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FÍSICA E QUÍMICA A – 10º ANO

SALESIANOS DO ESTORIL 2021/2022


- A.L.Q.2.3
ESCOLA Reação fotoquímica
março 2022

NOME: N.º Turma

APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS

AVALIAÇÃO
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS
NC C
A.L.2.3. Reação fotoquímica
Investigar, experimentalmente, o efeito da luz sobre o cloreto de prata, avaliando procedimentos e comunicando
os resultados.
Interpretar os resultados obtidos escrevendo equações químicas correspondentes.

Descrever e comparar o efeito de diferentes tipos de luz visível sobre o cloreto de prata.

Legenda: NC – Aprendizagem ainda não consolidada; C – Aprendizagem consolidada.

FUNDAMENTO TEÓRICO
A maioria das reações químicas ocorre produzindo variações de energia, que frequentemente se
manifestam na forma de variações de temperatura.

As reações fotoquímicas são reações que necessitam de luz (visível ou não) para serem
desencadeadas. A fotossíntese realizada pelas plantas é o exemplo mais comum de reação
fotoquímica que ocorre na Natureza. Mas existem muitos outros exemplos (formação e
decomposição do ozono estratosférico).

Há materiais que sofrem degradação, como plásticos e polímeros, mediante reações químicas,
quando sujeitos à ação da luz, mas também aplicações tecnológicas importantes que resultam de
reações fotoquímicas – por exemplo, a fotoesterilização, em que se utiliza radiação UV para
esterilização de água e de outros materiais, tem aplicações importantes na medicina e nas indústrias
farmacêutica e alimentar.

A existência de materiais fotossensíveis, ou seja, que reagem facilmente na presença da luz, também
possibilita muitas aplicações. Um exemplo deste tipo de materiais são os sais de prata, que escurecem
por ação da luz. Por isso, são utilizados em lentes de óculos que escurecem com o sol e que voltam a
ficar claros em ambientes com menor luminosidade. Já foram igualmente utilizados em películas para
fotografia a preto e branco.

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O cloreto de prata, AgCℓ, por exemplo, é uma das substâncias que na presença de luz sofre uma
transformação química.

O cloreto de prata é um sólido branco que pode ser obtido por uma reação de precipitação entre duas
soluções aquosas. Nesta Atividade Laboratorial, faz-se reagir uma solução aquosa de cloreto de sódio
e uma solução aquosa de nitrato de prata (de igual concentração), permanecendo em solução o
nitrato de sódio.

A equação química que traduz esta reação é:

𝐍𝐚𝐂𝓵(𝐚𝐪) + 𝐀𝐠𝐍𝐎𝟑 (𝐚𝐪) → 𝐀𝐠𝐂𝓵(𝐬) + 𝐍𝐚𝐍𝐎𝟑 (𝐚𝐪)

Quando exposto à luz, o sólido decompõe-se obtendo-se prata metalizada e libertando-se cloro
gasoso. Esta reação só ocorre se a luz for constituída por fotões de energia suficiente.

A equação química que traduz esta reação é:


𝐥𝐮𝐳
𝟐 𝐀𝐠𝐂𝓵(𝐬) → 𝟐 𝐀𝐠(𝐬) + 𝐂𝓵𝟐 (𝐠)

Para regular a luz incidente, a mistura á feita das soluções é feita em tubos de ensaio previamente
embrulhados em papel celofane de diferentes cores.

QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. A preparação do cloreto de prata envolve a mistura de duas soluções A e B.

Solução
Aspeto Informação de segurança
aquosa
Transparente
A É inofensiva, quer seja concentrada ou diluída.
incolor
Se for concentrada é corrosiva.
Transparente
B Se for diluída provoca manchas que desaparecem com a
incolor
regeneração da pele.

Qual das soluções de cloreto de sódio? E qual é de nitrato de prata?


A. Solução aquosa de cloreto de sódio
B. Solução aquosa de nitrato de prata

2. Complete o texto do fundamento teórico com as equações químicas em falta.

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3. Para investigar o efeito de diferentes tipos de luz (vermelha, azul e branca) no escurecimento do
cloreto de prata, quais as variáveis que é necessário controlar?
Como só se pretende observar o efeito da variação do tipo de luz incidente no escurecimento
da solução deve-se utilizar em todos os ensaios: a mesma quantidade de amostra em análise;
lâmpadas com igual potência; igual distância entre a lâmpada e o tubo de ensaio onde está
colocada a amostra; igual tempo de exposição à luz.

4. Considerando os riscos associados aos reagentes utilizados e aos produtos obtidos, nesta
Atividade Laboratorial, que a seguir se apresentam:
- o nitrato de prata é um sólido venenoso e forte agente oxidante, a ponto de causar queimaduras por
contato direto e irritação por inalação ou contato com a pele, mucosas ou olho. Recomenda-se o uso de
luvas durante a execução da atividade experimental;

- o cloro é um gás muito tóxico (neurotóxico),

e supondo que as quantidades envolvidas são significativas, onde deveria ser realizada a
experiência?

Como a substância mais perigosa é o cloro e é gasoso, para evitar a sua inalação a atividade deve
ser realizada na hotte.

5. O cloro, Cℓ2 (g), libertado durante a reação em estudo é um gás tóxico. Contudo, a reação pode
ser realizada sem receio, desde que em pequena escala, porque:

(A) O cloro libertado não é tóxico.


(B) O cloro forma-se em estado líquido e não se espalha na atmosfera.
(C) A quantidade de cloro que se liberta é diminuta.
(D) Não há formação de cloro.

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MATERIAL E REAGENTES
Identifique o material e os reagentes que vai utilizar, indicando o alcance e a incerteza de leitura
associada aos instrumentos de medida.

- tubo de ensaio (5)


- pipeta graduada de (1,000 ± 0,006) mL (2) - folha de papel de alumínio
- pompete (2) - papel celofane azul
- suporte para tubos de ensaio - papel celofane vermelho
- gobelé de 250 mL - papel celofane verde
- rolhas de cortiça (5)

- sol. aquosa de nitrato de prata 0,010 mol dm‒3


- sol. aquosa de cloreto de sódio 0,010 mol dm‒3

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Preparar cinco tubos de ensaio, embrulhando cada um deles em alumínio, em papel celofane azul,
em papel celofane vermelho, em papel celofane verde e deixando o último por embrulhar.
2. Juntar todos os tubos de ensaio e embrulhar em conjunto em papel de alumínio.
3. Medir 1,0 mL de solução aquosa de nitrato de prata 0,010 mol dm‒3 , com uma pipeta graduada,
para cada um dos tubos de ensaio.
4. Medir 1,0 mL de solução aquosa de cloreto de sódio 0,010 mol dm‒3 , com uma pipeta graduada
e adicionar a cada um dos tubos de ensaio. Rolhá-los com tampas opacas.
5. Remover a folha de alumínio que embrulha o conjunto para expor os tubos de ensaio à luz (de
preferência à luz solar direta).
6. Após cerca de 15 minutos de exposição à luz, remover o alumínio e os papeis de celofane e
registar as observações.

Alterações ao procedimento

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REGISTO DE OBSERVAÇÕES

Tabela I – Registo de observações

Tubo de ensaio Tipo de papel Observações

A papel de alumínio o sólido continua branco


escurecimento acentuado do
B celofane azul
sólido
C celofane verde escurecimento do sólido
D celofane vermelho o sólido continua branco
escurecimento muito acentuado
E sem papel
do sólido

O cloreto de prata (sólido branco) que foi protegido da ação da luz, com a folha de papel de
alumínio, continuou branco, assim como o cloreto de prata protegido com o papel de celofane
vermelho. Nos restantes casos, observou-se a formação de um sólido escuro. O enegrecimento do
sólido branco (devido à formação de prata metálica) foi muito menos acentuado no caso em que
se utilizou o tubo protegido com papel celofane verde comparado com o enegrecimento do sólido
branco no tubo protegido com papel celofane azul.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

1. Ordene os tubos de A, B, C, D a E por ordem crescente da energia da luz incidente na amostra.

R: A (ausência de luz) < D (luz vermelha) < C (luz verde) < B (luz azul) < E (luz branca)

2. Qual é a cor da luz incidente com energia mínima que permite o escurecimento do cloreto de
prata.

R: Verde.

3. Caso se tivesse utilizado papel celofane violeta haveria ou não escurecimento do cloreto de prata.

R: Haveria escurecimento do cloreto de prata porque a luz violeta é a mais energética do


espetro visível.

4. Qual é a função da folha de alumínio que embrulha todos os tubos de ensaio no passo 2 do
procedimento?

R: A folha de alumínio protege o cloreto de prata da luz.

5. Por que motivo foram desembrulhados ao mesmo tempo no passo 6 do procedimento?

R: Ao retirar a folha de alumínio de todos os tubos ao mesmo tempo garante-se que o tempo
de exposição é o mesmo para todos.

BOM TRABALHO!

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