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FACULDADE DE GUARANTÃ DO NORTE – UNIFAMA

Mantida pela UNIFAMA – União das faculdades de Mato Grosso


Curso de Bacharelado em Psicologia
Semestre: 8º
Disciplina: Psicoterapia Breve
Professor: Elton Borba
Acadêmico: Andrei Felipe dos Santos Lima

ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Guarantã do Norte,
Junho de 2020.
PRIMEIRA SESSÃO –
 Rapport:
 Atualização do estado do cliente:
 Verificação do humor:
 Expectativas que o cliente em relação ao processo terapêutico
 Estabelecimento de uma agenda para a sessão
 Tarefa de casa
 Resumo
 Feedbac

Atualização do estado do cliente/paciente


Primeira entrevista focada na queixa:

F, casado, pai de dois filhos, profissional liberal, atua no ramo financeiro,


formado em contabilidade.

Queixa do cliente: estou passando por problemas no meu


relacionamento, eu quero achar uma solução, eu não sei mais o
que fazer.

Verificação e classificação de humor:

T: Você já me falou sobre o que lhe trouxe à terapia (atualização


do estado do cliente), agora eu preciso saber como você está se
sentindo hoje.
F: Sinto tristeza e insegurança

Expectativas do paciente em relação a terapia:

T: O que você espera alcançar com a terapia?


F: Quero que as coisas fiquem bem, que elas encontrem o seu
lugar e que possamos viver bem juntos.

Estabelecimento de uma agenda para a sessão

Foco: Problemas conjugais


T: Eu preciso informar-lhe sobre como funciona a terapia cognitiva
(educação do cliente sobre o modelo cognitivo) e detalhes sobre o
atendimento (enquadramento). Eu vou lhe passar algumas tarefas para você
fazer em casa (tarefa de casa), e, no final, eu vou relembrar o que falamos
(resumo) e vou querer saber o que você achou da terapia (feedback).

A devolução diagnóstico-prognóstica

F: A terapia não pode garantir que vocês terão uma vida juntos. A terapia vai
auxiliar você no enfrentamento da situação. Você vai aprender ouvir seus
pensamentos e questiona los, para diferenciar o que é real e o que
imaginário, porque são os nossos pensamentos que provocam nossas
emoções e determinam os nossos comportamentos. Dessa forma
trabalharemos para recuperar sua segurança e autoconfiança.

Psicoeducação:

T: Eu gostaria que você me contasse uma situação recente em


que você se sentiu particularmente desconfortável.

F: Eu me sinto triste, as vezes eu me sinto inseguro, quando


chego em casa do trabalho e minha esposa está distante e fria.
T: Qual pensamento passa por sua cabeça?
F: Que ela me rejeita, porque está envolvida com outra pessoa.

Situação: distanciamento e frieza da esposa


Pensamento: Ela está envolvida com outra pessoa
Emoção: tristeza

T: Você desconfia que ela tem outra pessoa?


F: Às vezes
T: O que te leva a acreditar nisso?
F: Ela já teve outras pessoas
T: Estando em um relacionamento com você?
F: Sim
T: você perguntou a ela se ela tem outra pessoa?
F: Sim
T: O que ela respondeu?
F: que não tem
T: Mesmo ela dizendo que não tem, você se sente inseguro?
F: Porque em outras ocasiões ela mentiu, disse que não estava, mas estava.

Pensamento automático: . Se meu casamento acabar, perco tudo que


construir, a família, a relação, o amor, tudo que fazia sentido.
Crença central: Desamor

T: Porque você aceita este relacionamento?


F: Porque eu a amo muito, e quero manter meu casamento.
T: E sua esposa quer manter essa relação?
F: ás vezes parece que sim.
T: E se ela dissesse que não quer mais o casamento?
F: Eu sofreria muito. Eu quero ser amado por ela.
T: O que pensa em sua cabeça que te faz sofrer?
F: Perder tudo que construir, a família, a relação, o amor, tudo que fazia
sentido.
T: Você acredita que pode se reconstruir?
F: Eu não sei. Eu não quero terminar o meu casamento, eu quero que minha
esposa me ame, me aceite, me de valor.
T: E se esse seu desejo não for possível? Você conseguiria viver só?
F: Acho que sim. Mas não conseguiria viver com pessoas que não fosse
minha família.

Conjunto de pensamentos crença forma o Esquema Cognitivo, que será


apresentado através do Mapa Cognitivo.
Enquadramento

O horário combinado deve ser respeitado, evitar atrasos, o tempo de


duração da sessão (50 minutos) e de todo o processo terapêutico terá
duração de um semestre, o lugar (sala 01), faltas (depois de duas faltas sem
justificativa o cliente é desligado da terapia), os honorários (geralmente é
cobrado por sessão. (R$ 120 ,00 clientes) e as responsabilidades do
profissional e do cliente (quanto ao respeito, liberdade, integridade e
dignidade) e o aspecto do sigilo (em termos de confiança, intimidade e
confidencialidade) e encerramento e devolução das informações.

 Tarefa de casa:
 Olhar no espelho e afirmar positivamente: Eu te amo, eu te
aceito.

A SEGUNDA SESSÃO

 Rapport
 Verificação do humor
 Ponte com a sessão anterior:
 Revisão das tarefas de casa da sessão anterior
 Itens complementares da agenda
 Educação do cliente sobre o modelo cognitivo: Ensinar o
cliente a preencher o Diário de Pensamentos Disfuncional
 Uso de técnicas e estratégias cognitivo-comportamental
 Tarefa de casa
 Resumo
 Feedback

Verificação do humor:

T: O quanto você se sente...? Nada ou muito pouco (até 20%) um


pouco (21 a 40%) moderadamente (41 a 60%) muito ou bastante (61 a 80%)
intensamente (80 a 100%)

F: (41 a 60%) muito ou bastante Triste, e inseguro.


Ponte com a sessão anterior:
Queixa: estou passando por problemas no meu relacionamento,
eu quero achar uma solução, eu não sei mais o que fazer.

T: Na sessão anterior você disse que estava passando por


problemas conjugais. Quais problemas você está enfrentando?
F: Eu me sinto muito triste, as vezes eu me sinto inseguro.
T: O que te deixa triste e inseguro?
F: Como eu disse a distância e frieza da minha esposa.
T: Sua esposa sempre foi assim?
F: Não
T: Quando ela começou a se comportar dessa forma?
F: faz alguns anos.
T: Você saberia dizer o que provocou esse comportamento nela?
F: Meu excesso de peso.
T: Mais alguma coisa que você se lembre?
F: Não, lembrei... o concurso, foi algo muito importante para ela, ela
teve que abrir mão por minha causa.
T: Quando vocês se casaram você já estava acima do peso?
F: Sim, mas eu engordei muito depois do casamento.
T: Então guando se casaram já tinha sobrepeso?
F: Sim.
T: Porque motivo acha que ela se tornou fria pelo seu sobrepeso?
F: Por que é algo que ela sempre teve dificuldade em conviver.
T: Como soube dessa dificuldade dela?
F: Ela me contou.

 Revisão das tarefas de casa da sessão anterior: você


conseguiu se olhar no espelho e repetir as frases positivas?
F: Eu me olhei rapidamente, mas não quis falar nada.

Educação do cliente sobre o modelo cognitivo:


Ensinar o cliente a preencher o Diário de Pensamentos Disfuncional
T: Quando você perceber que o seu humor está piorando, pergunte a
si mesmo O que está passando pela minha cabeça agora? E assim
que possível, anote o pensamento na coluna; Pensamento Automático
e complete o quadro abaixo
Registro de pensamentos;

Dat Situaç Pensamen Emoç Comportame


ae ão to automático ão nto
hor (PA)
a
Que evento Que Que emoção O que você
real, fluxo de pensamento (s) você sentiu fez?
pensamentos, e/ou imagem (ns) neste
sensações passou pela sua momento?
físicas, cabeça? E o (tristeza,
devaneios ou quanto você raiva,
recordações acreditou em ansiedade,
levou à cada um no etc.) e qual a
emoção momento? intensidade?
desagradável
?
07/05/202 Frieza Ela tem outro Triste: 80% Me isolei, sentei no
0 às da minha 60% Rejeitado: chão da áera e
10:30 esposa 90% chorei.
quando eu
disse que a
amava

Tarefa de casa: Repetir diante do espelho palavras


positivas, encontrar algo que goste de fazer, ler um artigo
sobre autocuidado.
Resumo: Nesta sessão identificamos pensamentos
automático e reconhecemos sentimentos envolvidos e como
eles influenciam no seu comportamento
Feedback: Você conseguiu identificar os pensamentos
disfuncionais?
F: Sim, quando ela estava distante e eu julguei que ela
estava envolvida com outra pessoa.
TERCEIRA SESSÃO
 Rapport
 Verificação do humor
 Ponte com a sessão anterior:
 Revisão das tarefas de casa da sessão anterior
 Itens complementares da agenda
 Perguntas sobre as evidências: Questionamento da validade
dos pensamentos
 Tarefa de casa
 Resumo
 Feedback

Verificação do humor: 40% Triste com a situação, ¨60% com raiva


de mim.

Revisão das tarefas de casa da sessão anterior:


TVocê teve facilidade repetir diante do espelho palavras positivas,
encontrar algo que goste de fazer, ler um artigo sobre
autocuidado?
F: Eu me olhei no espelho duas vezes essa semana, e disse como
posso me amar? Gosto de fazer coisas com minha esposa, minha
família, gosto de fazer coisas com ela e para ela. Eu li alguma
coisa sobre cuidado, eu quero me cuidar porque tenho esperança
de agradar ela. Eu emagreci muito nos últimos anos, mas parece
que nada que eu faça a agrada. Eu só queria que ela me amasse.
Como posso me amar? Eu sou feio, ela não gosta de mim. Eu
estou emagrecendo, estou fazendo tudo que ela me pediu porque
ela não me ama?

Perguntas sobre as evidências: Questionamento da validade


dos pensamentos
O cliente será ensinado a enfrentar, através de respostas
adaptativas, seus pensamentos disfuncionais. Pode-se utilizar de
perguntas do tipo:

Pensamento: Minha esposa não me ama porque eu sou feio, sou


gordo.
Distorção de pensamento: Rotulação, raciocínio emocional.
Crença limitante: Desamor (eu não sou atraente)

1) Qual a evidência de que o pensamento é verdadeiro?

T: Quando vocês se casaram você já estava acima do peso?


F: Sim, mas eu engordei muito depois do casamento.
T: Então guando se casaram já tinha sobrepeso?
F: Sim.
T: Porque motivo acha que ela se tornou fria pelo seu sobrepeso?
F: Por que é algo que ela sempre teve dificuldade em conviver.
T: Como soube dessa dificuldade dela?
F: Ela me contou.

2) Há uma explicação alternativa?

T: Você saberia dizer o que provocou esse comportamento nela?


F: Meu excesso de peso.
T: Mais alguma coisa que você se lembre?
F: Não, lembrei... o concurso, foi algo muito importante para ela,
ela teve que abrir mão por minha causa.

3) O que é o pior que poderia acontecer?

Você relatou a perda de um concurso. Em que momento


aconteceu?
F: No terceiro ano de casado.
T: Há quanto tempo estão casados?
F: Vai fazer treze anos.
T: E foi a partir desse evento que ela tornou se fria e distante?
F: Não.
T: Como essa perda afetou seu relacionamento?
F: Ela se tornou uma mágoa. Que constantemente aparece.
T: De que forma esse concurso representa uma mágoa?
F: Uma falta de apoio, uma perda de um sonho.
T: Ela te culpa?
F: Sim
T: Você se sente responsável?
F: Sinto
T: Porque?
F: Porque na época eu poderia fazer algo que poderia ser
diferente, mas devido a minha decisão ruim passamos por tudo
isso.

Eu poderia superar isso?


T: Qual decisão você tomou?
F: Na época acredita que iriamos manter os dois empregos e ter
uma ótima renda, mas deu tudo errado.
T: O eu você pensou quando optou pelo seu emprego?
F: Pensei em ser prático, mas ela ficou longe de mim por quase
um ano, e pediu exoneração do concurso para voltar pra casa,
porque ela não conseguiu transferência e nem eu.
T: Qual outra decisão você acharia certa?
F: Eu teria saído do meu trabalho e teria vindo embora, ficar
com ela.
T: O que aconteceria se você tivesse saído do seu emprego?
F: Eu não sei ao certo, mas acho que a gente teria sofrido
menos.
Qual é o resultado mais realista?
Talvez eu tenha decepcionado ela, talvez ela deixou de me
amar, ou se sentiu desvalorizada. Acho que não cumpri com
suas expectativas.
4) Qual é o efeito de eu acreditar no pensamento automático?
F: Muito sofrimento, tristeza, culpa, medo de não ser amado,
ser rejeitado. Me sinto desvalorizado.
5) Qual poderia ser o efeito de eu mudar o meu pensamento?
Não sei ao certo se faz diferença agora, eu continuo a
querer nosso casamento, e me sinto angustiado, porque
nada que eu faça, muda a visão dela sobre mim. Eu amo, a
valorizo, mas ela diz que perdoou, mas sinto que não.
6) O que eu deveria fazer
Eu não sei o que posso fazer, além de lamentar, tenho medo
da perda. Vou continuar minhas metas e dar espaço para
ela.

Tarefa de casa: fazer um resumo da terapia


 Fazer exercícios aeróbicos.
 Identificar, testar e responder aos pensamentos automáticos.
 Usar registro de RPD, (pensamentos disfuncionais)
 Escrever diário de auto declarações positivas.

Hipótese diagnóstica: F 60 - transtorno de personalidade ansiosa (de


Evitação)
 Sentimento persistente e invasivos de tensão e apreensão.
 Crença de ser pessoalmente desinteressante
 Relutância em se envolver com pessoas, a não com a certeza de ser
apreciado.
 Restrição no estilo de vida devido a necessidade de segurança física.

QUARTA SESSÃO –

 Rapport
 Verificação do humor
 Ponte com a sessão anterior:
 Revisão das tarefas de casa da sessão anterior
 Itens complementares da agenda
 Educação do cliente sobre o modelo cognitivo: sobre o seu
transtorno
 Uso de técnicas e estratégias cognitivo-comportamental
 Tarefa de casa
 Resumo
 Feedback

Verificação do humor: 40% Triste com a situação, 50¨%


inconformado

Ponte com a sessão anterior

T: Pelo que conversamos até aqui os motivos que você acha


que ela se tornou fria pelo seu sobrepeso mudou?
F: De certa forma também levo em consideração, por que é algo
que ela sempre teve dificuldade em conviver. Ela me contou
Antes do casamento, ainda no namoro.
T: Porque motivo ela se casou se tinha dificuldade em conviver?
F: Eu não sei, eu acreditava que ela me amava. Mas por várias
vezes ela disse que não foi esse motivo, mas não sei dizer ao
certo.
T: Que motivos eram esses?
F: Problemas com a família. Ela queria sair de casa.
T: Quando você soube?
F: há alguns anos.
T: Como aconteceu?
F: Estávamos passando por dificuldades de relacionamento, ela
não estava bem, em um dia numa discussão, ela me contou.
T Como você se sentiu em relação a isto?
F: Muito triste, impotente. Queria ajudar de alguma forma, mas não
sabia como.
T: Quem você queria ajudar?
F: Minha esposa.
T: Porque?
F: Porque ela é importante para mim. Ela estava sofrendo muito.
T: De que forma ela estava sofrendo?
F: Ela chorava muito, tinha muitos dores no corpo, alguns acessos
de raiva.
T: Ela ainda possui estes sintomas?
F: Às vezes.
T: Em que momento?
F: Quando brigamos.
T: Porque esses sintomas aparecem quando vocês brigam?
F: Eu não sei.

Técnicas de resolução de problemas.


Após a identificação dos pensamentos automáticos e avaliação dos erros
cognitivos foi entregue uma lista de distorções cognitivas para a paciente
fazer a consultas e avaliar seus próprios pensamentos.

Técnica : modificação de crença nuclear _ Judith Becker

 Crença nuclear: Desamor


 Modificação da crença: Formulação de nova crença nuclear.

T: Sobre a crença nuclear “ Eu não sou amado porque sou feio. Qual
outra crença você poderia inserir que fosse mais apropriada?

P: Eu sou amado por minhas filhas, por meu pai, minha esposa me
ama do jeito dela, eu sou amado, não do jeito que quero, que eu
preciso, mas não tem nada a ver com minha aparência, tem a haver
com o que ela pensa sobre mim, e isto não me define, eu sou muito
mais que um corpo. Eu quero ser amado pela minha esposa, mas isto
não está em uma falta minha, eu lhe dei tudo que eu podia para ela me
amar, mas não é o que doamos, é o que a outra pessoa busca. Eu sou
merecedor de uma família, eu sou merecedor de amor, lamento minha
esposa não perdoar me. Lamento não conseguir reparar suas perdas.

T: O que você acha de adotar uma nova crença: Eu sou merecedor de


amor, eu nasci para amar.

P: Vou pensar a respeito.


Diagnóstico

Transtorno Conteúdo do pensamento típico

F 60 - transtorno de  Sentimento persistente e invasivos de


personalidade tensão e apreensão.
ansiosa (de  Crença de ser pessoalmente
Evitação) desinteressante
 Relutância em se envolver com pessoas, a
não com a certeza de ser apreciado.
 Restrição no estilo de vida devido a
necessidade de segurança física.

Tarefas de casa:
 Praticar de exercícios físicos e atividade que lhe proporcionam prazer.
 Praticar uma atividade que gosta.
 Identificar vantagens e desvantagens (de pensamentos específicos,
crenças, comportamentos, ou escolhas ao tomar uma decisão)

QUINTA SESSÃO -

 Rapport
 Verificação do humor
 Ponte com a sessão anterior:
 Revisão das tarefas de casa da sessão anterior
 Tarefa de casa
 Término
 Feedback

T: O quanto você se sente...? Nada ou muito pouco (até 20%) um


pouco (21 a 40%) moderadamente (41 a 60%) muito ou bastante (61 a 80%)
intensamente (80 a 100%)

F: moderadamente triste, (41 a 60%)

Término da terapia: ponte com a sessão anterior


Pensamento: Se eu fizer o que ela quer, ela vai me amar
Distorção cognitiva: imperativos.
Crença nuclear: Desamor

T: Pelas suas respostas sua esposa sempre alterna a postura, as


vezes está satisfeita, às vezes não está, durante quase treze
anos, você tem convivido com ela assim. Em que isto te afeta?
F: Nesses treze anos, nunca tínhamos separado dessa forma.
T: Então houve outra separação?
F: Sim
T: Como foi?
F: Foi doloroso e difícil
T: Mas, e dessa vez como foi?
F: Muito difícil, machucou bastante, o tempo que ficamos
separados foi muito doloroso.
T: Com o que você está inseguro?
F: Tenho medo da perda.
T: O que você acha que aconteceria caso vocês se
separassem?
F: Eu sofreria muito.
T: você não está sofrendo agora?
F: Depende o momento.
T: Em que momento você não sofre?
F: Quando a gente está bem, quando a gente não briga, quando
eu sinto que ela está próxima de mim.
T: porque costumam brigar?
F: Quando ela diz quer se separar.

Situação: Estou bem quando não brigamos, quando ela fica próxima
a mim.

Crença intermediária: Se ela faz minha vontade, logo me ama.

Emoção: Alegria, confiança.


Atitude: Brinca com as filhas

T: Você sente que depende dela para estar bem?


F: Não, passo muito tempo do meu dia sem estar com ela.
T: E nesse tempo você está bem?
F: Sim
T: Mesmo que ela esteja fria?
F: Não dependo dela, acho difícil alguém não estar bem quando
briga com quem é casado e estar bem no trabalho. O que
machuca é quando a gente briga, quando não estamos legal,
não fico bem em lugar nenhum. Quando a gente não briga, eu
me sinto melhor.
T: Você já tentou suicídio?
F: Sim, duas vezes, ela queria me deixar

Situação: Quando ela pede separação.


Pensamento: Ela vai me deixar por outro
Emoção: Tristeza, insegurança, raiva.
Atitude: Chantagem emocional

T: Suas esposas te impõem condições para você cumprir coo


forma de continuar com o relacionamento?
F: Às vezes
T: você concorda com suas imposições?
F: Sim
T: você costuma tomar decisões próprias sem consulta la?
F: Depende
T: você possui projetos pessoais? Quais?
F: Sim, negocio on line
T: você daria seguimento caso se separasse?
F: Sim
T: você já sujeitou a situações constrangedoras na esperança
de manter o relacionamento?
F: Sim
T: Qual sua postura agora em relação ao seu relacionamento?
F: vou dar o melhor de mim e fazer a minha parte.
T: O que isso significa?
F: Eu vou fazer a minha parte e dar o meu melhor para que
todos fiquem bem. Eu não posso prever o futuro.

Revisão das tarefas de casa:


T: você tem conseguido cumprir sua atividade?
F: Me esforço, na medida do possível.

Feedback: A terapia me faz pensar, me questiono, é um


processo dolorido.

Tarefa de casa:
Registro dos pensamentos automático e do diário de atividades

Avaliação: O paciente colaborou com processo terapêutico.

Resultado: Diante de sua atual condição psíquica o mesmo


encontra se em terapia para melhor enfrentamento da situação e
lidar com suas emoções.
Referência Bibliográfica

Becker. Judith. S. (1997). Terapia Cognitiva Comportamental- teoria e prática. Porto


Agre, Artmed. 2ª edição.

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