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RESUMO – COMO LER UM LIVRO

PARTE 1

Este livro é a arte de ler para entender

Capítulo 1

Toda leitura é ativa

A leitura três dois objetivos: informar, entender ou divertir.

Ler para informar nos torna ciente de fatos e acontecimentos, mas não
proporciona aumento do nosso conhecimento.

Ler para entender ocorre quando lemos algo que não entendemos
completamente e isso expande o nosso conhecimento.

Ler para entreter é ler por diversão.

Leitura é aprendizado. O esclarecimento só ocorre quando além de saber o


que o autor escreveu, você também sabe o que ele quis dizer com o que
escreveu e por que escreveu o que escreveu.

Se você formular uma pergunta a um livro, você mesma terá que responder
na medida da sua própria capacidade de pensar e analisar.

Capítulo 2

Os Níveis de Leitura

1. Elementar: é a fase em que a pessoa deixou de ser analfabeta. A


pergunta que o leitor faz é “o que diz a frase?”
2. Inspecional: o objetivo é extrair o máximo possível de um livro em
um período curto de tempo. A pergunta que o leitor faz é “esse livro
é sobre o que?”
3. Analítica: é a leitura completa, intensamente ativa, destinada a
entender o livro.
4. Sintópica: é o tipo mais complexo e sistemático de leitura. Implica na
leitura de muito livros sobre um mesmo assunto.

Capítulo 3

Leitura Elementar

Estágios da alfabetização: prontidão pessoal; leitura de materiais simples;


aumento do vocabulário e habilidade de interpretação; desenvolvimento e
aperfeiçoamento das habilidades adquiridas.

Capítulo 4

Leitura Inspecional
1. Sondagem ou pré-leitura: o objetivo é descobrir se o livro merece
uma leitura mais dedicada.
- Examine a folha de rosto e o prefácio.
- Examine o sumário a fim de conhecer a estrutura.
- Consulte o índice remissivo.
- Leia a contracapa e a sobrecapa.
- Examine os capítulos que pareçam centrais.
- Folheie o livro se detendo em um ou outro parágrafo e na conclusão

2. Leitura superficial: é a leitura do livro todo de acordo com o tempo


disponível, sem o compromisso de compreender tudo o que o livro
diz, podendo, inclusive, ser uma leitura dinâmica.

Capítulo 5

A essência da leitura ativa é fazer perguntas enquanto lê, sendo as


quatro perguntas básicas:

1. O livro fala sobre o que? Tema central do livro


2. O que exatamente está sendo dito e como? Ideias, afirmações e
argumentos principais do autor.
3. O livro é verdadeiro no todo ou em parte? Julgue o livro.
4. E daí? Julgar se a mensagem que o autor trouxe é importante ou
não.

Tomar posse de um livro é fazer anotações nele porque 1) escrever


mantém desperto; 2) expressa os pensamentos e 3) ajuda a lembrar das
ideais e dos pensamentos do autor.

Técnicas de anotações:

- Sublinhar trechos importantes

- Traçar linhas verticais nas margens para enfatizar trechos já


sublinhados ou destacar passagens grande demais para sublinhar

- Fazer asteriscos para enfatizar os top 10 parágrafos importantes ou


marcá-los com post-its.

- Inserir números nas margens para marcar os passos de um raciocínio.

- Circular palavras chaves ou frases chaves

- Escrever nas margens para registrar perguntas e respostas.

Tipos de anotações:

1. Anotações estruturais: sobre que tipo de livro que é, o que o livro diz
de modo geral e qual a ordem estrutural que o autor desenvolve seus
conceitos. São perguntas feitas na leitura inspecional e podem ser
anotadas no sumário.
2. Anotações conceituais: sobre os conceitos do autor e sobre os
conceitos do leitor
3. Anotações referenciais: referenciam outras páginas de livro ou outras
obras.
4. Anotações dialéticas: notas sobre debates em que os autores estão
engajados.

Capítulo 6

Leitura Analítica

Primeiro Estágio (regras para descobrir o conteúdo)

1. Você tem que saber que tipo de livro está lendo antes mesmo de
começar a lê-lo: ficção, poesia, expositivo.
- Observar o título do livro
- Diferenciar se o livro é prático ou teórico. Livros teóricos ensinam o
que é alguma coisa. Livros práticos ensinam a fazer algo
compreendem todo tipo de guia ou manual.

Capítulo 7

2. Expresse a unidade do livro em uma frase ou parágrafo curto: todo


livro possui uma unidade e uma organização de suas partes.
3. Enumere suas partes principais em ordem e relação, e esboce essas
partes assim como esboçou a unidade.
4. Descubra quais foram os problemas do autor.

Capítulo 8

Segundo Estágio (regras para interpretar o livro)

5. Encontre palavras importantes e saiba o que elas significam para o


autor. Encontre as palavras chaves. Palavras diferentes costumam
ser importantes. Chegue a um acordo com o autor, interpretando
suas palavras-chave.

Capítulo 9

6. Capte as proposições principais, encontrando as frases mais


importantes. Marque as frases mais importantes do livro e descubra
as proposições que elas têm. As frases mais importantes expressam
julgamento sobre os quais o livro se baseia.
7. Entenda os argumentos do autor, encontrando-os ou compondo-os
com base em conjuntos de frases. Localize ou formule os argumentos
básicos do livro com base nas conexões entre frases: enumere os
argumentos e transcreva com suas próprias palavras.
Quando você entendeu o que está sendo dito você é capaz de:

- Expressar com suas próprias palavras.

- Dar um exemplo prático aplicado ao cotidiano.

Como encontrar um argumento:

- Todo argumento consiste em afirmações. Algumas afirmações


fornecem razões para que você aceite a conclusão.

- Existem dois tipos de argumento: indutivo e dedutivo.

 Indutivo: aponta para um ou mais fatos específicos como evidência


para uma generalização.
 Dedutivo: apresenta uma série de afirmações gerais para provar
outras generalizações.

- Atenção às coisas que o autor diz que tem que supor, o que ele diz
que pode ser provado e o que não pode ser provado porque é
evidente.

8. Descubra quais são as soluções do autor para os problemas que ele


formulou ou se ele fracassou em encontrar soluções.

Capítulo 10

Terceiro Estágio (Leitura crítica)

9. Entenda o argumento do autor antes de tecer qualquer julgamento.


10. Discorde de maneira sensata. Não seja polêmico ou
competitivo.
11. Respeite a diferença entre conhecimento e opinião fornecendo
razões para quaisquer julgamentos críticos que fizer. O conhecimento
é embasado em fatos, a opinião é um julgamento não justificado.

Capítulo 11

Como discordar de um livro

Quando não entender um livro porque for mal escrito, justifique o que a
de errada com o livro ou com o raciocínio do autor.

Caso tenha entendido, observe essas 3 condições:

- Verifique se não está tomado por suas emoções.

- Explicite suas próprias premissas e julgamentos, caso contrário será


injusto com o autor ao não considerar que ele possa ter as premissas e
julgamentos dele.

- Seja imparcial
Após dizer "entendi, mas não concordo", o leitor poderá fazer estes
comentários ao autor:
1. "Você está desinformado". Dizer que o autor está desinformado é o
mesmo que dizer que nele estão ausentes conhecimentos relevantes
sobre o problema que tenta resolver.
2. "Você está mal informado". Dizer que o autor está mal informado é o
mesmo que dizer que ele afirma algo que não corresponde à
realidade. A falha pode resultar de alguma falta de conhecimento,
mas não se trata apenas disso. A despeito da causa, o erro consiste
em afirmar coisas contrárias aos fatos.
3. "Você é ilógico - seu raciocínio não é coerente". É o mesmo que dizer
que ele foi falacioso ao raciocinar.
4. "Sua análise está incompleta ". O autor não resolveu o problema que
se propôs a resolver, ou não usou adequadamente o material de que
dispunha, não observou todas as devidas implicações e ramificações,
ou falhou ao distinguir os aspectos relevantes de sua empreitada.

Se você não foi capaz de mostrar onde e como o autor está


desinformado, mal informado ou ilógico, então simplesmente não
pode discordar dele.

Capítulo 12

Busque material de apoio somente quando for extremamente


necessário. Para usar uma obra de referência é preciso:
1. Ter uma vaga ideia do que se quer saber
2. Saber onde encontrar o que se quer saber
3. Saber como encontrar a informação na obra de referência
4. Saber que os autores ou compiladores da obra consideram que tal
informação pode ser conhecida

Capítulo 13

Livros práticos: tratam de questões relativas à ação


Livros teóricos: tratam apenas de coisas que se podem conhecer.

Um livro prático nunca pode resolver os problemas práticos de que


trata. Um livro teórico pode resolver seus próprios problemas. Mas um
problema prático só pode ser resolvido pela própria ação.
Qualquer livro que contenha regras - prescrições, máximas ou
qualquer espécie de orientação geral - será imediatamente reconhecido
como livro prático.
Há dois tipos de livros práticos:
1. Os livros que são fundamentalmente apresentação de regras.
2. Os livros que tratam fundamentalmente de princípios que geram
regras.

Quatro perguntas básicas da leitura de um livro prático:

1. Quais os objetivos do autor (regra 4)


2. Que meios ele propõe para atingi-los (regra 8).
3. Avaliar se os objetivos de autor estão de acordo com os meios que
ele propõe para atingi-los.
4. Avaliar se você se sentiu propenso a seguir as orientações do livro.

Capítulo 14

Regras negativas para ler ficção


1. Não tente resistir ao efeito que a literatura imaginativa tem sobre
você. Seja passivo, deixe que ela aja sobre você.
2. Não procure termos, proposições ou argumentos
3. Não critique a ficção usando critérios de verdade e coerência do
mundo concreto. A verdade da narrativa está na sua verossimilhança
e probabilidade intrínseca.

Regras gerais para ler ficção

1. É preciso classificar uma obra de literatura imaginativa de acordo


com sua espécie: romance, teatro, poema.
2. É preciso apreender a unidade da obra inteira, sendo capaz de
resumir o enredo em uma sinopse.
3. Não basta apenas reduzir o todo à sua unidade mais simples, é
preciso também descobrir de que modo o todo é composto de todas
as suas partes, isto é, entender a estrutura narrativa.

Regras interpretativas:

1 Os elementos da ficção são seus episódios e acontecimentos, seus


personagens e pensamentos, falas, sentimentos e ações deles. Você
não terá apreendido uma história enquanto não tiver familiaridade
com seus personagens, enquanto não tiver vivido através dos
acontecimentos vividos por eles.
2 Familiarize-se com esse mundo imaginário, conheça-o como se fosse
um observador da cena, torne-se um dos membros de sua
população, disposto a ficar amigo dos personagens, capaz de
participar com empatia da vida deles, assim como faria em relação às
ações e paixões de um amigo.
3 Acompanhe o enredo.

Regras críticas para leitura de ficção

 Antes de expressar aquilo do que gosta e do que não gosta, é preciso


que você primeiro faça um esforço sincero para apreciar a obra.

Capítulo 15 – Como ler narrativas

leia-a rápido e entregue-se totalmente a ela. Caso contrário, você


esquecerá o que aconteceu, a unidade do enredo lhe escapará e você
ficará perdido.
Faça o máximo de esforço para viver no mundo dele, não no seu E não
julgue o mundo
como um todo antes que você tenha certeza de que "viveu" nele até o
máximo de
sua capacidade.

é preciso terminar de ler uma narrativa


para poder dizer que ela foi bem lida

Regra para ler roteiro e peça teatral


Finja que você está assistindo uma representação

Regras para ler poemas


lê-lo até o fim sem parar, ache você que entendeu o poema ou não
leia o poema inteiro de novo - mas leia em voz alta.

Como ler livros de história


textos essencialmente narrativos, organizados de maneira mais ou menos
formal, sobre uma época, sobre um acontecimento, ou sobre uma
sequência de acontecimentos passados.

A primeira é: se puder, leia mais de um texto sobre um evento ou


período que lhe interesse. A segunda: leia um livro de história não só
para saber o que realmente aconteceu em determinado tempo e lugar no
passado, mas também para ver como os homens agem em todo tempo e
lugar, sobretudo agora.

Capítulo 20 – Leitura Sintópica

Na leitura sintópica, como observamos, os livros lidos é que ervem a


você, não o contrário. Nesse sentido, a leitura sintópica é a leitura mais
ativa que se pode fazer. A leitura analítica também é ativa, claro. Mas
quando você lê um livro analiticamente, assume em relação a ele a
posição de discípulo; quando lê sintopicamente, você é o mestre da
situação.

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