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-Nem todos os livros merecem sondagem completa através de uma leitura analítica.
pra isso existe a leitura inspecional, com o objetivo de prenunciar o conteúdo de
um livro, além de ser uma atitude boa pra definir se um livro deve ser leido
analiticamente ou sintopicamente.
Em terceiro lugar, fique atento às coisas que o autor diz que tem de supor, o que
ele diz que pode ser provado ou evidenciado e o que não pode ser provado porque é
autoevidente. Talvez ele esteja realmente tentando lhe dizer quais são suas
suposições ou talvez esteja realmente querendo que você descubra quais são
essas suposições. Em outras palavras, toda linha de raciocínio tem de começar em
algum
lugar. Basicamente, há duas maneiras ou lugares para se começar: com suposições,
acordadas entre autor e leitor, ou com as chamadas proposições autoevidentes, que
nem o autor nem o leitor podem negar. Essas proposições autoevidentes possuem,
portanto, o status de verdades
indemonstráveis e, por sua vez, inegáveis. Elas se baseiam somente em experiências
e são parte do conhecimento espontâneo, já que não pertencem formalmente a nenhum
grupo específico de conhecimento; elas não pertencem à
filosofia nem à matemática, assim como não pertencem à ciência nem à história.
(Poesia)
Assim, para
ler bem um livro de história, é necessário saber precisamente do que ele trata
e do que ele não trata. Se pretendemos criticá-lo, certamente temos de saber
do que ele não trata. Não se pode culpar um autor por não ter feito o que ele
nem tentou fazer. Há duas formas de criticar livros de história. Podemos julgar -
mas só,
como sempre, após termos entendido o que se diz - que a obra de um historiador
carece de verossimilhança. Talvez achemos que as pessoas simplesmente não agem
daquele jeito. Mesmo que o historiador documente o que diz,
dando-nos acesso a suas fontes, e mesmo que saibamos que elas são relevantes,
ainda assim podemos sentir que as entendeu mal, que ele as julgou de maneira
errônea, talvez por causa de alguma deficiência na sua apreensão da natureza
humana ou das coisas humanas. Tendemos a achar isso, por exemplo, de muitos
historiadores mais antigos, que não incluem muitas discussões de questões
econômicas em suas obras. As pessoas, como hoje estamos inclinados a pensar,
agem por interesse próprioi se o "herói" de uma história for nobre demais,
ficaremos desconfiados.
(A LEITURA SINTÓPICA)
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Aula Monir
O conceito que interessa aqui é cultura. Essa palavra tem muitos significados ao
mesmo tempo, o que torna difícil defini-la. Os antropólogos tentam chamar de
cultura o modo de ser de determinados povos (ou grupos sociais). Esse sentido é
responsável pela maior confusão do assunto cultura, não que ele esteja errado em
si, entretanto, não é o que nos interessa. O filósofo romano chamado Cícero dizia
que o campo deveria ser cultivado assim como os campos agrícolas. A cultura seria a
ferramenta de cultivar o espírito. A cultura não é direito pois você quer ou não
quer. A idéia de direito pressupõe a idéia de dever. Como se pode imaginar um dever
a alguem que não o quer? Os alunos podem não querer cultura nenhuma. O que deve ser
um dever é o conhecimento (a distribuição dele), a busca pela cultura é somente
pela vontade do indivíduo, quem quer dá um jeito. Pense nos maiores escritores
brasileiros e nos maiores escritores do mundo, a grande maioria não deixou de obter
cultura por ser pobre. Não tem nenhum problema alguem não querer nada com cultura,
afinal, é preciso muitas outras funções no undo. Entretanto, é preciso de um nível
mínimo de cultura para civilizar nossa sociedade.