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Dei aula no Brasil durante cinco anos no curso de jornalismo da Universidade Positivo, em
Curitiba-Pr. Minhas disciplinas favoritas eram: Legislação e Ética no Jornalismo, por causa
da minha prévia formação na área do Direito e a Redação Jornalística que era ministrada
no segundo ano, que aproximava as técnicas literárias do jornalismo.
Toda produção de classe era orientada para a criação de textos criativos. A idéia era que,
no momento apropriado, o material servisse de inspiração para que os alunos
“temperassem” sua produção textual para que fossem publicados em revistas. Sem contar
que acredito que se você exercita sua criatividade, não importa o tipo de texto que você
tenha que escrever, ele será bom.
Só para ficar claro para aqueles que não têm formação na área de comunicação, uma das
principais diferenças entre um texto criado para jornal e um para revista é o tempo de
produção, que no caso do jornal é… AGORA! E no caso da revista é, no mínimo, para a
semana que vem. O tempo que você investe para pesquisar e produzir o texto impacta
diretamente no tratamento dado ao material, sendo que você pode ainda dar-se ao luxo de
deixar o texto “dormir” um tempinho antes de revisá-lo. Com mais tempo você tem mais
calma e consegue criar mais, inovar mais. E, claro, ser mais crítico.
Quando você escreve para jornal, já no primeiro parágrafo tem que deixar claro quem fez o
que, como, quando, onde e por que. Para uma revista você pode começar falando de
como a luz da janela, por trás do entrevistado, não permitia que você lesse sua fisionomia,
e que quando você fez menção de mudar de lugar ele se recusou a continuar a entrevista.
E foi aí que você entendeu que ele escolheu aquele lugar de propósito e que a intenção
dele era mesmo “esconder-se” na frente da janela, bem ali, do seu lado, debaixo da luz.
Exercícios
Reuni aqui três (por enquanto) exercícios que podem ser úteis para excitar um pouco sua
criatividade. Basicamente eles servem para quebrar a moldura que confina seus
pensamentos e deixar soltas todas as possíveis linhas que você queira seguir.
Resumindo, derrube barreiras. Jogue-se de cabeça. Abra bem os olhos e pule do alçapão:
aproveite e, na passagem, de um beijão na “Doida da Criatividade”.
Você irá perceber que algumas palavras com significados parecidos irão entrar para sua
lista. Não tem problema, elas poderão despertar outras palavras opostas. Lembre-se que
idéias geram idéias e mantenha o senso crítico e o pensamento analítico sob controle.
Limite o tempo desta atividade em 10 ou 15 minutos para que ela seja objetiva e não fique
cansativa.
Agora sim, comece a trabalhar no problema que o estava incomodando. Escreva a sua
dificuldade clara e simplesmente e utilize sua criatividade para gerar novas idéias para
resolver o problema.
Estamos às vezes tão envolvidos com um problema que não conseguimos enxergar sua
solução. Esta situação é tão comum que chega a ser um clichê: ficamos obcecados com
“aquele” problema e acabamos travados, bloqueados. Para começar pense que você não
deve se concentrar no problema, e sim na sua solução. Este exercício é na verdade um
jogo para nos ajudar a mudar o modo de ver as coisas e nos auxiliar na resolução de
problemas.
O próximo passo requer um salto criativo. Enxergue o primeiro objeto como um sinal verde
de trânsito indicando proibido passar. Ou arrisque um pouco mais e dê um salto ainda
mais alto: veja um rosto barbado piscando; ou um eclipse solar num dia nublado.
Não importa se você consegue ou não enxergar estas explicações mirabolantes. Aqui não
existe resposta certa ou errada. O que precisa ficar claro é que olhar para objetos com
novos olhos pode despertar uma linha de pensamento inteiramente nova e é essa a
essência da criatividade.
Tente olhar para os mesmos objetos novamente e pense em como pode descrevê-los de
forma diferente na segunda rodada.
Agora se concentre na solução para o problema que está tentando resolver. Lance um
novo olhar sobre a situação, uma nova luz. Como você descreveria a situação para uma
pessoa que não fala português? E para uma criança? E, melhor ainda, para um alienígena,
daqueles baixinhos, de pele cinza e grandes olhos pretos sem pálpebras?
3º exercício – Improvisação
Em nosso dia-a-dia o comportamento “normal” é encorajado por ser a maneira mais fácil e
mais eficiente de cumprir tarefas. O resultado é que nosso ser criativo fica escondido, se
tornando flácido por falta de exercício. Como nossos músculos, a criatividade também é
fortalecida com exercício.
O princípio agora é o da improvisação. Reúna cinco adereços. Podem ser cinco objetos
quaisquer que você encontre em sua casa ou escritório. Por exemplo, um cinto, um
brinquedo de cachorro, um bloco de notas, uma garrafa de água mineral e um clipe de
papel.
Coloque os objetos no centro da mesa e tente inventar usos diferentes para eles. O cinto
pode se tornar a faixa na cabeça de um samurai e o brinquedo de cachorro é a buzina de
um automóvel. Brinque com idéias diferentes por 15 minutos e deixe a imaginação correr
livremente. Não imponha limites onde não existem.
Se estiver buscando uma nova solução, pegue seu problema ou processo e procure ver
como este poderia ser aproveitado de outra forma. Neste estágio, quanto mais maluca a
idéia, melhor. Lembre que o objetivo aqui é quantidade e não qualidade. Anote TODAS as
idéias geradas. Apenas depois de ter listado inúmeras idéias é que se deve mudar a forma
de olhar estas idéias. Desta vez seja crítico, analítico. Chegou a hora de classificar e
avaliar a viabilidade de cada uma das idéias.
Estes são apenas alguns métodos para dar um susto na criatividade e fazer com que ela
trabalhe um pouco mais para você. Servem ainda para provar para você mesmo como é
possível lançar um olhar diferente, não convencional, para as situações, quaisquer que
sejam. O resultado? Soluções inovadoras.
Coesão textual – Tecendo a teia…
Texto para os exercícios 1 a 4
Na aurora dos anos sessenta, Júlio Cortázar anunciou o fim da leitura e o desaparecimento dos leitores,
num mundo de tal forma saturado de escrita que os livros deixam de ser palavras que circulam: são só
objetos que entulham o espaço.
É verdade que as leituras, ou ainda, as não-leituras de alguns nunca contribuíram tanto para que outros
escrevessem: discursos de jornalistas, pedagogos ou políticos prescrevendo como salvar o que ainda
pode ser salvo; discursos de historiadores, sociólogos e semiólogos analisando o que se lê, de que forma
se lê ou não se lê, para compreender como se chegou a esse ponto. E mesmo quando procuram se
distanciar de seu objeto, os trabalhos científicos sobre a leitura fazem parte dos universos que estudam.
Quaisquer que sejam seus temas, métodos e conclusões, tais trabalhos constituem a maior prova de que o
gesto de ler, indissociável do ingresso na modernidade cultural, perdeu sua transparente evidência.
Hoje, as grandes esperanças ligadas a uma divisão igualitária do ler parecem decepcionantes e os
debates públicos soam como uma queixa unânime (“não se lê mais!”), denunciando uma moléstia social
inaceitável que atinge tanto os grevistas iletrados e as crianças que fracassam na escola como os
dirigentes de empresas das nossas sociedades técnicas.
Anne-Marie Chartier e Jean Hébrard. Discursos sobre a leitura – 1880-1980.
1. No parágrafo introdutório do texto, com quais recursos dissertativos os autores
procuram envolver o leitor na discussão que apresentam?
2. Que tipo de argumentação alicerça o segundo parágrafo do texto? Com que
finalidade?
3. Em que sentido o terceiro parágrafo apresenta coesão e coerência em relação aos
anteriores?
4. Por quais razões podemos afirmar que o texto lido constitui uma dissertação
clássica?
Instrução para os exercícios de 5 a 14
Corrija os erros de coesão que ocorrem nas frases que seguem.
5. “Conheci Maria Elvira, onde me amarrei.”
6. “Ele sempre foi bom, porém honesto.”
7. “Os alunos não entenderam todos os assuntos. Assuntos estes que foram
aprofundados.”
8. “Todos querem uma vaga na USP, mesmo sabendo que a USP faz exames de
seleção rigorosos.”
9. “Os artistas sempre foram marginais. Eles têm, às vezes, momentos de glória, mas
eles sobrevivem por teimosia. Apesar de tudo – da fama e da decadência -, os artistas são
uma espécie de espelho da sociedade.”
10. “Eles fugiam da polícia. A polícia foi mais rápida e prendeu eles.”
11. “Ele era escritor sério e ela era professora honesta e o poder cegou eles.”
12. “Há um grande número de pessoas que não entendem e não se interessam por
política.”
13. “Lembrou-se que havia um bilhete. Bilhete este que desapareceu entre os velhos
papéis da escrivaninha.”
14. “Fritz Muller preferia bacalhoada e Severina preferia feijoada. Ele, Fritz Muller, não
sabia pedir e ela, Severina, não sabia obedecer.”
PARÁGRAFO
Conclusão
Exemplos:
DESENVOLVIMENTO
Desenvolver o parágrafo é expor de forma pormenorizada a idéia principal
deste. Tal desenvolvimento pode se dar por diversas maneiras.
Exemplo: A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos
benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o
que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de
programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de
filmes, debates, cursos.
Exemplo: Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez
pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais
que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à
anterior, pois o jogador não pode seguir seus planos sem considerar os contra-
ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com
um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma dse agir às
respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na
medida em que se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)
Exercícios
b) As novelas transmitidas pela televisão brasileira são muito mais atraentes que
nossos filmes. (por confronto)
e) Nunca diga que algum ser humano é uma ilha: tudo que acontece a um
semelhante nos atinge. (por exemplificação)
Bibliografia:
TIPOS DE PARÁGRAFOS
Parágrafo Descritivo
Parágrafo Narrativo
Coesão
Coerência
Argumentação
Ao intentar argumentar, deve o autor se fundamentar nos fatos, nos exemplos, nas
ilustrações, em dados estatísticos e em testemunhos, para que após a argumentação
sua conclusão seja firme, sedimentada e apresentada com autoridade.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA:
3. SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação para Todos: escrevendo com prática. São Paulo, Iglu,
1995.
No nosso primeiro contato com a redação, podemos achar que é muito fácil
mas, na realidade, surge algo que torna importante o nosso ato de escrever que se
mantém na forma de passar a mensagem ao nosso leitor e a estética do trabalho
redacional, que mostra o quanto estamos interessados em que nosso pensamento
seja bem compreensível com lógica e clareza.
Surge então a busca por um trabalho mais limpo e com estética para a
estrutura. Observando os exemplos de redações da dica passada, podemos notar que
a estética não é tão ordenada, por isso a seqüência lógica se perde no meio do
caminho e fica sem sentido no que diz respeito ao desenvolvimento de seus
argumentos centrais e finais para uma conclusão mais segura e estruturada.
Nunca comece uma redação com períodos longos. Basta fazer uma frase-
núcleo que será a sua idéia geral a ser desenvolvida nos parágrafos que se
seguirão;
Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e
acentuação é o que mais tira pontos em uma redação;
Nunca coloque hífen onde não é necessário como em penta-campeão ou
separação de sílabas erroneamente como ca-rro (isto só acontece em
espanhol e estamos escrevendo na língua portuguesa);
Nunca use gírias na redação, pois a dissertação é a explicação racional do que
vai ser desenvolvido e uma gíria pode cortar totalmente a seqüência do que vai
ser desenvolvido além de ofender a norma culta da Língua Portuguesa;
Nunca esqueça dos pingos nos "is" pois bolinha não vale;
Nunca coloque vírgulas onde não são necessárias (o que tem de erro de
pontuação !);
Nunca entregue uma redação sem verificar a separação silábica das palavras;
Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;
Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte à frase-núcleo para orientar
seus argumentos;
Verifique sempre a ESTÉTICA: Parágrafo, acentuação, vocabulário, separação
silábica e principalmente a PONTUAÇÃO que é a maior dificuldade de quem
escreve e a maioria acha que é tão fácil pontuar !
Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante
sem diminuir a letra no final da redação para ganhar mais espaço ou aumentar
para preencher espaço;
A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê;
Prepare sempre um esquema lógico em cima da estrutura intrínseca e
extrínseca;
Não inicie nem termine uma redação com expressões do tipo: "... Eu acho...
Parece ser... Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dúvidas em seus
argumentos anteriores;
Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente."
. E de "neologismos incultos" do tipo: "...imexível... inconstitucionalizável...".
http://www.dorothea.com.br/downloads/O_paragrafo.doc
http://www.ibilce.unesp.br/teiadosaber/curso12.htm
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/teoria/docs/topicofrasal
http://educaterra.terra.com.br/vestibular/dicas/redacao/27abr98.htm
Dicas de redação: A estrutura do parágrafo
♦ Dica 1: É primordial que você entenda que o parágrafo deve ser
constituído de apenas uma ideia, que aqui chamaremos de ideia-núcleo.
A partir da ideia-núcleo serão desenvolvidas ideias secundárias que
deverão estabelecer relação dialógica com a ideia principal;
♦ Dica 2: As ideias desenvolvidas em cada parágrafo devem estar
relacionadas com a ideia principal do texto, que geralmente é
apresentada na introdução; caso contrário, seu texto transformar-se-á
em um amontoado de argumentos sem qualquer tipo de ligação uns com
os outros, efeito pra lá de indesejado;
♦ Dica 3: Para iniciar seu parágrafo, apresente o tópico frasal. Mas o que
é um tópico frasal? O tópico frasal nada mais é do que a frase inicial de
cada parágrafo, frase que resumirá a ideia a ser desenvolvida. É
importante que o tópico frasal seja conciso e objetivo, composto, no
máximo, por duas ou três orações, característica que facilitará o
desenvolvimento da ideia central;
♦ Dica 4: Um tópico frasal longo pode ocultar a palavra-chave do
parágrafo. A palavra-chave é aquela palavra de peso que norteará o
desenvolvimento das ideias. Se o seu tópico frasal for vago, isto é,
apresentar múltiplas palavras-chave, provavelmente você terá
dificuldades para encontrar a palavra principal, que será responsável por
levar adiante a ideia central;
♦ Dica 5: E quanto ao tamanho ideal de um parágrafo? Bom, não existe
uma regra que determine que um parágrafo deva ter uma quantidade
exata de frases, tampouco uma regra que estipule seu número de linhas,
mesmo porque existem parágrafos que são constituídos por uma única
frase. Mas se você tem dificuldades para encontrar um tamanho ideal,
três frases é um número satisfatório;
♦ Dica 6: Existem diferentes formas de organização de parágrafos,
contudo, nos textos dissertativo-argumentativos e também em alguns
gêneros do universo jornalístico, os parágrafos geralmente seguem uma
estrutura-padrão. Essa estrutura é constituída por três partes: a ideia-
núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia-núcleo) e a
conclusão (que reafirma a ideia-núcleo). Vale lembrar que, em parágrafos
curtos, dificilmente haverá conclusão;
♦ Dica 7: Os parágrafos existem para dar um intervalo entre um assunto
e outro dentro do mesmo tema. Quando você perceber que um parágrafo
deixou de desenvolver sua ideia-núcleo, é hora de finalizá-lo e iniciar
outro;
♦ Dica 8: Se ao final de seu texto você perceber que acabou misturando
ideias diferentes em um mesmo parágrafo, não se desespere: tenha
paciência e reestruture-os. Lembre-se de que o processo de reescrita é
fundamental para quem quer escrever bons textos.
EXERCÍCIOS DE COESÃO
Seguem os exercícios:
1- Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo.
2- Marque a seqüência que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir
seja coerente.
A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa sociedade ________ forma de
codificação das relações sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade
dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de
imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos interessados.
(Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações)
3. Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá seqüência com coerência e coesão.
(José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002).
b) Mesmo hoje, nem sempre são muito claros os limites entre essa moral e a ética, pois
vários pensadores partem de conceitos diferentes.
c) Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada
estejam ocupando-se de problemas éticos e suas respectivas soluções.
5- Assinale a opção que não representa uma continuação coesa e coerente para o trecho
abaixo.
É preciso garantir que as crianças não apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal
caminho para isso, além de investimentos em equipamentos, é o professor. É preciso fazer
com que o professor seja um profissional bem remunerado, bem preparado e dedicado, ou
seja, investir na cabeça, no coração e no bolso do professor.
a) Qualquer esforço dessa natureza já tem sido feito há muitos anos e comprovou que os
resultados são irrelevantes, pois não há uma importação de tecnologia educacional.
b) Tal investimento não custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus.
c) Esse esforço financeiro custaria muito menos do que o que será preciso gastar daqui a 20
ou 30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educação.
d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura
econômica.
e) Um empreendimento dessa natureza exige como uma condição preliminar: uma grande
coalizão nacional, entre partidos, lideranças, Estados, Municípios e União, todos voltados
para o objetivo de chegarmos a 2022, o segundo centenário da Independência, sem a
vergonha do analfabetismo.
6- Os trechos abaixo compõem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os para que
componham um texto coeso e coerente e indique a opção correta.
( ) O primeiro desses presidentes foi Getúlio Vargas, que soube promover, com êxito, o
modelo de substituição de importações e abriu o caminho da industrialização brasileira,
colocando, em definitivo, um ponto final na vocação exclusivamente agrária herdada dos idos
da colônia.
( ) O ciclo econômico subseqüente que nos surpreendeu, sem dúvida, foi a modernização
conservadora levada à prática pelos militares, de forte coloração nacionalista e alicerçado
nas grandes empresas estatais.
( ) Hoje, depois de todo esse percurso, o Brasil é uma economia que mantém a enorme
vitalidade do passado, porém, há mais de duas décadas, procura, sem encontrar, o fio para
sair do labirinto da estagnação e retomar novamente o caminho do desenvolvimento e da
correção dos desequilíbrios sociais, que se agravam a cada dia.
( ) Com JK, o país afirmou a sua confiança na capacidade de realizar e pôde negociar em
igualdade com os grandes investidores internacionais, mostrando, na prática, que oferecia
rentabilidade e segurança ao capital.
( ) Juscelino Kubitschek veio logo depois com seu programa de 50 anos em 5, tornando a
indústria automobilística uma realidade, construindo moderna infra-estrutura e promovendo
a arrancada de setores estratégicos, como a siderurgia, o petróleo e a energia elétrica.
a) 1º - 2º - 4º - 5º - 6º - 3º
b) 2º - 3º - 5º - 1º - 4º - 6º
c) 2º - 5º - 6º - 4º - 1º - 3º
d) 5º - 2º - 4º - 6º - 3º - 1º
e) 3º - 5º - 2º - 1º - 4º - 6º
a) X e Y mas W e Z.
b) X porque Y porém W logo Z.
c) X mas Y e W porque Z.
d) Não só X mas também Y porque W e Z.
e) Tanto X como Y e W embora Z.
Chegar ao posto mais alto de uma empresa não é tarefa para acomodados. Exige talento,
dedicação, persistência e principalmente uma boa dose de sacrifício. Segundo consultores de
recursos humanos, é justamente esse empenho e espírito de liderança que as empresas
valorizam nos ocupantes de cargos mais altos. “A pessoa deve ter iniciativa, capacidade de
tomar decisões, fazer as coisas acontecerem”, diz o diretor da Top Human Resources, de São
Paulo.
Traçar metas profissionais é outro aspecto fundamental para quem quer chegar ao topo.
Nesse caso, a ambição acaba sendo uma boa aliada.
A intuição também é uma boa arma na hora de dar um palpite em uma reunião. E, quem
sabe, pode valer aquela promoção esperada...
A primeira regra da cartilha daqueles que anseiam alcançar um alto cargo em uma
corporação, de acordo com esses consultores, é não permanecer estagnado em uma função
ou empresa por um longo período.
Acesse: www.portuguesemfoco.com
12. Ao final do quinto parágrafo: Ele planejou, detalhe por detalhe, sua carreira deexecutivo
na empresa X, qualificando-se por meio de cursos especializados ededicando tempo, além do
horário de expediente, ao aprimoramento de línguas epesquisas sobre o mercado.
Julgue os itens subseqüentes com relação aos recursos de coesão textual e à adequação das
palavras e da pontuação utilizadas no texto acima.
15. Para que o texto fosse adequado ao tema e aos leitores em potencial, o estilo muito
informal de linguagem e, especialmente, o título deveria sofrer ajustes retóricos de modo a
se tornarem mais coerentes com o gênero argumentativo utilizado.
17. Ao usar, tão freqüentemente, o recurso do discurso alheio, o autor do texto toma o
cuidado de marcar por aspas aquelas afirmações acerca das quais não tem muita certeza ou
que são empregadas com ironia.
II. E você? Está pronto para coordenar uma equipe ou para relatar a um grupo as propostas
de seu departamento? Se a resposta é não, cuide-se. Corra atrás de cursos de liderança,
compre livros que lhe ensinem a expressar suas idéias claramente.
III. O caixa da agência bancária é o mais indicado para liderar a equipe que vai propor
alteração no desenho da área de atendimento ao público, onde ficam as filas. O faxineiro
deve tomar a frente do pessoal que decidirá o local mais adequado para estocar material de
limpeza.
GABARITO
1.A
2.C
3.C
4.B
5.A
6.C
7.A
8
8.B
9.V
10.V
11.V
12.F
13.V
14.V
15.F
16.V
17.F
18.F
19.F
20.F
21.F
22.V
23.V
A Estruturação do Parágrafo
Redação Mundo Vestibular
O tamanho do parágrafo
Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca
formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em colunas estreitas, já artigos e
editoriais costumam ter parágrafos mais longos. Revistas populares, livros didáticos
destinados a alunos iniciantes, geralmente, apresentam parágrafos curtos.
Tópico frasal
Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema central,
o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor; como a
tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idéia central com o
potencial de gerar idéias-filhote; como a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável,
afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma
prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio
completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explicação.
A idéia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros
períodos que explicam ou detalham a idéia central.
Exemplos:
Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltrátá-los. O modo de tratar
o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado,
conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo.
O vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se
obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado.
A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja
estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria
ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário
mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do salário
mínimo,.
Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres, a renda per
capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de desempregados, a renda
diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$
120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O contraste entre o pouco que muitos
ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuição de renda em nosso país é
injusta.
Exercícios
Exemplo:
A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais
como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em
qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows,
competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.
Faça o mesmo:
1. Na escolha de uma carreira profissional, precisamos considerar muitos aspectos, dentre
os quais podemos citar:
2. O desrespeito aos direitos humanos manifesta-se de várias formas:
3. O bom relacionamento entre os membros de uma família depende de vários fatores,
como:
4. A vida nas grandes cidades oferece vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens,
podemos lembrar e, dentre as desvantagens,
Trata-se de estabelecer um confronto entre duas idéias, dois fatos, dois seres, seja por
meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças.
Veja o exemplo:
Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de
que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances
adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode
seguir seu planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será
prontamente abatido.
O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar
sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da
situação geral, na medida em que se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)
A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a
formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto,
adaptado)
Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:
A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua
presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas,
sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do
pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e
cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que
“sejamos realistas, exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado)
Exercícios
1.Grife o tópico frasal de cada parágrafo apresentado. Não deixe de observar como o autor
desenvolve. a) “O isolamento de uma população determina as características culturais
próprias. Essas sociedades não têm conhecimento das idéias existentes fora de seu
horizonte geográfico. É o que acontece na terra dos cegos do conto de H.G. Welles. Os
cegos desconhecem a visão e vivem tranqüilamente com sua realidade, naturalmente
adaptados, pois todos são iguais. Esse conceito pode ser exemplificado também pelo caso
das comunidades indígenas ou mesmo qualquer outra comunidade isolada.”(Redação de
vestibular)
Desse modo, nas condições concretas das disputas eleitorais em nosso país, se o
parlamentarismo não elimina inteiramente a influência das classes D e E no jogo político,
certamente atua no sentido de reduzi-la.” (Leôncio M. Rodrigues)
Bibliografia:
FIGUEIREDO, Luiz Carlos. A Redação pelo Parágrafo. 1 edição. Brasília, Editora UnB,
1995. DELMANTO, Dileta. Escrevendo Melhor, 8 série. 1 edição. São Paulo, Editora
Ática, 1995.
TUFANO, Douglas. Estudos de Redação. 4 edição. São Paulo, Editora Moderna, 1996.