fala com entusiasmo enquanto se aproxima da garota

“Valeu, qual é seu nome? Chamo-me Barachiel, mas todos me chamam de Chara,
prazer”

“Meu nome é Adam, onde você aprendeu a fazer isso?”

“Prática. Quando eu era menor meus pais me deram um e eu só tentava resolver isso
por dias e dias até que após meses eu consegui. Nunca me senti tão feita em toda
minha vida, depois disso eu consegui resolver em semanas, depois em dias, depois em
horas e agora que consigo resolver em menos de 5 segundo perdeu a graça”

“Entendo… Bem, você quer fazer alguma coisa?”

“Como o quê?”

“Eu não sei, eu vi que tem um jogo de amarelinha ali atrás e”

“ADAM, JÁ ESTÁ NA HORA DE IR EMBORA”

Adam se vira, olhando para trás e vendo a imagem de sua mãe gritando o seu nome.

“Desculpa, mas acho que vou ter que ir”

“Ok, te vejo depois, então Adam”

“Tchau”

O garoto se vira e começa a caminhar em direção a sua mãe e após andar por 10 segundos, ele
finalmente chega.

“Com quem você tava falando?”

“Com a Chara ela…”


O garoto se vira, apontando na direção onde Barachiel estava lá mas não tinha ninguém.

“Estranho, ele tava lá a segundos atrás”

“Garoto para de bobagem, não tinha ninguém lá. Anda vamos para casa”

“… Ok então”

Adam agarra a mão de sua mãe e começa a caminhar em direção de sua casa, ainda tentando
processar o que acabara de ver. Ele não era louco, ele sabia que estava falando com alguém, mas
aparentemente não tinha ninguém lá.

Assim finalmente chegam em casa, um grande casarão com vários carros de luxo na frente. Sua
mãe logo avança e vai até à porta e abre, dando passagem para Adam e o mesmo entra logo em
seguida, dando de cara com uma grande casa bem feita e arrumada que havia quadros chiques por
todas as paredes, junto com vários robôs pequenos que faziam a limpeza do chão e das janelas. A
sala pode se ouvir a televisão e nos andares de cima podia se ouvir um barulho característico de um
secador de cabelos.

“FILHOTA, ABAIXA O SOM AÍ QUE O PAI QUER VER O FILME”

“PAI EU JÁ DISSE O BAILE É HOJE E EU TENHO QUE ME ARRUMAR


QUANTO ANTES”

“MAS SÃO 13 DA TARDE E O BAILE SÓ COMEÇA AS 20, PELO AMOR”

“Querido deixa ela, você sabe como é quando eu tinha a idade dela, eu fiquei super
ansiosa para o meu baile”

A mulher fala isso enquanto colocava a sua bolsa na mesa logo atrás do sofá. Adam caminha
lentamente e se senta em uma poltrona ao lado do sofá onde seu pai está sentado, olhando para a
televisão e vendo um filme de ação dos anos 90.

“É verdade, você estava linda naquele dia” Ele fala dando leves risos

“Ok seu garanhão, agora desliga a televisão e me ajuda a preparar o almoço”

“Poxa amor, ta na melhor parte do filme”

“É só pausar”

“Mas é televisão”
“Dá seus pulos, anda pega a faca e o avental”

“Tá bom”

O homem faz um rosto decepcionado e desliga a televisão, se levantando e indo em direção a


cozinha e começando a preparar o almoço.

Adam então agarra o controle remoto e liga a televisão novamente, passando pelos canais até
chegar no canal de notícias e jogando o controle para o lado.

“Bom dia senhores e senhores, hoje no jornal amanhecer vamos continuar nossa
cobertura no caso das crianças desaparecidas. Como vocês já sabem nos últimos meses
7 crianças desapareceram ao redor do monte Ebott, buscas feitas ao redor em terra e
por helicóptero foram incapazes de determinar a localização das crianças. Hoje foi
encontrado a sapatilha da garota desaparecida chamada luz, a perícia conseguiu
identificar algumas pegadas em um caminho mais acima, levando a crer que a garota
estava andando e deixou a sua sapatilha cai. As pegadas somem pouco depois,
deixando impossível ser seguida”

E de repente é possível ouvir um som de batida vindo da porta e imediatamente barulhos de passos
fortes e rápidos são ouvidos descendo as Escadas em alta velocidade. E em um instante, Liza já
estava na porta, abrindo e dando de cara com um rosto jovial e bronzeado.

“AMIGA QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU EU TAVA DOIDA EU NÃO


CONSEGUIA SABER O VESTIDO E”

“Calma, a mamacita já tá aqui. Vamos subir pro seu quarto e ver o que você tem de
bom”

Era ela, a melhor amiga de Liza, Monika.

Às duas seguram as mãos e vão correndo a toda velocidade até o quarto de Liza, o deixando ali
sem ter nada para fazer.

5 DE SETEMBRO

18 HORAS

E assim se passam as horas. Adam passou a maioria do tempo dormindo no sofá com a televisão
ligada passando uma novela mexicana, mas acordando abruptamente com o som de um baque na
sua frente. Vendo sua mãe colocar um prato cheio de comida.
“Você tinha dormido e não queria acordar você, então fiz um jantar reforçado. O baile
vai ser daqui a 2 horas, se quiser ir deve se apressar”

“Ah, ok…”

O garoto ainda estava dormindo em partes, ele apenas pega o pote de comida e começa a comer.
Quanto mais ele come, mais ele acorda até terminar de comer tudo, se levantando e indo deixar o
prato na pia quando ouve um som de buzinas. Neste momento se ouve passos correndo e mais uma
vez sua irmã chega descendo as escadas, abrindo a porta e correndo para fora. Mas na metade do
caminho ela é segurada pela gola por sua mãe que surgiu de oblívio atrás dela.

“Se liga em, quero você aqui em casa antes das 23 e sem álcool”

“Tá bom, mãe deixa eu ir!”

A mulher solta a gola da garota e ela começa a andar em direção ao carro novamente.

“Não está se esquecendo de nada?”

A garota grunhe e caminha de volta para a sua mãe, dando um beijo em sua bochecha.

“Boa garota, se diverte”

E finalmente ela vai e chega no carro, abrindo a porta entrando, Adam caminha e pega a sua mãe
ainda olhando para fora enquanto o carro da curva. Ela está com a mão na boca e lacrimejando
levemente.

Ele Ignora e sobe pelas escadas, abrindo a porta do chuveiro e tomando um banho. Quando
termina, parte de volta ao seu quarto, vendo o terno que sua mãe havia passado mais cedo em cima
da cama e o vestindo. Ele gira na frente do espelho e olha para todos os ângulos de seu corpo,
passando um gel pelo cabelo e o penteando. Ele olha para a sua mesa, vendo um pote de perfume.

Agarrando-o e abrindo a boca, espirrando 2 baforadas e instantaneamente começando a tossir. Ele


coloca o pote de perfume na mesa enquanto tenta conter o ataque de tosse.
“Droga, isso tem gosto de morte!” Ele fala cuspindo

Ele continua a tossir enquanto caminha para fora de seu quarto, lá ele desce as escadas e dá de cara
com sua mãe o esperando na porta.

“Já está tudo pronto?”

“Sim” Ele fala tossindo ocasionalmente

“Ok, o baile deve começar daqui a pouco, é melhor não se atrasar”

“Ok mãe”

“Vá querido” Ela dá um soluço no fim da frase, mas ele não se importa

Nas ruas, os postes de luz iluminavam junto com as luzes das casas que estavam acessas. O céu era
estrelado e a luz da lua era forte, ele continua nesse caminho por 20 minutos até finalmente avistar
o seu colégio ao fundo. O mesmo estava completamente iluminado, ao seu redor tinham vários
homens e mulheres usando glamourosos vestidos e ternos.

E quando ele está chegando perto, percebe um vulto atrás. Ele olha assustado apenas para ver
Barachiel, a pessoa que outrora havia encontrado no parque. Barachiel estava usando um terno com
uma gravata colorida, variando entre as mesmas cores de sua roupa anteriormente.

“Oh é você de mais cedo” Ele fala se aproximando

“Sim, você esqueceu de pegar o seu cubo de volta”

Ela coloca a mão em um bolso e joga um cubo mágico para Adam, o mesmo se apressa e agarra ele
ainda no ar.

“Obrigado, eu tinha me esquecido completamente” Ele fala enquanto guarda o cubo


em sua roupa

“Então, você tem algum par? Não estou vendo ninguém com você” Ela fala olhando
para os arredores

“Bem… Não, eu não sou muito popular e também eu sou meio baixo, isso
aparentemente não é atrativo” Ele fala gesticulando com as mãos, colocando-a em
cima da cabeça e lembrando que ele tem somente 156 centímetros de altura
“Intrigante, então adeus Adam, te vejo em outra vida”

A garota avança para frente, saindo do campo de visão de Adam.

“Ei, espera aí!”

Ele se vira tentando acompanhar a garota, mas não tinha ninguém lá.

Ele olha para isso e apenas engole a seco, começando a caminhar em direção ao baile quando.

5 DE SETEMBRO

14 DA TARDE

Eva caminha a passos curtos até sua casa. O dia está ensolarado, ela olha para o parque e vê
diversas crianças brincando, alguns mais velhos andando de skate e uma pessoa mais a fundo
usando roupas coloridas jogando com um cubo mágico. Ela tenta não prestar atenção a isso e olha
para as suas mãos, vendo a carta que sua professora havia entregado a ela para dar a sua mãe. Nos
últimos tempos ela recebeu diversas cartas de sua professora, a primeira foi quando ela se meteu
em uma briga na escola onde um menino apalpou uma garota e ela desceu o sarrafo nele. A
segunda foi quando ela secretamente trouxe cola, pois tinha se esquecido de estudar e foi lembrar
isso 1 hora antes de ir para a escola, então ela bolou um plano e escreveu as respostas em um
biscoito, mas no meio da aula uma pessoa pediu um desses biscoitos e ela tava tão distraída que
deu sem perceber, assim ele denunciou ela e gerou essa situação. O ainda desgraçado ainda
esperou um pouco para usar da cola até o fim para denunciar Eva, assim ela o espancou depois da
aula.

Agora ela olha para a carta e a guarda em sua mochila, apenas olhando para frente e continuando a
caminhar, tentando não pensar muito nisso. Até ela finalmente avista a sua casa. Ela era bem
modesta em comparação a de Adam, tendo apenas 1 andar com teto de telha. Ela chega na frente
da porta e pega a chave em sua mochila, abrindo e tendo uma visão Familiar que ela tem
diariamente, o barulho de chiado é evidente junto com um saboroso cheiro de carne vindo da
cozinha. Ela fecha a porta e a tranca, caminhando em direção da cozinha e vendo a sua mãe no
fogão, ela arrasta uma cadeira e deixa sua mochila no chão apoiada.

“Cheguei!” Ela grita

“É eu percebi, como foi a escola hoje?”


“Normal, mas adivinha só acho que consegui um par pro baile” Ela fala dando um
sorriso

“Nossa! E qual é o nome dele?” Ela fala entusiasmada

“Dele não, dela, o nome dela é Ally e ela tá uns anos mais velha que eu”

“Oh ok, então que horas essa “Ally” Vai lhe pegar?”

“Penso que as 18 ou 19, a gente não falou muito disso. Nem sei se eu que vou lá pegar
ela”

“Ok, mas só não tenha expectativas altas, ano passado aquele tal de Timothy te trocou
por outra sem te falar”

“É, eu me lembro”

As memórias de ter recebido uma advertência por chutar Timothy nas bolas floresceu na mente de
Eva, fazendo ela rir levemente.

“Mas eu sinto que esse ano vai ser diferente”

“Bem, o seu vestido novo está em seu quarto, é melhor ir se arrumar”

“Ok…”

Ela olha para sua mochila com a carta dentro e fica de punhos cerrados, apenas a agarrando e se
levantando em direção ao seu quarto. Adentrando o mesmo e jogando sua mochila em sua cama.

Seu quarto é peculiar, quase não se dá para ver as paredes devido aos posters que ocupam ela toda,
com diversos armários com bonecos e filas quilométricas de livros, mangás e light novels. Em uma
mesa mais a direita é possível ver uma pequena televisão com diversos consoles ao seu redor,
muitos antigos, mas com vários modernos. Em sua cama tinha vários ursos de pelúcia e em uma
mesa ao lado tinha um computador, era fácil falar que esse quarto era o lugar mais caro da casa
toda.

Ela após jogar a sua mochila em sua cama, ela se vira e vai até o banheiro. Tomando um banho e se
perfumando antes de sair e vestir o seu vestido. Era bem simples em comparação dos vestidos que
ela sabia que veria nas festas, mas dá pro gasto. Pelo menos não é como ano passado que ela teve
que ir com o terno do primo dela. Ela rapidamente se veste e entra no quarto de sua mãe, pegando
as maquiagens dela e se preparando toda. Como ela não entende nada de maquiagem, ela pega o
seu celular, colocando em tutoriais, mas do jeito que fica não está nem de longe perto das beldades
que ela viu. Assim ela sai do quarto, descendo as escadas olhando pro relógio.

3 horas já tinham se passado.


“Nossa, acho que o tempo voa quando se está concentrado em algo”

“Filha, vem jantar logo”

A garota ao ouvir sua mãe caminha rapidamente em direção à mesa, lá encontrando 1 prato de
comida.

“Como você vai para esse negócio lá, eu achei melhor você jantar mais cedo”

“Ok, obrigada mãe”

A garota senta, pegando um garfo e comendo rapidamente tudo que estava lá. Ela termina e toma
um copo de água e um de refrigerante, saindo de casa e se sentando no chão, olhando para as
estrelas no céu.

“O baile começa daqui a uma hora e meia mais ou menos, acho melhor eu ir pegar ela
em sua casa. Talvez eu a ajude para pegar uma roupa” Ela grita para sua mãe ouvir
dentro de casa

“Ok, te vejo mais tarde querida”

Então a garota parte em direção a casa de Ally. Era um pouco longe, mas ela sabia o caminho.
Caminhando por mais ou menos meia hora e passando várias vezes por casais e pessoas sozinhas.
Tinha um garoto que ficava tossindo e uma pessoa que tinha uma gravata colorida com um cubo
mágico.

Ela começa a chegar na rua da casa de Ally, a mesma vivia em um bairro de baixa classe. A
maioria das casas eram simples e tinham bastante lixo na rua, mas a única casa um pouco superior
era a casa 616. Em sua frente havia uma grande árvore com uma corda amarrada a um pneu.

Ela caminha até a porta e bate nela diversas vezes… Mas ninguém veio, ela olha para as janelas e
as luzes estão apagadas. Mas, ela começa a ouvir vozes atrás, olhando vendo Ally distraída
olhando para o chão, mas… Ela está totalmente ensanguentada, carregando uma enorme espada na
mão que brilha com runas aparecendo em ciano, sua luz é tão forte que atravessa o sangue que nela
está e um coração cartunesco de cor ciano flutua na frente de seu peito.

“Ally?!” Ela fala boquiaberta


Ally para, olhando fixamente para Eva com um rosto de surpresa e um pouco de desamparo. Mas
isso não durou muito, pois segundos depois um estridente som ecoou pela cidade junto com uma
onda de energia que desliga todas as luzes, deixando a cidade no breu. A energia se dissipa,
deixando uma aurora boreal no céu.

A energia vem do monte Ebott.

Assim todos na cidade ficam com medo, os alunos no baile saem correndo para fora para ver o que
está acontecendo, pois de repente todas as luzes da escola se apagaram. Mas eles se deparam com a
cidade no escuro e uma grande aurora boreal. Muitos tentam pegar seus telefones, mas eles não
funcionam. E de repente, alguns postes explodem e caem no chão, acontecendo o mesmo em várias
partes da cidade. Um dos professores corre até seu carro, mas toma um choque quando toca a
maçaneta e recuando.

E depois de um tempo é possível ouvir passos, como uma marcha de diversas entidades
caminhando lentamente pelas ruas da cidade. Algumas pessoas agarram lanternas que
sobreviveram a explosão, apontando a luz e tendo uma visão de horror. Na frente havia uma coisa
meio humano meio cabra montando um cavalo com cabeça de formiga. Atrás dele havia Diversas
outras coisas, como gatos e jacarés antropomórficos, algo que parecia uma sereia deformada e uma
aranha montada em outra com diversas aranhas atrás.

O prefeito olha para isso horrorizado pela janela, agarrando o telefone de emergência e discando
alguns números.

“O INFERNO ESTÁ VAZIO E TODOS OS DEMÔNIOS ESTÃO AQUI!”

Assim, a barreira foi quebrada.

RE:TALE / CAPITULO 1 / INFERNO VAZIO


MARAVILHAS DE YGGDRASIL
Chapter Summary

É isso, os monstros se ergueram do monte ebott e agora a vida de todos na superfície


está para mudar. Uma estranha empresa começa a se fixar na cidade enquanto
segredos de pessoas sobre seus hobbies um pouco obscuros são revelados. Junto a
isso, um novo mundo é aberto quando a magia é descoberta

5 de setembro

15 horas

Já de tarde, Ally já havia retornado a sua casa horas atrás e estava deitada em sua cama olhando
para o teto com tédio. Ao lado de sua cama estava uma guitarra e um teclado com copos de
macarrão instantâneo sujos em cima. Do outro lado tem uma mesa com um laptop e em sua tela
havia bolhas de um abajur de lava, junto com alguns cadernos e estojos espalhados. Ela olha para
frente e vê a porta que leva para o corredor de sua casa e no chão tem várias roupas jogadas e um
terno estendido na parede.

Ally dá um longo suspiro e se levanta, esfregando os olhos e caminhando até a porta, saindo de seu
quarto. No momento que ela abre a porta, ela já ouve um som de rock pesado vindo do quarto a
frente, era o seu irmão que estava ouvindo em seu aparelho de som no último volume. A porta mais
a direita se abre abruptamente com a irmã de Ally saindo com um rosto emburrado, a garota de
pijamas caminha até a porta de seu irmão e bate diversas vezes nela, começando a gritar.

“LOGAN, ABAIXA ESSA BODEGA EU QUERO DORMIR, EU NÃO DORMI


ONTEM PORQUE EU TIVE QUE ESTUDAR PRA PROVA!”

A música continua alta e a garota continua batendo forte na porta e gritando, até ela olhar para trás
e ver a sua irmã apenas observando a situação.

“Ah! Ally me ajuda aqui pelo amor! Eu quero dormir!”

“Ta garota, sai da frente que eu vou dar um jeito”

A garota de pijama recua, com Ally indo até à porta e batendo levemente nela, mas sem resposta.

“Garoto, abre essa porta… Ok, você que pediu”


Assim Ally dá meia volta, indo até seu quarto rapidamente e pegando um kit de arrombamento,
colocando os pinos na fechadura e com poucos movimento um som de click é ouvido e a Ally abre
a porta. Maria, sua irmã, imediatamente recua com o cheiro que vem do quarto, mas Ally fica
parada apenas olhando aquela situação. A música estava muito mais alta agora e eles podem ver
logo o seu irmão dançando freneticamente, várias roupas estão estiradas pelo chão com várias
caixas de pizza no meio. O quarto parecia um lixeiro, mais a frente podia- se ver a mesa com um
computador, nele estava aberto um programa de música com heavy metal torando no máximo.
Mais a direita, ao lado da cama, Ally vê um grande sistema de som, se aquilo fosse um pouco mais
alto poderia ser considerado arma de guerra.

Assim a garota entra, indo até seu irmão que se sacudia fazendo uma guitarra imaginária
balançando os cabelos parecendo ter um ataque, mas ele volta ao normal quando a mão de sua irmã
voa até seu rosto e puxa a sua orelha com tanta força que parece que ela iria arrancar a mesma.

“AI SUA QUENGA ME LARGA”

“A então você pode me escutar, pensei que essa caixa de som já havia te deixado
surdo”

Então a garota arrasta o seu irmão para frente, tentando pisar na menor quantidade de pizza
possíveis e finalmente chegando até o computador, apertando o pause e desligando o som. Nisso
finalmente os ouvidos de Ally relaxaram, ela tava fazendo pose de durona, mas no fundo seus
ouvidos estavam gritando para ela sair dali.

“Garoto, o que você tinha na cabeça? Alguém vai acabar ficando surdo com essa
barulheira toda e esse alguém provavelmente vai ser você, nem nos meus dias de ouro
eu ouvia música tão alto assim”

“Pela última vez eu já falei para você não entrar no meu quarto, porque você não
mandou uma mensagem que eu abaixava o som! E o assunto dos meus ouvidos
interessam a mim mais ninguém”

“Garoto você é um caso perdido, agora limpa esse maldito quarto e vai tomar um
banho seu filhote de cruz credo, se não eu vou atear fogo nesse som”

“Vai embora!”

Ally sai do quarto finalmente com logan fechando a porta furiosamente. A garota olha para o lado
e vê a sua irmã olhando para ela.

“Então, ficou a noite toda estudando de novo?”

“Obviamente! A prova de física vai ser amanhã e ela vai estar tão difícil que EU vou
ter dificuldade, se eu não estudasse provavelmente iria tirar um 0”

“Então garota, vai pro baile?”


“Ally, tu sabe que eu não tenho idade pro baile, é só permitido de 14 para cima”

“A é verdade desculpa ae sis”

“Então, você vai?”

“Bem provavelmente mas…”

Do nada o telefone de Ally toca, ela puxa ele do bolso e olha para a tela, dando um longo suspiro e
esfregando o rosto.

“Desculpa ae mari, vou ter que atender”

“Ok, vou tentar voltar a dormir de novo”

Diz a garota bocejando e voltando ao seu quarto.

Ally entra e fecha a porta, fechando as persianas e se sentando na cama. Ela atende o telefone e
olha séria para frente enquanto o coloca em seu ouvido.

“Alô”

“Olá! Você gostaria de pizza?”

“Sim, meia de anchovas e meia holandesa com bordas de catupiri defumado”

Um longo silêncio se inicia até uma voz robótica se pronunciar.

“Bom dia agente, a sua missão hoje será no depósito da rua calamar bonte 14, um
grupo de criminosos se instalou no local, a sua missão é invadir e matar toda alma viva
que ali está”

“Sim, supremo mestre”

“E lembre-se 失敗しないでください”

Ele desliga e Ally imediatamente se levanta, caminhando até a porta e colocando a mão na
maçaneta. Ela olha para o lado e vê o seu terno, olhando de volta para a porta e dando um suspiro
enquanto sai. Pelo corredor ela caminha vendo as portas de seus irmãos até chegar na sala de sua
casa que estava uma bagunça, o sofá tinha roupas jogadas e a televisão estava ligada apenas
passando estática. Ally caminha em direção da TV e a desliga, pegando as roupas e colocando no
cesto do banheiro ao sair de casa. Ela olha para ambos os lados e não vê ninguém, apenas a sua
vizinhança, a rua estava cheia de lixo e havia um bueiro com um líquido fétido vazando. Vários
cachorros, ao ver Ally, partiam para cima apenas para serem agarrados por suas coleiras logo
depois, claro, isso não os impedia de latir como se o mundo fosse acabar.
Ally olha para seu relógio, faltavam algumas horas para o baile.

Ela esfrega o rosto e sai correndo, quanto mais rápido ela terminasse o serviço mais rápido ela
poderia retornar e se arrumar para o baile. Assim ela saiu como um raio, indo até o lado de sua
casa e pegando uma chave em seu bolso, dando partida a sua moto que estava parada no local. A
moto tarda, mas finalmente liga, pegando um capacete com orelhas de gato que está apoiado no
chão e colocando em sua cabeça e finalmente colocando o pé na estrada.

O vento entra por seu nariz e boca a refrescando completamente, suas roupas de cor ciano brilham
com a luz do sol junto com seus olhos azuis. A garota sai do seu bairro em questão de minutos e
chega na área principal da cidade, vendo diversas pessoas em uma praça se divertindo e uma
garota estranha com roupas listradas olhando para ela com um cubo mágico na mão, os olhos dela
a seguiam enquanto a moto ia para outra rua até ela perder de à vista.

Ally sabia que não tinha tempo para se preocupar com coisas assim, então apenas continuou o seu
trajeto até finalmente chegar em seu destino, um grande depósito com diversos carros parados ao
redor. Ela para a sua moto em um beco aproximadamente 100 metros de distância do local em si e
fica observando por um tempo antes de finalmente agir, tirando o seu capacete e fechando os seus
olhos e o largando.

E enquanto o capacete cai, ela suspira, abrindo os olhos no momento do impacto e sua alma
aparece instantaneamente.

Uma alma de cor turquesa que pulsa, na sua frente aparece uma tela que fica vagando pelo ar, nela
diz “Ally Parker lv 19” junto com pontos de vida, ataque e defesa. Ally suspira de novo e uma
grande katana surge em sua mão formada de partículas de energia que surgiram ao redor, várias
letras em kanji brilham em sua lâmina com uma aura brilhante que dá medo com um simples
olhar. A garota olha para a sua lâmina e sorri, com isso a tela some e ela salta, se agarrando na
escada de emergência no prédio acima dela, escalando e indo até o telhado. Ela corre e pula de
prédio em prédio até chegar perto do depósito, segurando a sua katana com tremenda força e se
jogando, atravessando uma janela e finalmente adentrando o local. Ela pousa em cima de uma
passarela, olhando ao redor e vendo diversas pessoas olhando para ela assutadas. A maioria eram
trabalhadores que carregavam pacotes e pacotes de um bloco negro, eles apos isso saem correndo e
apertam o alarme, com diversos homens entrando no local carregando pistolas. Eles miram na
garota, ela em contrapartida, sorri. Ally caminha e pula outra vez agora para o chão, olhando os 5
homens apontando armas para ela.

“QUEM É VOCÊ? IDENTIFIQUE-SE!”

“Oras, nem para vocês me darem um presente de Boas-vindas?”

Um deles dispara, mas com uma velocidade tremenda a garota agarra a sua katana, subindo e
defendendo o projétil com facilidade. Ele se choca com a lâmina e é ricocheteado, voando e
acertando um dos blocos pretos, com um pó de mesma coisa voando para cima
Todos os homens ficam assustados após isso e apontam as suas armas com mais firmeza.

“S-SUA… DESGRAÇADA!”

“Percebo que meus anfitriões não têm muitos modos…”

O mundo fica preto e branco.

Ally apenas levanta a sua katana, cortando a primeira bala em duas, separando os seus trajetos com
“v” e aproveitando a posição de sua mão, abaixando rapidamente e pegando outro projétil. Em
seguida ela movimenta a katana para o lado, fazendo a bala continuar sua trajetória, mas com outro
alvo. Ela avança para frente, cortando uma bala mais a frente e usando o movimento vertical para
jogar os restos que ricocheteiam violentamente no chão e continuando a andar, cortando e
alterando a trajetória das balas com sua katana até finalmente chegar no primeiro capanga.

Ally consegue ler ele facilmente, poderia matá-lo de tantas formas diferentes que é difícil de
enumerar, mas ela está com pressa, apenas fazendo um corte limpo que arranca um pedaço de sua
cabeça. O próximo ela chega em pouco tempo, com um corte na horizontal em seus 2 braços que
seguram a arma, deixando-os inutilizáveis e de brinde cortando a arma dele em 2, se afastando um
pouco e atravessando a cabeça dele com a ponta da espada. Ela olha para o outro homem que
agora começou a perceber a presença de Ally ao seu lado e ela dá um sorriso.

Ainda com sua espada fincada na cabeça de seu inimigo, ela avança para o lado, cortando a cabeça
onde está presa e usando a força aplicada nessa manobra para já cortar o crânio do outro ao seu
lado. Ela já se prepara para atacar o próximo, mas percebe uma bala chegando perto de seu rosto,
ela estava tão concentrada em matar os 3 que esqueceu dos outros 2 mais atrás. Mas ela não entra
em pânico, apenas levantando a espada levemente e barrando a trajetória da bala, a mesma fica
totalmente achatada e cai no chão.

Ela dá um sorriso e avança novamente, finalizando os dois com um limpo corte que os fatia no
meio. Ela suspira e limpa o sangue de sua katana enquanto caminha para a próxima porta, a abrindo
e olhando para frente, eles estavam esperando por ela.

Imediatamente as balas voam, no mínimo 10 pessoas usando metralhadora atirando até a munição
acabar. Ela com sua percepção extra veloz, percebe as balas vindo em câmera lenta, pegando a sua
espada e a levantando sutilmente, barrando a bala no ar que ricocheteia ao chão. Assim ela faz com
outra e por diante, desviando as balas como se fossem nada. Para as pessoas que estão metralhando
a garota, ela é um vulto. Sua espada mexe tão rápido que é impossível de acompanhar com os
olhos, ela parece se movimentar na velocidade da luz, o ar ao redor dela fica em um fluxo
constante enquanto ela balança a espada em uma velocidade supersônica e a munição da arma de
todos acaba.

Todos continuam apertando o gatilho com medo, com as mãos trêmulas virando e indo puxar outro
pente de munição, mas ela é mais rápida.

Visualizando uma brecha e avançando, pegando sua katana e fazendo um corte liso que
imediatamente corta todos ao meio, voando sangue para todo lado que jorra no rosto da garota que
aparenta indiferença contra as pessoas que acaba de matar. Após todos os seus corpos caírem no
chão ela olha para os lados, vendo outra porta, ela entra em seguida e vê vários outros bandidos e
funcionários, muitos fugiam, mas alguns mais leais continuavam a lutar mesmo não tendo chance
alguma. Ally corria como um raio pelo local, se defendendo das balas que voavam e assassinando
todos que via. A parede do local em pouco tempo se torna vermelha, isso não é uma batalha.

É um massacre.

Até sobrar só um, todos os funcionários e bandidos que ficaram para lutar agora estão deitados no
chão já sem vida, um único bandido segurando uma metralhadora resta, mirando com as mãos
trêmulas na garota que caminha seria até ele. Sua roupa antes azul agora está totalmente
ensanguentada, sua katana está mais vermelha do que antes com kanji brilhando tão forte que
penetra o sangue.

O homem chora não sabendo o que fazer, vendo todos os seus colegas e amigos mortos no chão.
Ele apenas grita e aperta o gatilho, mas mesmo antes da primeira bala ser disparada ele já estava
fatiado ao meio, a bala sai do cano da arma e o recuo dela separa as duas partes do corpo, o
fazendo cair em dois no chão.

A garota caminha pelos corpos, tentando não pisar neles, mas melar o seu sapato em sangue é
inevitável. Ela caminha até a porta, abrindo e vendo um carro sair e virar a esquina e correr em alta
velocidade, Ally dá um suspiro e grunhe de sono.

“Droga… Vou ter que voltar para casa a pé…”

E ela pega um pequeno controle, apertando um botão e um barulho de alarme é ouvido. A moto de
Ally se liga e avança para frente a toda velocidade, se chocando no carro e explodindo.

Ela olha para os lados e vê que está anoitecendo, pegando o seu celular e vendo que falta 1 hora
para o baile e entra em pânico, guardando o celular e saindo correndo em sua velocidade máxima.
Ela passa varrendo as ruas, uma enorme massa de vento segue ela pelo caminho, levando lixo e
acionando o alarme de carros. Várias pessoas são jogadas levemente para trás, algumas têm seus
rostos acertados por um jornal, outras têm suas roupas levantadas. E assim ela finalmente chega em
seu destino, parando de correr em sua rua e ficando ofegante. Ela vê a sua katana já sem muito
sangue pelo enorme vento de sua corrida, mas o sangue já havia se prendido em sua roupa, ficando
totalmente vermelha. A sua alma estava visível na frente de seu peito pairando pelo ar. Ally não
quer perder tempo com isso, ela caminha para frente exausta, chegando na frente de sua rua
olhando para o chão.

Mas ouvindo uma voz.

“Ally?!”

Ela olha para frente, vendo Eva a garota que convidou para o baile mais cedo na escola olhando
para ela espantada. Ela estava segurando a sua katana e estava totalmente ensanguentada com sua
alma aparecendo na frente de seu peito, Ally só teve tempo de fazer sua alma sumir e abrir
levemente a boca, quando um enorme estrondo toma toda a cidade. As luzes desligam e vários
postes de luz explodem e uma enorme aurora boreal aparece nos céus.

“O’quê?!”

Grita Eva assustada, se afastando e olhando para o céu. Ally avança um pouco até ela, tentando
esconder a sua katana, mas sem muito sucesso.

“Ah!... Oi, Eva, o que você tá fazendo aqui?…”

“Eu… Vim buscar você mas… Você tá bem!? Você está toda ensanguentada! Nós
temos que ir pro médico?”

Ally dá um sorriso forçado e tem uma ideia.

“Não se preocupe… Isso? Não é nada! O sangue é falso, eu to usando uma fantasia,
pro baile”

“A… Mas o baile é a gala, ninguém vai estar usando fantasia… “

“Ah!... Eu não sabia, eu sou tão burra… Ok eu vou entrar e me trocar, eu devo ter
alguma roupa sobrando”

“Mas… Acho que teve um apagão, pelo que eu to vendo em toda cidade. Não acho
que vai ter baile mais hoje…”

“Ok, eu vou entrando e você fica esperando aí, quando eu me trocar eu te vejo
TCHAUUUU!!”

A garota fala isso enquanto fecha a porta na cara de Eva, ela se vira e suspira limpando o suor de
sua testa, se desfazendo de sua katana e correndo até seu quarto. Entrando e se sentando no chão
enquanto se apoia na porta, ela olha para os lados e vê o breu e se levantando para tomar um
banho.

Ela se troca e tira o sangue que estava em seu corpo, saindo para se encontrar com Eva, mas não
havia ninguém lá. Em vez disso, havia um bilhete colado na parede, ele diz “Ally , tem algo de
errado, eu vou ver se minha mãe tá bem".

A garota agarra a folha, lendo e olhando para o céu. Ela pode ouvir um tumulto em toda a cidade e
de uma hora para a outra, a aurora boreal é cortada por helicópteros que chegam aos montes na
cidade. Ela olha para as ruas ao lado e vê diversos carros blindados chegando, com uma logo que
Ally não conhece.

Algo certamente estava muito errado.

5 meses depois

6 de janeiro de 202#

Absoluto escuro

Tudo que existe e um dia existirá, nada passará do puro e absoluto nada.

É isso que pensa a garota, seu corpo é branco, um branco absoluto que dói a cabeça para tentar
processar.

Poucas linhas negras determinam onde ela existe e não existe.

Ela segura um lampião, tão branco quanto ela. Ele emite uma chama que ilumina o local
parcialmente, gerando uma pequena área com forma de chama que deixa o seu redor claro, ela
caminha por milênios.

Tentando e tentando voltar para casa, até finalmente chegar.

Na fronteira.
A fronteira entre a absoluta escuridão e o absoluto claro.

Mas algo está diferente.

Antes a fronteira era dupla, mas agora ela é tripla.

A garota de branco olha para a fronteira branca, vendo uma garota como ela, mas segurando um
lampião negro, gerando um efeito de chamas como o dela. Ela parece estar tão surpresa quanto a
garota branca.

Olhando para a terceira fronteira, uma fronteira vermelha.

A garota de branco conhecia o motivo do absoluto escuro, ele representava a dolorosa verdade, a
amargura, a injustiça daqueles que nada podem fazer e a determinação corrompida de se realizar
tudo que quiser.

A garota de preto, sabia o motivo do absoluto claro. Ele representa a luxúria, a reconfortante
mentira e o doce abraço da ignorância e a pura representação da magia.

Mas ambas não tinham a mínima ideia do que era o absoluto vermelho

Até perceberem alguém.

Lá estava, assim como às duas, uma garota. Ela segurava um lampião que emitia um fogo azul, seu
corpo era fantasmagórico e estranho, era como se ela não existisse.

As 3 se aproximam da fronteira, um espaço triangular onde elas podiam se ver mais claramente.
Chegando cada vez mais perto, levantando as suas mãos e se aproximando mais uma da outra, mas
quando elas iam se encostar.


A garota de azul invade o infinito claro, agarrando a mão da garota em branco e violentamente a
arrastando para o seu plano de existência.

E imediatamente ela entende o significado.

O que o infinito vermelho realmente é.

O infinito vermelho é o desejo, a vontade, a malícia, a determinação de fazer tudo possível e


impossível para cumprir um objetivo. Assim a garota de branco cai no chão, seu lampião se apaga
e o vermelho a consome. A sua alma finalmente se projeta na frente de seu peito, uma alma branca
virada para cima. Ela olha para seus braços e eles estão se rachando, ela tenta se levantar, mas suas
pernas se partem em 2.

Sua alma racha com o vermelho invadindo ela, olhando de novo para a garota em vermelho e
percebendo.

O seu sorriso.

Sorrindo enquanto caminha até ela, seu braço se parte em 2, ela cai finalmente sem esperança no
chão. A garota de vermelho se aproxima mais e mais até.

Eva acorda.

Se levantando rapidamente com um leve grito, sua cabeça dói e sua visão é embaçada.
Ela esfrega os olhos e limpa o suor de sua testa, sua respiração ainda é ofegante e quando ela
finalmente olha de novo para frente.

Ela vê algo peculiar, em sua frente havia um coração. Um coração cartunesco e completamente
branco.

Ele fica parado no ar apenas existindo, ela continua olhando para ele sem entender nada,
começando a se aproximar e pronta para tocar no mesmo, mas logo em seguida a porta de seu
quarto se abre e ela vê sua mãe na porta.

“EVA, VEM TOMAR CAFE, A ESCOLA É EM 20 MINUTOS!”

Quando ela fecha a porta, a garota olha para frente novamente, percebendo que o coração flutuante
sumiu. Ela tenta ignorar isso, achando que estava alucinando, pois acabara de acordar. Se
levantando e saindo de seu quarto, tentando ao máximo não pisar nas peças de lego que deixou no
chão e finalmente chegando na cozinha. Lá ela vê a sua mãe com um terno, na mesa há várias
planilhas e mais afastada tem uma tigela com cereal e leite. A mulher está comendo como um raio,
tentando comer toda a comida que conseguir no menor tempo possível, ela quase se entala, mas
tosse um pouco e volta ao normal. Então logo termina de comer.

A garota apenas se senta e começa a comer calmamente, mas logo ela se lembra que tem escola em
20 minutos e acelera o passo. Comendo todo o cereal e bebendo o resto do leite da tigela e se
levantando. Ela corre para o seu quarto, pegando primeiro perfume que acha e borrifando em seu
corpo todo, tirando o pijama e colocando a sua roupa normal e saindo correndo de casa junto com
sua mãe, gritando um tchau enquanto às duas viram para lados diferentes da calçada na frente de
sua casa e começando a correr como se o mundo fosse acabar. Ela corre vendo os arredores, agora
em toda cidade há diversas câmeras de segurança com a logo “GKC” nelas, vendo a praça e outros
locais da cidade rodeadas de soldados, carros blindados indo para lá e pra cá. A praça era um dos
maiores lugares guardados, em volta dela havia muros enormes e diversas grades.

Eva não tinha certeza, mas todos na escola diziam haver monstros.

Muitos dizem que no dia do baile, logo depois do apagão, os tais “monstros” emergiram do monte
Ebott e marcharam pelas ruas da cidade, logo em seguida a "GKC" chegou. Eva não conhecia essa
tal "GKC", sabia ser uma empresa terceirizada que fabrica armas para o governo, eles fizeram um
acordo e mantêm eles nesses lugares fechados até conseguirem os implementá-los na sociedade
novamente.

Logo ela finalmente chega na escola, as portas estavam quase se fechando então ela corre o mais
rápido que suas pernas conseguem, entrando por pouco antes da porta se fechar. Ela cai no chão
ofegante, suas pernas estão dormentes e se negam a continuar. Eva pensa “Céus, eu deveria correr
de vez em quando” e se levanta, voltando a correr até sua classe. Olhando para o relógio, ela vê que
faltam 5 segundos para o sinal tocar.

Caso o sinal toque, ela receberá sua décima advertência em 5 meses, isso iria complicar bastante a
sua situação na escola, então ela volta a correr mais rápido. Vendo a porta no final do corredor.

4.4 segundos restantes

Ela continua a correr, tão rápido que parece que seu coração vai explodir.

3.7 segundos

A porta fica cada vez mais perto, Eva observa a sua professora vendo ela correr. Seu rosto é uma
mistura decepcionada e aborrecida, ela olha para um relógio e coloca a mão na porta.

2.4 segundos

Faltando poucos metros, Eva já consegue ouvir os murmúrios de seus colegas.

1.1 segundos

Sua professora começa a fechar a porta, Eva acha que vai desmaiar.

0.4 segundos

A porta está quase fechada então não resta alternativa. Eva se joga e cai no chão de sua classe e
assim a porta se fecha.

“Maravilhoso, chegando exatamente 0.1738 segundos antes do sinal tocar, se eu fosse


você iria concorrer a corredora olímpica… Agora vai se sentar”

“Ok só esp… Ra um se… Gundo”

A garota está ofegante, suas pernas estão dormentes e seu coração parece que vai saltar pela goela
a qualquer instante, assim ela caminha quase desmaiando até sua cadeira.

Sua professora caminha até a mesa, pegando um copo de café e dando vários goles e finalizando ao
dar um grosso suspiro. Ela olha para seus alunos e dá um sorriso ligeiramente forçado.
“Bem, acho que vocês já se deram conta do que está acontecendo na cidade”

Ela fala isso enquanto olha para uma câmera de segurança com o símbolo da "GKC" estampado
em sua carcaça. Um pequeno led vermelho se liga e desliga a todos os momentos.

“Bem, as criaturas que saíram do monte Ebott se chamam monstros”

Ela se vira, agarrando um pequeno giz em sua mesa e desenhando uma bola com 2 pernas e 2
braços.

“Ou seus nomes reais sendo nulla homo magicus, que significa não homem mágico”

Ela continua, desenhando uma pequena pessoa ao lado do desenho do monstro de 1 olho.

“Hoje fui autorizada a lhes falar algumas coisas sobre a magia, sim ela existe”

Um murmúrio se forma entre os alunos, Eva apenas olha para a sua professora sem falar nada. Em
seguida a professora desenha um coração.

“Magia era conhecida entre poucas pessoas do governo e iniciativas privadas, mas
agora com a aparição dos monstros eles decidiram a tornar pública”

Então ela fecha os olhos, levantando a sua mão para frente e do nada um coração verde aparece,
flutuando na frente de seu peito. Eva olha para aquilo chocada, era exatamente como o coração que
apareceu em sua frente quando acordou, apenas tendo uma cor diferente e todos os outros alunos
olham para aquilo desacreditados. Muitos tiram seus telefones para fotografar escondidos.

“Isso é uma alma, uma representação do meu eu. Por causa de seu formato, a liberação
de magia é extremamente limitada, por isso os monstros conseguem usar magia tão
deliberadamente”

A alma some, ele se vira e volta a desenhar no quadro, agora desenhando outro coração, ao lado
daquele que acabara de desenhar mas agora de cabeça para baixo.

“A alma de um monstro é de ponta cabeça e totalmente branca. Mesmo podendo usar


magia sem maiores problemas, a alma de um humano é tremendamente mais poderosa
e caso um monstro recebe a essência da alma de um humano, o mesmo irá ficar muito
mais forte. Agora, tentem manifestar sua alma”

E assim eles fizeram, vários fecham os olhos e se focam, com diversas almas aparecendo na frente
de seus peitos. Muitas almas eram verdes, azuis, ciano e laranja, Eva olha para o seu peito e se
concentra, mas nada acontece.
“Muito bem, as almas são divididas em 7 categorias, amarela, azul, ciano, roxa,
laranja, verde e vermelha, cada uma delas possui uma especialidade em magia, por
exemplo.”

A professora levanta a mão, gerando um pequeno cubo verde. Ele parece ser feito de um vidro
estranho, com uma aparência etérea

“A habilidade da alma verde é geração de escudos, isso pode ser usado de forma
ofensiva e defensiva, mas não se preocupem vocês não vão precisar usar isso tão cedo,
eu mesma demorei dias para conseguir gerar esse pequeno cubo”

Ela fala enquanto vários alunos fazem poses e começam a fazer força para gerar algum efeito, mas
nada acontece.

“Assim, o dever de vocês é catalogar a sua alma e tentar gerar algum efeito, não
importa a potência que esse efeito tenha. Vocês têm até amanhã”

Assim a aula foi se seguindo. Eva olhava para o papel na sua frente, ela não consegue invocar a
sua alma não importa o que aconteça, mas se lembra de hoje mais cedo quando a sua alma
apareceu, ela era totalmente branca e sua professora não citou essa cor enquanto explicava, ela
olha para todos os seus colegas conversando e invocando suas almas.

Todas as mesmas coisas que sua professora outrora falou, mas nenhum tem uma alma branca e
pior, ela falou que apenas monstros têm almas brancas. Pelo que ela sabe que ela não é um
monstro. Ela fica cada vez mais insegura, olhando para o papel sem ideias por horas até finalmente
o sinal tocar e todos os alunos se levantam e começam a andar até a saída, muitos ainda com suas
almas invocadas.

Alguns entregam o dever para a professora, mas a maioria ainda não terminou, ela então fala para
quem não terminou entregar amanhã, isso fez Eva finalmente se levantar e caminhar para o lado de
fora.

A garota caminha de cabeça baixa, indo direto para o pátio e se sentando no chão em um cantinho
escuro um pouco mais afastado das outras pessoas, abrindo a mochila e tirando um pequeno
sanduíche embrulhado em papel alumínio. Assim que ela volta o seu olhar para frente, tomando
um susto vendo o rosto de sua amiga Erine olhando para ela de uma distância nada confortável, a
fazendo dar um pequeno grito e avançar para trás, se esbarrando na parede.

“AH DESC…

"Tá tá, desculpa, só por favor não faz isso de novo”


“Ok… Então, você teve aquela explicação daquele negócio lá?”

“Sim”

“QUE LEGAL, EU NUNCA IMAGINEI QUE MAGIA FOSSE POSSÍVEL!”

“Erine, para de gritar, isso dói meus ouvidos”

"Ai desculpa eu de novo… Mas eai, qual é a sua alma?”

“Pra ser sincera, eu não faço a mínima ideia, eu nem consegui invocar ela…”

“Nossa que ruim… Bem eu consegui invocar mais ela é meio estranha”

Os ouvidos de Eva se realçam, ouvindo o que sua amiga irá falar.

“Ele não é de nenhuma das cores que a fessora falou, olha”

Assim Erine estende a mão, fechando os olhos e invocando a sua alma.

Ela era roxo claro, reflete muita luz e gera uma aura belíssima, com pequenos curtos elétricos ao
seu redor. Eva não fazia a menor ideia do que essa alma era.

“Estranho… Definitivamente estranho, você mostrou isso para a professora?”

“Sim, mas ela também não soube, ficou vasculhando por um livro por 5 minutos,
depois me falou que ia falar com um membro da "GKC" sobre ela”

“Ok… Você trouxe lanche?”

“Sim! Trouxe um pastel de queijo, você?”

“Sanduíche de geleia e pasta de amendoim”

“Eca, sabe eu não sei como você gosta dessas coisas”

“E eu não sei como você gosta de comer leite de vaca estragado com carne de animais
mortos na beira da estrada e fritada em um óleo que já fritou meio mundo antes”

“Ei! Queijo não é leite estragado e o presunto é do bom, eu mesmo vi a minha mãe
comprando”

“Ok sua doida”

Então às duas se sentam, pegando os seus respectivos lanches e se sentam uma ao lado da outra,
começando a comer e comer. Elas conversam sobre assuntos diversos enquanto elas olham o
tempo passar, então Erine fala.

“Então, como estão as coisas com a Ally?”


Eva engasga, indo um pouco para frente e tossindo por um tempo até voltar a si.

“Ally? A eu não vejo ela faz um tempo… A gente vem se falando nas aulas de vez em
quando, mas nada além disso”

“Oh oki oki, só espero que tudo dê certo, enfim eu vou ir para a minha sala,
tchauuuuuu!!”

Então a garota se levanta e sai correndo, deixando Eva sozinha sentada lá. Ela olha para o relógio e
vê que faltam 40 segundos para o fim do intervalo, então ela se levanta e limpa um pouco a sua
calça, indo caminhando de volta para a sua sala.

No caminho ela começa a ficar distraída, olhando para os arredores, pois ela já sabia o caminho até
sua sala de cor. Iria chegar lá mesma se fosse de olhos vendados, isso resultou nela se esbarrar com
outra pessoa. Ela se afasta um pouco e fica desnorteada, voltando a sua atenção ao obstáculo e
acabara de se bater, vendo ser um garoto em torno de 1 ano mais novo do que ela. Ele usava uma
roupa branca, em cima um pequeno casaco bege. O mesmo esfrega o rosto no local onde acaba de
colidir com Eva, abrindo os olhos e se deparando com ela. Ele estava com raiva, mas assim que viu
ela, ficou calmo. Eva diz.

“Desculpa, desculpa mesmo”

E sai. O garoto vira, indo falar algo, mas Eva sai de vista. Ela vai direto a sua sala onde entra e
senta imediatamente. Logo depois o sinal toca, com a sua professora entrando carregando uma
mesa com rodinhas, em cima dela havia um televisor de tubo preto, a colocando na parte mais
central de sua sala e pegando o seu plugue e colocando na tomada, agarrando o controle remoto
enquanto olha para a turma.

“Bem, iremos iniciar a nossa aula de hoje com um pequeno vídeo. Após a libertação dos monstros,
uma pequena garota chamada Frisk emergiu junto com eles, vocês todos devem se lembrar do caso
das crianças desaparecidas não é? Pois bem, cada uma dessas crianças tinha uma alma de cada
característica, elas caíram e… Ajudaram com a libertação oferecendo suas almas. Assim que Frisk
caiu lá, ela usou a sua alma junto com a de todos os outros humanos para libertá-los, destruindo a
barreira que selava os monstros a uma eternidade. Mas infelizmente a magia era poderosa demais,
apenas Frisk sobreviveu a quebra e foi decidido pelos monstros e a "GKC", para definir Frisk
como um intermediário, aquela que iria ajudar na criação do vínculo entre os humanos e monstros.
Por isso venho vos mostrar um vídeo disponibilizado para nós pela "GKC”.”

Assim a professora se vira, apertando o botão e finalmente ligando a televisão. A primeira coisa
que veem é a estática que aparece assim que a tv é ligada, logo depois a imagem se forma,
revelando o rosto de uma garota de no máximo 11 anos. Suas roupas eram listradas, variando entre
as cores roxo e azul. Seu cabelo era marrom e seus olhos eram baixos, uma pessoa normal caso
passasse os olhos rapidamente pensariam estarem fechados, mas esse não é o caso dessa garota.
Mesmo seus olhos estavam quase fechados, era possível ver suas pupilas, elas eram vermelho
escarlate, Eva nunca pensou ser possível ter tal cor nos olhos. Então ela abriu a boca e começou a
falar.
“Olá a todos que estão vendo esse vídeo. Gostaria de agradecer a vocês por essa
oportunidade, a "GKC" junto com os monstros estão fazendo um importante papel
para a inclusão dos monstros de volta na sociedade humana. Agora iremos falar sobre
o motivo dos monstros estarem no subsolo do monte Ebott por todo esse tempo. Como
vocês já sabem, existe uma lenda que os monstros vivem abaixo do monte Ebott muito
tempo mesmo antes de sua aparição, essa lenda se trata da guerra que aconteceu a
centenas de anos e nessa época os monstros viviam em paz com os humanos. Vocês
devem estar se perguntando o motivo de que se os monstros viviam junto com os
humanos nessa época, como vocês não sabem que eles realmente estavam ali e eu vos
respondo, pois todos que sabiam da guerra foram calados. Ela aconteceu por baixo dos
panos, com os monstros cada dia sumindo da superfície. Eles tentavam lutar, mas os
números de humanos é bem maior, então o número de monstros de milhares, caiu para
centenas. Os que sobraram foram trazidos para o monte Ebott e foram selados com
uma barreira mágica, os soldados remanescentes acamparam aqui, mas os governantes
da época não queriam que ninguém soubesse que monstros existiam, então queimaram
todos os registros deles e usaram magia para caçar e matar as pessoas que resistiram.
Os soldados também foram afetados pela magia e esqueceram da guerra, a eles foi
dada a informação que viviam aqui, assim essa cidade foi criada.”

Eva não falou nada, apenas ouvindo a explicação enquanto ficava apoiada com os braços em sua
mesa. Em toda a sala podia se ouvir murmúrios de alunos falando, sobre os monstros e as histórias
que Frisk estavam falando, alguns diziam que não achavam que essa história era besteira, outros
apenas comentavam como magia era um máximo, mas Eva nada fez, apenas olhou para a televisão
enquanto Frisk continuava a falar.

“Essa cidade é o único local no mundo onde a lenda dos monstros ainda existe, mesmo
com magia era impossível fazer os milhares de soldados esquecerem o seu inimigo.
Muitos ainda sonhavam e tinham ecos do passado sobre os seres bestiais e a história
foi se passando como uma lenda entre as gerações. E é isso, espero que todos tenham
entendido a história! Adeus!”

Assim o vídeo acaba. Ângela, a professora, desliga a televisão tirando o plugue da tomada,
arrastando a mesa onde ela se encontra até o lado de fora da sala e retornando para dentro logo
depois.

“Bem, espero que todos tenham entendido, agora iremos voltar às nossas atividades
normais. Todos peguem o livro de matemática a abram na página 33”

E todos assim fazem.

5 de janeiro de 202#

2 da manhã

O ambiente está escuro, escuro até demais. A única coisa que ilumina é a pequena luz vermelha
que pisca. Ally estava lá, deitada em seu quarto. Ela não dormia, simplesmente olhava para o teto.
A garota está apavorada pois… Amanhã a sua mãe vai voltar.

Ally mal conhecia a sua mãe, vivia sozinha como guardiã legal de seus irmãos a meses. Ela havia
saído de casa, pois tinha um emprego importante na "GKC" e como a mesma estava se
estabelecendo cada vez mais na cidade, ela iria retornar e começar a trabalhar aqui. Ally não vê o
rosto da mãe a mais de 7 meses, ela ligava 1 vez a cada 2 meses e mandava dinheiro para ela
alimentar os seus irmãos e a si própria, ela não sabia se ficava triste ou feliz, "tê-la por perto seria
melhor, né?" Ela pensou, mas ela não tem certeza se quer ver o rosto da mãe. Às vezes ela a
odiava, às vezes sentia falta, mas agora ela é indiferente. Acha que a vinda de sua mãe não irá
afetar nada.

Assim ela se levanta, olhando para o seu relógio e vendo que já são 2 da manhã. Ela não conseguiu
dormir, havia ficado deitada com os olhos fechados por 2 horas, até finalmente se levantar e
desistir. A preocupação que tomava conta de sua cabeça era grande demais para a deixá-la
descansar. Ela vai caminhando pelo corredor escuro de sua casa, apenas iluminando o caminho
com a lanterna de seu celular, indo até à geladeira e pegando uma cerveja e depois voltando ao seu
quarto, abrindo a janela e sentando. Ela olha para o céu, ele está mais estrelado do que de costume.

Ela abre a cerveja e toma um gole, fazendo uma careta e devolvendo a cerveja para a mesa. Ela já
bebeu algumas vezes, mas nunca gostou da bebida realmente. Ally olha para os lados e vê um
papel meio sujo dobrado ao canto e agarrando-o e abrindo, vendo a carta que Eva havia deixado no
dia da quebra. No lado oposto ela vê um número de telefone, ela olha para ele e suspira, agarrando
o seu celular e começando a digitar lentamente o número, mas parando na metade. Ela olha de
novo para o papel, suspirando e guardando o celular e colocando o papel de volta para o seu local
de origem, pegando a cerveja e tomando outro gole, olhando para o céu estrelado e ouvindo algo
peculiar.

Barulhos que parecem balas sendo disparadas, o barulho fica cada vez mais forte até passar um
helicóptero por cima de sua casa.

Ele voava a cerca de 200 metros do solo, nele havia uma logo da "GKC" estampada em branco.
Adentrando o veículo é possível ver seus passageiros, 2 pessoas usando uma roupa de soldado
negra com um capacete com visor que impossibilita a vista de seus rostos. Mais ao fundo tem 2
pessoas com jaleco de cientista, um deles dorme e o outro mexe no celular jogando um jogo para
passar o tempo.

E mais ao fundo tem uma mulher e um homem.

A mulher usa roupas de cientista, seus cabelos são ruivos e ela apenas olha para frente. Em seu
peito ela possui um crachá que deixa o seu nome bem visível junto com uma foto de seu rosto, seu
nome era Bella Parker.

Ao seu lado tem um homem, seus cabelos são pretos e ele usa um óculos escuro, usando o mesmo
jaleco de cientista que dá cientista ao seu lado. Ele aparenta dormir, seu nome é Nathan Belladona
ou apenas Bell para os mais íntimos. Todos parecem estar relaxados até uma súbita voz tomar o
ambiente.

“Todos acordem, estamos chegando na base!”

E todos que estavam dormindo acordam abruptamente. Nathan dá um pequeno pulo e olha para os
arredores, tirando os óculos escuros por um tempo e olhando para Bella que estava ao seu lado.

“Você ronca”

“Quê? Bella eu falei para você me acordar se eu roncar!”

“Olha entre você roncar e eu ter que aturar 3 horas de você falando sobre teoria do
caos pela quinta vez na semana, eu prefiro o ronco mil vezes”

“Mas a teoria do caos é incrível! Uma pequena mudança altera completamente os


efeitos de uma ação e”

“E lá vamos nós de novo, Nathan eu praticamente já sou especialista em teoria do caos


depois de tantas vezes que você explicou isso para mim, agora se prepara que já
estamos chegando na base”

“Ta sua chata!”

E ele afivela os cintos, olhando com um rosto emburrado para a sua colega. Eles finalmente
começam a descer, Bella olha para a janela ao seu lado, vendo cada vez mais luzes nas casas se
apagando enquanto as pessoas vão dormir e eles finalmente descem. Todos os presentes saem e
Bella olha para a base.

O local era um pequeno terreno com grades ao redor em uma pequena montanha, no fim da base há
uma grande porta de bunker com diversas cabanas ao redor e nelas várias pessoas vão para lá e pra
cá.

Em todo local há o símbolo da "GKC", nas cabanas e até na grande porta de bunker.

Então Nathan avança, saindo correndo até a cabana onde era para eles irem. Em resposta Bella
suspira, esfregando a mão em um dos olhos e saindo correndo atrás de seu colega.

“Nathan para de correr!”


“Quem chegar por último é a mulher do padre!”

“Para de ser tão infantil!”

Ele ri enquanto finalmente chegam na porta da cabana. Nathan chega primeiro, mas em troca fica
se apoiando em suas pernas, ofegante. Bella caminha até ele e olha para o homem, batendo com a
mão em suas costas levemente e falando.

“Acho que sua maior fraqueza é que você não amadurece”

“Maior fraqueza ou maior ponte forte?”

“Aí Nathan vamos entrar logo”

E eles finalmente entram.

E dentro da pequena cabana eles veem várias pessoas. 2 soldados segurando metralhadoras perto
das paredes, um pequeno laptop em cima de uma mesa. Sentados ao redor da mesa tem uma
mulher, ela é bem musculosa e alta, seu olhar transmite confiança e seus cabelos são pretos e
presos em um rabo de cavalo.

E ao lado eles tomam um susto. Uma coisa baixa usando um jaleco de cientista com um casaco por
cima, ela é meio corcunda e sua pele é amarelada e escamosa, usando um óculos e olhando para
baixo em todos os momentos. Sem dúvidas aquilo era um monstro, Bella fica surpresa, nunca vira
um monstro em toda vida, só saberá de sua existência a poucos meses, mas mesmo após ver em
fotos, presencialmente era uma sensação completamente diferente. Mas ela teve um instinto e
imediatamente levantou a mão, tapando a boca de Nathan que já estava sendo aberta para falar.

O mesmo olha confuso para Bella e, em contrapartida, a mesma faz um rosto severo e sussurra.

“Olha só, nem um pio sobre ela ser um monstro ta ok?”

“Tá desculpa…”

Ele fica um pouco encolhido, Bella volta a olhar para frente e percebe que todas ali presentes
estavam olhando para ela e a mesma apenas dá um sorriso enquanto caminha carregando Nathan,
se sentando junto com ele. Logo em seguida um dos soldados avança, abrindo o computador e
apertando um botão. Do nada aparece uma silhueta, o fundo da imagem era vermelho-escuro e a
silhueta era completamente negra, com uma voz robótica começando a ser emanada. Bella sabia
exatamente quem era o ser que falava. Era ele, Nero, o presidente da "GKC".

“Sejam bem vindos, Bella Parker, Nathan Bell, Carla Fritz e Dr.Alphys, venho aqui
hoje lhes dar sua tarefa. Mas primeiro de tudo gostaria de agradecer aos monstros para
nos disponibilizar uma de suas meMbras de alto nível para essa missão”
“É… Não há de que…”

Diz a mulher dinossauro de forma tímida.

“A sua missão é descer de volta ao subsolo e recuperar as plantas de uma máquina


chamada de core. Senhora Alphys, gostaria de se levantar e explicar o que é o core
para os presentes?”

“Huh… Ok…”

Alphys se levanta lentamente, andando de forma tímida, olhando para os soldados segurando armas
mais a frente. Assim ela respira e fala baixo “1 2 3 4” repetidas vezes até olhar de volta a sua
plateia, começando a falar.

“B-bem, o core é um grande gerador geomagitermico, usando o calor presente nos rios
de lava que o rodeia a transformando em energia mágica que abastecia todo o
subsolo… É isso”

“Muito obrigada, senhorita Alphys. Agora senhora Carla, gostaria de dar umas
palavras?”

E assim a mulher musculosa se levanta, caminhando até a mesa enquanto Alphys volta a se sentar.

“Olá, meu nome é Carla Fritz! E serei sua líder nessa missão, espero que possamos
cooperar e gerar o melhor resultado possível!”

A mulher fala isso olhando-lhes com a cabeça levemente inclinada para cima, ela faz uma pose
respeitosa com o braço esquerdo atrás de suas costas e colocando a outra mão no peito.

Bella olha e faz um sim com a cabeça, olhando com um rosto agressivo a Nathan, que logo faz o
mesmo. E logo nero volta a falar.

“Sendo assim, espero que possam partir imediatamente, então até logo agentes”

A tela desliga, Carla se levanta e começa a caminhar até a porta, olhando para os demais e falando.

“Me sigam, irei os levar até o nosso meio de transporte”

“Ok”

Diz Bella se levantando, Nathan se levanta em seguida e Alphys por último, todos caminham pela
base aberta, indo até o heliporto onde um helicóptero os espera. A primeira a entrar é Carla que se
senta, olhando com um sorriso aos demais.
E todos sobem e fazem o mesmo. Carla se vira e pega 2 pequenos equipamentos, ambos são iguais,
com uma pequena tela ligada por cabo em um sensor. A logo da "GKC" pode ser vista atrás do
pequeno “tablet” e suas iniciais na lateral.

“Isso é um medidor de anomalia, não sabemos se a presença de magia pode afetar de


forma negativa humanos adultos, então qualquer anomalia que seja, pode ser detectada
por esse sensor. Fiquem atentos a todos os detalhes”

E ela entrega um dos sensores para Bella e outro para Alphys. Nathan olha com indignação
querendo um sensor, mas logo é recebido com um olhar de censura de Bella, o fazendo desistir e
voltar a ficar calado.

Enquanto o helicóptero voa, Nathan se aconchega um pouco em sua cadeira, olhando para o
horizonte vendo o sol nascer com o grande monte Ebott chegar cada vez mais perto. Então depois
de 8 minutos voando eles finalmente pousam em um local especificado por Alphys, dando de cara
com um pequeno buraco que desce cada vez mais a fundo na montanha. O helicóptero se vai
enquanto eles olham para o mesmo.

Bella quebra o silêncio.

“Estranho, pelo que sei durante anos nunca ninguém achou nada como uma passagem”

“A barreira emitia um filtro de percepção para que ninguém soubesse aonde entrar.
Existem diversas entradas em toda montanha, mas é muito difícil alguém notar que
elas existem, ou são muito pequenas para uma pessoa passar”

Fala Alphys já se encaminhando para a entrada, Carla toma a palavra.

“Bem, independente do motivo, agora já acabou. Temos que tomar ações para tampar
a maior parte de entradas possíveis para ninguém indesejado entrar no subsolo e fazer
o que quiser”

Diz a mulher entrando logo após Alphys, Bella caminha para frente junto de Nathan.

À medida que eles adentram o local fica cada vez mais escuro, as paredes deixam de ser feitas de
pedra e terra e passam a ser feitas de tijolos brancos. Passando por um pequeno montinho de terra e
finalmente chegando em uma grande sala.

Alphys olha para o local com melancolia, no chão tem centenas de flores com grama ao redor, as
paredes são amareladas e um grande trono dourado fica imponente no meio do mar de flores.
Alphys olha para o local por um tempo e continua a caminhar, ninguém fala nada, apenas
contemplando o local enquanto passam. As paredes voltam a ser brancas e eles passam por
passarelas abertas. Um forte vento bate no rosto de todos e faz o cabelo de Bella voarem e sua pele
gelar.

Ela tem um arrepio olhando para a paisagem, centenas senão milhares de casas brancas seguindo
até onde os olhos conseguem ver, um ambiente belíssimo e melancólico, as grandes construções
são lindas e vazias, nuvens nos céus escondem o teto que emite uma luz que ilumina o local. Bella
contempla o local com admiração, mas voltando de novo a realidade quando Nathan estala os
dedos perto de seu rosto.

“Garota, tá no mundo da lua?”

“A… Desculpa, eu…. Vamos logo”

Então ela continua a caminhar, pegando o seu sensor e ligando. Apontando para vários locais, mas
nenhuma anomalia pode ser sentida por eles. Então eles chegam em um elevador, Alphys aperta
um botão e logo a porta se abre e todos entram, descendo pelo elevador por diversos minutos até
finalmente a porta se abrir, revelando um local fechado e escuro. Ela caminha para frente vendo um
pequeno local cheio de faíscas e partes metálicas pequenas no chão, soltando um suspiro e se
virando para os demais.

“Bem, pelo que eu me lembro os planos do core ficam no antigo escritório de Gaster,
ele era meu antecessor como cientista, se vocês não sabem… Gostariam de me
acompanhar?”

“Sim, vou com você”

Diz Bella

“A! Eu vou também!”

Diz Nathan logo em seguida

“Bem, se os três vão, eu irei vagar à procura de anomalias. Doutora Alphys gostaria de
me dar o seu sensor?”

Diz Carla

“Oh! Ok… Toma aqui”

Diz a mulher dinossauro agarrando o pequeno sensor e dando para a mulher. Ela agradece e vai
embora, caminhando pelo core com o sensor em sua mão. Ela anda virando o pequeno dispositivo
a todos os lados tentando captar alguma anomalia, assim se passam 20 minutos e nada, ela olha
para os lados e fala.

“É acho que não tem na…”

A máquina apita. Carla olha para ela com interesse, olhando para o caminho onde a máquina apita
e seguindo em sua direção. Cada vez mais a máquina começa a apitar mais rápido, até Carla chegar
em um grande salão onde o sensor enlouquece. Ele apita tão rápido que sobrepõe apitos anteriores,
fazendo parecer mais um ruído do que um apito em si. Ela para de olhar para o sensor, finalmente
olha para o que está causando essa anomalia.

Era uma estrela.

Um pequeno objeto que parecia um desenho de uma estrela feita de forma cartunesca, mas aquilo
não era um desenho, aquilo era real. Ele flutua no ar girando e se deformado a medida que ele
continua a existir, mas a estrela não é a única coisa que afeta esse local. Mais a frente Carla vê,
uma garota

O salão é gigantesco, tendo em torno de 50 metros quadrados, as paredes são metálicas e diversos
canos e cabos grossos atravessam. A garota fica a quase 20 metros de Carla, usando roupas
listradas que variam entre verde, azul-escuro, amarelo e rosa. Seu rosto é coberto por uma sombra
feita pelos seus castanhos cabelos e ela parece imóvel. Carla começa a andar para a garota, mas
tentando ficar um pouco distante da grande estrela que gera a anomalia colossal;

“Garota! O que você tá fazendo aqui? Isso é uma área restrita pela "GKC", venha
comigo que a levarei a saída”

Assim Carla fala, mas ela não responde.

“ALÔ VOCÊ TÁ ME OUVINDO GURIA!”

Ela grita, mas a menina não responde. Mas enquanto Carla se aproxima cada vez da garota, ela
começa a notar algo estranho. Sim, a estrela no centro do salão era uma grande anomalia que o
sensor tem dificuldade de medir, com os apitos se sobrepondo fazendo parecer mais um chiado do
que apitos individuais. Mas a cada passo que Carla dá até a menina, o sensor começa a apitar cada
vez mais rápido. Percebendo isso Carla para de andar, olhando confusa para a garota que
permanece parada a 10 metros da mulher. Ela aponta o sensor até ela e ele enlouquece de vez,
fazendo um fino chiado soar por 3 segundos, ficando cada vez mais agudo que os ouvidos de Carla
doem. Mas ele depois disso explode aliviando a dor nos ouvidos dela. A mesma já fica atenta,
olhando para a garota que continua parada

“Isso é… Impossível… O que é você…"


E no meio de suas palavras, ela tem um sentimento, uma vontade inexplicável de viver, uma voz
gritando para ela “SE ABAIXA!".

E assim ela o faz, se agachando quase imediatamente sem saber o porquê. Mas logo ela percebe,
uma grande faca completamente vermelha voando por cima de sua cabeça e fazendo um corte
superficial em seu couro cabeludo. Mesmo ela se agachando com toda velocidade, ainda não
conseguiu desviar completamente da faca. A mesma voa por metros e finalmente cai no chão, se
desfazendo em partículas vermelhas.

Carla olha desnorteada para a garota, a mesma está com um de seus braços levantados, com uma
luz vermelha se apagando de sua mão. Ela finalmente se mexe, usando a outra mão para arrumar os
cabelos e revelar o seu rosto.

Os seus olhos são vermelho escarlate com 2 cicatrizes, uma delas segue de baixo do olho esquerdo
e desce até a boca e o outro começa da parte de cima do olho direito e continua até o fim da testa. E
a garota logo abre um sorriso, com ele uma pequena gota de um líquido preto vaza de sua boca e
sua feição muda instantaneamente. Ela cai no chão e começa a vomitar violentamente litros e litros
de um líquido preto, gritando e puxando levemente seus cabelos como se estivesse sentindo uma
forte dor.

Carla vê uma janela e já fica em uma pose de luta e pegando um pequeno rádio em um bolso,
apertando, mas não ouve nada, apenas estática. Ela tenta chamar pelos nomes de seus
companheiros, mas ninguém responde, ela não vê alternativas e se vira. Correndo o mais rápido
que consegue, os barulhos da garota vomitando começam a ficar cada vez mais baixos à medida
que ela termina de extrair toda aquela substância negra de seu corpo. Ela corre o máximo que
consegue, mas de novo aquele sentimento volta, então ela desvia para o lado o mais rápido que seu
corpo consegue, vendo a garota passar como um raio ao seu lado, segurando uma faca que corta a
lateral de seu tronco, explodindo em sangue. Carla cai no chão gritando de dor, apertando o local
da ferida para estancar o sangue o máximo que consegue. Ela olha para a garota e vê que seu rosto
mudou, os seus olhos, cor escarlate agora estão completamente vazios e vazando um grosso lodo
negro. Sua boca demonstra um forte sorriso horrendo, com os restos de lodo que acabara de
vomitar ainda descendo pelo seu queixo e impregnado em seus dentes.

Carla olha para ela e respira, percebendo a situação onde está. Então ela rapidamente se levanta e
avança para a garota que faz o mesmo.

O mundo fica em preto e branco.

Mas ao norte do core estavam os 3. Alphys conduzia todos enquanto Bella mantinha Nathan longe
de ficar brincando com qualquer coisa que achasse e perguntando o que era para Alphys.
Assim eles finalmente chegam em um elevador, entrando e subindo para dar de cara com um
enorme escritório. O salão principal tinha alguns sofás e televisores nas paredes, tudo estava
bastante empoeirado, pois a última vez que havia sido limpo foi quando gaster faleceu anos e anos
atrás. Eles caminham pelo escritório de forma lenta, pois Alphys não se lembrava direito onde
ficavam os documentos pessoais de gaster, até eles finalmente chegarem a um pequeno quarto.
Nele havia diversas gavetas, com um grande computador na frente.

“Deve ser aqui, não se preocupem eu não vou demorar”

“Ok, vamos esperar “

Fala Bella, Nathan logo anda para frente indo direto pro computador. Bella percebe e vai direto
nele e fala.

“Nathan! Para de ficar mexendo nas coisas!”

“Coe Bella, esse lugar ta desativado faz um tempo, eu aposto que nada iria acontecer
se eu fizesse is..”

E ele aperta o botão de ligar e todas as telas do computador se ligam de uma vez.

“Nathan! Eu falei para você no…”

Bella não fala nada, nenhum deles fez nada, pois estão muito chocados vendo a imagem que acaba
de aparecer na tela do computador.

Nela, eles podiam ver uma garota, suas roupas eram listradas em verde, amarelo, roxo e azul-
escuro, ela segurava uma faca vermelha brilhante e lambia a sua ponta, cortando a língua e
escorrendo o sangue pela lâmina. Ela faz tudo isso com um rosto de satisfação. Em sua frente é
possível ver uma pessoa totalmente desfigurada, ela não tinha um dos braços e seu corpo estava
totalmente ensanguentado, era um milagre ela ainda estar de pé.

Bella olha para os lados, vendo Nathan totalmente chocado e Alphys com as mãos na boca e com
uma lágrima escorrendo pelo rosto.

Mas quando Bella retorna a sua visão para a tela em sua frente, a garota já se moveu. Indo a uma
velocidade quase incompreensível para frente e cortando a pessoa em 5 pedaços que explodem em
sangue e caem no chão. A última coisa que todos veem é a garota caminhando para frente
enquanto o sangue que espirrou na câmera a cobre por completo

E a câmera desliga.
Contínua em RE:TALE capítulo 3 parte 1, um jogo de exterminador
UM JOGO DE EXTERMINADOR PARTE 1
Chapter Summary

A figura misteriosa finalmente se revela, buscando forças para realizar o seu plano
ainda desconhecido. E junto a isso, o grupo de Bella e Nathan voltam a investigar

As paredes são brancas

O ar é gelado

E o local é esguio

Caminha por esse local uma garota com roupas listradas variando entre verde, azul-escuro,
amarelo e rosa, ela cambaleia pelos corredores com a mão se apoiando na parede enquanto cospe
um líquido preto.

Eu tenho que parar de me esforçar tanto, meu dc ta em 80… Eu tenho que achar esse
frasco logo

Sua voz é rouca e ríspida, seus olhos antes tomados pelo negro lodo dc, agora mostram seus olhos
escarlate, apenas com linhas de dc o infectando, seus dentes ainda estão um pouco sujos, mas seu
semblante está mais humano do que antes, ela caminha pelo local até finalmente chegar na antiga
casa de Asgore, entrando e se jogando na poltrona, ela fica sentada la por um tempo, tossindo e
cuspindo dc até ele chegar a 47% e finalmente se levantando.

Ok… Eu estou mais normalizada… Agora onde está esse maldito frasco, preciso dele
imediatamente

Diz a garota saindo para procurar, andando por todos os locais da casa e pingando um pouco de dc,
mas nada que deixe a casa impregnada, até ela finalmente ir um pouco para frente no complexo e
achar um grande salão com 7 caixões enfileirados, cada um com um desenho de uma alma em sua
tampa, ela sorri e caminha até o caixão da alma vermelha, o abrindo e sendo agraciada pela visão
de um pequeno frasco com um líquido avermelhado.

Finalmente…

Ela diz isso olhando para a própria mão, usando a outra para agarrar o frasco no caixão e
levantando até seu peito, ela olha para a mão livre e a transforma.
Seus dedos viram vidro e se expandem rapidamente, suas unhas se tornam de ferro e se afinam
enquanto se expandem em diversas agulha, uma para cada dedo.

Assim todos os dedos viram seringas, uma delas já cheia de um líquido branco.

Ela então dobra o dedo já cheio e enfia a agulha do dedo do meio do recipiente, drenando todo o
líquido vermelho nele presente, jogando o frasco vazio de volta na caixa e invocando a sua alma.

A alma era esquisita, era vermelha, mas era obvio serem 2 partes quebradas que foram costuradas
de forma erronia, no centro as 2 metades eram tomadas por dc. Ela enfia a agulha com o líquido
vermelho na parte direita de sua alma, a rachando parcialmente e dando uma aguda dor na espinha
da garota.

Ela faz um rosto agoniado e continua, injetando cada vez mais o líquido vermelho em sua alma,
fazendo um pouco do dc desaparecer até ficar apenas concentrado no meio, deixando a sua alma
quase totalmente vermelha de novo, então ela dá um longo suspiro e retorna os dedos ao normal,
arrumando a roupa e se acalmando com o dc em 7%.

Credo, e pensar que tive que lutar com aquela jaburu para poder conseguir essa
determinação

Então ela sai do subsolo, indo até a sala do trono e andando calmamente para fora, agora é 9 da
manhã e o sol acaba de nascer, a garota caminha por diversos minutos até finalmente chegar a um
galpão abandonado, pelo estado parece que ninguém vem aqui a 30 anos e ele está totalmente sujo
e empoeirado.

Nele chega a garota abrindo a porta rapidamente, ela avança pelo local escuro até uma pequena
área onde puxa um cabo, ligando um gerador a gasolina que junto a ele liga todo o local, com
centenas de lampadas para todos os lados, deixando visível uma grande parede com diversos
quadros negros, nela á diversas fotografias e documentos ligados por uma fita vermelha, e em cima
de todos os quadros á um papel escrito “dobra”.

Nele tem diversas fotos de uma garota albina usando uma roupa de um anime, em outras fotos tem
outra garota de 17 anos com cabelos azuis bebendo um milk shake, e em outra foto tem um garoto
de roupas bege resolvendo um cubo mágico.

Ela então avança, pegando um pequeno caderno e se sentando no chão ao lado dos quadros negros.
No pequeno caderno tem escrito "diário", ela então o abre e folheia por diversas folhas até chegar a
uma página vazia no final do caderno, pegando uma caneta e começando a escrever.

“Dia 5 mês 5, estou com dificuldades de encontrar o sujeito 2 e 4, já determinei a


localização de sujeito 1 3 e 6, recentemente meus dc vem subindo alto demais, nesta
variavel as únicas fontes de determinação possíveis são da Frisk e o frasco do caixão
da Chara deste mundo, a determinação que consegui foi o suficiente, mas não foi
muita, preciso entrar em contato com a Frisk desse mundo para um suprimento
decente de determinação, assim a fase 1 do plano “yggdrasil” está concluída, irei
iniciar a fase 2 do plano chamada de “jogo de exterminador” imediatamente, iniciando
contato com sujeito 1 e sujeito 6, fim do registro”.

Assim ela para de escrever e fecha o caderno, se levantando com a postura estendida e jogando o
caderno para o lado, ela vai até o gerador e o desliga, apertando 2 botões e o reiniciando, mas
nenhuma das luzes do balcão se ligam, em vez disso as luzes de uma pequena sala ao lado se
acendem e Chara entra no mesmo.

Se deparando com uma cama totalmente bagunçada e com lodo preto impregnado em algumas
partes, algumas estantes estão presentes, mas com muito poucos livros e diversas lâmpadas em um
fio iluminam todo o quarto.

Chara então vai e se deita, tentando ficar longe das partes impregnadas por dc e olhando para o teto
com um rosto de amargura, ela então olha para a parede e vê a fotografia de 2 pessoas, a primeira
fotografia tem “sujeito 1” escrito, e nela pode se ver um garoto de cabelos negros de no máximo 14
anos, seus olhos são marrons e ele faz careta, colocando a língua para fora enquanto faz um gesto
punk com os dedos. A outra fotografia mostra uma garota com os cabelos separados entre branco e
preto, eles descem pelos seus ombros e fazem contraste com o rosto indiferente e sem emoção,
embaixo tem escrito “sujeito 6” junto com o nome "orfanato W.D Harrys” escrito de forma
impressa na fotografia.

Chara aponta para a primeira fotografia, e depois para a segunda e volta a primeira, fazendo isso de
olhos fechados enquanto fala uni duni te, até ela finalmente parar às mãos, olhando e vendo que
estava apontando para o sujeito 6 e se levantando, indo até sua foto e a agarrando, desligando o
gerador antes de sair.

5 de janeiro

11 de manhã

O local é silencioso, com diversos beliches enfileirados um ao lado do outro pelo grande salão, em
cada um deles está uma criança, todas dormindo usando um pijama, e de repente o ambiente
silencioso é tomado por um estridente som que acorda todos, mas a garota de cabelos preto e
branco apenas abre os olhos, diferente de seus colegas de quarto que acordam de forma
espalhafatosa.

Todos já se levantam na correria para ficar em formação, mas ela apenas toma o seu tempo e se
levanta calmamente, se espreguiçando e bocejando enquanto entra em formação junto com os
outros alunos. E a porta se abre, com uma grande mulher musculosa usando uma roupa suja e
entrando, o seu olhar é carrancudo com uma pequena verruga na parte inferior do olho dando
contraste junto com sua pele oleosa.

Ela caminha de forma imponente pelos alunos em formação, olhando todos de cabo a rabo até
finalmente voltar a sua posição original, ela se arruma e volta a falar.

A comida vai estar pronta em 10 minutos, se preparem para tomar banho, hoje é o
grande dia, eu não quero ouvir um pio, entenderam!?

SIM MONITORA!

Gritam todos que estão presentes, assim ela finalmente sai, junto com o semblante respeitoso de
todos os presentes perante a ela, todos já começam a pegar algumas roupas e coisas enquanto
conversam sobre assuntos variados, claro, pelo fato dela não ter amigos faz ela não falar com
ninguém, apenas ficar sozinha pegando o seu uniforme e alguns sabonetes.

O uniforme do orfanato era bem simples, apenas com alguns bordados e uma grande estampa nas
costas junto com o nome da criança que a usa, no caso era seu nome que estava bordado, Allegra.

A garota então se levanta com suas coisas, saindo do dormitório e indo direto para os chuveiros
femininos, ela gostava de tomar banho cedo, pois ninguém estava lá, e a ideia de ficar nua com um
monte de outras pessoas não era muito reconfortante então ela se banhava cedo. Ela toma banho e
se veste, saindo do banheiro logo quando outras garotas chegam, descendo e indo direto para o
pátio do colégio e se sentando, olhando para as paredes com o símbolo do orfanato junto com a
logo da "GKC", a "GKC" era uma grande empresa que acabara de se estabelecer na cidade, eles
reformaram o orfanato recentemente com o intuito de enviar um monstro para morar aqui, Allegra
conhecia os monstros pelas lendas, mas nunca cogitou sua real existência, por isso achou que era
uma piada quando a monitora chegou falando que um monstro iria morar com a gente.

Mas ela não se importa muito, desde que entrou no orfanato ela não se importa mais, ela havia sido
deixada aqui a 6 anos atrás, tendo 8 ano na época, apenas acordando dentro de uma caixa na frente
do orfanato, ela morava em uma cidade a mais de 200 quilômetros daqui então seria inviável voltar
a pé, então ela teve que se acomodar nesse local, ele era bem pior antes da reforma, mas os
membros da "GKC" não podem fazer milagres.
logo todos os outros alunos tomam banho e descem, indo direto para o refeitório, logo ela faz o
mesmo, se sentando enquanto o cozinheiro dá alguns pães com um copo de café, Allegra pega os
mesmos come lentamente junto com o café, e logo terminando, subindo até o dormitório e pegando
os materiais da escola e indo até o portão, junto a ela, vão diversos outros alunos, mas muitas
crianças ou por desinteresse, ou por que estudavam apenas em outros dias da semana, o orfanato
não fazia nada para mudar o pensamento deles resultando nessa situação, logo o porteiro chega e
abre a porta e todos os outros alunos saem pela rua em direção de Ebott well, a única escola da
cidade.

Alguns mais apressados vão correndo como se o mundo fosse acabar para a escola, mas Allegra
fica apenas sentada no ponto de ônibus esperando o mesmo passar, e assim e passam os minutos,
ela sabe que o ônibus escolar deve passar nos próximos 3 minutos então já se prepara, ficando em
uma posição pronta para se levantar e olhando para os lados, nisso vendo outra garota se
aproximar.

Ela aparentava ter a mesma idade que Allegra, tendo roupas listradas variando entre amarelo, roxo,
azul escuro e verde, com duas cicatrizes nos olhos que iam pela bochecha e pela testa. Ela sorri
enquanto se senta do lado de Allegra.

E inconscientemente ela fala “anomalia”

E avança a cabeça para trás, desviando do surpreendente soco que a garota da sem mais nem
menos nela, seu olho esquerdo brilha e sua pupila se transforma, gerando diversos pontos com
números e 2 ponteiros, junto a um ponto verde que fica cada vez mais brilhante cada vez que o
ponteiro de segundos chega perto dele.

Allegra avança para trás, caindo no chão e se levantando logo em seguida e ficando em pose de
combate, a garota que acabara de a atacar apenas caminha na direção dela sem intenção alguma de
a atacar.

Olá Allegra, meu nome é Barachiel, mas todos me chamam de Chara, prazer em te
conhecer

Ela não fala nada, apenas pegando uma moeda do bolso e jogando furiosamente para o alto,
voltando a aténção a Chara e falando.

8 segundos para meia-noite

É assim que você trata as pessoas que acaba de conhecer?

Bem, geralmente apenas aquelas que me socam na cara no primeiro instante, 6


segundos para a meia-noite

Adorei esse seu olho

5 segundos para meia-noite, obrigado

Chara começa a olhar para os lados, logo voltando a aténção apara a garota que continua a falar.

3 segundos para meia-noite, acho melhor você começar a me falar o que quer comigo

Bem, eu venho aqui fazendo uma proposta, uma que acho que você não irá recusar

2 segundos para meia-noite, que tipo de proposta?

Bem suponho que sabe de quem estou falando, Asmodeus

Allegra tem um arrepio, levantando a mão e fazendo um sinal para Chara avançar, e a mesma faz.

Acho melhor conversarmos em um local melhor, 1 segundo para meia-noite

Também acho

Ela avança para frente, caminhando uma certa distância até do lado de Allegra, e logo um carro que
passa pela rua é acertado por uma moeda, quebrando o vidro e assustando o motorista que perde o
controle, se chocando contra a parede no exato local onde Chara estava parada.

Ela apenas sorri enquanto vê o motorista sair com machucados leves, e diversos alunos que
passavam indo para a escola parando para verificar o que aconteceu, então elas se viram e
caminham para longe, não falando nada no caminho todo. E depois de alguns minutos eles chegam
em um beco sem ninguém, ficando um pouco atrás com Allegra tomando a palavra.

Vou direto ao assunto, como você sabe de asmodeus?

Tenho os meus contatos, mas tenho certeza do que aconteceu com você, um dia você
acordou e tinha um coração flutuante na frente de seu peito, não é?

Allegra faz um rosto amargo antes de continuar a falar.

Sim, acordei com o coração flutuante e esse tal Asmodeus na cabeça, logo depois
descobri meus poderes

Que interessante, mas o que diria se eu falasse que sei como descobrir mais desse
asmodeus

Diria que estou aberta a negociações, preciso saber o que está acontecendo comigo

E de quebra eu consigo descobrir quem são seus pais


A garota fica perplexa, apenas olhando Chara a olhar com um sorriso, então ela continua a falar.

Ok, eu aceito o seu trato… mas em troca eu quero saber o que diabos é esse asmodeus

Fechado! Agora você pode ir, eu tenho que resolver uma coisas com outra pessoa, me
encontre às 18 horas de amanhã

A garota entrega um papel com uma coordenada para Allegra, a mesma agarra o papel e olha para
Chara por alguns segundos antes de se virar e sair, assim Chara dá um grande sorriso, pegando o
papel e riscando o nome sujeito 6, e circulando o nome sujeito 1, se levantando e partindo para rua,
segurando a fotografia do garoto punk.

6 de janeiro

1 da manhã

Está de noite, todo o local é iluminado apenas com um barril em chamas no centro, com um carro
de escanteio e um tronco que suporta 3 adolescentes usando roupas pretas dançando, um potente
aparelho de som deixa escapar um heavy metal extremamente alto, mas por sorte eles estão muito
longe da cidade para alguém notar.

E no meio dessa rodinha de adolescentes punk, estava Logan

Usando uma blusa marrom por baixo de um casaco negro, usando jeans rasgados com pingentes,
com diversos broches de bandas por todo o casaco, seu cabelo estava bagunçado e com muito
spray, ele tinha por volta de 14 anos e dançava loucamente, até a música parar e outra mais calma
começar, assim eles param de dançar, se sentando e bebendo um pouco de água, Logan se senta
ofegante, pegando uma garrafa e água e olhando pro céu estrelado e falando.

Essa foi boa! não me mexo assim há muito tempo, senti falta de sair com vocês

O ódio é mútuo Logan

Diz um rapaz 1 ano mais velho que ele, usando um moicano roxo e roupas ainda mais chamativas,
ele bebe uma lata de energético e a esmaga na testa ao finalizar a bebida, jogando a latinha pra
longe e voltando aténção ao garoto.

Senti falta dessa tua dança sem pé nem cabeça, tu tem que aprender com o mestre

Logan ri um pouco antes de continuar a falar.


Eros, você dança que nem uma barata tonta, para de criticar o passinho do pai

Barata tonta? Uma barata tonta faria isso?

Ele diz se levantando, começando a dançar de forma aleatória, imitando os passos de alguns filmes
e no geral apenas se envergonhando, mas ele não dança de forma muito diferente de Logan.

Sim faria seu mamão

Você realmente é muito leigo nas artes cênicas

Ei vocês dois, parem de brigar que nem crianças, vem cá ver um negócio

Diz Morgana, uma mulher de 16 anos, usando cabelos grandes com uma tintura que mistura roxo
com preto abaixo de uma boina preta, com diversas tatuagens falsas por todo o corpo, usando uma
roupa branca com uma estampa de caveira, uma calça jeans comum e um par de botas negras.

E logo atrás dela chega Ravena, uma menina de no máximo 14 anos com cabelos ruivos, usando
uma roupa rosa por baixo de uma roupa vermelha listrada com uma bolsa presa a uma tira que a
segura pelo corpo, usando uma calça preta junto a um par de sandálias amarela

Ela carrega uma pequena câmera enquanto caminha até Morgana, logo Logan e Ero fazem o
mesmo.

Assim Ravena toma a palavra

O que foi Morgana? Eu tava no meio de um negócio

Vocês estão vendo isso?

Fala Morgana apontando para uma pequena silhueta no fim do campo baldio

Parece uma menininha

Fala Ero.

GAROTA!

Grita Logan, mas ninguém responde.

É só uma garota, eu vou ir falar com ela


Diz Ravena já se preparando para ir.

Ravena deixa que eu vou, não precisa de preocupar

Diz Morgana.

Então vamos juntas

Responder Ravena

Se você prefere, vamos

Diz Morgana já avançando junto com sua amiga, indo até à garota que continua parada, Logan não
consegue ouvir mas parece que elas estão se comunicando, ele pisca e as duas param de gesticular
de repente, se virando e voltando junto com a garota, assim que eles voltam Morgana toma a
palavra.

O nome da garota é Chara, ela quer falar com você Logan

Sim Logan, ela quer falar com você

Às duas falam de forma seca e sem emoção, mal abrindo os olhos e tentando ficar na escuridão da
noite.

Logan estranha, mas não se importa, indo até à garota e começando a falar.

O que tu quê?

Seu nome é Logan certo? Eu quero fazer um trato com você

Logan pisca de novo, e percebe algo estranho, a garota se moveu ligeiramente para a esquerda,
parecendo um vulto por meros milissegundos, mas voltando ao normal antes de abrir o olho
totalmente, agora com seus olhos abertos novamente, mostrando um tom escarlate e brilhante com
um leve sorriso.

Trato? O que quer dizer com trato?

Bem, eu venho lhe acompanhando, tudo parece chato não é? Não gostaria de mudar as
coisas?

O que quer dizer com isso?

Bem, você realmente confia nos seus amigos?


Óbvio, por que…

Logan para de falar, sentindo um calafrio na espinha que o faz a avançar, dando um pulo para
frente e desviando do ataque.

Ele olha para trás confuso, vendo algo que nunca imaginária ver.

Os seus 3 amigos estavam olhando para ele com fúria, Morgana segura uma garrafa de vidro
quebrada que acaba de usar em uma tentativa falha de perfurar o garoto, Ero segura um pé de cabra
e Ravena um estilete, todos tem seus olhos tomados por uma escuridão, apenas visível suas
pupilas, que realçam uma certa cor.

Gente? o que vocês estão fazendo!?

Ele desvia de novo de um ataque de Morgana, olhando para o lado e vendo Ero avançar com tudo
com o pé de cabra para partir o crânio do garoto em dois, mas ele consegue avançar para o chão e
desviar do ataque, e no momento que ele cai no chão, já tem que se desviar rolando para o lado
para não ser acertado pelo estilete de Ravena que crava o solo, Logan ainda confuso dá um mortal
e fica em pé, vendo seus ex amigos partindo para cima.

PAREM, O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO?

Isso que amigos fazem Logan, te traem, fingem que te conhecem para te matar na pior
hora possível, ou melhor no ponto de vista deles, mas é claro, eu posso te ajudar

Logan desviar mais uma vez de um ataque de Ero, dobrando as pernas e tendo seu cabelos
arrastado pelo vento do ataque, dando um salto para o lado para desviar dos cacos de vidro da
garrafa de Morgana e se levantando rápido para correr do ataque de estilete de Ravena, tendo uma
brecha para falar novamente.

SEU NOME É CHARA CERTO? ME AJUDA DESGRAÇA EU FAÇO O QUE


VOCÊ QUISER!

Era isso que eu queria ouvir

Assim que ela termina de falar, Ero avança mais uma vez e empurra Logan ao chão, já puxando seu
pé de cabra para fincar no peito do garoto. Mas ele percebe algo caindo ao seu lado, uma faca
completamente vermelha, emanando uma energia frenética que enche Logan de determinação, o
mesmo agarra a faca e já avança para frente, usando a mesma para parar o pé de cabra de ero, mas
ele era bem mais forte que Logan.

Começando a descer cada vez mais, chegando perigosamente perto do peito.


E em um momento de euforia, Logan percebe, um coração cartunesco voando em cima de seu
peito, ele era marrom escuro e emitia um ódio incomparável, um ódio que Logan nunca sentiu,
uma desconfiança que dava a ele poder.

Ele abre os olhos, agora brilhando em marrom, um grande poder mágico flui por suas veias,
subindo por suas mãos e adentrando a faca, a mudando de cor. Assim ela aumenta, perdendo a sua
lâmina que vira uma imenso cabo de 1 metro e 50 centímetros, gerando uma grande lâmina de
foice no final que brilha de forma etérea na cor marrom, e com a euforia que sua alma lhe dá, ele
não pensa duas vezes. Apenas avançando com a foice e cortando o corpo de Ero em 2. Assim tudo
fica em preto em branco, o sangue explode junto com as tripas do garoto que são censuradas pelo
universo com a cor branca, ele em fúria avança até às duas garotas que são fatiadas diversas vezes,
explodindo em um líquido branco que Logan sabe que é sangue, até finalmente o seu estado de
euforia acabar, e tudo voltar ao normal, o mundo ganhar cor de novo, e ele olhar para o sangue que
o cobre junto com todo o chão, seu olhar determinado muda para horror, ele dá um estridente grito
enquanto cambaleia para trás e larga sua foice que some no chão, caindo de joelho desacreditado
com o que acaba de fazer, ele começa a chorar, colocando as mãos no rosto enquanto litros de
lágrimas caem pelo seu rosto, ele tenta tampar a visão, mas não consegue, mantendo um dos dedos
afastado enquanto observa o corpo de seus amigos caídos no chão, Chara caminha lentamente com
um sorriso no rosto até ele, se abaixando e sussurrando em seu ouvido.

Não se preocupe, nada disso vai existir

Por que?.... hic… Por que?......

A garota fecha os olhos, colocando as mãos na bochecha do garoto, agarrando suas mãos e tirando
de seu rosto molhado e abrindo os olhos novamente, agora eles estão completamente negros, suas
pupilas vermelho escarlate brilham como uma lua de sangue no meio da vasta escuridão, e
inesperadamente ela beija o garoto.

Ele fica incrédulo, mas suas emoções são logo abafadas, a escuridão passa pela boca e o consome,
ele fecha os olhos e os reabre já tomado pelo dc.

Seu corpo perde as forças enquanto sua alma é tomada, e as palavras de Chara ecoam por sua
cabeça, ele parece voar enquanto lentamente perde a consciência e cai no chão.

Chara se levanta com um grande sorriso, engolindo o dc restante em sua boca e esfregando os
olhos até os deixar minimamente limpos, o plano já estava para começar, ela se abaixa e agarra o
corpo adormecido do garoto, o levando em seus braços em meio a escuridão, e logo a luz do barril
em chamas se desfaz, junto a ela a imagem dos ex amigos de Logan mortos no chão.

5 de janeiro
9 da manhã

O ambiente é seco, a única coisa que pode ser ouvida são os apressados passos de nathan, Alphys e
Bella, correndo como se o mundo fosse acabar para o grande salão, e lá eles encontram o corpo de
Carla.

A mesma estava fatiado em 5 pedaços, junto a uma poça de sangue que segue por metros a fio, seu
braço estava jogado longe e diversas facas vermelhas continuam fincadas em algumas partes da
parede, Bella corre até as partes do corpo, mas ela já sabe que tentar fazer qualquer coisa é inútil.

O Q-que era aquela coisa… parecia uma garota só que… Como uma garota daquelas
conseguiu matar a Carla?

Diz Bella

Eu não sei… eu peguei as filmagens e os papéis que o Nero queria, acho melhor
acharmos algo para levarmos as partes do corpo dela para seu funeral, vou ir para a
superfície para mandarem o helicóptero

Diz Alphys se afastando, sua voz é triste e melancólica.

Isso não tá cheirando bem, aquela garota deve estar aqui ainda, e não to muito na vibe
de ser fatiado hoje

Diz Nathan de braços cruzados vendo a mulher monstro sai.

Muito menos eu, mas devemos achar algo para levar o corpo dela, é o mínimo que
podemos fazer

Diz Bella já se levantando e andando para o lado.

Acho que tinha uma caixa que podemos usar para levar o corpo, você vem comigo ou
vai ficar admirando o corpo?

Diz Bella.

Sem chance! eu não vou ficar com isso… Aonde fica essa caixa?

No escritório de Gaster
De repente ficar aqui com o corpo não parece uma má ideia

Ok seu maníaco, eu já volto

E assim ela faz, saindo do grande salão enquanto Nathan vigiava o corpo, andando por diversos
minutos até finalmente achar o elevador que a leva ao escritório de Gaster, lá ela abre a porta e
adentra, caminhando e se sentando no sofá mais próximo.

Ela respira e suspira lentamente, tentando processar o que viu hoje, a mulher que acabara de
conhecer morreu na frente de seus olhos, ela já conheceu pessoas que morreram antes mas…
Agora pareceu muito mais real.

Ela continua tentando processar isso por um tempo até que ela finalmente se levanta outra vez, indo
direto para a sala principal, lá ela vê as telas de computador ainda ligadas, eles saíram com tanta
pressa que esqueceram de as desligar, as câmeras continuam não funcionando, mas mesma se
estivessem ela sabia que a única pessoa que estava lá era Nathan.

Ela vê então uma grande caixa metálica, abrindo e vendo diversos arquivos, os tirando e colocando
no chão e agarrando a caixa até o sofá, se sentando e virando ela do avesso, batendo e sacudindo
ela para tirar o máximo de poeira possível, depois a deixando no chão, olhando para os lados e de
novo para o escritório, "não faria mal dar uma espiadinha não é?”.

Ela pensa já se levantando e indo para lá, entrando e se deitando no chão, pegando a pilha de
arquivos e abrindo um deles, tirando alguns papéis e olhando para eles por um tempo, mas ela não
os consegue entender.

Todos estão escritos com um língua que Bella nunca viu antes, ela era composta por diversos
símbolos estranhos, como sois, mãos fazendo divers+os gestos e outras coisas do tipo, mas ela
conseguia entender as imagens, muitas eram fotos do que parecia ser uma caveira ligada a grandes
cabos metálicos, com diversos desenhos de corações de forma cartunesca de diversas cores
diferentes, Bella ao ver isso tem um calafrio, por algum motivo aquilo era familiar, então ela
coloca a mão para frente, ela sabe que precisa fazer uma coisa, mas não tem certeza do que é,
apenas abrindo a mão e falando.

Apareça

E assim algo acontece, Bella sente um formigamento no peito e um calor na mão, e um coração
cartunesco aparece em cima de sua mão, brilhando em laranja.

Em um primeiro momento Bella fica muito chocada para falar qualquer coisa, ela sente um grande
fluxo de prazer fluir por todos os nervos de seu corpo, é como se aquela coisa quisesse apenas o
bem para a mulher, e em seguida uma grande tela negra aparece na frente dela.

Ela diz

“ Bella PARKER LV 3”

Bella então percebe, o reflexo de seu rosto na grande tela negra mostra seus olhos brilhando em
laranja, ela sente como se pudesse entender, olhando de novo para os papéis de Gaster tentando
entender o que é esse coração que flutua de frente de seu corpo, mas agora tem algo de diferente, as
letras dos papéis se deformam, virando palavras normais e retornando a essa fonte estranha com
bugs e glitches na própria realidade.

E nos papéis dizem

“experimentos das almas humanas por W.D Gaster"

E ela continua a ler, vendo diversas coisas sobre almas, algo que ela não conhecia de início, sabia
que existiam, mas nunca soube o formato ou como as invocar, mas agora recebe um tsunami de
todas as informações que precisa nesses pedaços de papel, aparentemente sua alma é a alma da
bravura, a alma laranja.

Ela continua lendo o livro, mas não entende nada, mesmo o texto sendo traduzido, ele sempre dava
glitches e usava palavras muito complicadas que não estavam no vocabulário de Bella, então
depois de um tempo ela desiste e apenas joga o pequeno livro ao lado e se levanta. a tela negra
desaparece apenas restando a alma de Bella, a mesma pega a alma e a observa por um tempo antes
de a fazer desaparecer, e volta ao seu objetivo inicial, agarrando o caixote e retornando ao grande
salão onde originalmente estavam.

E lá quando chega, vê Nathan deitado no chão ao lado de algo que não estava ali antes.

Ao lado de Nathan continua o corpo de Carla em pedaços, mas em cima dele, ela vê uma pequena
estrela flutuando, ela tinha uma forma cartunesca assim como sua alma, e girava se deformando e
reformando, parecia ser formada de um plasma mágico extremamente volátil que distorcia a
realidade ao redor.

TROÇO É ESSE?
Grita Bella já correndo até Nathan.

Bella você voltou finalmente! O que tava fazendo lá em cima? Manicure?

Bella ignora Nathan e parte para cima, jogando a caixa para o lado e já ficando na frente de Nathan
para evitar qualquer efeito da estrela.

Nathan fica atrás de mim!

Que isso sua maníaca! O que está acontecendo?

Tu não ta vendo essa estrela seu retardado?!

QUE ESTRELA SUA METECAPTA EU NÃO TO VENDO DESGRAÇA


NENHUMA!

COMO NÃO, O TROÇO TA LITERALMENTE AQUI NA SUA FRENTE, SEU


MÍOPE DO CARALHO!

NÃO TEM NADA AQUI!

Diz Nathan desviando da proteção de Bella, a mesma tenta o agarrar, mas ele consegue escapar,
pulando de vez e entrando na estrela.

Nesse momento o coração de Bella para por 1 segundo, vendo seu colega pular em um estrela no
centro do salão, ela não ouve nada.

NATHANNNNNNNNNNNNNNNNN!!!

Ela grita já com lágrimas nos olhos.

EU TO AQUI SUA DESGRAÇADA!

NATHAN! CADE VOCÊ, EU NÃO TO TE VENDO

É piada, só pode

Diz Nathan antes de pular outra vez, atravessando a grande estrela como se não fosse nada e
pousando ao lado dela sem machucado algum.

Ta vendo sua estupida, eu tava logo ali do lado do corpo, tu é cega é?

Mas… como você… Você tem certeza que não está vendo essa estrela no meio da sala
não é?

NÃO! Pela Milésima vez não tem nada aqui, para de ser paranoica
Assim Bella olha confusa para a estrela que aparentemente não está ali, então ela se levanta e
caminha lentamente até ela, estendendo a mão e chegando cada vez mais perto, até ela finalmente
tocar ela.

A superfície da estrela era quente e pegajosa, mas definitivamente era tangível, ela não fazia ideia
de como Nathan conseguiu passar por ela, então ela começou a afundar a mão cada vez mais na
estrela, parecia que ela estava enfiando a mão em melaço quente, cada vez mais a sua mão
esquentava, Nathan olha confuso para Bella.

Em sua perspectiva ela estava fazendo força para atravessar o nada, e a mão dela ficava cada vez
mais suada e amarelada, era como se ela estivesse atravessando uma miragem.

Então ele avança, atravessando a estrela invisível como se não fosse nada e chegando até a mão
dela.

Como você tá fazendo isso?

Eu já falei, tem uma estrela aqui!

Se tem uma estrela aqui, como eu não consigo ver ela?!

E nesse momento Bella dá um solavanco para trás, ela sente um choque elétrico fluir por todo o
braço como se milhares de agulhas a perfurassem simultaneamente, tirando rapidamente a mão da
grande estrela e caindo no chão, com sua alma laranja aparecendo na frente de seu peito, junto a
uma grande tela que diz “tentativa de save falhou, tente novamente”.

Nathan avança para ajudar sua amiga, mas parando no meio ao notar a alma de Bella, um grande
coração cartunesco laranja que flutua na frente de seu peito.

Assim ele tem uma epifania, olhando para a amiga contorcendo de dor enquanto segura o próprio
braço, ele sente um formigamento no peito seguido de um repentino calor, olhando para baixo e
vendo um coração.

Um coração cartunesco que nem o da Bella, mas o dele era amarelo, olhando para o lado e tendo
um susto vendo finalmente a grande estrela, ele grita e cai no chão enquanto Bella já se levanta.

AHHH TEM UMA ESTRELA MESMO!

EU TE FALEI ANI… Nathan tem uma coisa no seu peito


EU SEI, ESSE TROÇO APARECEU E EU VI A ESTRELA

Bella avança até seu colega, vendo a alma e olhando para ele e começando a falar.

Quando eu tava lá em cima eu vi um documento do Gaster sobre “almas humanas”


pelo que eu to vendo a sua alma é a da justiça, a alma amarela

A, MAS ISSO NÃO EXPLICA POR QUE SÓ AGORA EU CONSIGO VER A


ESTRELA

Nathan… vamos tentar não pensar muito nisso, a Dr.Alphys deve saber mais de almas
humanas, vamos falar com ela depois, agora só vamos embora por favor

Ok, deixa que eu pego o corpo

Diz Nathan se levantando, pegando a caixa e indo até o corpo, agarrando suas partes com certo
nojo e colocando no caixote e o fechando, ele tem certa dificuldade de levantar tudo pois ela era
bem musculosa, mas com a ajuda de Bella eles finalmente saem do subsolo, encontrando Alphys já
com o helicóptero pousado, uma equipe de médicos chega e agarra o caixote, um deles abre e vê as
partes da mulher e acena com a cabeça para outro médico que acena para outro trazer caixas de
isopor, elas estavam completamente cheias de gelo seco e os pedaços dos corpos foram
distribuídos entre elas e colocando no helicóptero, todos sobem e o helicóptero voa.

Bella tenta diversas vezes iniciar uma conversa com Alphys mas o vento e o barulho das hélices
girando freneticamente a impede, assim tendo que esperar o helicóptero chegar em seu destino,
Nathan vê a base a distância e já se arruma para pousar, o mesmo faz Bella, também preparando o
que vai falar para a ela em relação às almas humanas e logo eles finalmente pousam,
primeiramente os médicos já saem com o corpo dela, carregando o caixote até a ala médica mais
próxima, e assim Alphys sai do helicóptero, suspirando e olhando para a cabana central e
começando a andar até lá, mas no meio do caminho ela é parada com uma mão a segurando pelo
ombro, olhando para trás e vendo Bella.

Doutora Alphys, aconteceram algumas coisas naquela sala que… Eu acho que você
entenderia mais do assunto, poderíamos falar a sós?

Ah… Claro mas

Alphys houve um pigarreio forte vindo detrás dela, olhando para trás e vendo uma mulher

Ruiva e volumosa, tendo em torno de 2 metros usando um espartilho vermelho e preto, seu cabelo
era uma juba laranja gigantesca e em seu rosto tinha mais maquiagem que um palhaço, mas de
alguma forma isso era elegante, ela erguia uma taça de vinho enquanto com um malicioso sorriso a
mulher monstra.

Então ela começa a falar.


Você deve se chamar Alphys

Ah! Sim, sou Alphys

Meu nome é Lytta, mas pode me chamar de lady bootstrap, poderia me acompanhar
para uma conversa?

Hmmm, claro

Alphys se vira.

Bella, acho que nossa conversa vai ter que esperar, é melhor você ir falar com o
senhor nero

Claro… Te vejo depois então doutora Alphys

Até

Assim ela se vira e sai andando com lady bootstrap, indo até outra cabana ao longe que Bella não
sabia o propósito, mas independente disso ela tinha algo a fazer, olhando para trás e vendo Nathan
chegar perto dela com os braços atrás da cabeça.

Ele começa a falar.

Então, conseguiu falar com ela?

Não, uma tal de lady bootstrap chegou e levou ela pra longe

Pera, você tá falando DA LADY BOOTSTRAP?

Ah? Ela falou que o nome dela era esse então, acho que sim

Bella, Lady bootstrap é a vice presidenta da "GKC" !

Que?

VOCÊ TRABALHA AQUI HÁ MAIS TEMPO DO QUE EU, COMO VOCÊ NÃO
SABE DISSO!?

OLHA NÃO É ALGO QUE A GENTE DO SETOR 7 FALE O TEMPO TODO

E eu pergunto como você conseguiu esse cargo… Bora logo para a reunião com o
senhor Nero

Ok, estamos perdendo muito tempo aqui


Assim eles vão até à cabana onde eles tiveram a reunião com Nero antes, vendo os típicos 2
soldados armados no fundo junto com a mesma mesa com um laptop aberto, mas ao lado tem uma
pessoa. Um homem de cabelos ruivos usando um óculos de sol, ele usa uma roupa azul com um
cachecol da mesma cor do cabelo, com uma calça jeans comum com alguns rasgos, ele fica
sentado na cadeira com a perna dobrada em cima da outra, apoiando a cabeça com os dois braços e
se sustentando com apenas as 2 pernas traseiras da cadeira, ele chupa um pirulito sem nem
perceber que os dois estão ali.

Então Bella toma iniciativa e já se senta, com Nathan se sentando logo em seguida ao seu lado,
assim um dos guardas avança e aperta um botão no laptop, o ligando e mostrando a silhueta de
Nero em sua tela, o mesmo começa a falar com uma voz robótica.

Sejam bem vindos agentes, me entristece ouvir sobre o trágico fim da agente Carla, a
"GKC" irá providenciar um funeral digno para ela

Sim, nos entristece também, senhor Nero

Diz Bella.

Mas isso não pode atrasar nossos planos, hoje vocês irão investigar alguns
acontecimentos relativos à balada fett, uma casa de festas onde apenas são aceitos
monstros, a sua proprietária se chama Mutsue fett, uma monstro de forma aracnídea
que domina a área, temos fortes evidências de um grupo criminoso envolvendo
monstros e humanos se alastrando pela área, vocês devem ir la e colher informações,
tentem não entrar em conflito com ninguém, a medida do possível é claro

Bella ouve tudo sem questionamentos, mas percebe o homem ao seu lado tomando postura, se
sentando de forma normal e já se preparando para se levantar, e assim Nero toma a palavra outra
vez.

E para essa missão, quero lhes apresentar meu filho, o seu companheiro

Quê?

Fala Nathan silenciosamente, e depois o homem se levanta, tirando o óculos de seu rosto e o
apoiando em sua roupa, seus olhos têm uma coloração avermelhada, mas dá para perceber que é
uma lente de contato bem vagabunda, então ele dá um grande sorriso e começa a falar.

Olá! Meu nome é Dante, Dante bootstrap! Prazer em conhecê-los!

Ele fala de forma entusiasmada, até demais, seus olhos brilham com uma força megalomaníaca
enquanto aponta com os dedos para seu rosto, e de fundo ela começa a ouvir Nero rindo pelo
computador, a postura confiante de Dante some e ele olha para o computador e começa a falar de
forma indignada.
Pai! Eu falei para você não estragar meu momento!

Hahahaha, desculpe filho, mas essas poses que você faz me lembram de quando você
ainda era uma criancinha

PAI, NÃO FALA DESSAS COISAS NA FRENTE DOS MEUS COLEGAS!

Ok ok, se você já acabou com seu showzinho eu tenho algumas coisas para falar ainda

Assim Dante se vira e anda cheio de si até a cadeira onde outrora estava, colocando seu óculos
escuros e se balançando com as 2 pernas traseiras dela, em seguida Nero volta a falar.

Ok, continuando com a missão, decidi que a senhorita Bella será a melhor candidata a
liderar ela

Sério!?

Fala Bella entusiasmada.

Sim, senhorita Bella, meus parabéns você irá liderar essa missão

Bella quase pula de alegria, mas quando iria iniciar o processo ela se lembra da situação onde se
encontra e se encolhe, olhando com certa vergonha para seus colegas de equipe e se sentando,
voltando a falar.

Obrigada por essa oportunidade senhor nero, espero não decepcionar o senhor

Pois bem, a missão será realizada amanhã, dispensados

E a tela do computador se desliga, Bella se levanta junto com Nathan, Dante se levanta logo em
seguida, indo para o lado de fora, la Bella para de andar, pegando o celular e vendo o horário, eram
11 da manhã, seus filhos devem estar na escola, então ela se vira e vê Nathan se aproximando, e
começam a falar.

E aí, você tem onde ficar?

Eu vou morar em um hotel por um tempo antes de alugar uma casa

Se você quiser pode ir morar comigo

Não precisa, não quero ser um estorvo a você, te vejo depois

Assim Nathan sai correndo para o lado de fora do local, Bella se vê sozinha e se lembra do que
queria falar com doutora Alphys, indo até à tenda onde outrora ela havia ido com lady bootstrap e
entrando.
Mas lá havia apenas ela, Lytta, ou mais conhecida como lady bootstrap. Toda a tenda era luxuosa,
tendo diversos sofás com decorações e vasos de planta, no meio havia uma grande tela branca com
um projetor atrás. E lá estava a glamorosa mulher, com um martíni em sua mão e um longo suporte
com um cigarro na ponta, barulhos de pancada e efeitos sonoros infantis podem ser ouvidos
ecoando pelo local, vindos de um sofisticado sistema de som.

Bella caminha até o lado, vendo a mulher rir enquanto traga seu cigarro, na tela é projetado um
desenho de no mínimo 50 anos de idade com um cachorro correndo atrás de um papagaio com uma
marreta, Bella então bate algumas vezes em um vaso, chamando a atenção da mulher que a olha
ainda com um sorriso no rosto, então Lytta começa a falar.

Ah! É você, o que deseja querida?

Desculpe minha intromissão senhora bootstrap, mas gostaria de saber onde estaria a
doutora Alphys

Alphys? Saiu a uns 5 minutos, estava com muito pressa então não deve estar perto, se
aceita minha sugestão, digo para ir para casa e descansar, não preocupe minha querida,
tudo está sobre controle

Oh… Ok senhora, tenha um bom dia

Assim Bella se vira, indo caminhando até a saída, quando é parada pelas palavras proferidas por
Lytta.

E lembre-se querida, cuidado com aquele que fala pelas mãos

Bella não entende nada do que ela falou, mas ela sai, olhando para o sol quase no meio do céu,
imaginando que hoje será um bom dia, se virando e indo para casa.
UM JOGO DE EXTERMINADOR PARTE 2
Chapter Summary

Finalmente, ela conseguiu juntar sua cavalaria. Agora, deve iniciar o seu plano.
Durante esses eventos, Eva junto aos seus amigos vai explorar um local desconhecido

O local é escuro e empoeirado, a única coisa que o ilumina é a janela aberta que deixa escapar um
pouco de luz para o interior, iluminando a parede cheia de fotografias e documentos ligados por
uma linha vermelha, e de repente a porta que separa o interior ao mundo exterior é aberta
abruptamente, com uma menina de cabelos marrons entrando com um garoto de no máximo 14
anos nas costas, ela respira ofegante enquanto caminha a uma cadeira, colocando o garoto nela
ainda desacordado, certamente carregar uma pessoa por 30 quilômetros até a cidade não foi uma
boa ideia.

Ela então olha para o relógio e vê que são 13 horas, ela demorou 10 para chegar e certamente a
única coisa que ela quer fazer agora é se sentar, então ela liga o gerador e entra em seu quarto, se
jogando em sua cama.

Ela suspira olhando para o teto, se lembrando de seu passado tortuoso e como precisa completar
sua missão, senão tudo vai cair por água abaixo. Esses pensamentos invadem sua mente, deixando
seus olhos pesados e a frequência de vezes que ela pisca aumenta cada vez mais, até ela não os
abrir, apagando ali mesmo com as luzes acesas.

Assim diversas horas se passam, Chara se vê em um ambiente escuro, encostando em seu rosto e
sentindo as cicatrizes que não estavam cicatrizadas, mesmo já tendo sido curadas a anos atrás, algo
estava definitivamente errado. Ela olha para os lados e tenta se afastar, mas percebendo que está
presa, batendo algumas vezes nela ate descobrir que era vidro, ela sabe onde está, e isso a apavora.
Ela começa a gritar, batendo furiosamente na parede de vidro tentando de alguma forma a quebrar,
mas sem sucesso, parando quando percebe uma luz em sua frente, junto com um estalo, um som
contínuo que continua junto com a luz que fica cada vez mais brilhante, e a seguir ela ouve um
ranger de madeira, vendo uma porta ao meio da escuridão se abrir lentamente fazendo um gutural
rangido deformado.

E quando a porta finalmente é aberta, Chara vê ele, os barulhos de estalo ficam cada vez mais altos,
tao altos que parecem engolir o mundo, até que tudo fica de cores negativas e ela finalmente abre
os olhos, olhando para uma garota de cabelos pretos e brancos estalando os dedos perto de seu
rosto, por instinto ela tenta criar uma faca para dilacerar a garota em 2, mas antes de realizar tal
ação ela se lembra de Allegra, a garota que ontem chamou aqui, então ela piscou algumas vezes e
se levanta.
Finalmente, eu cheguei aqui a uns 20 minutos e vocês dois estavam dormindo, eu
esperei um pouco antes de tentar acordar você

Ok… Me segue

Diz Chara indo para a área principal do balcão, desligando a energia do quarto e ligando para a da
área onde estava a ir, ela olha para o lado de fora e vê que já estava anoitecendo, ela estava tão
cansada de carregar o garoto até aqui que adormeceu sem perceber, mas não adiantava chorar pelo
leite derramado, eles estavam aqui e o plano precisava continuar.

Assim Allegra toma a palavra.

Não vai acordar a bela adormecida?

Ah?... Ok espera um segundo

Diz Chara preparando alguns papeis e tirando o véu de cima dos quadros negros, se aproximando
de Logan e tirando a linguá para fora, e de dentro de sua garganta uma gota de dc sai. Ela pega a
gota com o dedo, enfiando o melado com dc bem fundo no nariz dele, e nisso o garoto abre os
olhos, os mesmos ainda estão um pouco sujos da substância negra. Ele toma um susto com ela
enfiando o dedo em seu nariz e da um pequeno pulo. Nisso Chara tira o dedo, o limpando em sua
calça e voltando a sua atenção para os quadros negros. O garoto olha assustado para os lados, mas
ao ver Chara ele se acalma, se sentando e olhando para ela.

Chamei vocês aqui com uma proposta, a realização do plano mais importante da vida
de vocês, iremos realizar um atentado ao festival

O QUE?

Fala Allegra de fundo.

Como assim o festival?!

O festival era uma festa que sempre acontecia na primeira lua cheia do ano, era como um segundo
ano novo, só que melhor. E agora Chara acaba de dizer que eles irão fazer um atentado contra ele.

Sim, o festival, pensei que fazia de tudo para saber sobre o Asmodeus Allegra, eu
estava enganada?

Allegra fica chocada olhando para a garota com um olhar malicioso, voltando a sua posição
original e falando.

Ok, mas espero que tenha um plano…


Oras, acha mesmo que eu ia colocar vocês em uma missão suicida? É óbvio que tenho
um plano, mas para isso vamos precisar de algo, algo que gosto de chamar de
dispositivo ômega

Chara se vira, pegando um pequeno giz de cera e começando a desenhar no quadro negro um
pequeno cilindro.

O dispositivo ômega é uma colossal fonte de energia, feita com a junção das 7 almas
em um único receptáculo, ele será necessário para minha missão

Eu ia perguntar qual é essa missão, mas tenho certeza que você não me falaria

Chara olha para a garota e dá um sorriso, nisso Logan se levanta com os braços atrás da cabeça,
dando um leve sorriso com seus olhos ainda um pouco infectados, assim ele começa a falar

Bem, eu já vejo onde estamos chegando queridinha, só me diz quem eu tenho que
matar!

Fala Logan com um sorriso megalomaníaco, relaxando os braços e estendendo a mão, gerando
uma enorme foice marrom com um brilho fantasmagórico.

Bem, o objeto ômega estará localizado em uma casa de festas chamada balada fett, um
cara ruivo de óculos deve estar carregando ela, mas não se preocupe Logan, eu tenho
uma ideia melhor de como atacar esse local

E? Eu duvido que você ache algo melhor que isso!

Fala Logan levantando sua foice.

Tem uma gangue de monstros e humanos perto do local, vamos lá conversar com eles,
tenho certeza que irão nos ajudar

Ok, vamos falar com eles então?

Claro, Allegra fique aqui e guarde a base, nós não devemos demorar

Claro…

Assim Logan faz sua foice desaparecer, dando um leve riso enquanto se encaminha para a saída,
Chara faz o mesmo em seguida.

5 de janeiro

13 da tarde
Estava quente, estava muito quente, quente até demais.

Eva olha com um rosto amargo para o telefone, mostrando os 42 graus que assolam a sua cidade,
ela tem certeza que se ela não se resfriar rápido ela vai derreter, ao seu lado tem um ventilador
ligado no máximo, mas nem mesmo ele consegue a resfriar por causa do ar seco que sonda suas
narinas, ela conseguiu se resfriar um pouco com alguns cubos de gelo que ela colocou atrás dele,
mas eles rapidamente derreteram. Ela quase se tranca na geladeira quando o seu telefone toca, Eva
olha para a tela e vê a foto de um macaquinho com vários emojis e coração com um filtro rosa,
junto com um nome chamativo cheio de caracteres estranhos, era a melhor amiga de Eva, Erine,
ela então atende o telefone e coloca um pouco longe do ouvido para não melar a tela de suor,
começando a falar.

Alô Erine, o que foi

EVA! O que você tá fazendo!? A gente vai para umas cavernas que eu encontrei!

Erine eu já falei para você parar de falar como se estivesse afirmando e perguntando
em simultâneo, e ta um calor da desgraça aqui, sem chance que vou andar meio mundo
para ir à tua casa

Eu to na a casa da Liza, tem ar-condicionado e refri geladinho

Onde é o endereço

Erine ri um pouco antes de continuar a falar o endereço

Eva você é uma figura mesmo

Ok, vou tomar banho, devo chegar aí em 1 hora

Oki oki

Ela desliga o telefone, se levantando e indo direto para o banheiro onde toma um banho, lavando
todas as extremidades do corpo e se inundando de perfume e desodorante, se vestindo com a roupa
mais arejada que ela encontra em seu guarda-roupa e saindo de casa. A escola tinha acabado a
algumas horas, Eva já tinha tentado diversas vezes esquecer da aula de como almas funcionam,
mas aquilo não saía de sua cabeça.

Mas isso não iria impedir ela de se divertir, ela então sai de casa com um pequeno guarda-chuva,
ela sabia que não iria chover, mas queria pelo menos ter algo fazendo sombra senão ela iria
derreter. Caminhando até um ponto de ônibus e se sentando, ela olha para cima e vê uma câmera
de segurança da GKC olhando para ela, então ela acena e dá um sorriso envergonhado.

Nisso ela já começa a ouvir os barulhos de um ônibus se aproximando, olhando e vendo que ele
iria para a casa de liza, onde Erine a estava esperando, e logo o ônibus finalmente chega. Ele estava
relativamente lotado, pois, era a hora do rush, então todo mundo tava correndo para chegar em
seus empregos ou apenas indo de um lugar para o outro, ela embarca e se por sorte consegue um
assento vazio, ficando lá por um tempo até finalmente chegar na casa de liza, na viagem ela
observa diversas cartazes enaltecendo a "G.K.C", com seus feitos e benefícios para a cidade, mas
ela apenas os ignora, mas ainda assim percebendo alguns olhares desgostosos ao verem as câmeras
de segurança.

E ela desembarca do ônibus, caminhando até lá limpando o suor em seu rosto, mas assim que ela
chega, percebe diversas pessoas na porta.

Vários homens e mulheres segurando cartazes com frases falando para a "G.K.C" sair da cidade e
que eles estavam destruindo o estilo de vida que eles formaram ao longo de anos, junto com
cartazes anti monstro, falando que eles eram uma ameaça e que deviam ser exterminados. Ela
olhou perplexa para todos esses manifestantes enfurecidos, finalmente olhando para a casa e vendo
uma majestosa mansão, aquilo era a casa do prefeito.

Eva não sabia como Erine conhecia a filha do prefeito, mas com certeza ela seria apedrejada caso
tentasse entrar pela porta da frente, e quando já iria recuar parar ligar para Erine, ela sente um
toque atrás de seu corpo. Olhando assustada para a pessoa que acabara de a cutucar, pensando ser
mais um dos manifestantes, mas, na verdade, era um garoto um pouco mais novo que ela, usando
uma blusa preta junto com um shorts de abacaxi, uma pequena chinela branca junto com um
cabelo preto, penteado e com mais gel que carro lubrificado.

Ele então começa a falar.

Oi, seu nome é Eva né?

Ah… Sim, por que pergunta?

Bem, a Erine me falou para eu te acompanhar para dentro, a gente vai por uma
passagem secreta para não ter que aturar esses trocentos mil manifestantes ali

Ah… Ok então, onde fica essa tal passagem secreta?

Me segue!

O garoto se vira e sai correndo até a parte do lado da grande mansão. Eva o segue, vendo ele se
enfiar em uma cerca, com uma pequena parte da grade aberta escondida pelos arbustos. Ele se
enfia lá e sai sem muita dificuldade, mas Eva era um pouco maior que ele, então ela se arranha um
pouco nos braços. Mesmo assim ela consegue entrar, e quando ela se levanta, começa a falar
novamente.

Qual é o seu nome mesmo?


Ah! é Anthony Barasca, mas pode me chamar só de Barasca se quiser

A, ok barraca… Onde fica a entrada?

É Barasca!... Me segue!

E ele anda a uma porta, batendo nela por volta de 24 vezes em uma sequência rítmica como uma
música, lá pela metade ele começa a resmungar que eles tem que mudar a senha, pois a mão dele já
tava doendo. E assim a porta finalmente se abre, abrindo logo quando a última batido é feita, com
Erine com um grande sorriso vendo Eva mais de fundo.

Pelas pernas tremendo, Eva percebe que Erine estava parada lá a um tempo esperando por eles, e
também pelo óbvio fato dela estar se segurando para não mijar nas calças, e de uma forma
apressada ela começa a falar.

Eva! Que bom que você chegou, entre!

Ok

Diz a garota entrando, e logo Erine já sai correndo até o banheiro mais próximo. Eva sente o
frescor do local, Erine não mentiu quando disse que a casa tinha um ar condicionado, mas ela não
previa que ele seria mais forte que o círculo polar, era tão frio que parecia que Eva iria congelar a
qualquer momento. As paredes aparentemente tinham algum filtro de som, pois eles não
conseguiam ouvir os altos gritos dos manifestantes afora. Eva se aproxima com certa cautela,
finalmente chegando na sala e vendo um par de jovens com mais ou menos a idade dela.

Ao lado tem uma garota de 16 anos, com um cabelo grande e preto e muito bem tratado, usando
uma roupa bem arejada com vários detalhes bordados, ao lado dela tem um garoto de 14 anos
usando uma pequena blusa bege, seus cabelos são pretos e ele tem um óculos escuros, junto com
um pequeno sobretudo branco que tampa seus braços. Ao lado se senta Barasca, o garoto que
trouxe Eva para dentro de casa, e logo em seguida chega Erine do banheiro. E no meio tem um
grande mapa com um x desenhado, Erine toma a palavra.

Bem Eva, se senta do meu lado

Ta…

Fala ela já indo em direção ao assento ao lado de Erine, se sentando e olhando para os demais,
assim Erine toma a palavra.

Bem, acho melhor nos apresentarmos para a Eva, ela já me conhece, eu sou a melhor
amiga dela!

Todos olham para Eva, a mesma tem vontade de sair correndo pela vergonha que ela está a
fazendo passar, todos menos, Barasca que continua olhando para o teto com os braços apoiando a
cabeça, assim o garoto de óculos escuros toma a palavra, levantando os óculos antes de falar.

Meu nome é Adam, prazer

Prazer…

Fala ela de forma constrangida, em seguida a garota de cabelos macios começa a falar.

O meu nome é Liza, prazer!

Diz ela com um sorriso, mas ela tem um dejavu, ela já viu essas pessoas em algum lugar, como um
eco em sua mente, e quando ela ia se aprofundar em suas memórias, ela é arrebatada de volta a
realidade pela estridente fala de Erine.

Bem! Eu achei um grande complexo de cavernas, e chamei vocês para explorar!

Liza fala em seguida.

Que legal! Eu sempre quis ir em uma aventura como essa, não é Adam?

Bem, teve aquela vez que você sumiu por 2 dias na floresta

Ei! Eu tinha 4 anos na época!

Acho que você teve uma aventura e tanto no dia

Fala o garoto rindo levemente, e em seguida Barasca começa a falar.

Bem, se é para ir é melhor irmos logo antes que comece a ficar mais quente

Diz ele se arrumando no sofá e se levantando, Erine toma a palavra em seguida.

Verdade, vamos gente, eu sei o caminho!

Diz a garota se levantando e correndo até a porta de trás, Eva se levanta e caminha calmamente até
ela, vendo todos os outros a seguindo. Erine abre a porta, e todos saem, Eva fica com um gosto
amargo na boca por deixar o deserto gelado que é a casa de Liza para voltar ao quinto dos infernos
que está do lado de fora. Eles passam pelo buraco da grade, Liza não queria se sujar então ela
escala e cai no chão graciosamente, Adam faz um L com a mão, apoiando-a em sua testa enquanto
coloca a língua pra fora ao ver Liza se achando por cair com estilo, e assim eles vão até o ponto de
ônibus mais próximo. Como todos os pontos de ônibus da cidade, este estava totalmente preto com
o símbolo da "G.K.C" estampado, junto a uma câmera de segurança, ela parecia bem danificada,
mas funcionava normalmente.
Todos se sentam e ficam esperando o ônibus, Eva fica no extremo esquerdo do ponto, ao lado de
uma placa com uma propaganda de pasta de dente, com um rosto de uma pessoa cobrindo quase
todo o cartaz, e um efeito de brilho bem mal feito nos dentes. Ao seu lado tem Erine, com um
pequeno chapéu de safári e um grande sorriso no rosto enquanto olha para o mapa em suas mãos,
ao lado dela tem Barasca, que apenas olha para a frente, seu corpo todo está relaxado e seus olhos
estão pesados, e lado dele tem Liza. Liza continua com seu semblante de perfeitinha, agora com
um chapéu de abas enormes com um estiloso óculos escuros no rosto, ela antes de se sentar no
banco, coloca uma pequena proteção de papel, achando que meio mundo de coisas já aconteceram
aqui e não se sente nada confortável de se sentar em um lugar que alguém provavelmente já
vomitou em cima.

E ao lado de Liza, tem Adam. O garoto já tirou seus óculos escuros, os apoiando em sua roupa
enquanto olha fixamente para frente, mas olhando para os lados quando fica impaciente.

Assim se passam 5 minutos, e eles podem ouvir o barulho do motor do ônibus chegando, Erine se
levanta e verifica que sim, esse é o ônibus certo, chamando os outros que já ficam de prontidão na
ponta da calçada. O ônibus chega e para ao ver os garotos o esperando, abrindo a porta e os
deixando entrar, o ônibus estava bem vazio, aparentemente poucas pessoas estavam com vontade
de explorar a mata. Eva se senta ao lado de Erine em uma cadeira elevada, mas todos os outros
ficam no fundão, Eva olha para a janela e começa a ficar sonolenta, o ar que constantemente flui
pela janela aberta a refresca, não tanto como o ar glacial da casa de lisa, mas já era um começo.
Com o passar dos minutos, seus olhos ficam cada vez mais pesados, ela começa a os fechar
levemente, a cadeira tremendo junto ao barulho relaxante do vento ajudam seu relaxamento, o
verde das árvores que cercam a rua a deixam calma, e seus olhos começam a se fechar levemente,
mas quando ela quase cai no sono, ela ouve a porta do ônibus se abrindo, com passos de uma
pessoa subindo, junto a um pequeno grito e passos fortes em seguida.

Amiga! Que bom que você conseguiu!

He tô feliz também Liza

Eva abre os olhos desorientada, a escuridão que seus olhos já haviam se acostumado acabara de ser
atingida por um tsunami de luz vinda da janela. Ela esfrega os olhos enquanto vira a cabeça para
ver a pessoa que acaba de entrar, vendo uma garota em torno de 16 anos, seu cabelo era preto e
amarrado por um palitinho, usando uma roupa esportiva vermelha com um tênis bem surrado, era
Monika , uma garota que conhecia apenas de vista na escola, também pelo fato de seu histórico de
atleta, sendo a principal jogadora de basquete do time da escola.

Assim Monika começa a falar.

Quando eu ouvi que vocês vão explorar uma caverna, eu não pude fazer nada além de
aceitar, também pelo fato que eu não tenho nada para fazer hoje, mas isso não é
relevante

Ela ri levemente enquanto se encaminha até o fundão, se sentando ao lado de liza, Eva vê às duas
conversando baixinho, então volta a se sentar de forma confortável, mas ela passa os olhos em
Erine enquanto se move, vendo ela olhar brilhos nos olhos para Monika, assim começando a falar.

Erine, cê tá bem?

Ah!... Sim eu to ótima, é que… Eu sou uma grande fã da Monika …

A, então por que você não vai la falar com ela?

Ta louca guria?! Eu não vou brotar do nada e perguntar “oI mE dÁ Seu AuTóGrAfO?"

Bem, se você não quiser fazer nada não é problema meu, eu vou ver se pego no sono
um pouco

Eva a gente vai chegar em 5 minutos, para de ser dorminhoca

Isso ai, positividade, ce consegue miga….

C..é…..u…….

Os barulhos se tornam sussurros, e os sussurros se tornam ruídos enquanto os ouvidos de Eva


desligam, sua consciência para de responder a qualquer estímulo dado a ela, e tudo que existe é
uma vasta escuridão de nada, até que algo acontece.

A vasta escuridão de nada se transforma, o preto se torna branco, cegando Eva que acorda
instintivamente. Ela olha para os lados e não vê nada, apenas o seu corpo… O seu corpo, ela não
vê o chão, ela não sente o chão, é como se ela flutua-se, ou caísse infinitamente, então o seu
primeiro instinto, é gritar.

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Dá para parar de gritar sua doente!

Eva para, olhando para os lados e vendo outra pessoa, uma garota em torno de 17 anos, seus
cabelos são grandes e roxos, com tons de rosa no final, ela usa uma roupa preta com um laço de
mesma cor, em seus cabelos ela tem uma pequena fivela vermelha e seus braços se cruzam.

Eva finalmente percebe, ela não está caindo. Conseguindo se levantar, com um pouco de
dificuldade, pois todo o local parece uma nuvem, mas de pouco em pouco o chão começa a se
endurecer, mas mesmo assim todo o local era uma ilusão de ótica, a profundidade não existe.
Então com medo, Eva começa a falar.

Q-quem… Quem é você!?

Eu que pergunto! Agora já deu, tem mais gente caindo aqui, eu devia ter trazido
aquele lampião

A-onde… Aonde eu to?!

Você realmente não sabe? Engraçado, pensei que apenas aqueles que quisessem
podiam entrar aqui, mas bem-vinda ao ômega void, meu nome é Noere prazer

Noere? Ok… Como a gente sai daqui

É bem simples, você está em uma área fora dos campos do existir, tudo que você
precisa fazer para voltar, é existir de novo

Como assim existir de novo!?

É bem mais simples do que parece, para você existir de novo, é só ter algum tipo de
estímulo em seu corpo, você está aqui apenas em forma astral, seu corpo continua no
lugar onde você o deixou, não se preocupe

Ata… Erine falou que a gente chega em 5 minutos, ela deve me sacudir e eu devo
acordar… Ufa

Fala Eva se sentando, ela olha para o infinito chão, tendo calafrios de imaginar como esse lugar
existe, mas algo em sua cabeça a persegue. Esse nome, Noere, ele é familiar, ela já ouviu esse
nome em algum lugar mas… Não consegue se lembrar, então volta a falar.

Seu nome é Noere certo?

Em carne e osso, sim

O que você está fazendo nesse Ômega void?

Simples, eu sou uma ♋︎■︎□︎❍︎♋︎●︎♓︎♋︎

Eva se assusta, do nada enquanto Noere fala, sua voz se transforma em barulhos guturais e
robóticos, mudando de tom e se sobrepondo.

Uma o que?!

Uma ♋︎■︎□︎❍︎♋︎●︎♓︎♋︎

O que está acontecendo com sua voz?!

Ah! Eu esperava por isso, veja, a coisas que você não deve saber ainda Eva, coisas
desse tipo são censuradas para você, para o seu próprio bem, acredite
Eva se sente arrastada, como se algo ou alguém a quisesse fora desse mundo.

O que está acontecendo!?

Sua amiga deve estar acordando você, não se preocupe Eva, nos veremos em breve, eu
tenho coisas a resolver aqui ainda

Esp…e..r…

Os olhos de Eva se abrem, sua visão é distorcida e os ruídos viram sussurros que viram barulhos, e
finalmente ela olha para frente e percebe Erine a sacudindo, suas memorias do sonho são vagas,
apenas imagens estáticas de momentos especificos.

Vamos Eva, acorda!

Erine… Eu dormi…

É, eu percebi, vamos descer logo

Eva se levanta com sua amiga, descendo na rua e vendo liza, Barasca, Adam e Monika as vendo
descer, nisso Barasca começa a falar em um tom sarcástico.

Dormiu hoje não querida?

Erine fala.

Vá se trata Barraca, anda estamos quase chegando

É BARASCA!

Assim Erine lidera o caminho, os fazendo caminhar um pouco até uma área mais elevada, tendo
uma bela visão do grandioso monte Ebott, nisso liza começa a falar.

Pera! A gente vai pro monte Ebott!? Aqui não era onde aquelas coisas estavam?!

Primeiramente, isso é racista, segundamente, sim, não se preocupe, o lugar onde a


gente vai ainda não foi descoberto pela "G.K.C", é um achado 100% meu, eu já
explorei um pouco e achei algumas coisas interessantes

Fala Erine, e Adam pergunta.

Tipo?

Spoilers, vem eu sei o caminho


Todos se olham com relutância, mas eles já tinham vindo de tão longe que era meio difícil recusar
a seguir. Descendo o pequeno morro com uma corda presa por um gancho, Erine desce primeiro
para mostrar como é, em seguida desce Eva com certa facilidade, ela havia feito umas aulas de
sobrevivência no passado nos primeiros dias dos escoteiros, mas desistiu depois, em seguida desce
Barasca. Ele vai todo pomposo, rapidamente se agarrando pela corda, mas deixando a mão frouxa,
arrastado pela gravidade até o chão, mas no fim ele queima as mãos com a fricção, Erine ri da cara
dele enquanto ele assopra as mãos. Depois vem Monika, ignorando a corda e revelando seu
incrível talento em alpinismo, se segurando nas pedras e descendo rapidamente, se soltando a mais
ou menos 2 metros do chão e pousando lentamente no chão, e Barasca fala.

Poser desgramenta

Isso meu amor, eu chamo de inveja

Em seguida, desce Adam logo atrás de sua irmã, ele fica todo o caminho falando para ela não olhar
para baixo, mas na metade ela olha e fica paralisada de medo, e eles passam 10 minutos tentando a
fazer descer, mas no final eles finalmente conseguem, indo em direção a entrada das cavernas
escondidas. Mas em seguida eles chegam perto de uma base da "G.K.C", tendo que se esgueirar
pela mata para não serem pegos. Eva coloca os olhos para fora, e vê o que tem na base.

Ela não vê nada de mais, apenas diversos carros e cabanas ao lado de um grande hangar, mas
quando ela ia embora, algo prende sua atenção. Uma mulher com escamas amarelas, corcunda e
usando um jaleco de cientista. Aquilo era definitivamente um monstro, ao seu lado um grande
caminhão chega, carregando um grande contêiner com a logo de uma empresa de sorvete, mas em
seguida diversos soldados chegam e começam a tirar esse logo, revelando o que tem por baixo. Eva
vê uma grande logo que ela nunca vira antes, com as iniciais “M.T.T” junto de uma foto de um
robô, Eva estava para ver o conteúdo do contêiner, quando Erine a puxa pela gola, começando a
cochichar.

Cê tá! Louca guria? Quer que sejamos descobertos? Ou pior! Seguidos?!

Como que ser seguido é pior que ser descoberto?

Fala Adam, ao lado de Erine.

Se a gente for seguido eles vão achar a caverna e não vão me dar créditos!

Deus Erine, eleve suas prioridades

Cala a boca Adam

Vocês aí, parem de brigar, vamos logo

Diz Monika, e todos se calam, Erine grunhe enquanto vai para frente, os mostrando o caminho até
a caverna, onde finalmente chegam em torno de 10 dez minutos depois.
Todo o local que circulava a caverna era intocado, totalmente cheio de plantas e árvores, por todos
os lugares, a montanha era gigantesca, ainda mais vista desse ponto de vista, por toda a entrada
existe estalagmites e estalactites, com gotas de água pingando em todos os momentos, já estava
anoitecendo, eles deviam ser rápidos.

Erine então se vira e com um sorriso começa a falar.

Chegamos!

E responde Barasca.

Uau, uma caverna, já vi muitas cavernas na minha vida, não vejo o que tem de
extraordinário nessa

Bem, você nem entrou nela ainda

Então o que estamos esperando?

Diz Barasca já andando para dentro, antes de ser parado pelas palavras de Adam, vindas de trás.

Ei, pega a lanterna!

Oh

Fala ele se virando para olhar Adam, recebendo a lanterna por delivery bem no rosto. Ele
cambaleia para trás esfregando a parte atingida pela lanterna antes de levantar a voz para Adam.

OH SEU CORNO

O quê? É tão fraquinho que não aguenta uma lanterna?

VEM CA QUE EU VO ENFIA ESSA LANTERNA NO TEU CU SEU VIADO

Grita Barasca correndo até Adam, Adam em seguida avança até ele, apenas para ser parado por
sua irmã, ela que o agarra e o levanta, Monika também age, fazendo um mata leão e derrubando
Barasca no chão, o mesmo da um pequeno grita e fala.

Me larga seu jaburu!

Adam olha para aquilo e fala.

Ha! É tão fraco que não consegue se soltar de uma garota!

OLHA QUEM FALA!


Ela é minha irmã, se acha que eu ia bater nela?

HIPÓCRITA DO CARA AHHHH

Monika aperta os braços, fechando sua garganta mais enquanto ele falava.

acabou o showzinho?

Fala a garota.

TA TA ME LARGA

Pois bem

Assim ela o larga, Adam ri enquanto sua irmã a deixa no chão, Barasca se levanta, com seu ódio
visível enquanto caminha para a caverna, ele resmunga reclamando também das dores de pescoço
resultados do mata leão que Monika o deu, assim Erine chega na situação.

Deus, vocês têm que crescer

Cala a boca Erine, você sempre vem pra casa ver filmes da Barbie em alta definição e
chama a gente de criança?

Ei! Eu não tenho culpa que Barbie é bom

Minhas definições de bom foram atualizadas

Ta ta, vamos entrar logo

Erine se vira adentra a caverna, Eva se levanta, durante toda a briga ela ficou sentada em um canto
apenas apreciando o show que os garotos estavam dando para ela, alguns diriam que aquilo era
horrível, ela diria ser entretenimento de ponta. Vendo Monika e Liza já indo para a caverna, ela se
levanta e as segue, e todo o local começa a ficar mais e mais escuro à medida que elas avançam. Na
parte da frente Erine liga a lanterna, em seguida de Barasca e Monika, depois Adam fica ao lado de
sua irmã, ligando a lanterna e a guiando, e por fim Eva usa a luz do celular.

As paredes são de rocha, o esperado de uma caverna, mas depois de alguns minutos se
aprofundando cada vez mais para a escuridão da caverna, Eva começa a perceber algo de estranho,
algumas runas e escritas estranhas nas paredes, elas estavam apagadas pelo tempo. Mas depois de
um tempo, elas preenchiam totalmente as paredes. Eva olha para isso abismada, vendo todos os
outros fazerem o mesmo, com exceção de Erine que olha com um rosto cheio de si, vendo seus
amigos impressionados.

Assim Eva fala.


Erine… Eu pensei que você tinha encontrado pedras de formato peculiar, NÃO UM
COMPLEXO ARQUEOLÓGICO

Eu sei, eu sou muito boa no que eu faço, não é mesmo?

Ok, eu admito, é impressionante, mas o que vamos fazer? Você não quer deixar esse
local desconhecido para sempre? Né?

Fala Adam.

Bem, eu só explorei sozinha até aqui, tem bem mais coisa pela frente, achei melhor
esperar para poder levar vocês comigo

Ebá! Isso parece interessante, aceitar vir aqui foi a melhor coisa que eu fiz nessa
semana!

Fala Monika entusiasmada.

Espero que não tenha armadilhas, lugares assim sempre tem armadilhas

Fala Barasca olhando para as paredes.

Bem, já que é assim, eu vou liderar o grupo, a Erine disse que não sabe mais nada
aqui, e eu sou fortona, eu protejo vocês!

Fala Monika indo para frente, Erine não discorda, apenas segue ela, e todos começam a caminhar
para frente, com exceção de Eva. Ela ignora a ida de todos e parte para cima da parede, parando
cerca de 30 centímetros da mesma, e a observando de perto, era como se ela a chamasse de alguma
forma.

Na parede, os desenhos ganham vida, se iluminando e ganhando forma, Eva sente seu peito
formigar, com um estranho poder invadindo suas veias. Erine dá por falta de Eva, finalmente
olhando para trás a vendo porrada na parede, tomando um susto ao ver o que está flutuando na
frente de seu peito, um coração.

Algo que ela conhecia, era uma alma, a alma de Eva, ela era branca como a de um monstro, e isso
a arrepiou, em um lugar em seu abismo, ela sentia, que a alma branca era perigosa, e
inconscientemente e, ela grita.

EVA!

Nisso, Eva estala de volta a realidade, os desenhos somem e a informação some de sua cabeça,
apenas sendo um vulto em suas breves memórias, ela olha assustada para sua amiga, tendo um
pressentimento ruim, em seguida Erine corre até ela, a agarrando e a abraçando.

Erine? O que está acontecendo?

EU VI UMA ALMA BRANCA NA TUA FRENTE E EU SURTEI

Diz a garota com os olhos marejados, Eva não se lembra de uma alma aparecer, apenas uma coisa
permanece em sua mente depois de seu momento de transcendência, um nome que amargava sua
boca.

Asmodeus

Por algum motivo, ela tem arrepios só de pronunciar esse nome em sua mente, mas independente
de quão terrível esse nome seja, ele era de alguma forma familiar.

Todos que estavam indo, param para olhar a situação, em seguida Eva afaga a cabeça de sua amiga,
a trazendo até o grupo, começando a falar.

Não se preocupem, acho que sem querer eu acabei invocando minha alma e a Erine
surtou por algum motivo

Porque era branca! Eu não sei, mas isso ta errado

Fala Erine.

Branca? Pensei que apenas monstros têm almas brancas, como você tem?

Fala Adam.

Eu não sei, a primeira vez que eu vi, eu tinha acabado de acordar de um sonho estranho
e… Lá estava a maldita, olha esse assunto é meio pessoal, acho melhor seguirmos pela
caverna

Ok, espero que tudo dê certo, vamos gente

Fala Monika, já avançando.

Vem Erine, estamos indo

Ok…
Nisso Erine solta Eva, limpando as lágrimas de seu rosto e começando a andar com os outros.

Assim eles seguem, adentrando as catacumbas do caos pela primeira vez .

Dia 5 de janeiro

Meio-dia

O sol é escaldante, Bella respira ofegante quando finalmente chega na frente de sua casa, ela fica
na área mais pobre da cidade, na época ela não estava trabalhando na "G.K.C" então teve que
economizar, eles se acomodaram depois e não quiseram se mudar. Bella caminha até a porta, se
abaixando e procurando a chave debaixo do tapete, mas ela não acha nada.

Droga Ally

Diz ela pegando um canivete de seu bolso, junto a um prendedor de cabelo e forçando a fechadura,
enfiando e abrindo sem dificuldades, fácil até demais, ela realmente deveria trocar a tranca da
porta, mas isso não vem ao caso agora. Ela então entra em sua casa, olhando para o local e dando
um longo suspiro quando uma onda de nostalgia invade seu corpo, tudo estava sujo e empoeirado
como esperado, mas um cheiro horrível vinha do fim do corredor, ela segue ele e dá de cara com
os 3 quartos de seus filhos. A porta do quarto de maria e Ally estavam fechadas, mas a de Logan
estava aberta, e um fedor inacreditável vinha de dentro, lá tinha dezenas de roupas sujas jogadas no
chão, pedaços de pizza jogados com suas caixas apenas criando mofo, diversos posters de bandas
de heavy metal com um grande dispositivo de som.

Bella quase vomita, correndo até o banheiro e pegando o cesto de roupas, colocando todas as
roupas imundas de Logan dentro e jogando as pizzas mofadas no incinerador, em seguida ela joga
a cesta de roupa na máquina de lavar e colocar toneladas de produtos de limpeza antes de ligar a
máquina, voltando com um exército de produtos e limpando completamente o quarto do garoto,
com um pulverizador ela espalha um ar cheiroso por todo o quarto, jogando água sanitária no chão
e usando um sugador de água para retirar todo o sujo, ela pode ver uma água negra subir pelos
canos, realmente não querendo saber o Logan anda fazendo para deixar o quarto sujo desse jeito.

E depois de 1 hora limpando, o quarto estava tinindo, cheirava a rosas e os potentes produtos de
limpeza combinados com uma parafusadeira com um rodo que girava milhares de vezes tiraram a
sujeira do chão a base do ódio, revelaram o lindo chão de madeira, que parecia uma pedra, por
baixo de uma montanha de pelos e sujeiras. A mulher cansada olha para o resto da casa, mesmo
não estando tão repugnante como o quarto de Logan, era visível que eles não variam muitas vezes.
Assim a mulher suspira, caminhando e ligando o pequeno robô que começa a sugar toda a poeira e
pequenos detritos de sujeira do chão, ela se senta cansada no sofá, limpando o suor da testa e
pegando o controle remoto, avançando com a mão em direção a tela e apertando o botão de ligar, e
imediatamente a tela se liga, com uma grande tela chuviscada aparecendo, junto a um estridente
som de chuvisco que dói os ouvidos de Bella, assim ela rapidamente muda de canal, aparecendo
um programa de culinária, em seguida ela muda o canal novamente, vendo um canal de vendas
vendendo um anel de rubi, e no próximo canal, passa uma reprise de uma série de caçadores
paranormais, Bella conhecia a série, mas nunca teve interesse em assistir, assim a forçando a pular
de canal.

E ela continua fazendo isso por diversos minutos, até ela voltar ao canal de estática, ela havia dado
a volta em todos os 300 canais que sua operadora sérvia e não tinha achado nada para assistir,
assim ela dá um longo suspiro enquanto desliga a tv, jogando o controle para a cabeceira ao lado do
sofá e se deitando. Ela Olha para o teto por um tempo, começando a descer por seus pensamentos,
se lembrando de Carla e se sentindo mal, talvez se ela fosse com ela, a mesma não morreria.

Mas isso é um cenário hipotético, Bella sabe que é quase impossível de prever alguma coisa, e os
números ficam cada vez mais baixos quando magia é aplicada ao cálculo, Bella sabe que magia é
caótica e que qualquer coisa poderia ter acontecido, ela ter aprendido os poderes de sua alma antes
e ficado super poderosa, descendo aquela garota na porrada. Também o cenário mais provável, que
ela seria morta enquanto Carla fugia, em todos os casos alguém iria morrer provavelmente. Bem
fundo bela tem uma felicidade egoísta, que era bom Carla ter morrido em vez de Nathan, pelo
menos ela havia conhecido ela hoje.

Bella sabe que é errado pensar nisso, mas é impossível ignorar esse sentimento de sua mente. Ela
aprendeu uma coisa trabalhando na "G.K.C", que seus inimigos iriam descer ao inferno se isso
fosse a prejudicar, talvez seja bom ela tentar aprender mais sobre suas capacidades mágicas,
principalmente o que sua alma a poder lhe oferecer. Bella quando entrou no setor 7, fez um
treinamento de karate. Ela era uma das melhores de sua turma, se fosse para dar uma faixa para ela
provavelmente teria a faixa preta no mínimo a marrom.

Ela sabia dar umas porradas, mas Carla também sabia, provavelmente muito mais do que ela e
mesmo assim ela teve um fim trágico, talvez para derrotar aquela coisa, força física não fosse o
suficiente. Então ela se levanta, fechando os olhos e invocando a sua alma, e em poucos momentos
ela aparece, ela ainda era laranja, a alma da bravura, mas de braveza Bella não tem nada. Ela
observa a alma por um tempo antes de se virar e sair para o quintal, ela leva uma velha tábua de
passar roupa com um vaso feio tinha comprado em uma venda de garagem enquanto ainda morava
aqui, as posicionando na metade e ficando a uns 3 metros de distância.

Ela suspira, assobiando enquanto mexe os braços. Ela vai testar sua força, primeiro sua força
normal, em seguida vai tentar usar a magia de sua alma. Então ela fica em pose de ataque e desfere
um soco no ar, tentando fazer um golpe que sempre via em animes quando era criança, sempre um
personagem superpoderoso socava o ar e uma grande massa de ar era jogada para frente, acertando
com muita potência o seu alvo mesmo a pessoa que socou estando a metros da pessoa atingida,
mas como o esperado nada acontece. Ela fica parada na pose de soco, esperando se alguma coisa
fosse acontecer, mas depois de 5 segundos ela desiste, esfregando o rosto e voltando a sua posição
original, invocando a sua alma e se concentrando, em seguida ela se sente eufórica, um grande
fluxo de prazer flui por ser nervos, ela se sente preparada. Assim ela desfere um golpe, abrindo os
olhos quando sua mão estava na trajetória, mas ela percebe algo estranho, tudo estava em câmera
lenta, um helicóptero no céu para de voar rápido, indo bem devagar para a direita, suas hélices
ainda giravam relativamente rápido, mas nada como as suas hélices estavam girando a 2 segundos
atrás.

Elas estavam completamente visíveis, girando 2 vezes por segundos, mas ela se lembra do que
estava fazendo, finalmente olhando para frente já com sua mão no lugar, e em um piscar de olhos
ela sente um turbilhão jogando seus cabelos para o alto e a arrastando por alguns metros.
Cambaleando tentando não cair no chão, seus cabelos cobrem seu rosto e o forte vento a deixa
surda por alguns segundos, mas ela consegue recuperar os sentidos, tirando os cabelos da frente de
seus olhos e olhando o estrago.

O passador de roupa junto ao vaso tinha sumido, com metade da grama e a cerca. A parede da casa
da frente estava demolida, com passador de roupa todo amassado em uma das paredes. Bella fica
em choque, por um momento imaginando os milhares que teria que pagar para consertar isso, mas
até ela se lembrar que ninguém mora naquela casa e ficar aliviada, mesmo assim ela não imaginava
que seu soco seria tão poderoso. Ela olha para seu punho com certa insegurança, se ela usar isso
com certeza teria chance contra aquela coisa, mas valeria a pena?

Talvez ela machucasse ou matasse alguém por engano, era difícil definir limites para o seu poder, e
isso por que ela praticamente deu um soco normal, mas movendo a mão para frente do que um
soco de verdade, ela teme em imaginar os estragos que um soco a base do ódio teria,
provavelmente sua casa não sobreviveria para contar história se isso ocorresse. Assim ela continua,
olhando para sua mão enquanto pensamentos corriam por sua mente, estalando de volta a realidade
com seu telefone tocando, ela com cuidado puxa todo o poder mágico que fluía em seu corpo de
volta em sua alma, e pega o celular, vendo um número que ela nunca viu a ligando, mas a foto era a
logo da "G.K.C", assim ela presume que é alguma coisa do trabalho e de imediato atende,
agraciada pela juvenil voz de Dante que ouviu outrora no trabalho.

Oi! Seu nome é Bella né?

Ah! Sim meu nome é Bella, pelo que me lembro você é Dante, estou certa?

Isso! Meu nome é Dante, tô feliz que você se lembrou

Não tem de quê, mas o que você quer, eu pensei que a missão era para ser amanhã

Sim sim, a missão continua sendo amanhã, é que o meu pai me pediu para eu te ligar,
ele disse que a doutora Alphys está lá, também disse que você queria falar com ela, e
que você tinha que saber de algumas coisas, eu tentei perguntar mais, mas você sabe
como é meu pai, todo preso a regras e cOiSaS cOnFiDeNcIaIs, é isso

Ok, ele disse onde fica essa tal base?

Sim, fica nessas coordenadas, eu vou te passar por sms, te vejo amanhã então Bella,
tchau!
Assim ele desliga, Bella entra em seu aplicativo de SMS e vê a mensagem que Dante a enviou, se
virando e entrando de volta em casa, pegando um abanador e saindo, ela anda até a garagem e a
abre, dando de cara com o nada. Bella estranha, a moto que ela deixou aqui quando saiu não estava
mais.

Hum, talvez a Ally ou Logan tenha pegado, maria é muito certinha para pegar a moto,
Ally tem carteira e talvez os amigos delinquentes de Logan o tenha ensinado a
dirigir… Céus

Fala a mulher esfregando o rosto, ela fecha a garagem e sai, caminhando pela calçada até chegar
em um ponto de ônibus, o mesmo era todo negro, com a logo da "G.K.C" junto a uma câmera de
segurança que brilhava em vermelho. E em pouco tempo o ônibus chega, sua porta se abre e Bella
sobe, deixando uma moeda como gorjeta ao motorista e indo até o fundão, se sentando em uma
cadeira e se aconchegando, ela olha para as árvores que passam como um raio a medida que o
ônibus volta a se mover, apenas para elas pararem quando ele pega outro passageiro, ela não liga
muito para quem subiu, voltando a se aconchegar, mas logo em seguida uma comoção acontece
atrás, ela se vira e começa a observar.

Vendo vários adolescentes sentados e 2 garotas se abraçando. Em uma cadeira elevada, tem uma
garota albina usando uma roupa bem arejada de um personagem de anime, ao lado dela tem uma
garota ruiva usando um típico uniforme de aventureira clichê, ela segura um mapa, mas não o olha,
em vez dissos seus olhos ficam vidrados na garota que está sendo abraçada. Ela era bem
musculosa, parda com roupas típicas de uma atleta, a garota que a abraçava era uma típica
patricinha, com roupas bem trabalhadas que pareciam caras. Mais atrás tem 2 garotos as
observando, um tinha cabelos pretos, uma roupa sem mangas de mesma cor e um calção branco
com imagens de abacaxi, e ao lado tem um garoto um usando uma roupa bege com um óculos
escuros.

As duas garotas parecem bem animadas, conversando até finalmente retornarem ao seus assentos,
assim a curiosidade de Bella foi sanada e ela volta a olhar para frente, apoiando a cabeça na janela
e vendo o tempo passar, assim as árvores ficam rápidas de novo, e o ônibus vai a toda velocidade a
seu destino. O tremor e o barulho do vento dá sono na mulher, a fazendo fechar os olhos cada vez
mais a medida que o tempo passa, até ela estar com os olhos totalmente fechados. Sua mente fica
cada vez mais obscura a medida que ela finalmente adormece, Bella não dorme desde anteontem,
ficando a noite acordada, pois não conseguia dormir com o barulho das hélices do helicóptero
girando freneticamente.

E finalmente seu cansaço a toma, o mundo fica em preto e branco, e nada mais faz sentido, até que
por um piscar de olhos tudo fica negativo, com a imagem de 2 garotas, uma de cabelos brancos e
outra de cabelos roxos conversando, em seguida a imagem de um ser amorfo, com auréolas cheias
de olhos e centenas se não trilhares de asas ao redor de seu corpo que tomam a sua mente, com um
único pensamento tomando conta de sua cabeça nessa hora.

"VOCÊ NÃO PERTENCE AQUI, SAIA”


E imediatamente ela acorda, ela olha para seu relógio e menos de 4 minutos haviam se passado, ela
não lembra muito do que aconteceu em seu sonho bizarro, mas ela tinha coisas a mais a se
preocupar. Se levantando e descendo do ônibus em seguida, o mesmo fecha as portas e parte, Bella
se abana e continua a sua viagem mata adentro, pegando seu celular e vendo as coordenadas que
Dante a passou e olhando para frente. Por um momento ela achou que o GPS estava errado, ou que
Dante havia passado as coordenadas erradas, mas em sua frente havia apenas mato com uma
pequena estradinha de terra, nela, diversas marcas de pneu podem ser vistas no chão lamaçal, por
todos os lados mosquitos vinham voando zumbindo no ouvido e se deliciando de seu sangue, então
a mesma já parte para frente, correndo ao lado da estrada de terra, em um caminho feito por várias
pedras postas uma na frente da outra.

Até ela finalmente ver de novo algo da civilização humana, um grande muro negro, nele um portão
metálico de 5 metros com diversos guardas usando o uniforme da "G.K.C" em volta, todos ao ver
Bella entram em posição de ataque, agarrando suas metralhadoras e apontando para a mulher, a
mesma para de correr instantaneamente, levantando as mãos, os guardas falam.

Quem é você!? Identifique-se!

MEU NOME É BELLA PARKER EU SOU UMA FUNCIONÁRIA DA GKC DO


SETOR SETE, MEU CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO TÁ NO MEU BOLSO
DIREITO

A mulher fala com o cu na mão, ela não pensou que receberia uma boas vindas tão calorosa como
essa. Em seguida os soldados avançam até ela, a revistando e pegando o crachá em seu bolso, eles
o analisam e a devolvem, perdendo toda a postura ameaçadora que outrora tinham.

Seja bem-vinda pesquisadora Bella parker, você pode entrar

A…. Ok

Fala a mulher já um pouco mais calma. Assim ela caminha até a grande porta, que é aberta com um
grande ranger, assim vendo o interior do local. Ele tinha em torno de 50 metros quadrados, com
um grande hangar junto a menores tendas ao redor, aqui, diversos soldados e cientistas da "G.K.C"
caminham para todos os lados, mas o muro não era completamente fechado, partes com uma mata
densa tinham uma simples grade. E saindo de uma tenda, Bella vê Alphys, uma monstra fêmea de
aparência escamosa e corcunda, com um jaleco de cientista e um óculos, ela caminha com tablet
nas mãos, indo até o portão sem olhar para frente, Bella então caminha até ela, a cutucando por
trás, a fazendo dar um pequeno pulo de susto, olhando rapidamente para ela.

Ah! Olá senhorita, Bella, não pensei que você viria aqui

Olá, Dante me passou as coordenadas, ele disse para eu ver alguma coisa, e também
ainda precisamos falar sobre algumas coisas que aconteceram mais cedo

Oh… Ok, só me espera no meu escritório, uma carga já vai chegar

Ok, onde é?
Ali

Alphys aponta para uma tenda uma pouco mais afastada, mas cheia de caixas e entulhos ao redor.

Ok então, te vejo lá

Assim a mulher caminha até o escritório, era inevitável perceber algumas coisas como caixas
cheias de macarrão instantâneo e o que pareciam bonecas de um anime de garotas mágicas. E assim
que ela esta para entrar no escritório, ela ouve o estridente som do portão se abrindo, olhando para
trás e vendo um grande caminhão entrando. Nele havia uma logo de uma empresa de sorvete, e
diversos soldados chegam, começando a arrancar o papel que cobre o verdadeiro logo, nele havia
as iniciais M.T.T desenhada com uma fonte estilizada dos anos 80, junto a ela um desenho de um
robô quadrado, com um painel com diversos quadrados em sua frente, ele é aberto e os soldados
começam a retirar o seu interior. Nele tem o que parece um caixão gigante e metálico, dezenas de
agentes carregam ele, mas o deixam no chão logo em seguida. Logo um grande robô de carga
chega, agarrando o caixão metálico e o levando até o hangar. Assim Bella finalmente entra no
escritório, nele havia uma mesa, uma cadeira em cada lado e alguns arquivos, na mesa havia um
laptop fechado, com dezenas de bonecos funko e outros bonecos de anime, todos ainda em suas
caixas, nos arquivos, dezenas de bonecos mecha ainda em suas caixas ficam de decoração, uma
bem peculiar diga-se de passagem.

Bella então se senta na cadeira, olhando para os lados e percebendo que está velha quando não
reconhece nenhum dos personagens que Alphys tem como boneco, quando era mais nova sempre
assistia tudo que tenha passando na tv, mas com a chegada no ensino médio ela passava 90% do
dia estudando, isso piorou quando chegou a faculdade e mais ainda quando entrou na "G.K.C",
agora se ela dormisse 3 horas era para comemorar. Bella se perde em seus pensamentos, estalando
de volta a realidade quando Alphys entra na cabana, caminhando para o outro lado da mesa e se
sentando, abrindo o seu laptop e sorrindo ao olhar para Bella.

Então, o que você queria falar mesmo?

Bem… Disso

Fala Bella já levantando a mão, invocando sua alma e suspirando, o sorriso de Alphys muda
repentinamente para uma expressão que seria melhor definida como uma mistura de impressionada
e aterrorizada, se levantando rapidamente e abrindo um de seus arquivos, pegando um grande livro
preto com o nome “experiencias com almas humanas”. O abrindo e se aproximando da mulher.

Bella, quando você conseguiu materializar sua alma!?

Bem, eu tinha ido para o escritório de Gaster pegar a caixa, e eu olhei em uns arquivos
que… Eu não sei explicar, parecia que seria o certo, eu fechei os olhos e ela apareceu
naturalmente

Bem, geralmente humanos não conseguem materializar sua alma sem um estímulo
externo, como ver fotografias, desenhos ou uma alma bem na frente deles
É, deve ser por isso que Nathan também invocou a alma dele após ver a minha

NATHAN TAMBÉM MATERIALIZOU A ALMA DELE!?

Sim, ele é a alma amarela

A alma da justiça

Sim, e… Tinha algo lá como… Uma estrela

Uma estrela?

Sim, uma estrela cartunizada, como se uma criança tivesse a desenhado, ela parecia
ser feita de algum tipo de plasma mágico estranho, mas não era tão quente como
plasma deveria ser naturalmente

Entendo…

A mulher se vira, pegando uma caixa empoeirada e a abrindo, vasculhando por um tempo antes de
achar um pequeno caderno. Ele era bem antigo, suas páginas eram amareladas e a capa estava
desbotada e descascando, ela então abre o caderno e vasculha por diversas páginas, até finalmente
parar em uma quase no final, ela olha para ela por um tempo, antes de fechar o mesmo e olhar para
o rosto de Bella.

Você… Você ouviu ou viu algo relacionado à palavra “save”?

Ah… Sim, quando eu enfiei o meu braço naquela estrela

VOCÊ ENFIOU SEU BRAÇO NA ESTRELA?

Sim

Assim a mulher dinossauro agarra o braço dela, puxando a manga e começando a o observar a
busca de qualquer coisa.

Não se preocupa, eu já procurei e não achei nenhuma marca

Mesmo assim, você não deveria ficar enfiando seu BRAÇO EM QUALQUER COISA
BRILHANTE QUE VOCÊ VÊ, PODERIA ESTAR MORTA

Fala Alphys nervosa, já arrumando a manga e olhando com um olhar de censura para Bella.

Ok ok, não vai acontecer de novo…

Que seja, mas… Eu sei algo sobre saves, bem eu não sei mas… O que quero dizer que
eu já ouvi em algum lugar… Já sei!

Diz ela se virando, pegando de novo o livro de experiências com almas humanas e o abrindo,
colocando na mesa e o folheando por diversas folhas até chegar em uma página específica. Bella
olha e percebe que esse livro é a mesma coisa que aquele arquivo que havia achado no escritório de
Gaster, mas ele parecia menor, mas ela não tenta se aprofundar muito nisso, não é hora para teorias
da conspiração. Assim Alphys começa a falar.

Determinação, uma das mais poderosas almas, com base nos meus estudos no sujeito
6368617261, determinei as propriedades de imortalidade tipo 3, usuários da
determinação conseguem usar esse poder através dos ditos cujo “pontos de save” onde
ele prende uma parte do tempo, os “pontos de save” são objetos semelhantes a uma
estrela desenhada de forma cartunesca, feita pelo que parece um plasma com
propriedades mágicas, usuários de determinação pode gravar esse tempo e retornar-lhe
toda vez que sua vida chegar a 0, eliminando a linha do tempo anteriormente criada, a
retornando do ponto gravado no “ponto de save”, é claro que anular completamente a
existência de uma linha do tempo é impossível, por isso que existem os pontos de
nulidade, pequenas partículas que as memórias daqueles que estavam na linha do
tempo destruída, esses tais pontos de nulidade vagam pelo void pela eternidade, até
serem abolidos completamente quando outro recorte da linha do tempo for realizado, é
claro, é possível capturar ponto de nulidade, mas isso envolve uma colossal quantidade
de sorte, por isso desenvolvi o projeto 61736d6f64657573, para mais detalhes sobre o
projeto 61736d6f64657573, veja o segundo volume de experimentos com almas
humanas por w.d Gaster…. É isso

Bella ouve tudo, ela sabia de algumas partes, pois tinha lido no arquivo de Gaster antes, mas por
causa dos erros e a troca frequente de fontes para aquela cheia de mãos e símbolos estranhos,
dificultava o entendimento, mas aparentemente esse livro era traduzido para linguagem normal,
assim Bella continua a falar.

Bem, aparentemente apenas usuários de determinação podem usar esses tais “pontos
de save”, olhando pelo lado positivo, é bom que nada de ruim tenha acontecido com
você

Eh… Bem, acho que já vou indo então

ALPHYS!? CÊ TA AI!?

Ah?!

De repente uma voz grossa é ouvida de fora da barraca, ela expressa confusão olhando para a
entrada, e em seguida ela é invadida por uma brutamontes. Uma mulher azul com um grande
cabelo vermelho, no lugar de seus ouvidos, ela apresenta o que parecem barbatanas de peixe, e em
seu olho esquerdo tem um tapa olho negro. Ela entra como se o mundo fosse acabar, correndo
dando drift até o lado de Alphys, enfim ela abre um abrangente sorriso enquanto olha a mulher.

Undyne?! O que está fazendo aqui?

Adivinha! Eu fui contratada! Você está falando com a nova recruta 4637 bb!

Ah!... Ok… Isso é bom ou é

ISSO É BOM! Finalmente meu trabalho como guarda real foi reconhecido!...
Undyne vira lentamente o seu olhar, finalmente percebendo a mulher sentada ao lado de Alphys,
então sua visão volta ela e brilho determinado de seu olhar morre, virando um rosto envergonhado,
se abaixando e começando a cochichar no ouvido de Alphys.

Alphys… Quem é ela?

Ah! Ela é a Bella, ela é funcionária do setor sete, líder de setor, né?

fala Bella.

A…

Undyne então se levanta, tentando ficar o mais natural possível e limpando o suor de sua testa,
começando a falar.

Bem Alphys, eu já vou indo, te vejo depois então…

Oh… Ok Undyne

Assim a mulher peixe sai, Alphys olha com certo constrangimento para Bella, mas a mulher parece
não se importar com nessa situação, assim Bella fala.

Bem, acho que vou indo então

Ok… Desculpa por isso, eu juro que ela é assim apenas sozinha

Ok… Sem problemas

Bella se levanta e sai, suspirando e olhando para o céu, já estava anoitecendo, talvez ela devesse
dormir aqui, seria uma luta ficar acordada no ônibus, e provavelmente perderia o ponto. Então ela
se vira, caminhando até uma grande barraca com o nome "dormitórios" escrita em cima, entrando
e vendo diversos beliches enfileirados, ela boceja e caminha até um, se sentando e deitando,
cobrindo a si mesma com o cobertor e fechando os olhos, tudo fica vazio em pouco tempo, sons se
tornam barulhos, e barulhos se tornam ruídos, e o absoluto nada da inconsciência a abraça enquanto
ela dorme.

continua em retale - um jogo de exterminador parte 3


UM JOGO DE EXTERMINADOR PARTE 3
Chapter Summary

Bella acorda na base com uma visão nada agradável e se juntando com seus parceiros.
Eva e seus amigos, continuam explorar a caverna e enfrentam uma situação
complicada.

16 de janeiro

8 da manhã

Tudo estava escuro, nada fazia sentido, nada importava

Leis, ciência, magia, caos, ordem

Tudo aqui, é nulo, mas de repente as coisas começam a ter cor novamente, ruídos viram barulhos e
barulhos virão sons, e ordem, caos, magia, ciência e leis voltam a importar, voltam a ter
significado, mas esse significado não é belo. Bem, belo não é algo que Bella pensaria ao ver o
rosto de Nathan cerca de 20 centímetros do seu, bufando um hálito quente com cheiro de cebola
em suas narinas e gritando mais alto que um pulmão normal conseguiria.

BELLAAAAAAA

AAAAAAAAAAAA CARALHO PUTA MERDA VÁ TOMA NO CU

Bom dia pra você também

Porra Nathan, saber acordar pessoas de forma NORMAL?

Não

Porra viu
Diz a mulher se levantando e limpando a saliva que respingou em seu rosto, olhando com um olhar
raivoso para seu colega de trabalho que ri levemente.

O que tu que alambrado, veio aqui só fazer hora com minha cara abestado

Bem, o Dante me ligou falando pra gente vir aqui ver uma coisa, não me lembro bem
o que era

É, ele me ligou também… O que horas são, acho que peguei no sono

8 da manhã, a missão é as 18 ou 19

Alguma novidade ou só isso?

Bem, eu dei umas bisbilhotadas e vi que eles tão com um projeto de ciências lá, bora
ver!

A… Você vai, são 8 da manhã e eu to caindo aos pedaços, tenho que beber meus 7
litros de café diário e tomar um bom banho

Ok… Você não toma geralmente 7 litros de café, né?

Tire suas próprias conclusões

Diz Bella se dirigindo para saída dos dormitórios, olhando para o céu e vendo um lindo tom de
azul, com o contraste alaranjado do sol nascendo no horizonte, ela se vira e caminha direto para a
cafeteria, entrando e vendo diversos cientistas e guardas sentados comendo comidas variadas. Bella
então, se dirige para uma mesa onde pega 2 xícaras de cafe, tomando às duas logo ali e as enchendo
novamente, pegando 3 pães, os fatiando e colocando manteiga e um pedaço de queijo, indo até uma
das mesas e quando se senta, toma em 1 gole uma das xícaras de café, pegando uma das fatias de
pão e enfiando nele, depois comendo o mesmo.

Várias pessoas no local olham pra ela com certa surpresa, não é todo dia que se conhece alguém
capaz de virar uma xícara de café fervente em 1 gole e não apresentar nenhum efeito colateral.
Assim ela termina de comer, se levantando e deixando os pratos em uma pequena pia, saindo, mas
sem antes virar mais 2 copos de café sem maior esforço. Ela olha para os lados, até enxergar
lavatório feminino, indo até ele elétrica por causa dos diversos cafés que acabara de tomar,
entrando como se não houvesse amanhã. Assim ela chega na primeira parte.

Um pequeno local onde as mulheres colocavam toalhas para entrar no lavatório, estava vazio então
seria menos constrangedor, tirando as roupas e se cobrindo com uma grande toalha e indo até os
chuveiros, tomando um banho e saindo nova em folha, indo até o grande hangar, com Nathan
sentado mexendo no celular a esperando.

Ela o percebe, e começa a falar


Ah, você chegou, finalmente

Simbora entrar?

Ta, só pera um segundo

Diz ele se levantando, alongando os braços e estalando os ossos dos dedos, sorrindo para ela e
entrando no hangar. E dentro eles veem diversos contêineres uns em cima dos outros, diversos
carros, caixas e outras coisas.

Assim Bella fala

Estranho, é bem maior por dentro do que por fora, o que acha Nathan?... Nathan?!

Diz ela olhando para o lugar onde Nathan estava segundos atrás, ela o conhece, mesmo sendo um
cientista brilhante, sua maturidade e comportamentos são como uma criança de 10 anos, e deixar
uma pessoa como ele andar sozinha por uma base cheia de aparelhos científicos ultra secretos não
era uma das melhores das ideias. Ela se vira e começa a olhar para os lados, vendo o homem passar
por uma pequena porta ao fundo, ele corria de forma alegre, e seu rosto era maravilhado.

NATHAN VOLTA AQUI, VOLTA AQUI AGORA

Diz a mulher correndo como se o mundo fosse acabar na direção do homem, ela passa por diversos
cientistas e guardas que olham sem intender se esbarrando em alguns, fazendo os derrubar pilhas
de livros e pastas. Eles passam por diversos corredores, realmente, por dentro esse lugar era bem
maior que parece pelo lado de fora, eles estão andando por minutos, nessa hora já deveriam ter se
esbarrado na parede, talvez fosse magia, ou a arquitetura do lugar, ou a mente de Bella pregando
peças.

Mas isso não importava agora, tudo que importava era que Nathan não a fizesse ser demitida, e
isso acende um fogo em seu interior inexplicável, aumentando quando ela se lembra do rombo que
ela fez na casa vizinha, junto a sua cerca. E quando ela vira uma esquina, vê Nathan finalmente
parado, olhando maravilhado para uma porta a direita.

VEM CÁ SEU ESQUIZOFRÊNICO

Diz ela correndo mais rápido que um raio, agarrando Nathan pelos cabelos e puxando sua orelha
enquanto fala alto em seus ouvidos.
OLHA AQUI, DA PRÓXIMA VEZ QUE VOCÊ FOR SAIR CORRENDO QUE
NEM UMA CRIANÇA DE 2 ANOS, EU VOU ENCHER TUA CARA DE
PORRADA QUE VOCÊ VAI PRECISAR PAGAR UMA RINOPLASTIA

Diz ela olhando lentamente para o lado, vendo a enorme sala que Nathan estava a olhar
maravilhado. Lá estava um grupo de pessoas, formados por 5 guardas fortemente armados, uma
mulher azul, com orelhas parecidas com barbatanas usando um uniforme com o número “ELT-
4367”. Com certa dificuldade ela relembra seu nome, Undyne, ao seu lado estava a cientista
Alphys, uma mulher amarela corcunda, usando um jaleco de cientista, mais a direita, ela vê uma
grande mulher volumosa de cabelos ruivos e soltos, se despejando sobre seus ombros. Em seu
corpo, ela veste um jaleco de cientista com um óculos, era Lytta, a vice-presidente da "GKC". E na
mesa a frente, um laptop aberto, com a silhueta de Nero, o presidente da "GKC". Todas essas
pessoas, olhando sem entender o que está acontecendo para Bella que continua a enforcar Nathan.

Bella olha para eles, e eles olham de volta, e a pressão dela cai. O teto ficou preto e ela quase cai
no chão com espuma saindo de sua boca, mas ela se recompõe. Respirando profundamente
enquanto solta Nathan e tenta limpar ele de forma discreta e rápida, falhando miseravelmente
nesses dois objetivos e olhando como se nada tivesse acontecido para todos os presentes, enquanto
Nathan está o pó da rabiola ao lado dela.

Assim, ela começa a falar.

BOM DIA, COMO VOCÊS ESTÃO!?

Diz ela de forma escancarada enquanto balança a cabeça para o lado, Nathan vendo isso, apenas se
arrasta e se esconde na parede.

Bella por que você estava enforcando o

BEM, BOM DIA PRA VOCÊ TAMBÉM SENHORITA ALPHYS!

A… Bom dia pra você… Também

Acho que ela ta fazendo controle de danos


Cochicha Undyne no ouvido de Alphys.

Não liga, ela é assim mesmo

Responde ela, também cochichando.

Bem, senhorita Bella, chamei você aqui para ver o novo projeto da "GKC"

Fala a voz robótica de Nero, vinda do laptop.

Realmente. Oh querida você tem que ver, é fabuloso!

Fala Lytta, logo atrás de Nero.

Bem… Já que é assim, gostaria muito de ver

Fala Bella respondendo Lytta, uma gota de suor desce por seu rosto, não por que está calor, mas
porque ela estava nervosa, a qualquer momento ela pode explodir. Assim, Nero toma a palavra.

É claro, senhorita Alphys, faça as honras

Oh! Claro, só espera uma secundo

Gente, o que rolou? Eu tava vindo pra cá e o Nathan passou todo descabelado pelo
correndo, parecia que tinha sido atropelado por um carro

Bella olha para trás, vendo Dante chegar com a mesma roupa que usava ontem, a única diferença
era a cor de seu cachecol, ele segura um pequeno suco de caixinha de morango, o bebendo
rapidamente, amassando-o em sua testa e jogando para trás, e ele cai perfeitamente em uma cesta
de lixo.

Oh Dante! A quanto tempo filhote, como você está?

Diz Lytta se dirigindo e dando um forte abraço nele, enfiando seu rosto em seus peitos e
começando a apertar cada vez mais, é possível ouvir murmúrios de Dante sufocando e tentando
desesperadamente sair daquela situação constrangedora, quando Nero toma a palavra novamente.
Querida, acho que você está enforcando o garoto

OH!

Diz ela o soltando, o mesmo cai no chão tossindo e esfregando o rosto com a manga da roupa.

CÉUS, da próxima vez que quiser me matar, usa uma pistola, enforcar é sacanagem,

Ai vida desculpa, eu estava tão concentrada em te abraçar que quase te matei!

É, eu percebi

Bem, isso foi uma situação interessante, mas vamos voltar ao assunto, doutora Alphys,
se não for pedir muito

AH! Ok, espera um pouco

Alphys e Undyne estavam olhando aquela situação com poker face, não sabendo onde enfiar a
cara, mas a voz de Nero agarra e arrasta ela pra fora do abismo da estranheza, a fazendo retornar a
realidade. Então ela se vira, indo até um controle e discando alguns comandos, e é aí que ela
finalmente percebe, ela estava tão concentrada em não parecer uma pessoa terrível, que não
percebeu o enorme maquinário ao lado. Sua coloração é escura, com canos e fios expostos para
todos os lados, saindo faíscas e cargas elétricas que se dissipam na carcaça metálica, certamente
aquilo não era muito seguro. Então um grande barulho metálico pode ser ouvido, e a carcaça
principal finalmente é aberta, revelando o seu interior. Nele um robô quadrado permanece no meio,
com uma pequena roda servindo de base, braços plastificados e pequenos quadrados que acendem
em sua parte dianteira, com alguns controles rudimentares mais embaixo da tela quadriculada. Mas
aquela tecnologia era arcaica comparada ao que tem ao lado, diversas partes como braços, pernas,
torso, cabeça e afins, permanecem cada uma em um dos lados do grande maquinário. A forma é
humanoide, com tons de preto, prata e rosa como sua tonalidade principal em toda carcaça.

E diversas luzes se ligam, com uma voz robótica falando “iniciando programa”, e de repente a
parte metálica central se desmonta por completo, revelando todos os seus circuitos internos.
Realmente a tecnologia era bem arcaica, com cartões perfurados e sistema de tecelagem como
forma de programação e hardware principais, e no meio, uma alma branca de cabeça para baixo é
visível, dentro de uma esfera de vidro conectada por cabos e agulhas que a perfuram e conectam ao
sistema principal.

E todas as partes arcaicas se desligam, e as peças novas chegam. Primeiro um grande computador
central se conecta na esfera de vidro, dando um grande choque, se fechando e tirando a alma de
vista, em seguida a cabeça chega, abrindo seus conectores e se ligando ao computador principal,
em seguida as pernas, por fim o seu peito e costas chegam, se conectando e fechando
completamente a carcaça, com pequenas manivelas se abrindo e liberando gases residuais que
permanecem na carcaça, e por fim, seus olhos se abrem.

Os olhos do robô brilham em branco, e uma pequena tela finalmente se liga, com um círculo
girando aparecendo no meio, simbolizando o sistema carregando e finalmente iniciando, e Por fim
um som eletrônico é ouvido e a tela de início do pimpows aparece, ela está toda digitalizada, pois
nao foi feita para aparecer no visor de 500 pixels dos olhos do robô, mas rapidamente Alphys volta
a mexer no computador, iniciando o seu programa principal, e todos são recebidos por uma alta voz
robótica.

OH OLÁ A TODOS, NÃO SABIA QUE TERIA UMA PLATEIA TÃO


EMPOLGANTE… Pequena Alphys o que está acontecendo? Por que estou preso
aqui?

Bem… Mettaton é complicado… Na hora que a barreira quebrou, um grande pulso


eletromaginético devastou tudo de eletrônico na área e isso fritou seus circuitos

Mas não se preocupe! Já estou terminando seu novo corpo, um trezentas vezes melhor
que o antigo, pode apostar

Ok… E você sabe quando sai esse novo "Corpo"?

Olha… Eu não posso dar uma estimativa 100% exata, mas, acho que nas próximas 2
semanas

Então… EU VOU TER QUE FICAR PRESO NESSA CAIXA DE FERRO POR
DUAS SEMANAS, ALPHYS EU TENHO UMA REPUTAÇÃO, SE EU NÃO
FAZER NADA POR DUAS SEMANAS EU VOU FLOPAR

Na verdade, fazem 5 meses que você não lança nada, essa é a primeira vez que eu te
liguei desd

CINCO MESES!? ALPHYS EU VOU ARRANCAR ESSAS ESCAMAS DO SEU


CORPO SUA

Imediatamente Alphys digita rápido, desligando o corpo de Mettaton e fechando todo o


maquinário, olhando com um rosto envergonhado para todos, antes de se esconder atrás de
Undyne, assim Lytta começa a falar.

Bem, isso foi interessante, o sistema de falar e a inteligência artificial são


impressionantes, deu pra sentir o ódio na voz dele, doutora Alphys que tipo de
sintetizador você usou?

Bem… Nenhum, o corpo é só uma carcaça, quem está dentro dele é um monstro do
tipo fantasma de mesmo nome

Entendo, bem isso é meio decepcionante, já estava ansiosa em mexer nesses novos
sistemas de ia, mas espero poder ver como os sistemas de movimento e percepção vão
funcionar

Bem, antes ele tinha mobilidade comparável a um ser vivo humano comum, e ainda
mais forte dependendo de seu modo operante, sei que desse jeito, posso remonta-lo em
sua formatação EX em algumas semanas, com um pouco de tempo e recursos a mais,
posso fazê-lo em sua forma NEO ou ainda mais sofisticado

Sim, acho que nem eu posso derrotar ele em sua forma neo original, sem contar com
aquela cópia fajuta que a Alphys deixou nos arquivos dele

Fala Undyne.

Ei! Mesmo sendo uma ramificação defeituosa, aquela versão NEO ainda era bem forte

Ok Alphys senta ela senta

Assim ela abaixa a cabeça, andando até umas cadeiras e se sentando, com Nero tomando a palavra.

Bem, O robô em si, é impressionante, mas acho que mesmo com a formatação EX
podemos tirar proveito, se não me engano ele era uma celebridade?

Sim senhor Nero…

Fala Alphys.

Esplêndido… Realmente esplêndido

Bella olhava para aquilo com cara de cu, realmente o robô era impressionante, mas ela era leiga
nesse assunto, não entendia nem metade do que Alphys falava sobre formatação e programas, ela
mal sabia usar o celular, imagina mexer em um robô complicado desses, o setor 7 cuidava apenas
de papelada e trabalho pesado, nada muito técnico, a única coisa tecnologia que ela usava era o
computador para ver e-mails, e mesmo assim ela tinha que chamar o cara do TI pra resetar a senha
dela que sempre se esquecia.

Bem, acho que vou me preparar para ir pra missão… Vocês nerds fiquem ai

Fala Dante se virando e indo até à saída, Bella então fala.

Ok… Acho que vou me retirar então…

Ela diz isso dando leves passos para trás, e quando termina a frase, ela se vira e sai correndo a toda
velocidade, vendo dando andando pelo corredor e o seguindo.
Ei, espera aí!

Diz ela chegando ao lado dele.

Ah! Bella, o que você quer?

Você viu onde o Nathan foi?

Ele tava todo descabelado, deixei ele no meu quarto pra retocar a maquiagem

Se você quiser ir, pode vir comigo, vou tomar um banho

Ok… Pode ir na frente, eu não to com pressa

Ok!

E eles continuam a caminhar. Bella fica distraída olhando para esse lugar, tentando entender como
ele funciona, agora ela tem certeza que por dentro é maior que por fora, só o local onde estava
aquele robô era 2 vezes maior que todo o hangar, a sua cabeça dói apenas de pensar quantas leis da
física eles estão quebrando pra manter esse lugar funcionando, mas isso agora não vem em
questão. De repente, ela sente uma vibração na perna, pegando o telefone e vendo diversas
notificações a fuzilando uma atrás da outra, desde ontem ela não olha o celular resultando nesse
acúmulo absurdo.

E a notificação mais recente é uma mensagem de Ally para ela. Lá diz

“o Logan não voltou pra casa, e a cerca está destruída".

Bella olha isso, e começa a digitar a resposta, apagando diversas vezes até finalmente lançar a
mensagem.

“ Bem, a cerca eu posso explicar, é que helicóptero caiu no quintal, dentro dele
tinha uma família de velhinhos muito gentil, ajudei eles e tirei o helicóptero".

Por um tempo, ali apenas visualiza a mensagem, mandando um emoji de °-° junto com a letra “a”.

Em seguida Bella continua a digitar, mandando a seguinte mensagem

"Bem, o que ele foi fazer? Quando ele saiu”

Em seguida Ally responde

“Acho que meia-noite de ontem, ele devia estar aqui quando eu acordei, o que
não aconteceu… Olha não deve ser nada, ele deve ter dormido com um dos
amigos dele”,

Ally então fica offline. Bella olha para a tela do celular por um tempo, apenas para se esbarrar nas
costas de Nathan quando o mesmo para de andar subitamente, e começando a falar.

Chegamos!

Bella olha para os lados, vendo diversas portas enfileiradas, com uma placa no teto dizendo
“quartos vip”. Então ele pega uma chave, abrindo e entrando, ela faz o mesmo logo em seguida,
dando uma bela olhada em todo o cômodo. Ele era bem bonito, com uma grande câmera em seu
centro, uma escrivaninha com um espelho, um laptop, diversos guardas roupas lotados, uma
jacuzzi e uma televisão de 120 polegadas. E deitado na jacuzzi estava Nathan, com uma toalha
enrolada na cabeça e uma taça de vinho na mão. Dante ao ver isso, fica com um rosto
extremamente angustiado e começa a falar.

EI! EU FALEI PRA VOCÊ ME ESPERAR

AH MAS JA TAVA QUENTE E CRIANDO BOLHA EU NÃO QUERIA


DESPERDIÇAR

Dante começa a correr para o banheiro, já tirando o seu cachecol, óculos e roupa, entrando já
tirando as calças e fechando a porta. Bella olha com poker face pra essa situação, virando o olhar
para Nathan que ainda continua pleno na jacuzzi com bolhas subindo a todo instante, começando a
falar.

Nathan o que diabos você tá fazendo

Bem! Como o Dante TEM CORAÇÃO, ele me viu todo descabelado ele me deixou
tomar banho na banheira dele

Nathan, céus, essas coisas a gente recusa por educação, VOCÊ NÃO ACEITA DE
VERDADE

Ué? Mas recusar uma coisa que ele ofereceu com tanto carinho seria falta de edu

A fala de Nathan é interrompida com a porta do banheiro sendo arrombada, com Dante enrolado
em uma toalha olhando para a jacuzzi e saindo correndo, Bella já prevendo o que ia acontecer,
dando um passo pra trás, fechando a porta e ouvindo o ti-bum junto com os gritos de desespero e
Nathan, abrindo a porta em seguida e vendo o quarto totalmente molhado e cheio de vapor de água
quente. Na banheira, Nathan fica com rosto de que acabou de ser assassinado, se apoiando em um
canto enquanto Dante apenas deixa a ponta da cabeça para fora, com bolhas de ar subindo
enquanto ele respira, assim Nathan fala.

VOCÊ NÃO DÁ TIBUM EM UMA JACUZZI, ISSO NÃO É UMA BANHEIRA


Dante apenas se deita, mas, levantando a cabeça pra cima e começando a falar.

A jacuzzi é minha, eu faço o que eu quiser

Diz ele colocando a língua pra fora, Bella olha pra tudo isso com o rosto do pai do Shinji e diz.

Céus, por que eu só trabalho com crianças… Ainda por cima, isso ta meio gay

OK CHEGA

Fala Nathan se levantando, agarrando sua toalha e saindo da jacuzzi e indo até o banheiro, Dante
então começa a falar.

Bella, esse teu parceiro é um chato, não sabe brincar não brinca desgraça!

Tecnicamente foi você quem fez bola de canhão em uma jacuzzi e inundou o quarto
todo

SIM, MAS POR IRONIA, céus ninguém entende meu humor

esse teu humor tá meio errado

Então a porta do banheiro se abre novamente, com Nathan ainda encharcado saindo dela, mas
agora todo vestido.

Ainda vai demorar umas horas para missão, podem ficar se quiser

Não to dê boa

Diz Nathan com um olhar angustiado saindo do quarto.

Acho que vou ficar, não tenho nada pra fazer mesmo

Diz Bella se deitando na cama ainda molhada, pegando o controle remoto e ligando a televisão, e o
primeiro canal que passa é o de reportagens.

Hoje um grupo de menores de idade foram encontrados mortos nos arredores da cidade
de Ebott. O grupo consistia por Morgana Serafin, Ravena Firi e Ero Naguero, a causa
da morte foi confirmada ser dilaceração, os especialistas alegam que eles foram
atacados por animais, dado a gravidade de seus feri

Ela troca de canal, fazendo isso diversas vezes até finalmente desligar a televisão. Ela bebeu menos
café do que de costume, então o sono bate nela, seus olhos ficam pesados e ela larga o controle, se
virando e começando a cochilar ali mesmo.
15 de janeiro

15 da tarde

O lugar ficava cada vez mais sombrio, as paredes ficavam mais poluídas de desenhos, cada vez
mais psicodélicos e sem sentido, desenhos de bestas quilométricas, criaturas sem sentido para
existir, verdadeiramente combustível de pesadelo, assim Barasca começa a falar.

Céus… Quem foi o doente que achou que seria uma boa ideia gravar esses troços na
parede

Decoração peculiar certamente

Fala adam.

Eu gostei, achei meio gótico e tudo mais

Fala Liza, em seguida todos param e olham pra ela com um rosto de “aham sei”, ela então volta a
falar.

EI! Eu posso ser trevosa se eu quiser!

Os olhares continuam, e ela indignada sai pra frente.

Essa não engana ninguém

Fala Adam seguindo em frente.

Mais atrás, Eva segue todos sem prestar atenção no que está acontecendo mais a frente, apontando
a lanterna do telefone para as paredes e tirando diversas fotografias em sequência, esbarrando nas
costas de Adam quando o mesmo para de andar.

Ah! mals e, por que a gente parou?

Diz ela olhando para as costas do garoto, que não responde nada. Mas a visão dela finalmente
retorna à normalidade, olhando para frente e vendo o que deslumbra todos os presentes, e por
incrível que pareça era uma porta, uma bem grande.

Tendo em torno de 4 metros, feita de ferro negro extremamente envelhecido. Nela, fica cravado
diversos desenhos, com uma alma de cabeça para baixo em seu centro, dividida pela linha da porta,
ao redor, mais 6 almas ficam cravadas rodeando a alma central, cada uma delas emite um fraco
brilho, sendo eles azul, ciano, verde, roxo, laranja, amarelo, e a alma central emite um brilho
branco.

A porta emitia um semblante horrendo, não por ser feio, muito ao contrário, ela parecia como uma
fera, capaz de dilacerar qualquer um presente no local com certa facilidade. A espinha de Eva
arrepia apenas de vislumbrar essa imagem, Adam fecha os olhos e se treme, Liza sai correndo
vomitar, Erine abraça Eva tão forte que quase quebra seus ossos, as pernas de Barasca ficam
bambas, o fazendo cair no chão se arrastando lentamente para trás enquanto seu rosto emite puro
terror, e Monika cambaleia para os lados, se apoiando na parede e não falando nada.

A simples existência daquela porta dava um medo primitivo e abstrato, suas almas gritavam para
eles saírem de lá, isso não é coisa para humanos verem, nunca foi e nunca será, aqui reside o corpo
de um deus morto, aqui reside a maldade pura e original, aqui reside algo que não deveria existir.
Mas Eva dá um passo pra frente, por algum motivo ela consegue resistir, pelo menos um pouco,
aos efeitos da porta.

A cada passo, seu estômago se embrulhava cada vez mais, suas pernas gritavam pra ela sair dali,
mas sua vontade era maior. Todos atrás ainda olham horrorizados para a grande porta negra, com
Eva chegando em seu pegador, e com uma força extrema que nem ela sabe de onde veio,
lentamente ela consegue abrir, arrastando os dois lados até o final. E quando ela finalmente abre a
porta por completo, o sentimento horrendo some. Suas pernas ficam bambas e ela cai no chão,
respirando ofegante e querendo vomitar, só não fazendo isso, pois percebe a mão de Erine a
tocando.

PORRA FOI ESSA

Grita simultaneamente adam, Barasca e Monika.

Adam… Vamos embora… Esse lugar não foi feito para pessoas virem

Fala Liza, ainda sentada no chão abraçando as pernas.

CARALHO ERINE, TU NOS TROUXE PRA PORRA DE UMA CATABUMBA


DOS QUINTOS DOS INFERNOS

Grita Barasca.

ANDA LIZA, TAMO INDO EMBORA AGORA


Grita Adam se levantando, com sua irmã com os olhos marejados se apoiando em seu ombro. Eles
se viram, mas imediatamente o caminho de volta se fecha.

Caralho! Tamo preso agora!

Grita Monika.

GENTE CALMO, VAMO PARA DE GRITA PORRA!

Grita Eva se levantando.

Grita não vai resolver nada, muito menos culpar a irene, ela não sabia que aqui tinha
uma armadilha, temos que avançar ou iremos morrer aqui

Vamos morrer de uma forma ou outra

Fala Barasca.

Olha eu retiro o que eu disse, me arrependi de ter vindo com vocês, eu pensei que a
gente ia ter uma aventura legal em uma caverna. NÃO A PORRA DE UM SET DE
GRAVAÇÃO DE FILME DE TERROR

Grita Monika ao fundo.

PARA DE GRITA, VAMOS LOGO OU TODOS VAMOS MORRER

Grita Eva.

Acho que Eva está certa, devemos avançar, ou podemos quebrar nossas mãos tentando
abrir a passagem de volta

Fala adam.

Porra, por que eu fui ser amigo de vocês, vamos logo

Fala Barasca esfregando o rosto.

OK! Mas da próxima vez nem pensem em me chamar porra, cansei dessa merda!

Diz Monika andando com ódio pra frente, e finalmente Eva apoia Irene em seu ombro, a
carregando para a entrada do local. Mesmo com o efeito da porta estando desativado, todo o lugar
tinha um semblante demoníaco, era como se as paredes falassem para eles não ficarem aqui, mas
eles não tinham alternativa.

Eles continuam a caminhar, o caminho depois da porta era grande, os corredores eram espaçosos,
com diversas estátuas de gárgulas e criaturas bestiais nas paredes. No teto, dezenas de candelabros
apagados e enferrujados um dia iluminavam aqui, mas agora sua luz morreu e a única coisa que
possibilita a vista são as lanternas carregadas pelos garotos. Então, depois de 2 minutos de
caminhada, eles chegam em um local mais aberto, um grande círculo com 8 estátuas uma ao lado
da outra, seguindo a curvatura da sala e sendo uma das únicas coisas que transmite luz, mesmo que
bem pouco, também tendo um nome escrito no rosto.

Estátuas? Bem eu achei normal estátuas de gárgulas, vai que aqui só era um calabouço
de um vampiro ou coisa parecida, mas estátuas de pessoas?

Fala Monika se aproximando. Erine ao ver isso, acende um sorriso pela primeira vez, pegando sua
câmera e começando a tirar diversas fotografias, chegando bem perto de todas as estátuas.

Tem certeza que é seguro fazer isso?

Fala Barasca.

Bem, seguro eu não sei, mas ate agora não aconteceu nada comigo

Responde Erine.

Não sei não, esses bicho brilhando é meio esquisito

Fala Barasca novamente. Assim, Erine pega um pequeno gravador de som e começa a falar.

15 de janeiro, acho que às 3 da tarde, perdi a noção do tempo. Acabamos de encontrar


8 estátuas, cada uma emite uma fraca luz pelos olhos, a primeira emite uma luz azul,
com o nome Jessica, a segunda emite uma luz ciano com o nome Evangelyne, a
terceira emite uma luz verde tendo escrito em sua bochecha o nome Rave, o quarto
tem o nome Priya com a luz roxa, o quinto tem o nome Roger e a luz laranja e o sexto
tem o nome Steven, com a luz amarela

Diz ela gravando tudo, com a outra mão ela segura a câmera, tirando fotografias de cada uma das
estátuas, até chegar nas 2 últimas.

Estranho, a sétima estátua tem a parte do nome arrancada da pedra, e seus olhos
brilham em vermelho-escuro, a oitava nem cabeça tem
AAAAAAH

Grita Liza mais atrás, com Erine parando a gravação e olhando para a garota.

UM BRAÇO, EU ACHEI UM BRAÇO

QUE?

Todos gritam enquanto correm até ela. A primeira a chegar é Monika, ficando na frente da amiga e
olhando para o suposto braço, todos olham apreensivos para ela enquanto a mesma fuça no local
onde estava o membro, apenas para se levantar com um braço esquelético em mãos.

Tinha um braço mesmo?!

Fala Barasca.

Sim, mas ta só o pó, deve estar aí a um bom tempo

Fala adam.

Amiga! Você não se importa de ter um braço morto não?!

Bem, já ta morto um tempo, não é como se ele fosse me enforcar

Todos ficam calados olhando pro braço.

EI! VOCÊS ACHAM MESMO QUE ELE IRIA ME ESFORÇAR?

Diz ela deixando ele no chão.

Vocês são pessoas maravilhosas valeu

Diz ela com ironia andando para os lados. Erine então volta a explorar, achando uma escada que
desce para os níveis inferiores.

Gente! Tem uma escada aqui

Onde?!

Gritam todos já indo para onde a garota esta.


Aqui! Acho que tem uns 3 andares abaixo, vamos!

Diz Erine já se levantando e descendo.

Pera ai! Não sabemos o que tem lá embaixo

Diz adam.

Bem, a gente nunca vai descobrir se ficar mofando aqui, anda

A garota ta certa, bora galera

Fala Monika já indo descendo as escadas. Em seguida, com muito desgosto, Adam leva a sua irmã,
descendo junto com ela, em seguida Barasca, depois Monika e por fim, Eva.

Eva olha para as estátuas uma última vez, antes de descer por completo nas escadas. Já um pouco
mais embaixo, ela começa a observar pela primeira vez o andar inferior. Ele era redondo e do
mesmo tamanho no anterior, com um grande globo no centro. As paredes eram cobertas por
fotografias desbotadas, papéis mofados de velhice e objetos já desgastados, grudados por linhas
brancas e murchas. Erine ao chegar no chão, já correndo com a lanterna até o globo.

Ei Erine! Vai com calma a gente não sabe o que tem aqui

Grita adam.

Olha isso! É um globo mas

Ela aponta a lanterna para o mesmo, e observa com descontentamento vendo o seu estado. Ele
estava todo amarelado, tinta desbotada e o papel que enrola a bola de madeira estava saindo, aquilo
com certeza teve dias melhores.

Ta destruído

Diz Monika chegando perto. Erine se abaixa e começa a analisar mais de perto, rodando e tentando
tirar qualquer informação dele, ela pega um pequeno gravador de voz e começa a falar.

Acabamos de achar o que parece um globo terrestre em uma sala semelhante a que
estávamos anteriormente, todas as paredes estão cobertas por documentos fotografias e
objetos devorados pelo tempo demais para conseguir qualquer tipo de informação

Esse lugar já teve dias melhores

Diz Barasca indo até às paredes, arrancando uma folha que se rasga com facilidade, devido ao seu
estado.

EI! NÃO MEXE EU TENHO QUE ANALISAR ISSO DIREITO

Erine relaxa, esse lugar ta morto, tudo ta quebrado ou velho demais pra valer alguma
coisa

Mesmo assim! Eu como exploradora tenho o dever de reportar tudo isso!

Diz ela segurando uma câmera e começando a tirar fotos de tudo em grande velocidade, correndo
pela sala enquanto apertava freneticamente no botão de fotografar, os flashes iluminam a sala, com
algo sendo iluminado no teto que chama a atenção de eva,

Ela então olha pra cima, vendo algo que arregala seus olhos, um esqueleto. No teto, um grande
candelabro apagado e enferrujado é penetrado por um velho esqueleto humano, ele ainda vestia
roupas e tinha os ossos totalmente desfigurados com partes totalmente deslocadas, ele entrou nesse
candelabro de forma violenta e dilacerou seu corpo. Nisso, Eva grita.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Erine para de bater foto e Barasca para de rasgar os papéis, e todos olham pra cima e tem a mesma
reação de Eva, gritando extremamente alto.

TEM UM CORPO, UM ESQUELETO HUMANO ALI

É EU TO VENDO

PARA DE GRITA TODO MUNDO

Grita Monika tampando a visão do esqueleto.

A gente precisa ser forte, eu não sei o que aconteceu aqui pra a gente achar uma mão e
um corpo preso a um candelabro, mas não deve ter sido bonito, vamos descer para o
último andar e tentar achar uma saída

Continua Monika, Eva fala em seguida.

… Ela ta certa, a gente que vai virar esqueleto se não sairmos desse buraco dos
infernos, vamos ir para o terceiro andar, acho que é o último

Tem razão
Fala Erine se levantando.

Mas… Acho que consegui pegar umas informações desse globo, vejam

Todos ouvem Erine se aproximam, se abaixando e olhando para o globo enquanto ela o gira.

Bem, olhem para esse canto, aqui mostra o nosso continente, não dá pra ver muito
bem, mas consegui identificar algumas coisas. A primeira é o nome, nos livros de
história, o primeiro nome dado a nosso país foi Eronia, mas aqui está escrito Jericho, e
isso não estava em nenhum documento, junto que, esse é o único lugar que tem um
nome escrito, todos os outros continentes apenas tem a palavra “terra perdida”

Bem, talvez eles jogassem muito d&d e fizeram um globo fictício

Fala Barasca.

Isso ou estamos vendo algo nunca antes visto pela história, esse lugar pode ser mais
antigo que achamos

Antigo quanto?

Pergunta adam.

Centenas de anos antes da grande guerra, não, talvez milênios eu não consigo dizer,
tenho que fazer uma datação de carbono, mas não posso fazer isso aqui

Diz ela arrancando um pedaço do papel.

Acho que acabei aqui, vamos descer

É, acho melhor nós descermos mesmo

Fala Monika já indo para a escada e começando a descer, todos a seguem com Eva indo no final
como na última vez. No momento em que viu o conteúdo da sala, ela tem um arrepio na coluna.
Era uma grande estátua de no mínimo 5 metros, ela usava um kimono e em seu rosto uma máscara
kabuki, ele tem 8 braços, cada um segurando uma espada, dando um ar ameaçador. Mas além da
estátua, era possível ouvir um barulho de correnteza de água vindo da frente, nisso Monika fala.

Gente

Sim, eu to sentindo essa energia pesada

Fala Liza.
Eu to ouvindo uma correnteza, acho que deve ter um rio por aqui que leve a gente pro
lado de fora

Fala Eva.

Ta mais, quem vai tentar passar por essa coisa aíi, ta meio obvio que vai criar vida e
tentar nos atacar

Fala Barasca.

Não sei nada, não to gostando dessa parada

Fala Adam.

Deixa que eu vou, acho que consigo chegar lá

Fala eva.

Tem certeza amiga?

Fala Erine.

Sim….

Fala Eva pulando da escada e pousando no chão, ela olha para aquela grande estátua e respira,
arrumando a postura e estalando os dedos e costas. Ela caminha encostada na parede, vendo que o
lugar tinha o mesmo tamanho que as 2 salas anteriores, e cada vez mais forte ficava o barulho de
correnteza, até ela finalmente avistar um bueiro. Ele tinha aberturas, o que facilitava a vista da
correnteza, junto a uma luz natural vindo do lado. Não bastando ter uma fonte de água, ela era
perto da saída, o que era perfeito, então ela se vira e grita.

EU ACHEI UMA SAÍDA, A ESTÁTUA É SEGURA

E poucos segundos depois, todos os que ficaram na escada, chegam.

Ainda bem, eu fiquei preocupada por causa dessa estátua sinistra, mas acho que ela ta
meio velha e enferrujada pra fazer algo.

Diz Erine olhando pra ela e ficando boquiaberta enquanto vê Barasca puxando um pequeno painel
com toda força que seus braços magros conseguem, até o mesmo cair no chão abrindo o painel.
Dentro, é possível ver diversos circuitos deteriorados, uma placa de computador defasada, tomada
por poeira e ferrugem, certamente aquilo não ia funcionar.

Aí eu consegui!

O que você pensa que ta fazendo!?

Grita Erine.

Tô abrindo pra ver, achei esse pequeno painel com esse monte de circuito

Então essa estátua realmente iria ficar viva e nos atacar, acho que ela só não fez isso,
pois ela ta toda velha

Fala Adam chegando.

Irmão, tu conhece dessas paradas de computador, vê se entende algo

Fala Liza chegando perto.

Bem, deixe me vez, é óbvio que essas peças estão muito defasadas e destruídas, isso é
tecnologia do início da computação, cartões perfurados e bobinas a vácuo não são
coisas muito atuais, mas pela degradação, esse treco tem no mínimo 400 anos, o
primeiro computador surgiu a 50

Gente! To adorando a vossa conversa sobre um computador de 400 anos mas


ALGUÉM POR GENTILEZA PODERIA ME AJUDAR A ERGUER ESSE RALO

Grita eva, com todos se virando e olhando pra ela.

Ah! Claro

Fala Monika se aproximando e colocando as mãos no ralo, começando a puxar mas aquele ralo era
bem pesado, ate pra ela. Fazendo força, com os outros chegando e começando a ajudar, e depois de
7 minutos de grunhidos e tentativas de erguer aquele monte de ferro fundido, eles finalmente
conseguem o colocar no chão ao lado, liberando a passagem para o pequeno riacho que levava pra
saída.

Bem, quem vai primeiro

Fala Monika durante o salto de Barasca que fez um tibum na da água, ele rapidamente vai pra
superfície, fazendo um hang loose antes de sumir de vista.

Eu odeio esse muleke em tantos níveis e formas diferentes


Diz Monika também pulando na água.

Gente, não tem outra forma de ir não? Tipo eu não quero pular nessa água que eu não
sei que vai que

No meio dessa fala, Adam se joga, agarrando sua irmã que grita ao cair na água, é possível ouvir os
gritos de Liza e as gargalhadas de Adam se abaixando cada vez mais a medida que ambos vão
saindo, sobrando apenas Erine e Eva no local.

Eva, pode ir à frente, vou ficar um pouco mais aqui tirando umas fotos

Você tem certeza?

Claro, vai mulher me deixa que eu sei cuidar de mim mesma

Ok né, mas não demora muito que eu fico preocupada

Diz Eva pulando na água. Nos primeiros momentos, Eva não consegue nadar para subir por causa
da correnteza, mas depois de uns segundos ela finalmente sai da água e respira, olhando Erine por
uma pequena brecha ainda visível do local onde está, até ser arrastada para o lado de fora. Ela fica
sendo levada por 10 segundos, até ser agraciada pela luz do sol uma nova vez, ela havia saído de
uma caverna ao lado do monte Ebott, conseguindo nadar até uma parte na terra onde os outros já
estavam se secando, e arrastando e se levantando, balançando os cabelos para os secar
minimamente.

EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ME EMPURROU, ADAM EU VOU CONTAR


TUDO PRA MÃE

Uau, como se ela fosse acreditar que você estava em uma caverna mais antiga que a
história, e veja pelo lado positivo, você saiu e já acabou, mamãe pode ter colocado
açúcar em você, mas não é feita toda disso, não vai derreter

Eva olha os dois brigando e dá um pequeno riso, olhando para o lado da caverna, esperando Erine
sair, mas nada vem.

Eva… Esse é seu nome né? Eva

Sim!

Diz Eva se virando e olhando Monika.

Bem, não acha que a Erine ta demorando pra sair?

Ela disse que ia ficar mais um pouco, tirando umas fotos e tals

Ah… Ok, acho que vou indo então, tenho que chegar em casa e eu to perdidinha nessa
montanha, acho melhor começar a procurar uma saída quanto antes

Sim, eu vou ficar por aqui até ela sair, dever de amiga

Oh… Ok então, se cuida

Assim Monika sai, posteriormente Barasca apenas se levanta do local onde estava tomando sol e
sai sem falar com ninguém, e Eva nem percebe quando Liza e seu irmão vão, a deixando sozinha
ali, por 2 horas esperando… Tinha algo errado, nesse ponto, Erine já era para ter saído, o que será
que aconteceu ali dentro? Eva não sabe, as horas se passam e a preocupação dela começa a
aumentar, está quase anoitecendo, e nada.

O coração dela acelera, será que aquela estátua ligou? Será que ela se acidentou e morreu? Não,
não podia ser, não era pra ser, morrer assim, sem ninguém pra se despedir ou socorrer, isso tava
errado. E quando finalmente ela decide tomar iniciativa e entrar naquela correnteza pra ajudar
Erine, ela sente uma mão no ombro, se virando e olhando pra quem era.

Era ela, ally

16 de Janeiro

18 da noite

Os olhos de Bella começam a se abrir à medida que os barulhos do lado de fora ficam altos demais
para suportar, luzes constantes iam por seus olhos e a cegava, era uma sensação horrível e
esplendia ao mesmo tempo, e finalmente ela decide os abrir, junto com todos os seus sentidos
anteriormente desligados. E a primeira coisa que ela ouve, é um batidão monstruoso, uma música
eletrônica que parecia que um robô gritava de dor e agonia, aquela música saia de um sofisticado
sistema de som de um carro de luxo, ela sentava na cadeira de trás com os cintos afivelados, ao seu
lado estava Nathan que balançava a cabeça com um sorriso no rosto, e mais a frente no banco do
motorista estava Dante também balançando a cabeça freneticamente ao tom da música.

E a única que coisa que Bella fez é gritar

MAI QUE CARALHO ISSO

E assim, Nathan percebe Bella acordada, começando a cutucar Dante que ainda não tinha notado,
continuando com a cabeça balançando ao ritmo da música, mas com os clamores de Nathan ele
finalmente percebe, desligando a música e finalmente relaxando os ouvidos de Bella que a tempos
gritavam por arrego.
Bella! Tu acordou? Garota tu tem o sono mais pesado que eu já vi na minha vida,
continuou dormindo com a gente te carregando até o carro e a música no talo

NATHAN, QUEM TE DEU PERMISSÃO DE ME ARRASTAR ATÉ O CARRO DE


ALGUÉM

Eu

Diz Dante.

O carro é meu, acho que tenho autoridade suficiente pra mandar em quem entra no
meu carro

MENOS QUANDO ESSA PESSOA TA DESACORDADA, e que tipo musica tema


de tortura é essa que cês tão ouvindo, parece que um robô ta sendo torturado

Acho que o nome é caos sou eu, é daquela série de caçadores paranormais que eu disse
pra tu assistir

Fala Nathan.

A, isso… Ok, acho que vou voltar a dormir

já estamos chegando no local da missão, preocupa não

ok…

Bella se vira, olhando para a janela ao seu lado e vendo a cidade passar, como estava de noite, tudo
estava brilhante, diversos carros passavam pela rua, junto com dezenas de drones e placas da
"GKC" no céu, junto com a lua brilhante.

Bella, tu vai pro festival né?

Pergunta Nathan.

Ah? Festival?

Ainda não sabe? Nessa cidade tem algo chamado festival, acontece um pouco depois
do ano novo, é maravilhoso, acho que esse ano vai ter uma apresentação da "GKC"

Eh, não gosto muito de festas

Falou a pessoa que ficou tão bêbada na festa de fim de ano que eu tive te dar carona
pra sua casa

Nathan, tu também bebeu naquele dia

Sim, mas não ao ponto de VOMITAR


Eu paguei pela limpeza do seu carro! O que tu quer de mim?!

Chegamos!

Fala Dante parando o carro. Pela janela é possível ver uma grande construção do outro lado da rua,
rodeada de luxuosas decorações e seguranças, além dos seguranças normais, guardas da gkc
armados rondavam os arredores, fazendo questão que ninguém entrasse ao menos que fosse pela
porta da frente. Na entrada, um grande letreiro luminoso gritava a todos o que era esse lugar, a
balada Fett. Bella olha para tudo aquilo e fica com dor de cabeça apenas com as fortes luzes neon
de uma mulher com 8 braços fumando em um apoio de cigarro longo, usando uma roupa luxuosa,
olhando para frente com um olhar travesso, embaixo desse letreiro, uma placa neon mostra o nome
“ Mutsue fett” em roxo, brilhando fortemente.

O que acharam?

Diz Dante olhando para ambos, Nathan e Bella, olhando desacreditados para aquela construção
luxuosa.

Olha, eu até posso entrar ali mas NEM FERRANDO QUE EU VOU PAGAR A
CONTA, DEVE TER UNS 6 DÍGITOS

Relaxa, papai aqui paga tudo

Ainda bem, acho que iria entrar em falência se eu fosse pagar isso aí

Diz Nathan abrindo a porta, ela sai logo em seguida, com Dante saindo por último. Todos andam
pela rua até chegar no fim da fila. Ao redor, diversos curiosos e invejosos que queriam estar lá,
observam e tiram fotos, muitos do que estavam na fila usava roupas luxuosas, grandes vestidos de
gala e ternos caros, enquanto Nathan usava um casaquinho e uma calça jeans com os cabelos
embaraçados, os cabelos de Eva estavam ressecados e ela ainda usava o jaleco de cientista, ela
tomou banho, mas não trocou de roupa em 2 dias, e elas já estavam pedindo arrego. Mas Dante
estava usando uma roupa comum mas estilosa, ele sempre andava com um terno meio desabotoado
e descosturado, com cachecol e envolta do pescoço e cheirando mil perfumes caros diferentes.
Bella tenta se encolher atrás de Nathan, vendo todos os observadores e paparazzis tirando fotos
dela, mas parando ao sentir o cheiro de suor que impregnou nas roupas em suas roupas, mais a
água resultada do tibum de Dante que se misturou e deixou um cheiro nada agradável, mas ele é
parcialmente anulado por seu perfume, mesmo ainda não deixando aquelas mil maravilhas.

Depois de um tempo, finalmente eles chegam no segurança, Bella tenta se esconder atrás de
Nathan, mas o mesmo não se importa em aparecer e fica bem ao lado de Dante, ele então dá um
sorriso.

Oi camarada, como vão as coisas?

A entrada é 1500

Beleza!
Diz ele pegando uma carteira e entregando 4500 para ele, junto a duas notas de 200, entregando
para ele.

Esse é o dinheiro da entrada dos meus amigos aqui, e uma gorjeta pra você meu
camarada

O segurança olha para ele e dá um sorriso, pegando o dinheiro e contando ele por alguns segundos
antes de assobiar para outro segurança ao lado que abre a passagem, e todos entram. Assim que
Bella passa, a passagem é fechada novamente, e depois de alguns segundos de caminhada por
luxuosos corredores cheios de pessoas com taças de champagne rindo e conversando, finalmente
eles chegam na área principal. Um grande salão de danças iluminado por um candelabro de cristal
belíssimo, diversas mesas decoradas como se fossem de um casamento suportavam doces e bebidas
até onde a vista podia ver, varias pessoas dançavam na pista de dança principal, e subindo a vista
era possível ver diversas caixas de som, com a DJ no controle.

Era ela, a mulher aracnídeo de nome Mutsue fett, sua pele era roxa e seus cabelos eram negros, ela
usava uma roupa muito menos luxuosa que o letreiro, com o boné virado para trás, umóculos com
lente para cada um de seus olhos e uma roupa rosa por baixo de um casaco avermelhado, cada uma
de suas mãos era usada para controlar os diversos painéis de controle de áudio que a rodeavam, ela
sorria enquanto seus óculos brilhavam em roxo, e gás subia junto com luzes piscando
freneticamente, aquilo era a balada mais luxuosa que Bella já havia ido em sua vida.

Então, o que acham?

Fala Dante pegando uma margarita e dando alguns goles.

Uau! Esse lugar incrível!

ala Nathan com entusiasmo.

Certamente… Impressionante

Responde Bella.

Aquela é a tal da Mutsue fett?

Pergunta Nathan.

Sim, ela própria, vocês querem falar com ela agora ou esperar o showzinho dela
acabar?
Acho melhor esperarmos, não quero atrapalhar nada

Fala Bella.

Ok, vamos gente, eu não paguei 4500 pra vocês ficarem que nem estátua, se divirtam!

Isso ai!

Diz Nathan correndo até uma mesa e pegando um bolinho, o comendo de forma lenta, tentando
parecer chique, mas falhando miseravelmente no processo, Bella apenas olha para Dante que
termina de tomar uma margarita e coloca na bandeja de um garçom que passa, pegando outra.

Ok, acho que vou me sentar um pouco

Bella, não se preocupa eu sou ruim pra ficar bêbado, não devo tomar mais que 4

Te vejo depois então

Diz ela se afastando e se sentando em uma pequena cadeira ao lado, vendo todos dançando e se
divertindo. Ela nunca foi pra uma festa assim desde a formatura, e realmente não está acostumada
com tal evento, apenas olhando para os lados e eventualmente pegando uma taça de vinho,
tomando um gole e olhando para os lados, ela termina de beber e pega outra taça, repete e repete
até começar a ficar zonza, ela realmente tinha um problema com bebida e essa não era a melhor
hora pra ficar bêbada. Então ela se levanta, a música já estava pra acabar então deveria ficar sóbria
rápido, ela vai até uma mesa e faz um sanduíche, colocando em uma sanduicheira até grelhar,
então ela o devora sem mais nem menos.

A última vez que ela comeu foi no café da manhã, e sua barriga gritava pra ela comer algo, então
ela come, diversas vezes. Comendo cerca de 3 sanduíches antes de ficar satisfeita, olha para os
lados para procurar seus companheiros, pois a música estava para acabar. Ela acha Dante bem
fácil, sentado com diversas garotas ao seu redor, ele bebia um martíni e conversa.

Dante, vamos já está quase na hora

Oh Bella! Que bom ver você minha querida amiga, conheça Renny e Lenny

Olá!

Dizem às duas simultaneamente.

Dante, me diz que você não ta bêbado

Bêbado!? Eu?! Nunca!

Bella de longe sente o cheiro alcoólico vindo de sua boca e nariz, e ela suspira antes de avançar pra
carregar ele.
Anda Dante, a gente tem que dar um trato nesse seu sistema

Ei! Me deixa eu não to… Eu não to bêbado

Tatá, anda

Diz Bella colocando-o em seu ombro e levando para um local mais vazio, pegando uma garrafa de
água e derramando tudo na cabeça dele. Ele fica louco por um momento, começando a xingar e
reclamar, mas logo sua embriaguez diminui e ele volta aos sentidos.

Melhor?

Ah! Bella… Eu acho que eu bebi um pouco demais

Ta ta, agora me ajuda a procurar o irresponsável do Nathan

Okok…

Diz ele se levantando e secando os óculos, Bella começa a avançar, indo até o meio da pista e
olhando para os lados.

Tá vendo ele?

Mmm… AH, ele tá ali

Diz ele apontando para uma direção, Bella olha e fica boquiaberta com o que vê.

Nathan estava no chão com uma garrafa de vinho seca em cada uma das mãos, sua boca estava
molhada de um líquido roxo e sua roupa estava suja, claramente extremamente bêbado.

Eu juro por tudo que existe eu vou descer a porrada nesse garoto

Calma Bella, vamos acordar ele de forma pacífica

Dante fala isso com os olhos fechados, gesticulando com as mãos, mas quando ele os abre, Bella já
está na frente de Nathan o estapeando na cara.

ACORDA DEMÔNIO

Ajajjjajaja

Bella calma!

Diz Dante chegando nela.

Acho que estapear ele não vai ser de muita ajuda, deixa comigo
Diz ele afastando a mulher, pegando uma garrafa de água e derramando na cabeça dele. O mesmo
fica desnorteado por um momento, mas logo recupera parcialmente a consciência.

Ah… onde estou… Mamãe

Mamãe foi pra roça e papai foi trabalhar, levanta homem a gente tem um trabalho pra
fazer

Ah… Desculpa ae gente eu acho que bebi um pouco além da conta

ALÉM DA CONTA, VOCÊ DEU PT SEU DESGRAMENTO, EU VOU TE


DESCER NA PORRADA

Espera!

Dante levanta a mão, começando a olhar para os lados.

Cadê todo mundo?

Ah?

Bella olha para os lados, e realmente todos que aqui estavam, sumiram, a música calma que havia
começado a tocar após o batidão intensivo continua se repetindo, pois, nem Mutsue estava lá em
cima para trocar a faixa, as luzes se repetiam no automático e o gás já havia se dissipado, algo de
muito estranho estava acontecendo. Dante então coloca a mão em seus óculos, começando a piscar
e olhar para diversas direções, antes de parar e falar.

Se preparem, estamos sendo atacados

O'QUE!

Dante fala enquanto se afasta, olhando para todos os lados enquanto tira um revólver de seu bolso,
foi aí que Bella percebeu que o negócio era sério, e entra em pose de combate, Nathan ainda
embriagado, se levanta e começa a olhar para os lados, fazendo uma pose de luta desleixada. Assim
ela viu uma silhueta surgindo das sombras, pulando e atacando ela primeiro. Era um humano, com
a mesma idade que ela, segurando uma faca. Bella se prepara para contra-atacar com um golpe
certeiro no rosto, mas Dante é mais rápido e atira no homem, recebendo a bala na cabeça e caindo
no chão já sem vida.

Bella olha para ele, vendo seu rosto coberto de sangue junto a uma gosma preta que vaza de seu
nariz e boca que a dá ânsia de vômito, mas conseguindo se conter.

Dante! Quem são essas pessoas?!

Eu não sei! Mas elas estão atacando esse lugar, eu tenho 78% de certeza que eles
querem a gente! Se prepara

Diz ele vendo outras duas pessoas chegando, uma delas tem uma espingarda e a outra um mangual,
o girando rápido enquanto se aproxima e tenta explodir a cabeça de Bella, mas a mesma se abaixa,
agarrando a corrente agarrando a pesada bola de ferro com cerca facilidade e a segurando.

A pessoa olha com surpresa, tentando puxar a arma de volta, mas sendo parada pela força bruta de
Bella, que com um puxão desarma o homem.

Ok, eu nunca usei isso antes, mas vamo que vamo!

Diz ela avançando e girando a corrente e partindo pra cima do homem. Ele tenta desviar, mas ela
tem sorte e consegue acertar uma das pernas, as quebrando e o fazendo cair no chão. Ela não
percebe, mas o outro homem aponta a arma para ela, mas rapidamente ele é desarmado com Dante
atirando em sua arma, o golpe a faz se desligar de sua mão e cair no chão, ele olha para a pessoa
que atirou, mas tudo que vê é Dante pisoteando seu rosto e o jogando no chão. O ruivo rapidamente
pega a espingarda no chão, engatinhando e atirando no rosto no homem caído, sangue e o lodo
preto espirram em seu rosto enquanto ele sorri com a adrenalina do momento.

Nathan estava ainda embriagado, então não presta muita atenção no que está acontecendo, isso
resulta em seu rosto ser golpeado e ele caindo no chão. Mas ele não grita, apenas se levantando e
olhando com um rosto desnorteado para seu atacante. Vendo outra pessoa com os olhos negros e
esfregando os olhos, mas nisso a pessoa toma uma brecha, avançando e golpeando, mas dessa vez
Nathan começa a tomar ciência da situação e desviando, segurando a moo de seu oponente e
mordendo seu braço o mais forte que consegue, arrancando um pedaço e cuspindo na cara dele.
Mas o inimigo não deixa barato, usando a outra mão para socar a cara de Nathan que cai no chão,
mas antes que ele consiga atacar novamente, Dante atira em sua cabeça, a explodindo em sangue e
lodo preto, ele então avança até Nathan, o segurando pelos ombros.

Fica em pé!

EU… Tô…tentando

E mais a direita, Bella termina com seu inimigo, quebrando sua outra perna e braço.

Esse aqui não vai fazer mais nada!

Ok! Temos que achar a Mutsue, ela é a prioridade da missão agora

E quando eles falam isso, uma grande explosão acontece em uma parede mais acima, com um
vulto saindo junto a vários sons de tiro seguidos. E da fuligem da explosão, surge Mutsue,
segurando suas metralhadoras e atirando contra a fuligem remanescente, dela surge outra pessoa,
usando um sobretudo bege, uma máscara estranha que cobre todo o rosto e uma foice marrom,
avançando pelo ar indo de encontro com a mulher aranha.

Bella olha para aquela pessoa e tem uma sensação de familiaridade, mas ela ignora. Dante então
toma iniciativa, jogando o seu revólver ate Bella que o pega, e ambos miram suas armas e
começam a atirar, mas o homem de sobretudo é mais rápido.

Se virando no ar e facilmente cortando as balas de Mutsue, Dante e Bella. Quase cortando Mutsue
em dois, mas ela larga as armas na frente dele e solta teias no chão, as puxando e se jogando até a
pista de dança, ela então tira 4 revólveres de bolsos escondidos em sua roupa e os mira, atirando
todos rapidamente enquanto corre para o lado. A pessoa de manto corta as balas enquanto cai no
chão, armas comuns não teriam efeito contra ele.

Assim, Bella toma uma decisão ousada, invocando sua alma e respirando, e de uma vez ela avança
para frente, agarrando a pessoa de manto de uma vez e a jogando contra a parede. Ela faz isso em
uma velocidade descomunal, mais rápido que uma bala, isso a salva de ser cortada no meio, assim
ela consegue o jogar. Após realizar tal ato, ela olha para o local da parede onde jogou o homem de
manto, vendo ela totalmente desaba, por um momento ela pensa que o derrotou, mas esse
pensamento muda quando ele lentamente começa a se levantar de novo, com uma rachadura em
sua máscara, que cresce o suficiente para um pedaço cair, revelando a boca que sorri.

Então, ele avança mais uma vez.

Continua em retale capítulo 4 parte 1


RE:TALE - A ORIGEM DA BESTA PARTE 1
Chapter Summary

Todas as boas historias, precisam de um começo

É curioso como coisas, elas podem simplesmente, ser um acúmulo de eventos ou simplesmente
uma folha que caiu na cabeça de alguém, mas esse alguém iria salvar o mundo e agora que a
folha caiu na cabeça dele, o mesmo deixará o mundo queimar.

E quando se trata de algo com as engrenagens da realidade, que se movem rapidamente mantendo
a estabilidade dos dois mundos existentes, coisas estranhas podem acontecer caso as mesmas
começarem a dar defeito.

Coisas muito, muito ruins. Mas agora, pela primeira vez, as engrenagens emperraram, com elas
forçando com todo o poder da fúria da criação, mas aquilo que as restringe é mais poderoso.

O que para as engrenagens, pode ser descrito como um muco negro, volátil que se move
freneticamente, crescendo e pulsando enquanto envolve tudo. E pela primeira vez, um erro ocorre.

Um erro que levará a um efeito dominó, um erro que desmancha e recria realidades.

O primeiro reset vem e vai, e depois o segundo, terceiro, quarto, quinto e assim por diante. Agora,
depois de incontáveis anos, com cada um divergindo um pouco da história original, criando
ramificações que levaram aos 2 universos gêmeos a se divergirem violentamente, mas nunca,
nunca interagindo um com o outro, mas é aqui, que algo extraordinário ocorre.

Conheça Bara.

Uma garota, em torno de 10 anos, seus cabelos são marrons com tons de dourado, sua roupa é
listrada, variando entre amarelo e verde, com suas calças tendo o mesmo tom amarronzado que
seus cabelos, apenas em tons mais escuros e sujos.

A mesma brinca com uma pequena boneca, sentada em uma cama desarrumada e empoeirada. As
paredes são finas e com buracos no teto que deixam um pouco do frio entrar, ela é iluminada por
uma pequena lâmpada na parede, com uma luz alaranjada e já prestes a morrer. E com essa luz,
Bara pode ver sua irmã, Chiel.

Chiel era uma menina de mesma idade que Bara, com cabelos e calças da mesma cor, mas suas
roupas eram listradas entre um roxo rosado e um azul-escuro. A garota apenas fica sentada em sua
cama, cama está sendo bem arrumada, limpa e mais colorida, com brinquedos de pelúcia se
estendendo pela mesma.

Chiel não era como Bara, ela era especial, Chiel tinha uma alma vermelha.

Pessoas com alma vermelha eram muito raras, recebendo toda a atenção e carinho de todos que
conhecia, mas isso não era o caso de Bara.

Bara tinha uma alma vazia, ela não era ninguém. Mesmo que almas vazias fossem igualmente raras
a almas vermelhas, as mesmas não tinham 1% de sua importância, tratadas como aberrações que
não deveriam existir.

Todos que Bara conhecia, ou a tratavam mal, ou eram totalmente apáticos com a garota.

Mas ela não se importava, pois, sua mãe a tratava bem, sua mãe era seu mundo

A mãe de Bara se chamava Lua, uma mulher na casa dos 40 anos, que cuidava dela e de sua irmã.
Mas a mesma estava desempregada há muito tempo, vivendo de favores, pequenos crimes que só
aumentavam sua dívida.

Hoje era um dia especial, era o aniversário de 11 anos de ambas, sua mãe havia dito que ia voltar
com um pequeno bolo para comemorar, mas ela estava atrasada, bastante atrasada. Ela devia ter
voltado no final da tarde, e agora já era quase meia-noite, algo estava errado.

Bara se preocupa, pensando em algo de errado acontecera com sua mãe, mas esses pensamentos
são logos reprimidos com uma grande batida na porta, junto com a voz de sua mãe gritando seus
nomes de forma estridente.

Ambas ficam em choque, olhando entre si e se levantando de suas respectivas camas, e indo até a
sala.

Lá estava sua mãe, só que com ela não havia bolo, na verdade, não havia nada, nem mesmo sua
bolsa. Em seu rosto, era perceptível uma grande mancha de sangue, que vazava constantemente.

Ambas ficam em choque, não é todo dia que sua mãe entra gritando com uma mancha de sangue
no rosto. A mulher então termina de trancar a porta quando um golpe é ouvido da mesma, a
seguida de outro.

Luana! Eu sei que você está aí!

A mãe então, agarra Bara e Chiel, começando a correr até o outro lado da casa, abrindo a porta dos
fundos e saindo pela mata. A neve estava expeça então era difícil de correr, e nenhuma usava roupa
de frio, o que deixava os seus corpos doloridos.

Elas correm pela mata, seguidas por gritos do homem, que gritava insultos e xingamentos. Por seu
tom de voz, o homem estava obviamente bêbado, e isso a amedrontou, mas seu medo disparou
quando ela ouve um barulho de tiro, e a árvore ao seu lado explode ao receber o projétil.

Todas, após isso, começam a correr mais e mais floresta adentro.

Até finalmente chegar no pé da montanha. Elas viviam perto do monte ebott, um monte gigantesco
que reza a lenda abrigava;

̒ ̓ ̠ ̳
ą̸̩̾v̙e̸ ̀ n̵
̸͍̭ ̀ ̹t͒ ̤u
̸ ́ ̶̃ r̶͙ë̸́ ͊i̸͈͉ ̢ r̴̯ ́́ ̱̑o̸̊ ͝ ͕̜s̵̤̖̅

Esse era o único lugar onde elas podiam se esconder.


Então elas correm, dentro de uma caverna.

Suas pernas já estavam bambas, e seus dedos, e pontas do nariz já estavam literalmente
congelando.

A percepção de mundo estava distorcida, e isso não permitiu que elas percebessem, a queda.

Assim todas as 3, Lua, Bara e Cheiel, caem no abismo da caverna.

O muco negro se envolve cada vez mais nas engrenagens, e agora, o mesmo ganha vida.

Uma personificação do ódio.

Caindo do core, diversas vezes e de formas e de corpos diferentes, algo incompreensível.

Mas tal coisa, começa a se manifestar exatamente agora, pois agora, a variável foi criada.

Bem-vindo, a variável REER.


RE:TALE CAPITULO 4 PARTE 1 AMANHECER
Chapter Summary

Agora é o momento decisivo, onde ocorre uma grande batalha de mãe e filha. Junto a
isso, alguns rostos são revelados

A noite estava escura e silenciosa, mas esse silêncio é logo quebrado com diversos sons de tiro,
explosões e pancadas que tremiam toda a rua que podiam ser sentidos vindo da grande balada Fett,
sua estrutura estava prestes a desabar devido às grandes rachaduras que se formavam, junto a danos
na rua e prédios ao lado que já começavam a Evacuar seus ocupantes.

A cada golpe, um terremoto de pequena escala podia ser ouvido, e isso começa a criar olhares
assustados por todos os moradores do local. Assim, diversos carros blindados da G.K.C chegam,
ultrapassando os moradores do local e colocando cercas, com diversos pesquisadores e soldados
saindo com armas e equipamentos.

Até que a parede da frente é explodida, com uma mulher de cabelos ruivos saindo voando da
mesma e colidindo com um blindado, o arrastando metros, até o mesmo tombar. Os soldados
assustados se viram e miram sem saber o que fazer, eles não foram treinados para essa situação.

Até que a mulher se levanta sem problemas, apenas com machucados no rosto que soltavam
quantidades razoáveis de sangue. Ignorando as ordens dos soldados, Bella salta e avança para
dentro, causando um vento que move os carros ao redor, entrando de novo dentro da balada e
desferindo dezenas de socos em um curto período de tempo no homem de manto, mas com todos
os ataques sendo repelidos com a foice marrom que segura. De escanteio, estava Dante e Nathan
que miravam suas armas contra o homem, mas ele e Bella lutavam em uma velocidade tão absurda
que ambos apenas eram percebidos como vultos, que se mesclavam em um turbilhão de vento e
explosões sônicas que jogavam mesas e outros móveis para longe, e quase levam os dois de brinde.

E mesmo se eles acertarem o homem, não existia garantia de que ele apenas ricocheteasse a bala
contra eles. A batalha segue por mais alguns minutos, até que ambos apertam um soco certeiro em
seus rostos que os joga para trás, quebrando uma parte da parede e finalmente tirando ambos do
transe da batalha, e Bella finalmente respira.

QUEM É VOCÊ?

Ela pergunta enquanto se levanta, limpando um pouco o sangue e poeira do rosto. Suas mãos
estavam sangrando de tanto socar, seu nariz já quebrado, jorrava sangue e seu olho direito estava
roxo, mas a grande quantidade de energia mágica que flui por seu corpo inibe completamente a dor
e permite que ela continuasse de pé.

É! e por que você veio quebrar o meu estabelecimento! Você tem ideia de quanto esse lugar me
custou?! Uma nota querido! Olha aqui você tem mais uma chance, se você pedir desculpas e me
dar 5 milhões eu penso em te descul…
A palavra de mutsue é cortada com o homem avançando contra a mesma, parte de sua máscara
estava quebrada, revelando seu olho que estava totalmente vazio, com exceção de um mísero ponto
branco em seu centro. Toda a estrutura do rosto estava comprimida, dando um olhar perverso e já
de saco cheio que levantava a mão para socar a mulher aranha.

Mas Dante rapidamente levanta o seu revólver contra a cabeça do homem, retirando uma força e
velocidade mágica de sua alma que tenta desesperadamente parar o ataque do homem contra a
mulher. Ele aperta o gatilho, mas o homem de bege não espera, apenas parando seu ataque e
retirando sua foice, cortando o cano da arma sem muitas dificuldades com a bala ainda dentro.

Então, ele avança no rosto de Dante, mas é rapidamente jogado para o lado por Bella que toma a
compostura de luta novamente, liberando mais energia mágica em seu corpo e se concentrando.
Assim, ela consegue personificar a sua magia, em duas manoplas que brilhavam em uma luz
laranja, com uma forma translúcida e fantasmagórica.

E com 1 único ataque, ela para a foice. Ambos ficam alguns segundos ainda segurando seus
ataques, enquanto um grande vento os arrastava para trás. Bella levanta a outra mão e desfere outro
ataque, ataque esse que também é parado pela foice, e com a outra mão ela desfere outro, e outro e
outro e assim ela vai. Atacando diversas vezes seguidas enquanto todos seus ataques são
bloqueados.

Ela grita enquanto a magia que flui pro seu corpo começa a queimar seus nervos, dando uma dor
agoniante muito maior que suas lesões causaram, mas agora não é hora para se importar com isso.

Então, ela continua, atacando com uma mão e abrindo o punho, segurando a lâmina da foice e com
a outra mão o cabo, impedindo a movimentação do mesmo.

SOLTA!

Grita o homem de bege, enquanto desfere um soco na barriga da mulher. A mesma recebe ele,
impossibilitada de desviar sem soltar, continuando com um sorriso de canto de boca, com sangue
sendo expulso entre os dentes.

Bella então puxa a foice, levando junto o homem de manto que ainda a segurava, o fazendo perder
a compostura dando janela para a mesma desferir um grande chute em sua barriga, que o joga para
cima o fazendo acertar o teto e o perfurar, subindo e quebrando o mesmo ate sair da balada voando
junto a detritos pelo céu enquanto vomitava sangue e lodo negro. Repórteres do lado de fora
rapidamente percebem e apontam suas câmeras junto a carros da polícia que levantam holofotes,
iluminando o mesmo ainda subindo dezenas de metros ao ar.

E seguindo, uma grande explosão ocorre novamente no teto da balada, com Bella indo como um
jato até o mesmo. Suas manoplas brilhavam como nunca, junto aos seus cabelos que mudam de cor
e emitem a mesma luz alaranjada. Ela rapidamente chega no homem que ainda tenta raciocinar o
que está acontecendo, mas sendo recebido logo com um soco em sua barriga, seguido de outro e
outro e não param mais. Bella gira ao redor do homem com uma certa graça, desferindo socos e
chutes com todo o seu corpo, sem o dar chance de voltar a raciocinar e invocar sua foice.
Então, após eles terem subido mais de 100 metros, ela o agarra e começa a girar, o jogando para o
lado com tremenda força que os helicópteros que se aproximam perdem o equilíbrio e começam a
rodopiar pelo ar antes de se recuperar. Então ela cai no chão, entrando pelo mesmo buraco que
tinha anteriormente pulado, destruindo o restante da pista de dança anteriormente já quebrada no
impacto.

Nathan ao ver Bella chegando, corre até a mesma.

BELLA, AQUILO FOI MANEIRO PRA CARALHO, COMO TU NUNCA DISSE


QUE PODIA FAZER ISSO!?

Nathan olha maravilhado para sua amiga, que não responde, continuando a olhar diretamente para
frente.

Bella? Você tá bem?

Não…

Diz ela finalmente relaxando, soltando toda a sua energia mágica que antes fluía furiosamente por
suas veias de volta a sua alma. E com isso, toda a dor estridente de seus machucados e de seu corpo
exausto finalmente cai em seus ombros, ela podia ter feito um curso de karate, mas nada podia
preparar ela para essa fadiga extrema.

BELLA!

Grita Nathan correndo e agarrando a mulher enquanto a mesma desmaia, suas feridas se abrem e
sangue esguicha de seu corpo.

DANTE, ME AJUDA QUI!

Diz Nathan olhando para trás, vendo Dante olhar ainda maravilhado para o teto com um grande
buraco em seu centro. Então ele volta a si, correndo e começando a ajudar Nathan.

Ei você! Mutsue! Você deve ter um kit de primeiros socorros aqui né?

Diz Dante olhando para trás e vendo a mulher aranha no bar, pegando uma garrafa de vinho e
começando a tomar gole atrás de gole sem parar.

EI! NÃO É HORA PRA ISSO!

Querido, sem querer te ofender mas, eu não to no melhor dos momentos agora então
se você puder calar a boquinha eu…

A MULHER QUE SALVOU SUA VIDA ESTÁ MUITO FERIDA ALI E VOCÊ
ACHA QUE BEBER VAI RESOLVER ALGUMA COISA?

Oh, nossa minha heroína… Olha, meu estabelecimento e minhas coisas acabaram de
ser invadidas por um bando de maniacos que queriam me matar, a sua amiguinha ali só
quebrou mais coisas

Olha! Eles quebrariam você e esse seu bar até sobrar apenas poeira! Você só se
importa com essa merda de lugar!

Sim

ORA SUA!

Calma lá princesinha do conto de fadas, o kit de primeiro socorros está debaixo do bar

Dante então pula o balcão, vendo uma mochila com uma cruz vermelha e a agarrando, vendo
diversos medicamentos e curativos dentro

Poderia ter começo com essa informação, teria facilitado minha vida

disponha

D iz ela terminando de beber o vinho e pegando uma garrafa de vodka. Dante então corre até
Nathan, que já estava desesperado arrancando pedaços da roupa e amarrando a mulher. Dante se
abaixa e começa a tirar vários utensílios médicos, como curativos, álcool e medicamentos,
injetando tudo e cobrindo todas as feridas da mulher.

O pulso de Bella está extremamente alto, então ele aplica um sedativo que faz o mesmo abaixar um
pouco, e depois de um tempo eles finalmente conseguem estabilizar a mesma, mas ela precisava de
atendimento médico, e rápido.

Mutsue então anda com sua terceira garrafa de vinho até a porta de entrada, a abrindo com o intuito
de sair, mas ela é barrada por diversas soldados do batalhão de choque. Todas armando
metralhadoras por cima de escudos grossos, apontando para ela.

Uau, que recepção calorosa

SOMOS O PADRÃO DE ATAQUE DA GKC, AFASTE SE E COLOQUE AS


MÃOS NA CABEÇA

Esperem!

Todos os soldados aparentam ter arrepios quando a voz ressoa pelo ambiente, com um caminho
sendo aberto até um blindado ao fundo, e no mesmo, uma porta se abre.
Dela, sai uma mulher ruiva, usando uma roupa charmosa e formal de comandante de cor preta e
vermelha que dão contraste ao seu cabelo preso num rabo de cavalo com uma fivela.

Em suas costas, ela segura um enorme compartimento tecnológico com a logo da “G.K.C”. Ela
então caminha com uma certa graça por todos os soldados, que aparentam a temer, dá para sentir
que, mesmo que todos esses soldados armados até os dentes, tentassem a matar, nenhum veria a luz
do dia com vida.

A mulher então finalmente chega na frente, ficando na frente de Mutsue que fica quieta.

Você deve ser Mutsue fett, estou errado?

Sim, em carne e osso, e você seria?

Layla, Layla Bootstrap, mas você pode me chamar de general

Layla então olha para frente, vendo Nathan e Dante cuidando de Bella, dando um grande sorriso e
começa a rir. A risada é forte e isso quebra a compostura dos soldados que começam a olhar para
ela sem entender, mas ela segue rindo. Layla então anda para frente, arrastando Mutsue para o lado
e indo até Dante.

DANTE, MEU IRMÃO HÁ QUANTO TEMPO EU NÃO TE VEJO

Dante então olha para ela espantado, já se preparando para o que via a seguir, e isso ocorre, layla
então agarra-o, o levantando e dando um enorme sorriso enquanto o abraça de forma forte.

Layla.. Calma ai ce ta me enforcando!

A mulher aperta mais forte enquanto começa a dar pequenos risos.

Dante! Você sempre foi um fracote mesmo! Não me impressiona não ter entrado na
academia militar comigo

Diz ela o largando no chão, Dante faz um rosto de dor enquanto segura o seu torso extremamente
dolorido, Nathan olha tudo isso ainda incrédulo.

Dante, acho que você tem que me apresentar a alguém…

Ah claro… Nathan, essa é Layla, minha irmã, Layla, este é Nathan meu colega de
equipe
Nathan ein! Prazer, Layla, general do exército particular da GKC e irmã desse carinha
nas horas vagas!

Nathan, eu não pensei que sua irmã poderia ser tão… Carismática?

Gostei desse carinha, ele fala de forma engraçada

Ok irmãzinha, é bom te ver mas

Sim, eu não te vi desde que eu fui pro serviço militar. Dante você tinha que ver, era
horrível, eu tinha que me levantar às 5 da manhã todos os dias pra correr e

Bem, essa não é a questão, o que você tá fazendo aqui mesmo?

Ah, é claro como eu pude me esquecer! O pai me chamou pois aparentemente estava
tendo uma porradaria dar grandes aqui nessa balada, balada essa que você tinha sido
atribuído para uma missão, ele quer uma explicação do por que uma simples missão
para vistoriar o lugar e lidar com uns bandidos causou danos tão como eu posso dizer,
parece que um furacão com bombas nucleares passou voando por aqui

Eh… Bem eu posso explicar, é que a gente tava de boa e do nada um cara com um
manto e máscara chegou e começou a quebrar tudo, ele era rápido como um raio então
as balas não acertavam ele, então a Bella ali desceu o pau nele e o jogou pra não sei
onde

Espera, aquela coisa laranja no céu era ela?

Bem… Sim, veja bem, é que…

UAU! Nunca pensei que veria uma usuária de magia tão forte assim! Bem, além de
mim é claro, mesmo sem treinamento de elite adequado, com um pouco de entusiasmo
da magia ela conseguiu fazer tudo aquilo!

Sim… Ela se não em engano só teve um treinamento em karate quando foi admitida
no setor 7, mas mesmo assim a força dela com a magia é descomunal

Olha, gostei muito do papo, mas SERÁ QUE DÁ PARA DAR UMA AJUDINHA
AQUI!?

Grita Nathan.

Nathan sim? Ok garotão, vou dar uma ajudinha EI VOCÊS INCOMPETENTES,


CHAMAM A EQUIPE MÉDICA AGORA!

Ah… Sim capitã imediatamente!

Gritam os soldados que ainda esperavam na porta, com alguns saindo correndo e retornando com
diversos médicos e uma maca, avançando e já colocam Bella na maca, a levando para a
ambulância.

Eles vão fazer o possível, mas não tenha muitas esperanças


Fala Layla.

COMO ASSIM?!

Grita Nathan.

Já vi isso acontecer antes, ela liberou uma quantidade exorbitante de magia de sua
alma em um corpo despreparado, isso deixou ambos despedaçados, só um milagre
para consertar ela

Você não sabe de nada! A Bella sempre foi fortona! Matou uma onça na mão e ainda
sorriu com a barriga aberta depois de ser atropelada!

Dante, que havia lido todo o arquivo de Bella, sabia que Nathan mentia, mas preferiu ficar quieto.

Garotinho, nada pessoal mas só estou falando o óbvio, você ficar gritando comigo não
vai mudar o fato de sua amiguinha estar em uma situação meio capenga. Mas relaxa,
se ela sobreviver vai ganhar um aumento e a oportunidade de treinar com euzinha
aqui!

Pera que

Fala Dante desacreditado.

Isso aí! Eu achei essa guria impressionante, então vou dar uma chance a ela, é claro
que, qualquer sinal de que ela queria desistir ou não ser boa o suficiente, vai voltar pro
grupinho meia boca de vocês

Nathan e Dante observam ela com um rosto que pode ser descrito como uma mistura de confuso e
irritado.

Não me levem a mal, meia boca pra min é um elogio, um 1 nível abaixo de ok e 1
nível acima de ruim

Ok… Acho que vou aceitar isso e ficar quieto…

Fala Dante olhando para os lados, Nathan então se aproxima do mesmo e começa a falar em seu
ouvido.

Dante, eu achei sua irmã meio…

Chata? insuportável? cheia de si?

Cochicha ele em resposta.


É… eu tava procurando as palavras para falar isso da forma mais agradável possível
mas deixa

bem, ela sempre foi assim, não se preocupa

O que as princesas da disney estão falando de tão importante que eu não posso ouvir?

Fala Layla.

Ah!... Bem, não é nada… Vamos logo, os médicos já devem ter a colocado na
ambulância

Fala Dante.

Sim, acho que é melhor mesmo, vamos

Assim todos começam a caminhar, indo em direção à porta de saída. Nesse ponto, diversos
soldados da GKC junto com pesquisadores e perícia, invadem totalmente o local, começando a
estudar resíduos mágicos e analisar qualquer coisa que indicie quem foi o responsável pelo ataque.

Ei você, aranhazinha

Fala Layla, apontando para Mutsue, a mesma estava sentada em um canto tomando sua sexta
garrafa de vinho seguida, e mesmo assim ela não parecia bêbada.

Ah? O que você quer?

Você é uma testemunha do ocorrido, preciso que venha comigo

Olha generalzinha, estou tendo um dia nada agradável, poderia por gentileza ir
arrumar uma rola pra chupar e me deixar em paz

Fala ela de uma forma graciosa com um sorriso sarcástico. Layla então olha pra ela com um rosto
apático, e em um piscar de olhos ela aparece na frente de Mutsue, arrastando toneladas de ar que
destroem uma parte da parede, deixando uma grande área desabada e cheia de rachaduras. Layla
então, se abaixa lentamente, com um sorriso no rosto olhando para a cara de Mutsue e começando
a falar.

Eu vou ignorar este seu comentário e pedir mais uma vez para você vir, a próxima
recusa será respondida com algo que eu não gostaria de fazer

Mutsue então, dá uma leve risada, levantando as mãos e ficando em pé.


não precisa ficar com as mãos pra cima… Por agora

Ok então, filhote de cruz credo

Fala ela cochichando, enquanto baixa as mãos e caminha em direção da saída.

Ei, aonde aquele carinha que a bela jogou foi?

Fala Nathan.

Verdade, teve aquele cara que ela jogou pra terra do nunca lá do alto

Responde Dante.

Ah, claro como eu pude me esquecer, a posição dele já foi detectada e mandamos uma
equipe em busca dele…

Layla se vira, parando de andar e olhando para Dante, com uma cara desconfiada

Dante?

Ah, sim o que foi?

Cadê o seu óculos?

Ah? o que você tá falando? Eles estão aqui…

E fala enquanto coloca as mãos no rosto, sentindo a sua pele nua, sem o óculos em seu rosto. Ele
então começa a tomar mais, passando as duas mãos de forma rápida por todo o rosto.

MEUS ÓCULOS

ei cara, calma ai são só óculos

Fala Nathan.

OLHA, EU PRECISO DOS MEUS ÓCULOS, ELES NÃO SÃO SÓ ÓCULOS,


ELES SÃO

Enquanto Dante fala, Layla caminha em sua direção e coloca a mão em seu ombro, não falando
nada, apenas como um sutil olhar de desaprovação. Dante então se acalma, se virando e voltando a
andar, junto a todos.
15 de janeiro

20 da noite

Eva olha para trás, sentido uma mão macia em seu ombro, vendo ela, Ally. Uma garota de 17 anos,
com cabelos e roupa azul junto a uma calça preta e um tênis que mal pode ser visto pela sombra
que seu corpo faz.

Sentido uma gelidez em seu rosto, Eva coloca a mão para sentir o que está errado, sentido então
uma lágrima escorrendo lentamente, sem ela nem perceber.

Ally… Eu… EU

Garota, eu to te procurando a horas! Eu passei na sua casa e você não tava la, ai eu
passei na cada da sua amiga, e do barasca e depois daLiza só pra descobrir que você
tinha vindo pra cá e

Ei… Calma é que… Olha, a gente foi dar uma explorada em umas cavernas que a
Erine encontrou, mas as coisas saíram um pouco do planejado

Pera, explica direito essa história, cavernas?

É, basicamente, a Erine encontrou uma caverna e chamou a gente pra explorar, e lá a


gente encontrou uma porta que surtou os nossos nervos e depois um monte de estátua
e depois um salão oval com um globo mais antigo que a história e depois um

Ally coloca a mão na boca de Eva, a tampando enquanto esfrega os olhos

Eva, olha eu adoraria ouvir sua explicação mirabolante, mas, acho melhor nós
voltarmos pra casa, já vai anoitecer

Mas… A Erine! Ela ainda não voltou da caverna!

Como assim?

Ela disse que ia ficar um pouco mais antes de sair, mas isso foi a horas! Eu to com
medo de que algo tenha ocorrido

Entendo… OK então

Ok?

Eh, eu vou ajudar você a salvar ela, mas você fica me devendo

Ah… Ok então, obrigada

Só… Me diz onde ta a entrada dessa caverna

Eu não sei, provavelmente do outro lado da montanha, mas tem uma entrada por esse
riozinho aqui, mas não sei como
A adolecente então agarra Eva, a colocando nas costas e pulando no rio. Ally nada furiosamente,
com uma força que quebra a correnteza e a faz ir rapidamente até o bueiro. A força de seu nado é
tão forte, que litros de água são jogados goela abaixo de Eva que mal consegue respirar, por sorte
não saindo das mãos de Ally que asseguram de forma firme.

Então, após alguns segundos, Ally dá um grande salto, entrando pelo bueiro dentro da grande
tumba, largando Eva no chão que cai tossindo toda a água que acaba de tomar.

ARG, CÉUS ALLY, EU PEDI PRA VOCÊ ME AJUDA, MAS NÃO ME AFOGAR

Oh, desculpe, acho que não ouvi você com toda aquela água

Quem iria querer se afogar daquele jeito!

Me desculpe novamente…

Ally olha para os lados, vendo uma enorme estátua no meio de um samurai, segurando diversas
espadas com uma máscara no rosto, e mais a frente, uma escada que sobe até onde ela não
consegue ver.

Bem, está uma estátua que a gente achou

Falava se levantando, ainda tossindo ocasionalmente enquanto anda até Ally.

Intrigante, mas eu gostei de todas essas espadas, daria uma bela decoração

Fala ela caminhando mais para frente, começando a ver algo que a deixa intrigada, andando cada
vez mais e tendo certeza do que ela vê.

Uma pessoa deitada com o rosto ensanguentado, no pé da estátua.

Eva ao ver isso, da um grito, correndo até ela já rasgando partes de sua roupa.

Erine! O que aconteceu com você?! Está bem?!

Eva… Você voltou

Então, é essa a tal de Erine?

Fala Ally chegando perto enquanto limpa a ferida em seu rosto. Erine parecia acabada, seu corpo
estava pálido e gélido, se não fosse por sua fraca respiração, certamente ela estaria morta. Então,
Ally ouve um passo.
Ela olha para trás imediatamente, colocando sua mão por instinto no local onde deveria estar sua
espada, mas ela se lembra que sua espada não estava invocada então fica apenas com a guarda alta.

Eva, pega a amiga, nós temos companhia

Ah?

Fala ela, olhando para trás e vendo a origem do som. Na escada, uma pessoa descia lentamente,
começando a falar.

Olha, não sabia que teria visitantes hoje, sejam bem vindos

Quem é você!

Boa pergunta

Fala ele se revelando completamente. O homem vestia um terno amarronzado, com alguns detalhes
nas pontas, em suas mãos ele usava luvas negras e em sua cabeça ele vestia um grande televisor
preto, preso por diversos encaixes que impossibilitaram a vista de sua pele. Na tela, era visível
apenas estática, e ele segurava uma câmera e um gravador em suas mãos, equipamentos esses
reconhecidos por Eva quase de imediato.

Ei! Essas são as coisas da Erine! Devolva!

Oh! Então essa criaturinha vil que eu achei enquanto andava por minha antiga casa se
chama Erine? Fascinante

Sua voz era modificada por um modulador de voz, a deixando esganiçada e robótica, não
permitindo que ambas o reconhecem.

Ei você! É melhor começar com explicações ou eu vou te descer o pau, tá me


entendendo!?

Oh, você deve se chamar Ally, estou errado?

Ah!? Como você sabe meu nome?!

Ah querida, a resposta é mais simples do que você espera

Oh seu!

Ally então invoca sua espada, com um enorme clarão turquesa e seus olhos brilhando da mesma
cor, sua alma aparece na frente de seu peito pulsando fortemente. O homem para de andar, olhando
para a garota sem expressar reação.
Bravo! Realmente bravo! Excelente! Finalmente eu a encontrei, eu sabia quem você
era mas o fato de você ser a portadora da alma do propósito é realmente admirável!
Bravo!

Eva e Ally ficam confusas, olhando umas para as outras sem entender o que está acontecendo.

Bem, aqui um pelo resumo do que vai acontecer, eu vou sair daqui com vocês duas,
vão ser úteis ao meu ver no meu objetivo

A é!? E o que vai fazer caso a gente diga não?!

Isso…

O homem então levanta a mão, e a grande estátua de samurai começa a se mexer, levantando
rapidamente todas as suas espadas, o mundo fica preto e branco.

A estátua se mexe!? A gente viu que todos os circuitos estavam fritos!

Grita Eva.

Ha! Garota, passe a não acreditar em seus olhos, a estátua do Samurai infinito não
necessita de meras peças eletrônicas, ela que ela precisa é a magia emanada pela alma
da proposito, alma essa que ele foi projetado a lutar!

O que você tá falando?! Eu nem te conheço!

Grita Ally se preparando enquanto a grande estátua começa a girar.

oh querida, mas eu conheço você muito bem, mais do que você poderia imaginar

Diz ele esmagando os equipamentos de Erine. Assim, a grande estátua argue suas espadas, indo
com a primeira espada para cima de Ally, mas levanta sua katana e fica em guarda, indo um pouco
para a direita e recebendo o golpe da gigantesca espada. A mesma pesa em torno de 10 toneladas, o
que era demais até para Ally então ela deixa de suportar o peso, arrastando sua katana pela lateral
da grande espada, com faíscas saindo em quando ela finalmente se finca no chão, levantando uma
grande nuvem de poeira.

Em seguida outra espada desce, então sAlly desvia da espada saltando para cima da que
anteriormente se fincou no chão, correndo pela mesma até o corpo principal da estátua.

A mesma então tenta um ataque em tesoura, usando duas espadas para cortar pelos dois lados. Mas
Ally facilmente consegue desviar, dando um pulo e avançando com tudo para baixo com sua
katana. Ela emana uma energia azulada, caindo com tudo nas duas espadas gigantescas, cortando
um pouco da primeira espada e parando. Ally começa a forçar com uma força descomunal,
enquanto estátua avançava com outra espada.

Se ela não cortasse, possivelmente iria morrer… mas.

Sua alma aparece na frente de seu corpo novamente, brilhando fortemente, Ally começa a sentir um
calor no corpo, um calor que nunca sentiu antes. Ela tem um sentimento, uma vontade, um
propósito, e esse propósito é mais importante que tudo, e nada, nem as leis mais profundas do
universo vão às parar.

E em um passe de mágica, as duas grandes espadas passam a ter uma consistência de manteiga, e
em menos de 1 segundo a katana às atravessa, cortando elas junto com a terceira espada que Ally
usava de apoio anteriormente, caindo no chão e facilmente desviando os pedaços de ferro que
caiam em sequência. O seu coração pulsava e sua alma começava a lentamente ficar de cabeça para
baixo.

Bravo bravo!

Fala o homem batendo as palmas

Realmente formidável! Isso! A ação! O drama! Incrível! Inconcebível! Oras, eu nunca


achei que essa lata velha fosse realmente conseguir ter uma chance contra você, toda
poderosa portadora do propósito! Aquele desgraçado do Roger não entende nada de
engemaginharia por desenvolver um troço desses

Cala a boca!

Grita Ally, Eva levanta a Erine e coloca nos ombros, com dificuldade saindo correndo até o bueiro.
A grande estátua então, retira mais espadas de compartimentos em sua estrutura, indo com tudo
atacar de uma vez.

Mas rapidamente Ally levanta sua espada, parando com facilidade o peso de dezenas de espadas
que faziam força em cima dela, com a finalidade de a esmagar, então ela dá um passo ao lado, e
corta um pedaço da primeira espada, que descem rapidamente e consecutivamente tendo outro
pedaço cortado, e assim por diante, as espadas que descem são desviadas e cortadas, os pedaços de
metal saem voando para os lados até finalmente as espadas serem apenas um toco.

E por fim, ela finaliza desferindo 5 golpes que cortam a estátua em vários pedaços, a mesma se
divide e cai ao lado, já não se movendo mais.

MAGNÍFICO! IMPRESSIONANTE!
Ally olha ofegante ao lado, enquanto sua magia retorna a sua alma, a deixando um pouco exausta,
mas ela estava treinada e podia aguentar ficar de pé e lutar, mas não por muito tempo.

QUEM É VOCÊ?!

Grita Ally.

Ally! Vamos logo embora!

Grita Eva já no bueiro.

Não perca o seu tempo! Vamos sair daqui

Ally então pega a sua katana, dando um corte no ar que joga uma enorme massa de vento em
direção de Eva, a jogando para trás e a fazendo cair no rio com Erine em seus braços.

Nossa, não pensei que faria isso com sua amiga, mas bem, ela não vai ser muito útil
mes…

Ally avança, liberando sua magia de volta em seu corpo o fazendo se religar mais. Então, com um
corte único ela ataca o homem, mas o mesmo com facilidade para com sua mão, nela estava uma
manopla, com lâminas nas laterais, e com facilidade ele a joga para trás, com ela parando no chão
já com guarda alta.

Nossa, percebo que você está apressada queridin…

Ally avança novamente, indo por baixo com sua katana, com o ataque sendo parado rapidamente,
ela então recusa e ataca de novo, e de novo e mais uma vez, fazendo isso consecutivas vezes em
uma velocidade que sua imagem se torna apenas um vulto. A mão do homem de cabeça de
televisão tem uma velocidade igualada a dela, com facilidade acompanhando seus impulsos com
sua espada que vão ficando cada vez mais rápidos à medida que sua alma libera mais magia.

Querida, já está cansada? você está nessa brincadeirinha há muito tempo, por que não
se senta?

CALA A BOCA

Ela então desfere um ataque que o simples ar quebra a parede atrás, forçando com uma força
descomunal contra o braço do homem que aparenta não se mexer, até que em um momento, sua
espada corta levemente a lâmina, descendo até a metade da mesma. Com isso, o homem
rapidamente toma iniciativa, socando o rosto de Ally com uma força gigantesca que a joga para
frente, a fazendo voar mais de 10 metros até se chocar contra a parede de rocha sólida, criando
uma enorme cratera.
FENOMENAL SENHORAS E SENHORES! Você conseguiu realizar algo que nem
eu pensei que seria possível! Roger deve estar rindo de mim agora Há!

Ally então se ergue, ambos seus braços estavam ao avesso com fraturas expostas, sua cabeça
estava aberta com partes do cérebro expostas enquanto rios de sangue jorravam. Até que, em pouco
tempo, todas as feridas começam a fechar, seus braços espontaneamente retornando ao lugar dando
piruetas enquanto seus ossos se juntam e seu crânio se reconstrói completamente com todo o
sangue que escorria por seu corpo Evaporando em uma névoa azul. Sua alma lentamente aparece
na frente de seu corpo, já completamente de cabeça para baixo.

Você morre, aqui

E assim, ela invoca sua espada outra vez.

Bem, acho mel

E em um piscar de olhos, Ally estava na frente do homem, o mesmo quase não tem tempo de
reação, com extrema dificuldade ergue seu braço, parando o ataque, mas não impedindo ser
golpeado pela força residual que se dissipou em seu corpo junto a explosão hipersônica causada
pela mera movimentação de Ally.

Ele então é jogado contra a parede, que a quebra e o joga para a escada logo abaixo, o monitor em
sua cabeça trinca, deixando apenas uma imagem distorcida junto a uma grande rachaduras no
centro.

ha! Olha estou impressio…

Sem nem ao menos terminar sua frase, Ally avança novamente, pulando na parede e correndo até o
mesmo, com o homem erguendo o braço e parando o ataque, mas a lâmina presa de sua manopla
não aguenta a força de, começando a se amassar até partes da espada a atravessar. Nisso, ele entra
em pânico por meros segundos, mas esses segundos dão uma brecha para Ally, que dá um repelão
para frente e joga o homem para o segundo andar. Enquanto no ar, Ally calmamente sobe as
escadas, ela estava tão rápida que tudo para ela andava em câmera lenta, o homem voando no meio
do ar estava praticamente parado e o metal de escada se distorcia com cada passo.

Ela finalmente chega no mesmo, pegando sua espada e dando um sorriso.

Você

Ela o divide em 2

Nunca
Ela o divide em 4

MAIS!

Ela o divide em 8

VAI PERTURBAR!

Ela o divide em 16

MEUS AMIGOS!

Ela o divide em 32 partes, e em seguida 64, depois 128 e ela não para mais. Cessando seus
atacando quando ela o divide em mais vezes que números podem conceber.

E quando finalmente a adrenalina mágica passa e o tempo retorna ao normal, o homem cai no chão
em farelos e Ally cai no chão, seu corpo ardia de dor e seus músculos gritavam com uma miosite
severa, certamente usar aquela quantidade de magia não foi uma boa ideia.

Céus… Me desculpa… Eu sei que eu prometi nunca mais fazer isso mas… Eu to
falando sozinha de novo… Merda, eu devia sair daqui

Ela olha para os lados, pegando suas espada que já mal brilhava e a apontando pro chão, a usando
de apoio e voltando, descendo as escadas e se jogando na grande corrente de água. Sua exaustão
deixa quase impossível dela conseguir chegar do outro lado com vida, mas por sorte ela consegue
nadar um tempo e respirar, dando tempo de chegar no lado de fora.

Então ela se ergue das águas, se arrastando com sua espada, sem perceber as diversas pessoas ao
redor que avançam contra a mesma. Então ela entra em pânico, não raciocinando direito e
pensando ser inimigos, erguendo sua espada para atacá los mas perdendo o equilíbrio e caindo no
chão.

Ally! Calma

Grita Eva ao fundo, Ally então finalmente recobra um pouco dos sentidos, olhando para os
arredores e vendo diversas pessoas, alguns carros com o símbolo da “G.K.C” junto a uma
ambulância. Eva corre e abraça Ally, a mesma olha para ela confusa, sem entender muito bem o
que ocorre.

Eva… O que você fez…


Se acalme! Vai dar tudo certo, você me jogou de volta ai eu entrei em pânico e tive
que ir até uma base que a gente foi mais cedo e aLiza junto com o irmão dela estavam
lá e

Você deve ser Ally, estou certo?

Eva olha para trás, vendo um homem atrás dela junto a uma criança em torno de sua idade que ela
conhece bem. Ele começa a falar.

Olá! Meu nome é Dante! Dante Bootstrap ao seu dispor!

Fala o homem alto e ruivo usando roupas de frio.

E meu nome é Frisk… Frisk Sinclair, prazer!

Fala ela de forma tímida.

Eva… Quem são e…

Ally? Ally!?

Grita Eva, vendo Ally desmaiar em seus braços de exaustão.

A…guem… Com………..

Vozes se tornam sons e sons se tornam ruídos

Contínua em RETALE: AMANHECER


RE:TALE CAPITULO 4 PARTE 2 AMANHECER
Chapter Summary

A batalha acabou, alguns perderam, outros venceram, mas em um todo, todos saíram
feridos. Ally agora, se encontra em uma situação complicada enquanto se recupera de
suas lesões junto a Eva

A luz do sol entra pelo quarto decorado com posters de bandas de metal, junto a HQs e outras
coisas. No centro, é possível ver uma cama com lençóis pretos e azulados, com uma garota de
cabelos negros deitada em seu centro.

Ela se levanta, olhando para os lados e vendo pilhas de roupas jogadas pelo chão, então ela as
arruma de forma conveniente em uma cesta e sai. No lado de fora, o quarto a frente era de seu
irmão. Como de costume estava fechado com um leve som de música eletrônica escapando. Ao
lado, no quarto de sua irmã, uma fragrância de flores pode ser sentida.

A garota então parte para a lavanderia, caminhando pela sala que está uma bagunça, com lixo no
chão e roupas majoritariamente masculinas jogadas para os lados. A garota as coloca junto na
cesta, e finalmente chega na lavanderia. Abrindo o lava roupas e despejando todas as peças dentro,
colocando sabão, amaciante e outros produtos de limpeza. Ligando a máquina e se sentando em
uma cadeira mais ao lado vendo ela girar incontrolavelmente.

Com o passar dos minutos ela fica entediada, olhando para os lados para tentar achar alguma
distração e finalmente olhando para o espelho. Mas, a menina que estava no espelho era diferente.

Ela tinha cabelos pretos e uma aparência mais exótica em um todo.

Aquela pessoa era como Ally, só que mais nova. 2 anos mais nova para ser exato. Ela lentamente
coloca a mão no rosto, o cutucando de várias formas até finalmente perceber que… Nada estava
errado.

Nós somos Ally. Assim, um grande barulho na porta é ouvido. Ally então sai da lavanderia
animada, vendo a sua mãe, Bella. Ela fecha a porta e tira seu jaleco, o jogando para longe. Ally vai
até sua mãe com um sorriso no rosto.

Como foi o trabalho?

Meu colega de trabalho continua sendo um imbecil infantiloide, tirando isso o dia foi
bem monótono. Mais do que eu me sinto confortável

Entendo… Eu acabei de colocar as roupas para lavar, se você quiser eu posso fazer a
comida e
Sem necessidade, eu só vim tomar um banho e vou sair novamente

Oh… De novo

Sim, o trabalho está muito duro, mas não se preocupe isso logo vai acabar

Como assim?...

Bem… Espere 1 segundo. Crianças! Venham aqui!

Grita Bella, vasculhando em sua bolsa enquanto o quarto de ambos se abrem. Duas crianças de no
máximo 10 anos saem dos dois, um menino e uma menina. A menina corre em direção de Bella, a
abraçando enquanto o garoto anda normalmente.

Eu tenho uma notícia!

Sim?!

Falam ambos.

Todo o setor 7 foi transferido para Aoi!

Pera quê?

Nós vamos nos mudar?

Fala a menina.

Bem… Não, eu não vou poder levar vocês

QUE?!
Falam todos simultaneamente.

Bem, eu vou ser transferida para um apartamento pequeno com o meu colega, então
vocês vão ter que continuar aqui, pois eu não posso cuidar de vocês lá

Mas… Mas

Pera, pera! Me diz que você vai pedir demissão ou coisa parecida!

Bem… Eu estou em uma parte muito importante do meu projeto então

Mulher você enlouqueceu?! Acha que deixar uma adolescente sozinha com 2 crianças
vai resolver alguma coisa na sua vida?!

Eu sabia que vocês iriam reagir de alguma forma dessa mas

Olha! Eu cansei! Eu vou passear um pouco pela rua enquanto você decide o que fazer
com sua vida! Não é minha culpa nem de ninguém que você decidiu ter filhos muito
nova!

Olha aqui! Veja como fala comigo sua

Ally a ignora, andando sem pensar até a porta e saindo de casa e começando a correr, ignorando os
gritos de Bella. Ela anda por minutos, com lágrimas no rosto. Sentindo uma sensação de dejavu
enquanto os carros passam… Vazios. Os prédios no horizonte… Totalmente achatados, como
apenas planos 2D inexistentes.

Algo está errado aqui. Todas as pessoas são apenas vultos brancos, com apenas vagas imagens de
seus pés ainda existindo. É como se esse lugar fosse apenas um sonho… Espera, onde eu estou
mesmo? Oh, Ally e Eva estavam naquela caverna quando.

Ei gracinha!

Ally olha para o lado, vendo 3 homens altos de no máximo 25 anos a encarando enquanto se
aproximam lentamente.
O que vocês querem…

Nós vimos você toda graciosa aqui passando pela rua e decidimos fazer umas
perguntas como… Poderia me emprestar uma grana?

Ele retira uma faca de mão de forma discreta, apontando para a barriga da garota. Ally olha para
aquilo perplexa.

Eu acho que vocês entenderam errado… Eu

Ela se vira para ir embora, mas o homem agarra o seus cabelos, os puxando.

Onde pensa que vai!? Você ainda tá me devendo aquela grana não se lembra?!

Me larga!

Ally começa a puxar o seu cabelo tentando se soltar, quando o homem avança novamente e agarra
a sua mão, a puxando para perto enquanto puxa seus cabelos com força.

Por favor!

Fica quieta sua desgraçada!

O homem em resposta a um solavanco de Ally. Enfia a faca em sua barriga, ele percebe
imediatamente e se assusta. Claramente ele só queria dar um susto nela e roubar seu dinheiro, mas
agora ele a esfaqueou.
Cara! O que você tá fazendo!?

Droga! Vamos embora daqui!

Ally sentiu uma dor inacreditável, uma dor que ela nunca sentiu na vida, tomando conta de sua
cabeça e se alimentando de sua energia vital. Ela grita.

E nesse grito, sua adrenalina suga totalmente o seu ser. Com um coração flutuando de cor turquesa
na frente de seu peito. Seus cabelos brilham e se tornam azuis e uma grande quantidade de energia
mágica flui até sua mão. Se solidificando em formato de uma espada. Seus olhos se transformam,
ganhando a mesma coloração junto a uma fumaça azulada. O mundo fica preto e branco.

Que troço é e

Antes mesmo dele terminar essa sentença, sua cabeça rolava pelo ar, caindo no chão junto ao seu
corpo já sem vida. E em poucos segundos todos os 3 estavam fatiados em dezenas de pedaços,
jogados a metros com sangue espirrando por todo o chão. Ela ainda estava dominada pelo frenesi
mágico causado por sua alma, que continuava a flutuar na frente de seu corpo.

Vultos humanoides se acumulam ao redor, demonstrando rostos assustados e sem entender o que
está acontecendo. Eles tinham medo dela, da garota de olhos azuis. Ally olha para frente, ainda
com sede se sangue tentando encontrar qualquer coisa para fatiar. Ela avança contra os vultos, eles
correm e gritam com medo da morte.

Até que seu ataque é brutalmente parado por uma lança. Ela lentamente olha para a pessoa que
parou o seu ataque, vendo uma mulher entre seus 20 com cabelos ruivos e roupas pretas. Em seu
peito é visível uma abundância de emblemas e insígnias de heroísmo, junto a um grande símbolo
da empresa “GKC”. Ally conhecia esse nome muito bem, mais do que gostaria e isso a enfurece.

E mais uma vez ela arma sua katana, desferindo outro golpe que é facilmente parado pela lança da
mulher, que olha com um rosto revigorante para a garota esbanjando um enorme sorriso que toma
conta de seu rosto, dando um aspecto megalomaníaco ao seu semblante.
Impressionante! [asneira] Você [asneira] Realmente incrível!

AAAAAAAAAAAAAAAAA

Ambas as mulheres começam a desferir ataques, com cada lado defendendo no mesmo ritmo que
ataca e todos os golpes se anulam, criando explosões de faíscas que deixam o ambiente
incompreensível aos olhos comuns. Elas saltam pelos tetos das casas, com o ataque e defesa sendo
no mesmo ritmo, mas a velocidade apenas aumentando de acordo com o tempo.

HAHAHAH! [asneira] se acha [asneira] está errada

E de uma hora para outro o ritmo da batalha muda. A mulher ruiva aumenta seu paço e a primeira
coisa que ela faz é meter um soco na cara de Ally, não dando tempo da mesma reagir e a jogando
para longe. Ela bate e se choca contra diversas casas, finalmente parando ao atravessar um prédio e
desmaiar. A mulher ruiva estava apenas brincando com Ally, seu poder era estupidamente maior.
Ally está parada, desmaiada e quase morrendo, mas mesmo assim ela tem total percepção do
mundo ao seu redor, é como se ela visse a si mesma em terceira pessoa. A mulher ruiva chega no
local onde ela está, caminhando calmamente enquanto guarda a sua lança de volta em sua maleta e
se abaixa, olhando com um sorriso estampado no rosto enquanto agarra o cabelo da garota, que
para de brilhar, mas continua com tonalidade azul.

Bem, acho que você [asneira] talvez com um pouco de treinamento [asneira]

Ela então a coloca em seu ombro, dando um salto até o mais próximo prédio, seguindo com os
saltos enquanto os helicópteros e carros da GKC chegam. O seu som é tão característico e único,
que toma todo o universo, nada mais importa.

Tudo é nada e nada é tudo.

Uma realidade que se merece viver, realmente grandioso.

Mas… Já está na hora de manter.

Os olhos abertos.
Arte por DT

Ally acorda, seu corpo estava todo enfaixado com medicação sendo aplicada diretamente em sua
veia enquanto o som contínuo do aparelho que mede a sua frequência cardíaca se torna
insuportável. Ally olha para os lados, vendo uma sala completamente branca com apenas os
aparelhos, uma porta e uma televisão a fazendo companhia.

Retornando a sua visão a si e olhando para a sua mão dolorida e cheia de calos. Lentamente suas
memórias começam a voltar e elas não são nada belas. Tudo que ela fez, a promessa que ela
quebrou, isso retorna a ela. Junto ao ataque que desferiu contra Eva, sua amiga.

Droga…
Uma gota cai em sua mão, e depois outra, e mais uma. Ela começa a chorar, chorar
incontrolavelmente. Colocando suas mãos em seu rosto e tentando conter o grande fluxo de
lágrimas que saem por seus olhos, mas ela não consegue. Até que um barulho de porta se abrindo
pode ser ouvido.

Ela coloca o rosto para o lado, vendo um homem na faixa dos 20 com cabelos ruivos e uma roupa
preta com um cachecol alaranjado, ela se lembra de seu nome, Dante.

Finalmente você acordou, já faz um tempo e

Cadê a Eva!?

Wow, me impressiona você consegue vocalizar tão alto assim após passar tanto tempo
desmaiada

Você ainda não respondeu minha pergunta!

Ela está bem não se preocupe. A garota é bem forte, ficou umas 10 horas sentada aqui
com você, depois foi para a sala da amiga dela

Aonde fica?!

Wow calma mocinha, ela provavelmente está dormindo agora, não acho que você irá
querer a acordar

Espera, que horas são?

Agora? 11 da noite

Droga… Eu tenho que voltar logo pra casa se não

Do dia 16

Quê!? Eu fiquei o dia todo aqui?! Droga eu preciso ir para casa, a minha mãe vai!

Calma, a sua mãe está aqui também

Pera que

Eu vou explicar tudo depois, apenas me siga

Ally olha para si mesma, esfregando seu rosto, limpando as lágrimas que nele permaneciam,
tirando os tubos de si mesma e se levantando. Ela acompanha Dante, o seguindo por diversos
corredores brancos e claros. Diversas pessoas, majoritariamente soldados e cientistas passavam por
eles, muitos feridos de forma grave. Então, após uma longa caminhada passando por diversos
corredores, eles finalmente chegam em seu destino.
Uma grande sala de operações cheia de pesquisadores, operadores e soldados que a protegiam e
operavam. Dante caminha através de todos esses soldados, indo em direção a uma área elevada no
centro, reservada aos comandos de alta prioridade. Ele sobe uma pequena área e lá vê uma garota,
era Frisk a menina que encontrou ela junto a Dante na noite passada.

Dante! Faz tempo!

Garota, a gente se encontrou só faz umas 6 horas, você tem que parar de ficar tão
apegada assim

Que isso, a gente é amigo é normal que isso aconteça…

Frisk olha para o lado, vendo Ally parada, ainda com o avental hospitalar.

Ah… Ally eu vejo que você acordou

Sim, eu acordei a pouco tempo e o Dante foi a primeira pessoa a vir falar comigo

Sim, ó céus onde estão meus modos! Ally, como você está se sentido?

Eu estou bem agora, mas tive uns sonhos bem bizarros

Tipo?

Eu era uns 2 anos mais nova, e eu vi minha mãe então… Coisas que eu não me sinto
muito confortável em falar aconteceram

Oh… Eu entendo, bem, acho que você precisa ir se trocar, as suas roupas estão no
depósito B em um compartimento feito só pra você, aqui a sua chave

Frisk ergue sua mão, dando a chave para a garota que a agarra.
Bem… Eu vou ir me vestir, volto em instantes

Ally então se vira e sai, caminhando pelos corredores da instalação com um pouco de vergonha e
indo até o depósito. Lá ela rapidamente acha o compartimento que guarda a sua roupa, o abrindo e
retirando seu vestuário. Ela vai até o banheiro mais próximo e tira o avental médico e se veste,
passando água no rosto e o esfregando com toda a força que seus músculos conseguem oferecer.

Após um breve momento ela fecha a torneira e encara o seu reflexo no espelho. E com a palma de
suas mãos ela lentamente começa a cutucar o seu rosto.

Ela por algum motivo sente que não é ela mesma, como um fantoche sem vida, ela se sente morta
por dentro. Então, Ally invoca a sua alma, uma alma turquesa que emanava um brilho radiante que
iluminava o seu rosto. E junto a sua alma, um painel aparece flutuando em sua frente.

Ally Parker Lv 25

Estranho, ela era Lv 19 na última vez que ela chegou, ele deve te…

Ally?

A garota olha para o lado, vendo Eva, sua amiga parada na porta simplesmente a observando.

Ally, você acordou!

Eva avança rapidamente em direção da garota, a abraçando enquanto lágrimas escorrem por seu
rosto.
Eva… Eu estou dormindo há muito tempo

Sim! A gente chegou aqui ontem de noite e já se passaram horas e já é noite de hoje e
eu

Ally tampa a boca de Eva, olhando-lhe com um sorriso.

Não se preocupe, o Dante já me informou de tudo

A… Sendo assim

Bem, eu só vim aqui me trocar, eu não esperava que você fosse vir aqui de repente

Bem, eu estava dormindo no quarto da Erine e fiquei com uma vontade de ir ao


banheiro

Acho melhor você ir logo

Ok… Eu só queria conversar com você sobre… Isso

Eva aponta o seu dedo para a alma de Ally, que continua a pairar na frente de seu peito.

Oh, isso

A alma some.

Bem, acho que a gente realmente não devia falar de tais coisas em um banheiro

É… Eu vou usar a privada

Isso, eu vou até à sala de comando, eu te vejo depois


Ally anda para o lado, saindo do banheiro enquanto Eva entra e uma cabine. Ela fecha a porta e a
encara, tentando recobrar a compostura e arrumar o cabelo. Ela caminha de volta à sala principal,
subindo na plataforma e vendo Dante e Frisk conversando.

Oh Ally! Venha nos queremos te mostrar umas coisas

Ally então caminha até os dois, arrumando a sua roupa enquanto faz isso.

Ally, a Frisk aqui quer te mostrar umas coisas em relação com o que está acontecendo
atualmente na cidade

Como assim?

Bem, o incidente na caverna com o robô

Robô?

Sim, nós invadimos o lugar e encontramos um monte de achados arqueológicos


incríveis junto a um corpo metálico do que achamos ser uma espécie de máquina em
farelos

Oh… Então era um robô afinal

Bem continuando. Enquanto você estava dormindo, a agente Bella Parker, eu e Nathan
Belladonna

Espera, Bella Parker?! Minha mãe?!

Sim, a sua mãe está trabalhando como agente de campo a uns dias

Eieieiei, a minha mãe é só uma funcionária de escritório! Por que diabos ela está
trabalhando de campo?

Ally, tem algumas coisas que você ainda não sabe sobre a organização que sua mãe
trabalha, e acho que isso seria melhor tratado quando ela acordar

Fala Frisk.
Espera, ela está aqui? E desacordada?!

Houve umas complicações em sua missão e ela acabou dessa forma, atualmente ela
está sendo tratada na ala de alta prioridade do centro médico

Esperem aqui, eu vou ver ela

Ei Ei, espera!

Como assim espera?! Você acabou de falar que a minha mãe está desmaiada em um
centro médico de alta prioridade? Você quer jogar uma bomba assim em uma garota
de 17 anos e pedir para ela se acalmar?!

Eu entendo que você esteja preocupa mas

Fala Frisk.

Entendo?! Com todo o respeito, mas eu duvido que uma garotinha de 12 anos consiga
entender qualquer coisa que eu esteja passando agora!

Ally, a sua mãe está muito mal, ok?! E acredite, você ir lá não vai resolver nada

Então você poderia no mínimo me mostrar uma imagem?! Qualquer coisa a esse ponto
já é lucro

Tudo bem…

Dante olha para o lado, piscando para Frisk e a mesma responde acionando uma câmera de
segurança. Nela, é possível ver a imagem de uma cama de hospital, a sala era totalmente branca
assim como a que Ally estava anteriormente, e nela havia uma maca com uma pessoa que Ally
conhecia bem, sua mãe. Bella estava deitada, totalmente coberta e ligada a dispositivos médicos,
com sacos e sacos de soro e medicamentos junto com sensores de batimentos cardíacos e outros
dispositivos. Ao lado estava um homem de cabelos pretos sentado em uma cadeira enquanto
apoiava a sua cabeça nas pernas de Bella, ele aparenta estar dormindo.

O que aconteceu…
Ela utilizou uma quantidade estratosférica de energia mágica em seu corpo
despreparado, causando danos severos. Ela está recebendo todo o tratamento que o
dinheiro e conhecimento humano podem oferecer, não se preocupe ela irá ficar bem

Eu espero… Ok, mas o que diabos ela estava fazendo para precisar fazer isso?

Em uma missão simples de investigar o envolvimento criminoso de alguns monstros e


humanos em um bar, mas a coisa saiu pela culatra.

Continue…

Frisk volta a usar o computador, colocando uma imagem de uma pessoa utilizando um manto bege,
uma foice de cor marrom e uma máscara branca.

Esse indivíduo junto a um grupo de criminosos, invadiram a balada Fett e causaram


um tumulto. Todas as pessoas que estavam lá sumiram pouco antes e a proprietária do
local, Mutsue Fett conseguiu fugir e se defender. Mas o homem era rápido demais e
conseguiu se defender dos disparos das armas com extrema facilidade, ela então ativou
a sua alma e entrou em conflito com o sujeito e posteriormente o jogando a
quilômetros de distância

Mas onde foi parar esse homem afinal?

Uma equipe foi enviada atrás dele, mas as coisas não foram muito bem

Frisk novamente troca a imagem do computador, mostrando a filmagem de uma câmera de um dos
soldados indo pelos dois lados de um beco. Eles finalmente entram e ligam suas lanternas, achando
o homem sentado enquanto se arruma.

Os soldados o ordenam ele a render e ficar deitado com as mãos na cabeça, mas eles nem ao menos
conseguem terminar de falar, pois, já estavam todos mortos fatiados em diversos pedaços. A
gravação termina quando a câmera é dividida ao meio.

Uau, ele certamente é rápido, o que aconteceu depois?

Bem, ele foi seguido, mas todos os ataques contra eles falharam, perdemos cerca de 3
equipes no processo, 2 blindados e 1 helicóptero de combate
Entendo… E qual é a situação atual?

Conseguimos identificar o local onde ele reside, um galpão fora da cidade, vamos
utilizar um canhão capaz de disparar um raio de energia tão forte que irá inexistir
qualquer coisa no lugar

Agora?

Frisk novamente muda a imagem da tela, mostrando uma gravação ao vivo do avião que sobrevoa
a área.

AFK-444 pronto para eliminar o alvo, esperando ordens

Aqui é o comandante GECK-7667, engaje!

Entendido!

A gravação mostra o avião chegando, dando zoom no galpão e se preparando para disparar.

Canhão de energia pronto, disparando em 5… 4… 3… Espere

A gravação da outro zoom, mostrando a porta do galpão se abrindo novamente e uma figura
começando a sair.

Senhor! Eu estou tendo contato com um indivíduo não identificado, ele não é o alvo
repetindo, outra pessoa está na área de ataque

Cessar fogo imediatamente!

Entendido

Diacho… Uma coisa assim logo numa hora dessas


Me deixe ir, eu vou lá e lido com a situação sem precisar explodir o lugar

Você acabou de sair de um desmaio de mais de 24 horas, você não está em estado de
lutar agora. Envie a equipe 616!

Sim!

Fala Frisk começando a digitar muito rápido no terminal.

Enviando a equipe de combate 616, quais unidades eu devo mandar?

Todas!

Sim!

Logo a gravação muda, mostrando a imagem de outro avião gigantesco voando acima do anterior.
Ele era tão grande que o avião abaixo se ofuscava enquanto dava para trás. Nesse avião gigante, se
engatam 4 cápsulas de ferro que são atiradas jogadas com uma tremenda força em direção ao chão,
se chocando e criando explosões de terra. As cápsulas se abrem e de lá saem diversos seres
mekanoides de batalha, se levantando e agarrando nas laterais enquanto se erguem de suas
cápsulas.

A imagem da tela se divide por todos os robôs, junto a uma câmera ainda no avião que dá uma
imagem aérea.

01 na escuta!

02 ativo

03 ativando os sensores e módulos de combate

04 Vivo e mandando haver!

Todos se aproximam do alvo, e verifiquem o seu status em relação a vocês. Se for


inocente, a leve para segurança e deixe o canhão fazer o seu trabalho

Entendido! 2, 3 e 4, formação de pirâmide!

Todos os mekanoides de batalha então avançam, se posicionando em uma formação piramidal e


ativando seus dispositivos de combate. Todos os robôs chegam perto do sujeito, e a câmera dá um
zoom que o revela em mais detalhes.

Era uma garota em torno dos 14 anos, seus cabelos eram pretos e ela usava uma roupa típica de
uma pessoa de mesma idade. E em seu rosto, ela usava uma máscara branca nada luxuosa com um
rosto risonho simples.

02 falando, nós encontramos uma menina, vamos engajar com ela agora

Afirmativo 02, prossiga

O mekanoide de batalha avança contra a garota, chegando na frente da mesma e começando a falar.

Olá garotinha, o que você está fazendo aqui?

Não se preocupe, não é nada pessoal

Como?

A garota então abaixa a mão, revelando um dispositivo escondido debaixo de sua manga, atirando
um pequeno dispositivo que sobe um pouco no ar e explode, gerando uma gigantesca cortina de
fumaça. Fumaça essa que é acesa com a luz de balas sendo atiradas junto aos gritos de 02 no rádio.

O sujeito é hostil! Repetindo o sujeito é hostil!

Ataquem!

Todos os mekanoides de batalha ativam suas metralhadoras giratórias, disparando uma saraivada
de balas de energia contra a fumaça. E pouco segundo depois, uma explosão acontece e eleva a
fumaça, jogando o mekanoide de batalha de 02 no ar, o fazendo receber todos os disparos e
danificando a sua carcaça. Tirando vantagem disso, a garota implanta diversos explosivos na
carcaça da máquina e salta, a explodindo e destruindo.
Todos os outros mekanoides de batalha avançam, disparando cada vez mais com suas armas, mas
os tiros parecem não fazer efeito, não é como se sua pele fosse impenetrável ela apenas sabia
exatamente o que fazer e onde estar para não ser atingida todas às vezes. Ela então avança até um
dos robôs, pulando em cima do mesmo com facilidade enquanto dá piruetas no ar, desviando de
todos os disparos de energia. Ela agarra uma pistola pesada de suas calças e aponta para a carcaça
blindada, disparando de forma aleatória em pontos diferentes enquanto usa um maçarico de bolso e
um contêiner com nitrogênio líquido para baforar em lugares aparentemente aleatórios.

Até, que em um dado momento o sistema começa a dar pane. Todos os movimentos que ela
realizou não foram aleatórios, cada uma era preciso, utilizando-se de termodinâmica e ataques
diretos para danificar cada vez mais a carcaça metálica.

Alguém tira essa criança de mim!

Estou indo!

04 então ativa sua metralhadora giratória de novo, junto com uma saraivada de mísseis que
avançam contra a garota que salta, se abaixando e desviando de todos as balas. Os mísseis que a
seguiam de forma teleguiada explodem o robô.

2 caíram, 2 faltam pra cair

Ela fala.

Droga!

Vamos sair daqui! Iniciem o canhão de energia

Ainda não…
Diz a garota enquanto avança novamente, se agarrando na traseira de um dos robôs e enfiando o
seu braço segurando sua arma nos mecanismos e dando um tiro. A bala danificar componentes
internos e da pane do sistema, abrindo totalmente a carcaça e revelando o piloto que olha com
horror para a garota. Mas sua miséria dura pouco tempo, pois a bala que anteriormente ela havia
atirado no céu acaba de chegar no chão, penetrando o homem na cabeça e o matando.

O outro mekanoide vê isso e inicia seus foguetes, subindo rapidamente diversos metros no ar, mas
a garota rapidamente entra no robô aberto e sobe até o outro, agarrando o seu pé. A piloto último
mekanoide olha com horror para o rosto mascarado da garota, que ativa a auto destruição,
enquanto se agarrava cada vez mais na perna e saltando do robô. Ela cai diversos metros no ar e se
choca contra um pequeno lago enquanto a piloto morre sendo explodida por ambos os robôs.

Droga!

Fala Dante socando a mesa

Eu estou autorizando o canhão, exploda ela!

Dante! Me deixe ir logo para lá! Acredite eu vou ser mais útil do que

Não! Outra vez você não está disposta a fazer isso, você tem que descansar

Mas

AFK-444 Falando, estou pronto para atirar

Faça!

Espera!

O canhão preso no bombardeio se ativa, com o poder mágico acumulado se formando e sendo
disparado. O projétil voa em grandes velocidades, mas ele estava muito alto no céu dando uma
janela de alguns segundos para qualquer coisa ser feita na superfície. A garota então começa a
correr até o galpão novamente, entrando no mesmo poucos segundos antes do raio o acertar, o
vaporizando completamente em uma gigantesca explosão.
Alvo destruído

Dante e Frisk celebram a explosão enquanto Ally olha apreensiva para a tela tendo um mau
pressentimento.

Bem… Acabou?

Obviamente! Nada vivo consegue resistir aquela

Dante! Olhe para a tela!

A grande nuvem da explosão começa a se dissipar, revelando 2 pessoas no canto de um


desfiladeiro. Era a garota junto ao homem de manto bege, os dois apenas olham enquanto
lentamente se inclinam para trás, caindo da grande colina.

Como alguém pode sobreviver a isso?!

AFK-444! Avance agora

Entendido!

O avião avança, mas a sua câmera infravermelha apenas vê vultos indo floresta adentro.

Droga! Mas que diabos!

Dante começa a gritar enquanto chuta o chão.


Essas coisas só acontecem comigo!

Dante se acalma

fala Frisk.

Ok… Você está certa, gritar agora não vai resolver nada…

O que devemos fazer?

Pergunta uma operadora de terminal ao lado.

Nós devemos achar os desgraçados, emita um alerta de nível 3, quero uma fotografia
deles em todo lugar e drones os procurando todo dia e toda hora

Sim!

E sobre você Ally, retorne agora a sua sala médico, se você realmente quer ajudar com
algo primeiro você precisa estar em seu melhor estado

Entendo…

Ally então se vira, caminhando até a escada e descendo e indo pelo corredor até a ala médica.

No caminho ela se esbarra com um homem de cabelos pretos, que com seu cheiro era possível
dizer que ele não se banhava a um tempo. Toda a sua roupa estava suja e velha, e em seu peito ele
usava um crachá da GKC que revelava o seu nome. Nathan Belladonna.

O homem caminha alguns metros, parando e esperando 2 segundos antes de se virar e olhar para a
garota.
Eu sinto que já vi você antes, mas não consigo dizer onde

Quem é você?

Bem, como pode ver pelo meu crachá que está aí para evitar perguntas como essa, eu
sou Nathan, Nathan Belladona ou Nathan Bell. Você pode escolher o que falar eu não
me importo

Ok… Você deve ser o parceiro de equipe de minha mãe

Pera… PERA! Você é a ALLY?

Sim?

Nossa! A sua mãe sempre falava de você! Você não tem noção de quantos aneurismas
eu já tive dela falando dos filhos enquanto bêbada

Oh… Ok, poderia me dizer como ela está? Já que aparentemente você estava com ela
esse tempo todo, considerando o estado de suas roupas

Ehw, cê tá certa eu to horrível, acho que ficar sentado ao lado de alguém desacordado
sem pensar em outra coisa por 1 dia inteiro não foi uma boa ideia

Sim…

Eu sabia que você estava aqui, pois o Dante me falou assim que chegamos, mas eu não
tive tempo de ir te ver

Eu entendo, você deve estar muito preocupado com minha mãe, o que são?
Namorados?

Nathan engasga, retornando a normal em poucos segundos enquanto tosse violentamente.

Namorados?! Ela disse isso?! Que somos namorados?!

Não eu só julguei isso pelo fato de você se importar tanto com ela

Olha… Eu acho que isso é uma questão válida para se pensar, mas acredite nós somos
apenas amigos… Atualmente

Ele cochicha a última palavra.


Como assim atualmente?

Bem, acho que ela não deve ter dito isso antes, mas teve uma época a uns anos onde a
gente tava saindo, mas a gente só ficou sendo amigo mesmo

Oh… Ok eu não tava preparada para essa bomba

Por favor, não começa, eu já estou me arrependendo de ter falado isso não é como a
gente tivesse feito nada, nós tínhamos acabado de ser transferidos para Aoi

Ok, eu não sou a categoria de pessoa que fica encucada com essas coisas, além disso,
ela é uma mulher adulta, pode escolher o que quer fazer da vida

Bem, jaja você também vai ser, só me sinto mal por você ter que completar 18 nesse
lugar

Como assim completar 18 nesse lugar?

Bem, hoje é seu aniversário afinal

Ally fica calada, olhando para o homem com um rosto que apenas pode ser definido pela frase
“Pera quê?”. E depois de 3 segundos de silêncio desconfortável a ficha de Ally cai. Hoje era 16 de
janeiro, dia de seu aniversário.

Dia onde Ally, uma garota de 17, iria adquirir 18. Ela estava tão encabulada com os recentes
acontecimentos que havia esquecido o seu aniversário por completo.

Oh… É, tem isso

Espera, você realmente esqueceu a data do seu aniversário?

Bem, quando você começar a me conhecer melhor vai perceber que coisas assim me
ocorrem semanalmente

Uau, eu realmente não esperava por essa

Olha, eu tenho que ir e ver se arranjo algo para me distrair nesse complexo branco que
me dá nos nervos

Ok, se ela acordar eu te aviso

Ok… Até mais Nathan Belladonna


Até

Ally começa a andar novamente, caminhando pelos corredores em direção ao seu quarto. Ela
começa a pensar em tudo que está acontecendo, a quebra dos monstros, os últimos 5 meses, a sua
antiga mestra, os seus sonhos, seus amigos. Tudo está acontecendo rápido depois, ela pensa e faz
muito para tanta gente que as suas vontades começam a ficar insignificantes, é como se ela
existisse para auxiliar os outros e nada mais. Até mesmo esquecendo o seu aniversário.

Como eu posso ser tão idiota… Toda essa historia sobre os monstros, sobre meus
poderes e a droga do meu cabelo ter virado azul do dia pra noite… Isso não é normal
isso é…

De repente a porta ao lado de onde ela está se abre, revelando o rosto de Eva, a olhando com
serenidade enquanto Ally mostra um rosto ranzinza de desgosto de si mesma.

Eva? O que foi, eu não percebi que estava passando pelo mes…

Bem, já se passou um tempo, queria saber quando a gente iria conversar

Hm… Ok, acho que eu consigo falar por agora, posso entrar?

A vontade

Ally entra no quarto, ele era um típico quarto hospitalar como aquele que estava. Erine, a melhor
amiga de Eva, estava deitada na maca cercada de equipamentos hospitalares.

Bem, você pode se sentar aqui

Eva aponta a algumas cadeiras cobertas por cobertores de travesseiros, onde provavelmente ela
passou o tempo ao lado de Erine. Ally então se senta, com Eva chegando ao lado.
Ok, primeiramente você me deve um pedido de desculpas

Fala Eva.

Olha, Eva eu sei o que eu fiz não foi certo mas

Ally Parker, você é uma pessoa jovem e saudável, eu duvido que tenha problemas
auditivos, mas mesmo assim eu vou repetir. Você me deve um pedido de desculpas!

Ok… Eva, me desculpe por ter te arremessado daquela forma na água com um
enfermo, não foi muito legal de minha parte e espero que você consiga me perdoar

Bem… Você está perdoada, e agora GAROTA POR QUE VOCÊ NÃO ME DISSE
ANTES QUE PODIA GERAR UMA ESPADA DE NÃO SEI ONDE E COMEÇAR
A QUEBRAR O TECIDO DA REALIDADE?!

Olha, eu acho que você está levando a coisa muito acima do que ela é

Querida, eu literalmente não consegui raciocinar o que estava acontecendo naquela


sala de quão rápido, você chegou e vrau e pau e pou e macetou e

Ok, você provou o seu ponto

Eu só quero que você me explique, como você consegue fazer isso e porquê a sua alma
é… Diferente

Bem, diferente da grande maioria das pessoas, a minha alma não segue um padrão, ela
é diferente e eu não sei por que, eu só sei que é assim. Nunca conheci outra pessoa
com uma alma igual

Eu entendo… A minha alma também é diferente das outras

Espera que

É mais fácil mostrar do que explicar

Eva estende a mão para frente, fechando os olhos e se concentrando.

E em poucos segundos a forma de um coração cartunesco surge, se enchendo da cor branca que
começa a brilhar.
É… É

Branco, eu sei. É como as almas dos monstros, mas virada para cima

Lindo

Eva olha para Ally meio perplexa por alguns segundos e voltando a olhar a sua alma tentando
disfarçar um pouco sua vergonha.

Obrigado…

Quando você falou que você tinha uma alma diferente eu pensei em algo como uma
cor diferente ou apenas uma variação mínima no tom. Mas uma diferença assim é
extrema

Sim, eu ainda não descobri o meu traço nem ao menos o que sou capaz de fazer, eu to
em um beco sem saída

Entendo…

Você está aceitando isso de uma forma bem mais diferente do que eu achei que seria

Meio que estou na mesma situação que a sua, é normal que eu sinta um apreço ou
coisa parecida

É, deve ser isso

Ambas ficam quietas, olhando uma para a outra de forma desconfortável por 2 minutos.

Você não disse que a Liza e o irmão dela estavam aqui?

Surpreende-me você se lembrar disso

Eu lembro de tudo até o momento em que eu apaguei


Bem, eles provavelmente estão dormindo na sala de espera. Os pais deles são os
prefeitos então não duvido que já tenham ido embora

É uma boa suposição

E você Ally, a gente nunca conversou de verdade desde aquele dia

O famigerado

O dia em que tudo saiu pela culatra, o dia em que os monstros escaparam de seu
confinamento

Eva se levanta e começa a gesticular e posar enquanto fala. Ally segue o ritmo e se levanta
também.

O dia em que as correntes foram quebradas!

O dia em que as nossas vidas viraram de ponta cabeça!

Sim!

Sim!

O DIA!

Ambas falam juntas, se encarando entre si em silêncio por 3 segundos antes de cair na gargalhada.

Ally, você me faz rir!

Haha, mas foi você que começou com todo esse charlatanismo

E você respondeu fazendo a mesma coisa!

Ei! Não use argumentos bons contra mim

Ambas riem mais um pouco antes de se sentar no chão e se deitar, olhando para o teto sem falar
nada por alguns segundos. Eva olha para a maca de Erine, que continua apagada.
Você acha que ela consegue sair dessa? Os ferimentos são bem graves

Claro que consegue, tudo é possível se a gente com um pouco de ódio e esperança

De todas as pessoas que eu conheço, você é a última que eu esperaria estar falando
isso

É essa a imagem que você tem de mim?

Para ser sincera, sim

Bem, para a sua informação a adolescente atrevida que você conheceu 5 meses atrás
está morta! Dê uma olhada para ALLY 2.0!

Fala Ally se levantando.

E o que causou essa mudança tão repentina?

Bem… Olha você deve achar que eu sou uma idiota, ou uma maluca, ou ambas mas…
Eu acabei de me lembrar que hoje é o meu aniversário

O'QUE?!

Fala Eva se levantando.

Como assim seu aniversário?! POR QUE EU SOU A ÚLTIMA A SABER DESSAS
COISAS?!

Bem, para a sua informação eu fui lembrar que hoje era o meu aniversário apenas
quando o parceiro de equipe da minha mãe começou a falar comigo

Eh? Por que o parceiro de equipe da sua mãe estaria aqui?

Bem… Meio que aparentemente a minha mãe não era só uma funcionária que fazia a
papelada

Espera, não me diz que


Meio que ela agora faz umas missões ocasionais para o chefe dela e

Uma espiã!

O'Que?

Uma espiã! A sua mãe é uma espiã!

Não ela não é uma espiã, tá mais para trabalhadora freelancer que ocasionalmente
desce o cacete em algo

Isso é demais! Como você pode não estar animada com isso! Eu iria gritar de
ansiedade caso descobrisse que minha mãe fizesse algo similar

Bem… Meio que o preço por fazer isso, é uma ou duas possíveis visitas ao pronto-
socorro semanalmente

Oh… Ally

Olha não precisa se preocupar ela está bem, apenas usou energia mágica além da conta
e ficou com os músculos meio quebrados, eu já passei por isso enquanto estava
treinado

Mas… Você realmente não se importa com o fato da sua mãe estar lutando para viver?

Eu me importo mas… Não é como se eu pudesse fazer algo, acredite se eu pudesse


fazer qualquer coisa para mudar o estado em que as coisas estão seguindo, eu já teria
feito

Entendo… Bem, acho que isso também vale para a Erine

Por favor, não se culpe por uma coisa dessas, a culpa é minha por não ter te achado
mais cedo e reverter essa situação

Como?! Ally você não tem culpa de nada! A culpa foi minha por deixar a Erine levar
a gente nessa missão maluca! Acredite eu conheço ela e as maluquices que ela pode e
vai fazer ocasionalmente

Eva você não pode se culpar por coisas assim!

Muito menos você!

Isso é diferente!

Como isso pode ser diferente!?

Por que você não me escuta!?

Se você pudesse parar para me escutar por 1 segundo eu poderia tentar!

Por que a gente está gritando com uma coisa tão boba como quem deve se culpar por
isso?!

Eu não sei!
Ambas se olham em silêncio por alguns segundos, elas lentamente perdem o seu semblante
ofensivo e começam a rir. Cada uma coloca a mão no ombro da outra e elas se sentam de volta no
chão.

Para encerrar essa discussão, vamos ambas concordar que tivemos a mesma
quantidade de culpa

Fala Eva.

Zero?

Bem, se é isso que você acha

É, a culpa foi toda daquele cara

E você desceu a porrada nele!

Isso aí!

Ambas sorriem e levantam as mãos em vitória.

Sabe, eu queria conversar com você assim a meses, mas nunca tive coragem nem de
discar o seu número

Bem, a uma primeira vez para tudo

Então, Eva avança com a mão até o seu bolso, retirando um celular e um par de fones de ouvidos,
conectando eles ao aparelho e plugando os dois fones nos ouvidos de cada uma.

E colocando uma música.


O tempo passa.

Contínua no capítulo 4 parte 3


RE:TALE - A ORIGEM DA BESTA PARTE 2
Chapter Summary

Para barachiel, nada mais é real... Ela deve agir

Chapter Notes

ALERTA DE GATILHO

O som de vento é infernal, junto a uma adrenalina inexplicável que faz o coração de todos caindo
acelerar como um foguete.

E por fim, o impacto finalmente acontece.

A mente de todos ali, Bara e Chiell.

Lentamente perdem a sensação da vida.

Eles estavam morrendo.

E de fato morreram, mas por pouco tempo.

Mas uma chance de respirar lhe foi concedida.

Os olhos de Bara abrem, ela olha para cima tentando discernir alguma coisa, mas tudo que vê é um
teto branco, com uma lâmpada que doía seus olhos ainda sensíveis.

Ela não consegue ouvir muita coisa, seus ouvidos ainda estão se adaptando após ficar tanto tempo
desabilitados.

Mas a primeira coisa que ela vê, é o rosto branco de algo. Certamente aquilo não é humano, seu
rosto é branco e esquelético, sua boca apresenta desgosto e seus olhos são vazios, salvando apenas
um pequeno ponto branco em seu centro que dá alguma direção para que lado ele está olhando.

Ela acordou, apliquem o soro número 4

Talvez… Aquilo seja um monstro? Bara sabe muito bem da história, monstros que foram
derrotados na guerra a centenas de milhares de anos no passado.

Mas aquilo era somente uma história não? Sua mãe sempre contava histórias de monstros antes
delas dormirem. Mas aquilo era totalmente diferente do que ela tinha em mente do que era um
monstro.

Para ela, monstros eram criaturas vis com vários braços e pernas deformados, com poderes
providos de magia negra.

Mas aquilo era… Parecido com um humano, claro com suas discrepâncias óbvias, como o fato
dele não ter pele e o olho não parecer muito funcional de um ponto de vista biológico.

Ela começa a se levantar lentamente e ninguém a para, o monstro apenas a observa com interesse
como se ela fosse apenas uma forma de entretenimento e estudo.

E por fim ela finalmente se senta. Sua respiração é ofegante, seu corpo dói em lugares que ela não
sabia serem possíveis. Ela olha para os seus braços, com hematomas por todo o lugar junto a vários
tubos com líquidos que constantemente mudavam de cor.

Ela ainda está confusa, olhando diretamente para frente enquanto a sua visão se torna cada vez
mais turva. E de repente, a porta da sala se abre, com sua mãe e sua irmã entrando na sala.

Filha? Como você está se sentido?

Diz a mulher se sentando ao lado da maca.

Senhora, ela ainda está em processo de recuperação, não acho que seja uma boa ideia
você e sua filha…

Mas… Pode pelo menos eu deixar ficar com ela por alguns minutos?

Repetindo, sua filha está em estado de

Gaster! Deixe a mulher ficar com sua filha, homem! Não tem compaixão?

Senhor?

A porta se abre novamente, com uma coisa gigantesca em torno dos 2 metros e meio de altura
passando entrando. Ele tinha uma aparência humanoide, com 2 grandes chifres e uma barba
amarelada que cobria boa parte de seu rosto.

E atrás dele, era possível ver um pequeno ser, com corpo totalmente tomado por pelugem branca,
usando uma roupa listrada em cores verde e amarelo. Chiel, sua irmã, rapidamente se levanta e
corre até o pequeno garoto, o abraçando e saindo da instalação médica junto a ele.

Oh… Asgore, eu não sabia que você iria vir aqui

Gaster, deixe a mulher falar com sua filha, isso é uma ordem
Ok… Vou seguir o que manda meu senhor

Seu nome é Gaster né?

Fala a mãe de Bara.

Sim… O que tem?

Bem, eu acho que você tem razão, eu devo deixar ela se curar para eu tentar falar algo
com ela

Você é sabia

Espera… Você se importaria se fosse tomar um café?

Porquê?

Vai fazer algo?

Não, eu só vou tirar minha folga de meia hora

Eu posso te ensinar a…

A esse ponto eles estavam longe demais para ouvir os ouvir.

Sua mãe acaba de deixar ela para depois para tomar café com um monstro

Algo certamente não está certo.

Tempo depois.

Bara não entende.

Bara não consegue compreender como tudo que está acontecendo.

Ela foi abandonada, não literalmente, mas psicologicamente e emocionalmente.

Ninguém se importa com ela.

Ela é apenas um estorvo para aqueles que estão ao seu redor.

E toda essa angústia, de ser ignorada por sua irmã e até pela própria mãe, que prefere passar o
tempo com um monstro do que com ela.

Bara está à beira de uma loucura completa.

Agora ela está no espaço vermelho, um void infinito que apresentava apenas a cor vermelha.

O vermelho era o começo e o fim, o vermelho era o fim e o começo.

O vermelho era tudo.

Ela está deitada no chão, apenas olhando para cima enquanto tenta esquecer que existe. Seu corpo
era fantasmagórico e estranho, não apresentando nenhuma cor discernível e mesmo assim podendo
ser percebido.

Então, ela se levanta em uma tentativa de achar uma saída desse lugar. Ela anda por horas, que se
tornam dias, subsequentemente semanas, meses e anos.

Mas esse infinito vermelho parece não acabar.

E o que é mais estranho, é que ela sabe que já se passaram milênios, mas parece que poucos
minutos se passaram.

É como se o universo estivesse em uma velocidade estupidamente rápida.

Ela anda pelo vazio carregando um lampião azul, que de alguma forma a protege de grande vazio
vermelho criando uma camada envolta dela.

E assim, ela finalmente enxerga algo diferente. No fim do horizonte, ela consegue enxergar uma
fronteira que divide o infinito vermelho do infinito claro e infinito escuro.

E nela, era possível ver duas figuras a observando com curiosidade. Duas figuras com formas
femininas, uma segurando um lampião que emanava uma camada branca que a protegia do infinito
escuro, e a outra um lampião que a protegia do infinito claro.

Ela então se aproxima, com as outras 2 garotas chegando perto e começando a se observar.

Às três se olham de forma desconfortável por bastante tempo, até finalmente levantarem suas mãos
e começarem a se aproximar devagar até o canto de suas respectivas fronteiras.

Mas durante esse tempo, uma fúria inominável surge no centro da alma vazia de Bara.

Seu lampião começa a falhar, e o vermelho começa a tomar conta dela.

Toda a sua fúria começa a pesar em seu interior, o seu abandono, as suas frustrações e seus
traumas.

Tudo começa a forçar ela a fazer o inimaginável.

Ela quebra as correntes da realidade que a prendiam.

Enfiando a mão com tudo no infinito branco e agarrando o braço de sua garota, a jogando para o
interior do vazio vermelho.

A garota do vazio escuro apenas observa, retraindo a sua mão ao perceber o que acaba de
acontecer.

Bara se sente feliz, esboçando um sorriso diabólico ao ver o vazio vermelho consumir a garota de
branco. Se aproximando lentamente até ela e invocando uma grande faca vermelha, apenas
perceptível devido uma aura negra que emanava envolta.

E quando ela finalmente ia acabar com sua miséria.

Seus olhos abrem.

Ela olha para o teto de seu quarto, um quarto luxuoso de fato ela ainda morava no castelo afinal.
Mas esse quarto luxuoso estava vazio, nele nada tinha além das caras mobílias que veio junto a ele.

Ela se levanta, caminhando até um espelho ao lado e se olhando. Ela não reconhece mais o seu
rosto, não é como se ele tivesse mudado, era a mesma estrutura, mas algo estava diferente.

Ela não sorria mais, quando ela vivia na superfície ela sorria, quando ela vivia na superfície ela era
amada mesmo que seja um pouco.

Mas agora o seu sorriso sumiu, o que pode ter mudado?

Ah é, agora ela está sozinha, ela não tem ninguém, ninguém a ama, ninguém se importa com ela.

Sua irmã, que antes ao menos brincava um pouco com ela. Fica horas apenas brincando e passando
tempo com o filho idiota do rei, Asriel.

E sua mãe… A única pessoa que realmente se importava com ela.

Passa a maior parte do tempo com Gaster, o cientista real.

Eles andavam juntos, comiam juntos e tudo mais. Ela até começou a trabalhar como assistente em
seu laboratório.

Ela havia sido abandonada, trocada por monstros.

Isso era injusto, humanos tinham que ficar unidos né?

E por que ela foi trocada por essas aberrações?

E o'que eles tinham que ela não tinha?


Magia? Uma alma minimamente funcional?

Talvez… Se ela parecesse mais com Gaster, sua mãe iria a amar de volta.

Ela tinha que tentar.

Bara já está desesperada, qualquer coisa poderia a ajudar nesse momento.

Ela deve arrancar o afeto de sua mãe de volta.

Então ela pega uma pequena faca que ainda estava no prato onde ontem jantou, andando até o
banheiro e ligando a luz e a torneira. Ela limpa completamente a faca com sabão e álcool, olhando
com um sorriso para o espelho.

E sem pensar novamente, Bara enfia a faca sutilmente em seu rosto.

E rasga para cima.


RE:TALE CAPÍTULO 4 PARTE 3 AMANHECER
Chapter Summary

O terror de tudo é brutal, agora com a garota maravilha derrotada, a dupla desgraçada
em frangalhos e as relações entre Eva e Ally intensificadas. Um ar de desesperança
fica no ar enquanto algo e aproxima

O semblante do local é esguio, frio e assustador, as paredes de pedra envelhecida junto ao cheiro
de papel estragado deixa o local ainda mais tênue para aqueles que explorarem sozinhos esse lugar
desolador.

Mas, Erine, a menina maravilha está pouco se lascando para isso.

Ela caminha pelos corredores do local, subindo e descendo os andares com sua câmera batendo
fotos maravilhada com sua beleza. A escuridão solene de seu interior, iluminada por uma lanterna
junto a efeitos de visão noturna de sua câmera barata, dá um ar misterioso que a agrada de formas
inexplicáveis.

Pode se dizer que ela esteve esperando esse momento desde o início de sua vida, uma chance de
explorar um local como esse.

Ela então começa a verificar o andar das estátuas, procurando qualquer coisa que possa ajudar em
sua investigação. Não tendo sucesso de primeira, mas sua determinação a move mais a frente.
E assim, ela encontra o que queria. No canto do primeiro andar, em um local onde ela ainda não
havia explorado, estava o restante de uma das estátuas, a estátua que brilhava vermelho-escuro.

Ele ergue a pesada cabeça de pedra e observa o seu nome cravado em sua bochecha.

Hero… Huh que nome estranho

Ela caminha junto com essa cabeça até a estátua, e com dificuldade a coloca de volta no lugar.
Assim que isto é feito, um grande brilho vermelho emerge dos olhos e assusta Erine, a jogando
para trás no susto.

Ela cai no chão ainda na adrenalina do momento, mas rapidamente se recupera.

Ela observa aquilo com interesse enquanto se levanta, tentando entender o que diabos está
acontecendo. Ela remove a sua câmera de seu bolso e tira uma fotografia, a guardando em um
compartimento dentro da sola do sapato.

Assim ela parte para a sala abaixo, em busca de descobrir mais coisas sobre esse tal “Hero”
representado na estátua. Chegando no grande salão de documentos destruídos e começando a
vasculhar qualquer coisa que possa lhe dar alguma resposta do que diabos é aquilo.

E por fim, em um canto escuro, ela finalmente encontra um grande livro sujo e empoeirado,
intitulado como “a lenda dos 7 primeiros portadores da magia”. Ela olha aquilo como interesse, 7
portadoras da magia? Ou aquilo seria algum tipo de história de ficção, ou algo nunca antes visto.
Então ela com calma, removendo o pesado livro e indo até uma mesa ao lado, o soprando para
retirar completamente toda a poeira que nele ainda restava. Assim, ela o abriu, tendo uma visão da
primeira página que mostra em detalhes um grande mapa do mundo, com todos os países e
continentes em seus exatos lugares. Mas apenas 1 com nome em seu centro, enquanto todas as
outras terras estão descritas como “terras bararás”.

Jericho… É o mesmo lugar que estava no globo, me pergunto o que diabos é isso.

Ela fala enquanto gira a página, começando a ler a história do livro.

“ Há muito tempo, tempo demais para algum mortal se lembrar. Existiu um homem, um homem
diferente, muito diferente de todos os que viviam à sua volta. Um homem perspicaz, que fazia o
necessário para conseguir poder. Um homem com alma totalmente branca, diferente daqueles ao
seu redor, os tais chamados humanos que apenas tinham invólucros cinzas sem traços alguns. E
por causa desse pequeno detalhe em seu ser, o mesmo foi tratado como uma divindade, e isso se
aprimorou infinitas vezes quando ele adquiriu o poder reconhecido como magia. Assim, ele
desenvolveu as chamadas 8 casas da magia.

Laranja, a casa da bravura e poder conseguindo aumento físico e manifestação de item voltado a
porrada, como luvas e manoplas.

Roxo, a casa da perseverança e a vontade de seguir em frente. Conseguindo incríveis poderes mais
voltados aos livros, entendimento e conhecimento para perseverar seus desafios, sendo uma das
casas mais poderosas dentro da corte.

Ciano, casa da paciência e coerência. O poder da paciência proporciona ao usuário grande


habilidade em esperar até que o inimigo atinja a sua ruína, ou perca se voltando a esse objetivo.

Azul, casa da integridade e da ética, com o seu poder vindo da força de vontade de fazer o que é
certo.

Verde, a casa da bondade. A casa da bondade é uma das casas mais fracas ofensivamente, mas a
bondade e generosidade servem como defesa, com a manifestação de escudos e outras formas de
energia mágica sólida servindo como item e manifestação de poder mágico.

Amarelo, a casa da justiça. A casa da justiça é uma casa poderosa, com seu foco em punir
aqueles que não fazem o certo.

Mas, uma única casa não deu certo, a casa que outrora podia ser chamada de determinação,
virou outra coisa…”

O livro parava por aí com parte da página rasgada, mas continuava em outro tópico em uma
página seguinte.

“Assim, todas as casas de magia foram criadas, mas o único que poderia controlar a magia era
ele, o homem impossível. Então, um dia o mesmo decidiu fazer o impensável, um acordo com algo
que não deveria existir.

Esse acordo foi o responsável pelo evento conhecido como monstrificação. Ele queria dar aos
humanos magia, enchendo suas almas com a mesma quantidade de poder branco que sua, mas
esse poder foi concedido, mas com um preço. Os humanos, com almas vazias, não conseguiram
acomodar todo o poder mágico do homem de uma vez, e seus corpos ruíram com todo o poder
infinito da magia fluindo em suas veias, os transformando em criaturas grotescas de almas
brancas viradas para trás conhecidas como monstros.

Após esse evento, os humanos transformados foram banidos para as terras bárbaras para sua
própria sorte, e apenas 7 outras crianças ficaram, pois estavam intocadas e livres do poder da
monstrificação.

E mesmo o homem, que conseguia suportar o poder mágico, teve sequelas de tudo aquilo sendo
retirado dele. Ele sofreu da monstrificação, mas de forma leve, perdendo o seu olho esquerdo
quando um grande chifre cresceu dele.

E agora ele estava sozinho, com 7 crianças intactas e apenas 1 olho. Ele não tinha nada a perder,
então resolveu tentar de novo. Claro, agora com contra medidas.

Ele pegou sua alma e a lascou em 7 partes, usando todo o seu poder para retirar 6 traços de cada
lasca de volta a sua alma principal. Então cada lasca se regenerou em uma alma completa,
restando apenas 1 traço em cada uma. Esse poder foi concedido a cada criança.

Jessica, a portadora da integridade.

Evangelyne, a portadora da paciência.

Rave, o portador da bondade.


Priya, a portadora da perseverança.

Steven, portador da justiça.

Roger, portador da bravura.

E por fim, Hero o portador do desespero”.

Erine olha para o livro sem entender nada, como assim desespero? Os outros ela até entendia o
básico devido os ensinamentos de sua professora, mas ela não fazia ideia do que significava esse
último traço.

Não era para ser determinação? A alma da tal de Frisk? Bem, isso ela ainda não entende. Por fim,
foi uma boa ideia de fato permanecer aqui para estudar um pouco mais desse lugar, então Erine se
vira em direção da saída, apenas para ter sua gola puxada.

Ah!

Ela grita enquanto olha para trás, vendo um homem com cabeça de televisor a segurando. Em sua
tela ele apenas apresentava um alvo, que rapidamente muda para uma imagem de uma câmera que
mostra o rosto de desespero da garota.

Ha! Não esperava que ninguém fosse achar esse lugar, você é até que é inteligente
para uma baratinha

Me larga seu!

O homem fala com uma voz robótica, criada com sintetizador enquanto lentamente caminha para o
andar abaixo. Erine sabia que não era leve, ela pesava os seus 80 quilinhos, mas ele a levantou
com uma só mão como se ela não fosse nada. E por fim eles chegam no primeiro andar com a
horripilante estátua.

Bem, eu me desculpo pelo que vou fazer, mas você não me deu escolha, você
realmente achou que seria uma boa ideia entrar na minha casa sem ao menos bater na
porta? Que vexame

Ele fala enquanto vasculha os bolsos da garota, ela tenta resistir, mas de pouco serve.
Me larga seu balofo! Seu Jaburu!

O que diabos é um Jaburu? Bem, não me importa, fique aí

Então ele a joga com violência para frente, com seu corpo fraco se chocando contra a estátua. Uma
dor agoniante e impossível se alastra por todo o seu corpo quando ela percebe que diversos ossos
que quebram. A garota grita de dor, mas rapidamente seus pulmões perdem ar e ela fica estática no
chão.

Ela não tem forças mais para gritar, nem para fazer nada, apenas para suportar a dor que percorre
todo o seu corpo. Seus olhos ficam nublados e ela apenas olha para a frente, vendo o homem falar
coisas que ela já não entende, com sua máquina fotográfica e outras coisas em suas mãos enquanto
caminha para cima.

Ela com certeza iria morrer, mas o seu anjo de guarda chegou.

Uma figura angelical, albina com um rosto de total desespero chega ao seu lado junto a uma garota
de cabelos azuis que manifesta uma grande espada. Era Eva e Ally.

Em seguida ela desmaia, sabendo que estava em mãos seguras, não fazia mais sentido resistir ao
doce abraço da inconsciência e parar de sentir toda aquela dor. Depois disso, ela acordou
levemente com uma grande torrente de água, em seguida com Eva a carregando de forma
desesperada para outro local com luzes ofuscantes, com pessoas com roupas de soldados a
carregando.

Em seguida, ela abre os olhos novamente, agora já tendo consciência o bastante para discernir o
que estava acontecendo. Ela estava em um quarto de hospital, as luzes eram brancas e junto com
toda a arquitetura e mobília.

Ela se senta e percebe os seus arredores, por um segundo ela achou que estava sozinha, mas não.
No chão estavam 2 pessoas, dormindo com fones de ouvido ouvindo uma música que Erine
consegue escutar daqui.

Então, ela decide falar.

Abrindo sua boca para tentar chamar suas amigas, mas nada saia. Ela forçou muito, mas sua
garganta e língua não conseguia formular palavras, ela não entendia nada do que estava
acontecendo.

At, que ela finalmente ligou os pontos em sua mente. A pancada a machucou de tal forma… Que
ela ficou muda.

16 de janeiro

meia-noite

A grande floresta ecoa o barulho da explosão gigantesca. Os dois, Logan e Allegra saem correndo
a toda velocidade mata adentro, até confirmarem que o grande avião perdeu visibilidade deles e
foi embora.
Mais que merda foi aquela?

Fala Logan.

Como assim? Eu te salvei, se não fosse por mim você teria virado caquinha de robô

Olha aqui sua birrenta! Eu sei cuidar de mim mesmo e não preciso que uma garotinha
como você para salvar minha bunda!

Querido, você já perdeu! Se quiser compensar o que fez vai ter que ficar vivo pra
próxima batalha!

Como assim eu perdi?!

Eu estava olhando tudo por umas câmeras de segurança, você tomou uma surra
daquelas da mulher de cabelo laranja

Eu não pedi coisa nenhuma! Foi um recuo estratégico para eu poder me recuperar

Parece muito que você voltou rastejando para cá quando viu que estava todo ferrado

Olha aqui sua!

Sua oque? Pessoa que te salvou? Você não iria conseguir lidar com todos aqueles
robôs ao mesmo tempo, teve sorte de ter sobrevivido aos soldados

Vai encarar!

Apenas se for necessário, e eu consigo ver diversos caminhos onde vai ser, mas não
quero ter que recorrer à violência para ter que aquietar essa sua cabeça de bunda!

Eu vou te descer o pau, sua vadia!

Cai dentro moleque!

Assim Logan avança com ódio, manifestando a sua foice e indo direto para o peito da garota. Ele
fecha os olhos e dá um corte limpo, a separando em dois instantaneamente.

Isso é o que ele pensa, mas ao abrir os olhos a verdade é mostrada. Ela havia desviado facilmente
para o lado, o garoto sabia que em sua velocidade era impossível dela desviar.

Talvez tenha sido um golpe de sorte? Bem, ele iria descobrir agora. Em seguida ele desfere outro
golpe, e outro e outro e assim por diante. Ele ataca em uma velocidade alta, mas mesmo assim
todos os seus golpes são desviados. Ele sente frustração a cada golpe desviado, pois sente que foi
óbvio, que era claro que se ela fosse para lá iria desviar facilmente. Mas ele ainda não entende
como ela consegue descobrir esses pontos de desvio tão rápido.

Então ele continua atacando, com o ritmo ficando cada vez mais monótono a partir dos minutos.

Você vai demorar muito? Já estou ficando entediada


Ela boceja.

Calada!

Logan, em um súbito ataque de raiva, sente sua alma marrom começar a se apertar. Então ele
avança rapidamente para o lado e com um golpe apenas… Ele acerta o nada.

Mas isso não quer dizer que nada ocorreu, de fato algo extraordinário aconteceu. A ponta da
lâmina não estava visível, em vez disso ela parecia ter entrado dentro de uma rachadura, uma
rachadura no meio do ar, uma rachadura no meio da realidade.

Allegra olhou para ele sem entender nada, certamente isso era uma possibilidade de acontecer, mas
ela nunca pensou que tal coisa fosse acontecer aqui. Era algo sem precedentes.

Ha… HAHAHA!

Oh céus garoto

Eu entendo agora… A minha alma, poder concedido por mim pelo líquido preto que
ela colocou em mim

Pera o que?

Ha! Certamente! Eu entendo! O poder mágico supremo é meu!

Em seguida, o garoto puxa sua foice em força, rasgando ainda mais a realidade e abrindo uma
enorme fenda no ar. Dentro dela, é possível observar um vórtex infinito cheio de possibilidades de
presentes diferentes, prontos para serem domados e transformados na realidade atual.

Aquele era o poder da alma marrom, o poder de alterar a realidade e escolher uma possibilidade
com sequências de eventos que te satisfaz.

Assim ele avança para dentro dessa fenda, entrando no vórtex de eventos que não estão
acontecendo, buscando algo que lhe satisfaça. De fato ele não queria matar ela, e mesmo se
quisesse matar, dentre os infinitos possíveis presentes onde ele vasculhava, nenhum ele já havia a
matado. Então ele apenas pegou o melhor que conseguiu achar, entrando de uma vez em um
presente onde conseguiu dar 1 único golpe nela em um momento de distração.

Assim, ao entrar ele imediatamente aparece no mesmo local onde esteve antes de entrar na fenda,
mas imediatamente um profundo corte aparece na barriga da garota quando a realidade se reajusta.

Ela sem entender nada, cai no chão, voltando o seu olhar de ódio ao garoto que retribui com um
sorriso.

Arg! Seu moleque inconsequente! Você não faz ideia do que acaba de fazer?

Claro que eu sei sua piranha!

Você está distorcendo toda a casualidade!

Isso é para você aprender a não se meter comigo de novo!


Agora eu sei por que aquela garota queria você no time dela

Por que eu sou lindo e maravilhoso?

Não, por que é um desmiolado que só sabe ir pra frente e bater sem se importar com a
consequências

Você ainda não entendeu, que quando se chega ao ápice, coisas simples como
consequências de atos não podem mais te influenciar

Seu merdinha

Ha!

Em seguida eles voltam em posição de batalha, avançando um contra o outros, mas rapidamente
Allegra para, ficando no chão com sua mão e olhando para o céu com surpresa. O garoto não
entende muito o que ela vê, pensando que ela só está admirando um pássaro ou alguma coisa boba
que garotas gostam.

Mas rapidamente ele percebe que ela estava vendo, quando uma grande faca do tamanho de sua
cabeça se finca no chão. Ela era totalmente vermelha e brilhava em uma luz impossível e
amedrontadora. Em seguida, ela cai, de roupas verdes, amarelas, azuis e rosa, chegando com
graciosidade no meio do campo de batalha. Ela rapidamente se abaixa e retira a faca do chão,
quando outra cai mais ao lado, com extrema força que resulta em uma pequena explosão de terra.
E em seguida outra, e outra e assim uma chuva de facas gigantescas começa a cair.
Arte por Kuro

Logan não entende nada, apenas continua a desviar de todas as facas com velocidade enquanto
Alegra se posiciona em um lugar só e fica parada enquanto todas as facas caem ao redor dela.
Assim a última faca cai e o ambiente fica quieto.

Logan olha para Chara com desdém e começa a falar.

Ei! Por que você fez isso?! Tem algum problema comigo ou?!

Quieto

Ela levanta a mão e a alma de Logan se manifesta no meio do ar, apenas para se rachar ainda mais
com linhas negras. Uma dor fulminante invade todo o corpo do garoto, o fazendo cair aos gritos no
chão.

Sigh… Isso vai ser uma dor de cabeça

Hmm… Chara? Poderia me dizer o porquê diabos ele tá… Assim?!

A garota de roupa listrada apenas olha para ela e dê um sorriso diabólico.


Não se preocupe com isso

Ok… Acho que não iria resultar em algo bom se eu começasse a fazer perguntas

Boa garota… Agora

Chara caminha até o Logan que continua a gritar no chão, levantando sua mão novamente e
fazendo as rachaduras do corpo do garoto se regenerarem. Assim a sua dor subitamente acaba e ele
para, apenas respirando em um estado catatônico no chão.

Olha aqui, garoto. Eu vi o seu showzinho lá na balada. Não ache que, pois eu libertei
esses poderes em você, e sua alma ridícula, você tem direito de fazer absolutamente
tudo. A sua missão era simples, você ia comigo, nós acabamos com aqueles
arruaceiros e eu os fazia roubar o dispositivo ômega. Mas não! Você teve que se meter
no meio né seu merdinha?

Olha aqui! Eu só fiz o que julguei ser necessário na situação!

Você julga o que eu julgo, estamos entendidos?...

Os olhos da garota são consumidos pelo lodo preto enquanto ela lança um olhar ameaçador para o
garoto.

Por fim, espero que você tenha no mínimo conseguido o dispositivo ômega…

Bem… Sobre isso

Chara volta o seu olhar para ele, parecendo que iria o desmembrar a qualquer momento.

Eu não consegui me aproximar o suficiente do ruivinho para pegar o dispositivo

Você oque?!

Os olhos de Chara são novamente tomados pelo logo negro, com ele sendo expulso em formas de
lagrimas que juntam em formas de linhas que descem e tomam contra da boca da garota.

Mas! Eu consegui isso!

Logan enfia o seu braço dentro de seu manto, removendo um óculos comum de cor negra.

O ruivinho tava piscando e ficava todo estranho com ele, e também senti uma energia
mágica vindo dele que

Um óculos… Você está tentando se redimir com a PORRA DE UM ÓCULOS!

Ela invoca uma faca gigantesca, seu brilho é impossivelmente claro e que se aumentasse de
claridade um pouco mais, seria provavelmente considerado um farol.

Não é só um óculos! Acredite em mim… Bem, deve ter algo de valor nisso… Com
certeza deve ter!

Chara agarra o óculos firmemente, começando a analisar com delicadeza. E rapidamente a feição
enfurecida de Chiara morre, virando um rosto de curiosidade até virar um amedrontador sorriso.

Ela coloca o óculos em seu rosto, ficando maravilhada enquanto pisca freneticamente e olha para
vários locais aleatórios. Logan não entende nada, mas Allegra tem uma ideia do que se tratava
aquele aparelho. Então ela o remove, a esse ponto todo o líquido preto já havia sumido e Chara
apenas dá um sorriso, rindo de forma leve com uma gargalhada megalomaníaca lentamente
surgindo.

Hum… Isso quer dizer quê?

Sim, Logan, eu não vou te matar… Por enquanto

Ah… Que alívio

Bem, mas o que diabos é esse troço? Eu tenho uma ideia mas

Fala Allegra antes de ser interrompida.

Isso meus caros, é nosso convite ao sucesso

Como assim?

Esse pequeno óculos tem um sistema que dá total acesso aos arquivos da GKC, e assim
vamos ter acesso de sobra para podermos fazer uma baguncinha no festival

Eu pensei que iriamos precisar do dispositivo ômega para isso

Sim, mas como nosso amiguinho aqui falhou em fazer isso a gente vai ter que
improvisar um pouco

O que você iria fazer com esse troço mesmo? Tipo, uma bateria super potente? Não
acho que você queria resolver a crise energética

Fala Logo se levantando.

Ou talvez você queria o explodir, mas acho que seria um pouco drástico demais

Fala Allegra.

Bingo! É exatamente isso que eu quero fazer!

Pera quê?
Eu preciso matar o máximo possível de pessoas em um curto período para eu poder dar
o fora daqui, e o festival é o melhor local para isso

Você… Você realmente quer matar todas aquelas pessoas!

Obviamente, mas agora iremos ter que improvisar com muita dinamite ou explodir o
gerador do local

Mas… Por que diabos você quer fazer isso? Matar tantas pessoas assim é?

Desumano? Querida olhe para mim

Chara se aproxima de Allegra lentamente, demonstrando um sorriso malicioso e uma grande


intenção assassina. Allegra apenas anda para trás sem saber o que fazer, onde foi que ela se meteu?
Por que diabos ela aceitou fazer esse trabalho e por que diabos ela conhece esse tal de Asmodeus?

Eu já deixei minha humanidade de lado por muito tempo, e acredite eu tenho um


motivo muito bom para isso…

Que seria?

Você vai descobrir o que você precisa descobrir, e coisas assim são assunto que só
fazem jus a mim e não uma como você!

Mas… Nós estamos nesse barco juntas! Eu escolhi te ajudar com esse seu planinho
genocida, então eu tenho o direito de saber pelo menos quem é você!

Grita Allegra para essa presença. Ela, em contrapartida, gira lentamente o seu rosto, mostrando
uma expressão de puro ódio que logo se transmuta em um sorriso sádico. Allegra sente, ela vai
morrer, a sua morte é ali e não existe possibilidade ou rota possível em toda a casualidade que vá
tirar ela dessa situação.

Suas pernas estremecem enquanto Chara lentamente começa a andar em sua direção, com a
mesma parando em sua frente e colocando a sua mão em suas bochechas e as acariciando.

Pois bem… Mas não diga que eu não avisei… Eu sou Barachiel, mas pode me chamar
de Chara, todos me chamam assim e o motivo já foi perdido no tempo. Eu não sou
desse mundo, eu vim de um mundo diferente, mas não um universo ou planeta
diferente e sim algo chamado variável ER. Nosso universo é dividido em 2 variáveis
de eventos, conectados por linhas chamadas de vórtex de inexistência que se
entrelaçam no local chamado fábrica. E no meio existem os vazios, o espaço branco
infinito e o espaço negro infinito. Eu vim dessa nova variável com objetivo de
conseguir LOVE o suficiente para eu subir de nível acima do que é possível em minha
realidade e depois eu vou sair daqui. Essa variável não é nada além de um posto de
gasolina para eu atingir o meu objetivo final

Allegra olha para ela sem entender nada. Variáveis? Universos? LOVE? O que diabos ela está
falando?
Huh… E qual objetivo seria esse?

Bem, eu preciso rever alguém que eu perdi de volta, e para isso eu preciso chegar a um
nível onde meu controle seja absoluto para regressar a um momento onde eu ainda
posso consertar tudo isso

Eu não entendo…

É claro que você não entende, você é apenas uma formiguinha nesse jogo de deus. Isso
nunca foi feito para que você entendesse, apenas que fique na linha, faça o que tem
que fazer e siga a sua vidinha curta de forma minimamente feliz, capish?

Então é isso? Você quer cometer uma chacina para fazer sei lá o que, voltar no tempo?
Então por que você não só sai matando todo mundo de uma vez?

Garota… Eu não espero que você entenda

E como diabos você sabe algo de Asmodeus?

Você realmente quer saber?

Chara olha para ela com um semblante desgraçada, seus olhos já estão completamente negros com
lagrimas do lodo que sua alma escorrendo para os lados.

Eu fiz um acordo, um acordo com um Deus

Allegra olha para ela ainda sem entender muito tudo, mas… Acha que agora já não basta mais
perguntar nada. O limite de paciência de Chara já havia chegado em seu limite, e bastava um sopro
para as coisas saírem do controle. Então ela decide recuar.

Ok… Eu só realmente espero que tudo que você esteja fazendo, de algum modo
compense pelo que você quer fazer

A queridinha… Vai compensar e muito

Chara se vira para o lado, começando a caminhar enquanto olha para o céu, até parar de se mover e
olhar para Alegrar mais uma vez.

Huh, mesmo assim você fez um bom trabalho ao resgatar o garotinho daquela situação,
você merece uma recompensa

Recompensa?...

Chara levanta sua mão, com uma pequena bolinha do líquido negro de formando em formato de
espeto e voando em alta velocidade até a cabeça da garota, atravessando o seu cranio. O lodo negro
invade o seu corpo, entrando em sua mente e gerando uma pequena rachadura na alma de Allegra,
mas isso vem com uma recompensa. Logo Allegra começa a voltar a raciocinar mais uma vez, com
sua cabeça ainda girando, mais racional.
Ao seu redor, ela vê uma enorme cela metálica lotada de crianças. E logo ela percebe que ela
também é uma. Seus braços são pequenos e ela é miúda como uma criança de no máximo 5 anos. E
uma coisa que era bem visível, era a marca de nascença que ela tinha no braço… Oh céus.

Allegra logo percebe que ela não estava vendo o corpo de alguma criança aleatória, e sim era ela.
Pelo que parecia, era algo de 10 anos atrás, mas ela não tinha certeza. E a última coisa que ela
consegue perceber antes de acordar de seu sonho, é uma porta à sua frente se abrindo, com uma
mulher grande e ruiva entrando. E na parede da sala a frente, o nome Asmodeus era visível.

Assim ela volta ao normal, tossindo o líquido preto enquanto recobre a consciência. Sua alma dói
muito, mas ainda tolerável.

Arg! Mas o que diabos foi isso?!

Sua recompensa queridinha, você não queria saber mais sobre Asmodeus?

Mas!... Meus olhos ardem como se fossem explodir, o que você colocou em mim?!

Não se preocupe, não foi uma quantidade significativa o suficiente para te fazer algum
mal

Porra só me falava que…

Olha, querida, eu estou tentando formular o meu plano mirabolante aqui. Então por

favor da para calar a boquinha e parar de ser um bebé chorão?

Mas!

Sem mais!

Ela grita enquanto volta a colocar o óculos em seu rosto e caminhar para longe. Allegra se levanta
sem entender o que acaba de acontecer, apenas limpando o seu rosto enquanto Logan se aproxima
dela.

Sentiu garotinha?

Vai se fuder

Ela fala enquanto se vira e caminha para longe, Logan fala outra coisa, mas ela não presta atenção,
apenas continua a andar para frente sem parar. Talvez ela tenha cometido um erro em aceitar
ajudar essa maníaca, matar tantas pessoas assim era apenas radical demais e sem sentido.

Mas já era tarde demais, ela tinha que descobrir isso ou ela não seria ninguém, apenas uma casca
vazia em um orfanato prestes a falir. Ela há muito tempo chegou a um nível de egoísmo onde tantas
vidas assim podiam ser perdidas sem problemas, mesmo que a dor de ver tantas pessoas morrendo
não afetasse… Ainda era desconfortável.

17 de janeiro
5 da manhã

O infinito, o infinito é maravilhoso quando você finalmente decide abraçar. Deitar em uma nuvem
etérea feita de um material impossível que se estende para todo o sempre é uma situação
confortável, e quanto mais você relaxa mais você deixa de existir. Assim que Ally se sente agora.

Ela fez as pazes (Em partes) Com alguns problemas que ela tinha. Finalmente ela virou algo que se
podia chamar de amiga para Eva, e todos os seus problemas pareciam estar resolvidos.

E assim, ela finalmente consegue relaxar em seu infinito. Mas, sua calmaria iria durar pouco. Um
enorme rugido estridente faz com que enormes rasgos na nuvem apareçam, tirando Ally de seu
estado de calmaria enquanto ela olha desesperada para os lados.

O som continua, com passos fortes seguidos de um terremoto impossível. Tudo chacoalha
intensamente, de forma tão violenta que Ally se surpreende que os átomos não se rasguem por
completo.

Ela tenta sacar a sua espada, mas nada acontece, então o seu desespero se afunda de forma tão
drástica que toda a nuvem se retorcem e rompem completamente. Deixando Ally cair no infinito
abismo.

Até que ela acorda, com o som estridente se transformando nos fortes apelos de Eva que a
chacoalha de forma agressiva.

Ally! Acorda garota acorda!

Ah… Eva o que você

Anda! A Erine acordou!

Ah?!

Ally rapidamente se levanta, olhando para o lado e vendo a garota de cabelos marrons deitada na
cama. Seus olhos estão abertos e ela respira normalmente, ao lado um médico a examina.

Bem, eu sinto muito, mas pelo que eu posso ver… Ela não vai falar mais, a garganta
sofreu um estresse gigantesco e mesmo se algum dia ela volte a falar, sua voz vai
mudar totalmente, eu recomendo você aprender linguagem de sinais.

Erine apenas olha para ao médico enquanto Eva avança até ela.

Erine! Oh céus como isso eu… Isso é culpa minha você

Erine apenas dá um sorriso e coloca a mão no ombro da garota em uma tentativa de a acalmar. Eva
tenta abraçar ela, mas é impedida pelo médico que a agarra.
Ela está fraca, por favor não tente a espremer muito

Oh… OK é que

Vou deixar vocês sozinhas, mas lembre se de não fazer nada extraordinário ou os
pontos vão se abrir

Assim o médico sai, com Eva avançando e dando um leve e gentil abraço em sua amiga que
retribuiu com um sorriso.

Eva… Por que você tá tão energética hoje

Fala Ally que chega ao lado.

É que… Olha, meio que é a primeira vez que ela acorda em 2 dias e eu não sei como
me desculpar, mas

De novo isso? Você não teve culpa de nada

Como assim? Eu

Você se lembra do que conversamos? Ninguém tem culpa de nada, a culpa é o carinha

É verdade… Erine, você tem certeza que está bem? Se quiser eu arrumo um papel
para a gente poder conversar e…

Bom dia!

Uma voz vem da porta quando a mesma é aberta. De fora, entra um homem com quem Ally já se
familiarizou no dia anterior. Era Dante, Dante Bootstrap para ser exato. Ele entra com um rosto
renovado, aparentemente ele tomou banho e trocou de roupa, utilizando agora um cachecol roxo
junto com um par de roupas mais sociais, mas ainda sem estampa. O homem caminha em direção
de Erine, olhando para a mesma com um sorriso.

Parece que alguém aqui finalmente acordou

Huh…

Erine grunhe.

O nome dele é Dante alguma coisa. Eu não entendi muito bem, mas aparentemente ele
é alguém importante aqui

Ela cochichou. Erine então se vira e olha com um sorriso para ele, o mesmo retorna o favor.
Você parece ótima, tirando o fato de que não consegue falar! Não se preocupe nós já
contatos os seus pais, eles devem chegar aqui a qualquer instante para vir te receber

Huh… Huh…

Eva olha com estranhamento para sua amiga que não sabe muito bem o que responder. Eva
conhecia a mãe de Irene e sabia que ela não era flor que se cheirasse. Aparentemente o pai da
garota tinha morrido em um acidente de carro há cerca de 8 anos e seu padrasto era uma pessoa
amável. Mas a sua mãe era esnobe, que quase nunca falava com a filha. Então era de se esperar
uma reação como essa quando se descobre que sua mãe iria pessoalmente ir te buscar no quinto
dos infernos. Claro que Irene não era uma pessoa histérica, muito menos na frente de estranhos.
Mas se ela tivesse em seu lugar, provavelmente faria um furdúncio.

E logo depois o homem avança para o lado, indo em direção de Ally e sentando ao lado da mesma.

Como você está? Percebi que dormiu fora de sua sala hoje e… No chão

Olha, eu sei o que eu fiz não foi muito responsável, mas eu sinto como se estivesse no
meu 100% novamente! Olha

Ally então se levanta, fazendo uma estrelinha e por fim um mortal. Se levantando e levantando os
braços como um sinal de vitória.

Viu só?!

Uau, você parece já boa, mas eu só quero ter certeza de que nada vai dar errado. Só
faça mais testes com a doutora e você vai ser liberada

Huh tudo bem, só vou avisando que vai ser bem tedioso…

Ambos ficam quietos enquanto olham uns para os outros por cerca de 1 minuto.

Bem… Você vai ou?

Pera, é para eu ir agora?

Sim, quanto mais cedo você terminar isso, melhor. Eu estou querendo que você faça
algo para mim hoje já que você queria tanto ajudar ontem

Ally

Fala Eva atrás.

Pode ir, eu vou ficar aqui com a Erine e eu te encontro no telhado

Ok… Tá, eu vejo vocês depois


Assim a garota volta à porta e sai do quarto. Ela já tinha uma ideia do que Dante queria pedir a ela,
mas ficou receosa de já definir aquilo como a verdade. Pois sinceramente era um pouquinho
exagerado, mas vindo da pessoa que explodiu com um canhão mágico um armazém no meio do
mato, tudo era possível.

Ally caminha pela ala hospitalar por alguns minutos, chegando rapidamente na sala de testes
físicos onde iria encontrar a doutora. Entrando e vendo uma grande área como um galpão.

Ally olhou para os lados, tentando encontrar alguém com quem pudesse falar, mas não
encontrando ninguém.

Com licença?

Ela ouve uma voz esganiçada vindo de baixo, olhando e vendo o que parecia ser um bicho
amarelado e corcunda na altura de sua barriga. Ally se assusta, pois a primeira vez que vê um
monstro, mas tenta continuar com sua compostura para não parecer uma racista.

Oh! Huh… Olá! Quem seria você?

Meu nome é Dra. Alphys e… Olha, eu vou ser sincera com você, eu fui enviada aqui
aparentemente para fazer uma avaliação física em você… Mesmo não tendo qualquer
experiência nisso ... Pelo Dante, ele me falou que eu iria gostar de trabalhar com você
devido a sua alma ou coisa do tipo

Oh… Ok, então Dra. Alphys, é um prazer de trabalhar com você

Ok

A Mulher monstro estende sua mão e aperta a de Ally que ainda fica meio receosa, mas tenta de
todas as formas não parecer monstrofobica. Assim elas avançam, com Alphys puxando uma
pequena telinha que ativa o local. E de áreas seladas, diversos obstáculos surgem, com drones
saindo voando de todos os lados e diversas plataformas pelo teto e paredes.

Ele me mandou te testar no nível extremo logo, eu não entendi muito bem o porquê
mas… Se você acha que não conseguir, eu posso abaixar um pouco e..

Não, eu vou me dar bem, não se preocupe

Ok, então. O primeiro teste será de coordenação motora… Vamos lá

A mulher monstro respira por um segundo antes de ativar o dispositivo, com diversas luzes
aparecendo sinalizando grandes torretas de bolas de golfe sendo acionadas. Alphys rapidamente
caminha para trás e ativa um escudo envolta de si mesma.

Bem! Sua missão é conseguir desviar de todas as bolas que vieram em sua direção
durante 10 segundos, por favor não se esforce muito!
E assim as torretas se ativaram, com todas as bolas sendo atiradas em uma velocidades gigantesca e
em menos de 1 segundo, uma grande chuva de bolas de golfe já estavam para acertar a garota.

Mas ela foi mais rápida, desviando facilmente ao andar para o lado de forma rítmica, com todas as
bolas de golf se explodindo e despedaçando ao colidir com o chão em alta velocidade. Ela sente
que está um pouco enferrujada devido estar tanto tempo sem se mexer nesse lugar, mas essas bolas
eram ridículas de lentas de qualquer forma.

Assim ela consegue facilmente desviar de tudo, com Alphys saindo de seu campo protetor e se
aproximando da garota que olha com um sorriso enquanto estalar suas costas.

Uau! Isso foi impressionante

Imagina, isso aqui não é nada não já passei por muito pior

Eu queria testar mais algumas coisas, mas acho que após ver isso eu posso te dar como
100%!

Uau! Mas acho melhor a gente pelo menos fazer aquela análise que o Dante falou, da
minha alma e tals

Oh! Eu quase ia me esquecendo, aqui vamos nós

Ela avança um pouco para trás, pegando uma máquina pequena como um globo envolto a diversos
circuitos e aparatos tecnológicos.

Isso pode parecer meio estranho por um momento, mas confie em mim

E logo em seguida, um laser branco e contínuo é atirado da máquina, acertando o peito da garota
que sente um grande arrepio em sua nuca que desce para o resto de seu corpo. Ela tenta fazer algo,
mas se lembra que aquilo era parte do processo, então apenas tolerou a sensação esquisita
semelhante a alguém acariciar os seus órgãos.

E assim a alma dela finalmente apareceu no globo. Sua alma era turquesa, mas continuava a aderir
características semelhantes às demais almas, como seu formato e direção. Ally não viu nada demais
naquilo, era sua alma e ela via ela constantemente. Mas ao olhar para Alphys, ela percebeu o seu
rosto que mais poderia ser definido como uma mistura de horror e curiosidade.

A mulher monstro rapidamente avança, começando a analisar a alma em todos os ângulos


possíveis enquanto balbuciava algo incompreensível.

Eu nunca vi nada assim antes! Me diga qual é o traço? O que faz? É ela que te dá essa
velocidade?
Alphys iria continuar falando se não fosse interrompida por Ally que começou a falar.

Ei Ei calma, minha alma é completamente normal, tirando o fato da cor dela ser um
pouquinho diferente

Um pouco diferente?! Eu sei que é só uma variação de azul e ciano, mas mesmo
assim, isso é algo que eu nunca ouvi falar!

Ela pega uma cópia do livro "Experiências com almas humanas'' por W.D Gaster, começando a
folhear com extrema velocidade. Mas Ally sai do laser, desligando a máquina e parando a projeção
de sua alma.

Ei! Eu preciso analisar ainda e…

E logo em seguida, Ally novamente projeta a sua alma em sua frente de forma voluntária.

Eu não preciso de uma maquininha para projetar minha alma, não se preocupe

OH brilhante! Não se preocupe, mas projetar sua alma é uma tarefa um pouquinho
complicada e eu não sabia que você já sabia fazer isso, então tive que

É eu sei muito bem, foi uma desgraça aprender isso

Com quem você aprendeu isso? Poderia me dizer seu professor? Eu só quero muito
discutir isso com alguém e

Alphys querida…

Sim?!

Eu acho que essa conversa tá indo para uns parâmetros um pouquinhos meio pessoais,
se é que me entende

Oh… Ok me desculpe… Então acho que você está livre agora

Ok, então, vou indo com a Eva no terraço

Ally então se virou, caminhando em direção da saída enquanto Alphys começa a desativar todos os
sistemas de teste. Mas Ally ao chegar na porta, olha para ela e começa a falar antes de sair.

O nome dela era Layla

O quê?!

E ela fecha a porta, começando a correr com entusiasmo para o lado de fora, onde sem ao menos
cogitar ir pelas escadas começa a escalar o prédio para ganhar velocidade e ir até o seu teto apenas
correndo. E quando ela finalmente chega lá, vê Eva sentada um pouco mais ao lado, comendo um
sorvete enquanto vê o céu da manhã.

Ally avança para a garota, percebendo a mesma tirando o seu telefone e colocando no ouvido,
começando a falar com alguém. Ela não entende muito, pois ainda está longe, e como ela não quer
atrapalhar ela começa a andar em velocidade de um humano normal. Mesmo assim, ela consegue
escutar o final da conversa.

Mãe… Eu sei que eu tenho escola e eu tenho faltado muito, mas… Olha você tem que
me entender, eu sei que o tal de Dante falou com você e… Sim mãe… Olha eu vou
desligar agora eu… Só não quero falar disso aqui eu

Ela desliga o telefone e o guarda em seu bolso rapidamente. Ela olha para o lado e toma um susto
ao ver Ally parada ao seu lado, sentando e dando um sorriso.

Ally! Eu eu… Oque você tá fazendo aqui?!

Você me chamou aqui, se lembra?

Oh! É eu me lembro… Agora, mas ok! Bem, o que você quer fazer? Esse lugar é
bastante livre

Bem, acho que seria melhor conversar com você sobre o que eu posso fazer, tu parecia
bastante ansiosa com isso ontem

Ah! Sim, é verdade, nossa eu tô meio lerda hoje

Ok! Então, o que eu quero fazer?

Huh… Eu não sei, qualquer coisa que me impressione

Tipo?

Hmmmm

Ela fica pensativa por alguns instante, voltando a olhar para ela rapidamente depois de alguns
segundos.

Que tal você pular tão alto que atravesse as nuvens?

Sério?

Huh! Bem, é eu acho que não… Bem, se você estiver tudo bem como isso ou

Haha! Eva você tem que ver o seu rosto agora

Eh!

Ela se vira rapidamente, estapeando o seu rosto e o esfregando, voltando o seu olhar a garota.
E agora?

Está menos rosado do que antes, mas nada mal. E não se preocupe eu vou fazer o que
você pediu

Oh! Ok, vou ficar aqui vendo

Mas antes

Ally levanta as suas mãos, concentrando uma grande quantidade de energia que começa a girar
pequenas fagulhas de uma energia azulada no ar. E por fim, ela avança suas mãos para o seu
coldre, amalgamando todos os fragulhos de energia em um único bastão energético feito a base de
energia. Ver aquilo era estranho, parecia que ela estava vendo um raio vivo volátil que se moldava
em uma forma de bastão como uma espada de plasma.

E em seguida, Ally puxa com tudo o bastão, o explodindo em mais faíscas que revelam uma
grande bainha reluzente que solta uma katana com símbolos em kanji. Ela faz movimentos que
cortam o ar com extrema forma e faz os cabelos de Eva balançar para trás.

Essa é minha arma, gostou?

Uau, é incrível!

E você ainda não viu o que eu posso fazer com ela

E em um segundos, Ally se agacha e pega empuxo, pulando com extrema força centenas de metros
acima do solo. Aquilo soltou uma grande explosão de vento que jogou Eva para trás e fez seus
cabelos entrarem em sua boca, mas não impediu que ela vislumbra-se o que está para acontecer.

Ally rapidamente entra nas nuvens, e com um simples corte a divide em duas. Ela avança ainda
mais ao céu, com cortes lisos e rápidos que criam diversos paralelepípedos pelo céu, dividindo
totalmente as nuvens em diversos formatos semelhantes a prédios. Com a força de seus ataques
somada ao seu pulo, todas as nuvens em formatos de prédios sobem com a garota que apenas ri
enquanto aproveita a paisagem. Ela não tem um exercício como esse em anos e é sempre bom
movimentar o corpo ocasionalmente.

E finalmente ela perde toda a força do pulo, ficando um tempo parada no ar enquanto todos os
prédios de nuvens que acaba de cortar, sobem para mais alto que ela. Assim ela olha para o
interminável céu acima das nuvens com o sol ainda subindo, era belíssimo. E por fim, a gravidade
a puxa de volta, com sua espada desaparecendo enquanto ela dá piruetas pelo ar que criam um
vento que desfaz os prédios de nuvem mais abaixo.

Ela então colide com o chão, levantando sua cabeça com força para tirar todos os cabelos que
ficaram na frente com o impacto. E quando ela chega, apenas ouve aplausos que presume serem de
Eva, que logo em seguida são acompanhados com outros aplausos que a pegam desprevenida. Ela
olha para trás para ver quem estava ali, e vê Dante junto a outra pessoa que ela tinha visto na noite
anterior. Era o Amigo e Ex de sua mãe, Nathan.

Eva não estava aplaudindo, ela apenas olhava com um rosto maravilhado para a garota antes de se
levantar e correr até a mesma.

Ally isso foi incrível!

Calma aí garota, não foi nada de mais

Como não foi nada de mais! Olha, eu esperava muito vindo de você, já que saiu
daquela marrenta, mas isso superou minhas expectativas

Fala Nathan mais atrás que começa a caminhar até ela.

Oh, obrigada então

Ally, se importa de ir falar comigo aqui ao lado?

Fala Dante.

Hm… Ok mas… Oh droga, eu fiz muito barulho? Foi mal

Não!

Ele fala a puxando.

Ally! Quando você terminar, vamos ter que conversar muita coisa, entendeu?

Fala Eva mais ao fundo enquanto Ally se afasta com Dante. O homem então se vira a ela e com um
sorriso começa a falar.

Bem, eu gostaria que você entrasse na guarda da GKC!

Huh?

Ela olha para ele espantada.

HUH!!!!!!!!!!????????

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