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Adorno entende assim a educação para a emancipação como uma

educação para a autonomia, para a reflexão, a resistência e a autodeterminação:


confia em que o uso livre e soberano do pensar por parte
de cada indivíduo seria uma ferramenta adequada para combater a
irracionalidade que tomou conta da história europeia no século XX.
Se a Alemanha caiu na barbárie, se os alemães participaram de um
processo histórico monstruoso e irracional foi porque não tinham
consciência dele, porque não podiam perceber aonde levaria tudo
aquilo do qual tomavam parte sem ter plena consciência.

trata-se de formar uma consciência para que ela reconheça este ou aquele conteúdo de
verdade ou de formar uma consciência que verdadeiramente possa se exercer por si
própria?
a) mostrar que, no capitalismo contemporâneo, a organização do mundo converteu-se a si
mesma em ideologia; b) afirmar o bom uso da capacidade de julgar de cada um dos
participantes de uma democracia. De modo tal que um verdadeiro processo de formação
precisa fornecer tanto os elementos necessários para um exercício soberano e livre da
consciência quanto as condições para sua prática

Sem educação crítica – o que, segundo vimos, no seu caso, significa sem uma formação política
e cultural que crie as condições para um exercício autônomo, livre e soberano da consciência –
não há emancipação possível. Em certo sentido, a educação é também o espaço de encontro
do indivíduo com a sociedade: uma educação que permita a emancipação individual, através
da formação crítica, é a condição e o caminho mais sólido para a emancipação social

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