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Psicoterapia Breve

Trio: Mara Assucena, Francisca Keyla e Maria Letícia – 9° semestre em


Psicologia.

Roteiro:
Psicóloga Aline: - Olá Lenice! Bom dia.
Paciente Lenice: - Olá, bom dia.
Psi. Aline: - Pode sentar, fique à vontade.
Pac. Lenice: - Obrigada!
Psi. Aline: - Saudade de você e dos nossos encontros, estava sumida. Quer álcool em
gel?
Pac. Lenice: - Quero.
Psi Aline: - Pode tirar os óculos tá bom?! Pode ficar à vontade!
Pac. Lenice: - Não. Eu prefiro ficar de óculos mesmo.
Psi. Aline: - Tudo bem! O traz você a esse retorno com intervalo tão distante?
Pac. Lenice: - Eu ando com uns problemas pessoais e não está dando para eu vir como
eu gostaria de estar vindo como antes, porque aumentaram os meus problemas e eu
tive até mais crises de ansiedade e foi por isso que vim hoje. E eu queria até perguntar
para você se eu poderia sair até antes do horário, porque eu tenho que está em casa
logo.
Psi. Aline: - Tudo bem! No seu tempo tá?! Você só me dar um “toquezinho” antes para
a gente encerrar.
Pac. Lenice: - Tá certo!
Psi. Aine: - Mas o porque de não aproveitar o momento completo? Tem algum motivo
específico?
Pac: - Assim... Não é nenhum motivo específico não, é só porque tenho que estar em
casa mesmo esse horário.
Psi. Aline: - Tudo bem. E como você tá? Porque que suas crises aumentaram?
Pac. Lenice: - É... Eu não sei porque aumentaram, mas não tá legal. E eu resolvi vim
para cá hoje. Pedir ajuda né?!
Psi. Aline: - Quando foi que você teve sua última crise?
Pac. Lenice: - Foi vindo para cá no ônibus!
Psi. Aline: - E você veio sozinha ou acompanhada por alguém?
Pac. Lenice: - Sim! Ninguém sabe que estou aqui, eu estou aqui... Eu vim só.
Psi.Aline: - Certo! E você acha que teve algum motivo que lhe fez ter essa crise? Foi a
ansiedade de poder estar aqui de novo ou foi um motivo que eu não estou por dentro?
Algo assim? Ou por questões de rotina mesmo? O que anda fazendo?
Pac. Lenice: - É por questão de rotina mesmo.
Psi. Aline: - Por ocupações né?! E estas ocupações são agradáveis e estão lhe fazendo
bem?
Pac. Lenice: - Eu não estou bem sabe? Estou tendo muitas crises. Eu estou com medo,
choro sempre. E esse aqui é o único lugar que consigo ficar melhor, me sinto à vontade
e hoje eu tive a oportunidade de vim aqui. Mas como eu falei tenho que voltar logo.
Psi. Aline: - Sim, entendi. E você sente medo de quê? Você pode falar?
Pac. Lenice: - Tenho medo de falar também! Eu não estou bem. Se quiser, pode mudar
de assunto? Me sinto até melhor.
Psi. Aline: - Lenice, como já lhe disse em outros encontros nossos aqui é um lugar que
você tem direito de compartilhar e eu tenho conceito ético para escutar sua partilha. É
um lugar que você pode se sentir segura e sentir confiança de falar o que sentir
necessidade.
Pac. Lenice: - Tá bom.
Psi. Aline: - Você quer uma água?
Pac. Lenice: - Não, não quero nada. O que eu falar aqui vai ficar aqui você me
promete?
Psi. Aline: - Prometo! Como profissional e como pessoa!
Pac. Lenice: - Porque eu temo com o que possa acontecer, sabe?! É... Eu venho
sofrendo violência do meu marido! E não sei mais para quem pedir ajuda, porque se eu
falar com a minha família, ele já ameaçou de fazer alguma coisa com a minha família. E
por causa dessa pandemia a gente está tendo mais convívio e ele está cada vez pior. E
esse machucado aqui é até uma consequência do que ele fez comigo.
Psi. Aline: - Você poderia me falar por qual motivo ele fez isso?
Pac. Lenice: - Foi porque ele saiu para beber com os amigos. Ele chegou 02:00 da
manhã e eu tive que levantar para esquentar a comida dele, mas eu esquentei demais.
Daí ele jogou o prato em mim, né?! Eu tive queimadura, aqui nas pernas, olha. E ele me
deu um soco! Mas logo ele se arrependeu, sabe? Pediu desculpas e disse que me
amava e eu perdoei. Porque acho que ele só ficou nervoso por conta disso e realmente
foi culpa minha por ter esquentado a comida demais, sabe? E também, já depois disso,
isso aconteceu também, no meu braço porque ele já voltou a me agredir hoje mais
cedo. Para eu fazer o café da manhã. E quando ele saiu, eu senti mais medo ainda, por
isso vim aqui! Pedir ajuda! E essa crise de ansiedade que tive no ônibus quando eu
estava vindo para cá, foi por medo de ele me achar na rua ou chegar em casa eu não
estando. Então vi aqui como minha única solução, porque não tenho mais onde correr,
eu não posso pedir ajuda para minha família. Doutora eu queria muito que você me
ajudasse porque eu estou desesperada! Eu não sei mais o que faço. Não como é que
eu vou fazer se eu chegar em casa. Eu temo pela minha vida e pela vida da minha
família.
Psi. Aline: - Esse seu medo Lenice é muito compreensível! Mas com seu
consentimento, posso garantir para você que compartilhando somente um pouco da
sua história com outros profissionais posso ajudar você. Como a Rita que é a
Assistente Social do CRAS do seu bairro. Que pode lhe orientar como dar os primeiros
passos para você sentir segura, como um abrigo para você se resguardar com o auxílio
da Polícia Civil. Como sua família é distante e você não pode ter acesso a sua família,
então é descartada a possibilidade de ser seguro você se abrigar juntos a eles. Então
ela pode lhe auxiliar nesse processo de buscar um lugar seguro para você ficar
tranquila. Você concordando como vou lhe passar o encaminhamento para você passar
por ela. Posso está entrando em contato com ela para vê a possibilidade de adiantar
seu caso hoje mesmo para você não se preocupar mais. Inclusive Lenice, Rita está
aqui no campo estava fazendo um serviço de um projeto e pelo horário já deve está
encerrando o momento. Então se sentir certa de sua decisão posso estar chamando-a
aqui.
Pac. Lenice: - Estou certa! Quero sim.
Psi. Aline: - Tem certeza né?
Pac. Lenice: - Sim! Tenho sim.
Psi. Aline: - Posso chamá-la para vir aqui?
Pac. Lenice: - Pode sim!
Psi. Aline: - Pois vou mandar mensagem para ela. Enquanto a Rita vem aqui, quero
dizer a você que você está tomando a decisão certa, não se sinta culpada, não se sinta
coagida a fazer isso tá?
Pac. Lenice: - Tá!
Psi. Aline: - Tudo que nossa equipe pode fazer desde o início do acompanhamento é
para lhe ajudar, é para lhe ofertar uma qualidade de vida melhor, é conseguir a melhor
solução para sua situação. Vamos continuar disponíveis para você. Eu como sua
psicóloga vou continuar disponível para você, para gente continuar com a psicoterapia.
Então esteja ciente que estou disponível para lhe ajudar, nossos serviços estão
disponíveis para você. Você tem meu WhatsApp se precisar, em momento de crise ou
outra coisa, pode falar comigo! Que no que eu puder vou lhe ajudar!
Assistente Social do CRAS Rita: - Com licença! Bom dia. Aline você me chamou?
Psi. Aline: - Sim Rita! Quero lhe apresentar Lenice.
AS Rita: - Olá, prazer! Meu nome é Rita. Sou Assistente Social do CRAS II.
Psi. Aline: - A Lenice já é uma paciente nossa a um tempo. E hoje ela tomou uma
decisão importante para buscar uma solução para o problema que ela passa. Ela sofre
violência domésticas. Tenho o consentimento dela para está lhe expondo isso. E hoje
no nosso encontro ela decidiu aceitar a nossa ajuda e sua ajuda como profissional para
orientá-la e acompanhá-la nesse processo para fazer a queixa contra o marido e buscar
um abrigo, um lugar seguro para que ela se sinta protegida.
AS Rita: - Certo Aline! Lenice saiba que esse passo é o mais importante que você está
dando! Você terá nosso apoio. Gostaria que você me acompanhasse para a sala ao
lado para eu lhe passar orientações e caso você queira eu possa estar também lhe
acompanhando.
Pac. Lenice: - Eu quero!
Se despendem. Fim!

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