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O que é leitura analítica? O método de


Mortimer Adler para você ser mais
produtivo estudando
Redação Brasil Paralelo

A leitura analítica permite ao leitor entender realmente o livro. Não ler


analiticamente é apenas passar as páginas, sem entender e então esquecer o
conteúdo. Muitos ainda leem para chegar ao final do livro, julgando que a tarefa
foi cumprida. Por essa razão, Mortimer Adler e Charles Van Doren escreveram o
Como Ler Livros? O Guia Clássico para a leitura inteligente.

Nessa obra, os autores elencam 4 níveis de leitura, dentre os quais vai a leitura
analítica. Basicamente, trata-se de ler como se fosse um investigador.

O que você vai encontrar neste artigo?


1. Como ler livros?
2. Os 4 níveis de leitura de Mortimer Adler: elementar, inspecional, analítico e
sintópico
3. O que é leitura analítica?
4. As 11 regras da leitura analítica para ter o máximo de proveito de um livro
5. Conclusão

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Como ler livros?


Adler e Van Doren ensinaram como praticar a leitura. Seguindo os passos
deixados por eles e mais abaixo listados, é possível ler melhor. Os níveis de
leitura são: elementar, inspecional, analítico e sintópico.

Como Ler Livros é mais do que um guia de leitura, é um tratado sobre filosofia e
educação.

As quatro partes da obra são:

1. As dimensões da leitura;
2. O terceiro nível de leitura: a leitura analítica;
3. Como ler diversos assuntos;
4. Os fins últimos da leitura.

Não é simplesmente uma questão de leitura mais rápida, leitura dinâmica ou


algo semelhante. Adler e Van Doren ensinam como o leitor pode descobrir o
propósito de cada livro e como lê-lo da maneira correta.
Logo no início de Como Ler Livros, são descritos os motivos primários que levam
uma pessoa a querer ler.

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Por que lemos?


Os três motivos básicos são a busca por:

Entretenimento;
Informação;
Conhecimento.

Entender um conteúdo é passar de um entendimento inferior para um superior.

“Aprender com um livro é aprender com um


professor ausente. Ao terminar a leitura, o ideal é
saber mais do que antes dela, conhecendo mais.”

Isto só será possível trilhando um caminho específico, de 4 níveis.

Os 4 níveis de leitura de Mortimer Adler:


elementar, inspecional, analítico e sintópico
1. Elementar. É a alfabetização, a decodificação das frases para saber o que está sendo
dito. Neste nível, o leitor deve ser capaz de responder à seguinte pergunta: “O que diz
a frase?”

2. Inspecional. É a extração do máximo do livro em um curto espaço de tempo. É


preciso folheá-lo sistematicamente para saber qual é seu tema principal;

3. Analítico. É a leitura completa, intensa e ativa. O livro é “mastigado e digerido”;

4. Sintópico. É a leitura de muitos livros, ordenando-os em relação ao principal assunto


abordado em todos. Faz-se a comparação entre um e outro e a partir dela pode surgir
uma análise que não está em nenhum deles.

Neste artigo, apenas a leitura analítica será abordada, mas todas as outras já
foram explicadas e você pode ler os detalhes de cada uma no resumo da obra de
Mortimer Adler e Van Doren: Resumo do livro Como Ler Livros.

O que é leitura analítica?


A leitura analítica é sobretudo uma leitura ativa, que exige esforço, dedicação e
tempo. O livro precisa ser entendido o máximo possível. Não se trata de
simplesmente ler passivamente, olhando para as palavras e virando as páginas.

Ela também é chamada de técnica de leitura exigente, porque leva o leitor a


responder quatro perguntas sobre a obra. Para respondê-las, o livro deve ser
investigado cuidadosamente.

1. O livro fala sobre o quê?


2. O que exatamente está sendo dito, e como?
3. O livro é verdadeiro? Em todo ou em parte?
4. Qual é a importância do que você leu para a sua vida?

Ao ler, é preciso desenvolver a habilidade de explicar com as próprias palavras o


que foi lido.

Mortimer Adler divide a Leitura Analítica em três estágios e em uma sequência


de 11 regras de leitura para obter o máximo proveito do conteúdo.
Inconfundivelmente, seguidas essas regras, as perguntas acima serão
respondidas.

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trabalho.
As 11 regras da leitura analítica para ter o máximo
de proveito de um livro

Regra 1
Você deve saber que tipo de livro está lendo antes mesmo de começar. Faça a
classificação de acordo com o título e o assunto.

É preciso radiografar o livro. Os bons livros possuem uma unidade e uma


organização de suas partes.

A obras expositivas transmitem conhecimento. Basicamente, são teóricas ou


práticas.

As obras teóricas são de ciência pura, como história, filosofia, etc. Elas ensinam
algo e é justamente nelas que tais regras são aplicadas. As obras práticas são
sobre um conhecimento orientado para a ação, focando em “como fazer”.

Regra 2
Expresse a unidade do livro em uma única frase ou em algumas poucas.

Responda: Sobre o que é o livro? Você deve ser capaz de dizer qual é o tema
central, o ponto principal.

Regra 3
Exponha as partes principais do livro e mostre como elas estão ordenadas em
relação ao todo. Enumere as partes principais em ordem.

Por exemplo, a trama comum dos romances pode ser simplificada da seguinte
forma: um rapaz conhece uma moça, apaixona-se, perde-a e depois a recupera.
Em tal capítulo acontece isso; e no outro, aquilo.

O foco principal da terceira regra é explicar as partes do livro em relação ao fio


condutor de toda a trama, que vai do começo ao fim.

Regra 4
Descubra quais foram os problemas do autor. Você precisa saber qual foi a
principal pergunta que o próprio autor tentou responder.

Regra 5
Encontre as palavras importantes e, através delas, entre em acordo com o autor.

Isto significa encontrar o sentido comum das palavras, entrar em sintonia com o
autor e com o contexto para evitar as ambiguidades que talvez sejam um ruído
na leitura. Será muito prejudicial entender alguma palavra de uma forma que o
autor não queria que ela fosse entendida.

Para saber quais são as palavras mais importantes, que merecem destaque,
existem algumas técnicas. O autor naturalmente enfatiza algumas palavras,
repete-as e escreve as outras em função delas. É preciso separar as palavras
mais técnicas e conceituais, que nomeiam conceitos-chave, das palavras mais
genéricas e coloquiais.

Por exemplo: Em A Riqueza das Nações, de Adam Smith, as palavras que mais
merecem destaque são: riqueza, trabalho, capital, propriedade, salário, lucro,
aluguel, mercadorias, preço, câmbio, produtivo, improdutivo, moeda.

Já em A Origem das Espécies, de Charles Darwin, outras palavras recebem mais


atenção: espécie, variedade, gênero, seleção, sobrevivência, adaptação, hábito,
aptidão, criação.

Quando nos depararmos com as palavras importantes para o autor, devemos nos
perguntar quantos sentidos ela tem. Uma dica de Adler para contribuir com a
leitura é:

“Descobre-se o sentido de uma palavra não


entendida por meio do significado de todas as
conhecidas”.

Para estarmos de acordo com Euclides, por exemplo, precisamos saber o que
significa “ponto”, aquilo que não tem partes.

Regra 6
Marque as frases mais importantes do livro e descubra as proposições que elas
contêm.

Dica: As frases mais importantes são muitas vezes justamente as mais difíceis de
entender, ou as que o autor passa mais tempo explicando. São partes
imprescindíveis ao seu argumento.

Essas frases contêm as palavras-chave e seus conceitos.

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Bruno Magalhães, que tem como referência o Padre Sertillanges, autor do famoso
livro A Vida Intelectual. Para isso, torne-se Membro da Brasil Paralelo e acesse o
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Regra 7
Localize ou formule os argumentos básicos do livro com base nas conexões
entre as frases.

As frases mais importantes são as que mais desafiam a inteligência, as que


exigem mais. Por isso, são as que mais ensinam. Podem ser premissas
afirmativas ou negativas que sustentam um argumento ou sua conclusão.

As proposições contidas nas frases são os entendimentos expressados por elas.


Para saber se você entendeu a proposição que uma frase enuncia, explique o
que você leu com suas próprias palavras.

Ao fazer isso, você diz a mesma coisa usando outros códigos, ou seja, outras
letras. Isto demonstra que você compreendeu o que está além das palavras e
consegue enunciar de formas diferentes.

Caso não consiga fazê-lo, significa que as palavras foram transmitidas, mas não
o conhecimento (a proposição). Leia novamente até conseguir.

Além disso, você deve ser capaz de pensar em aplicações para o que leu, em
vivências, exemplos e analogias.
Caso o argumento do autor não esteja explícito, você é quem deverá construí-los.
Para isso, é necessário unir frases de parágrafos diferentes até alcançar uma
sequência argumentativa.

Cada argumento possui uma limitação de afirmações e podem ser indutivos ou


dedutivos.

Dedutivos: Parte-se de um ou mais fatos específicos para generalizações;


Indutivos: Afirmações gerais para outras generalizações ou para entender fatos
específicos.

Para elaborar o argumento é preciso ter clareza em dois pontos.

Observe qual é a suposição e o que precisa ser provado. O início do bom


argumento é uma premissa autoevidente, cuja prova é desnecessária, que todos
devem concordar.

Regra 8
Descubra quais são as soluções do autor. Ele conseguiu resolver o que propôs?

Regra 9
Você tem de dizer com razoável grau de certeza “eu entendo” antes que possa
dizer “concordo”, “discordo” ou “suspendo meu julgamento”.

É preciso entender que crítica não é sinônimo de discórdia. O crítico não poder
ser juiz antes de ser leitor. A crítica é uma resposta ao autor.

Quem diz a frase abaixo não segue este princípio e está fechado ao
conhecimento:

“Não entendi o que você disse, mas acho que você


está errado”.

Nota: Não leia para criticar, leia para pensar e ponderar. Para aprender, usamos
nossa capacidade de julgamento independente.

A educação contemporânea valoriza a crítica de maneira oposta. Assista à série


Pátria Educadora para entender o problema da educação brasileira.

Regra 10
Quando discordar, faça-o de maneira sensata, sem gerar disputas ou discussões.
Para entender bem essa regra, Mortimer recorda em Como Ler Livros uma frase
de Aristóteles:

“A piedade exige que honremos a verdade acima de


nossos amigos”.

Portanto, o mais importante é conhecer a verdade, não vencer o debate.

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acesso a dezenas de cursos sobre história, filosofia, economia, arte e educação.
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Regra 11
Respeite a diferença entre conhecimento e opinião, fornecendo as razões para
quaisquer julgamentos críticos que fizer.

Dica para resolver discórdias:

Deixe as emoções de lado;


Explique as premissas e pressuposições;
Seja imparcial para evitar cegueiras partidárias.

Formas de discordar:

Você está desinformado (qual conhecimento está faltando?);


Você está mal informado (o que não é verdadeiro?);
Você é ilógico e seu raciocínio não é coerente (falácia);
Sua análise está incompleta (problema não resolvido).

Para complementar esta estratégia, outros suportes podem ser necessários.

Conclusão
Este artigo é apenas uma parte de um artigo mais completo: Como Ler Livros?
Guia Clássico para a leitura inteligente.

Além da leitura analítica, outro nível que ganhou destaque em um artigo à parte
foi: O que é Leitura Sintópica – o método mais exigente de todos.
Todo esse conteúdo é importantíssimo para melhorar a qualidade dos estudos,
mas a regra de ouro que prevalece em qualquer método de leitura é: Mais vale
uma página bem lida do que um livro inteiro não compreendido.

O tempo é precioso e é melhor usá-lo com leituras que façam a diferença na vida
de cada um. Obviamente, melhor não perder algumas horas ou dias com livros
ruins ou que não farão diferença alguma.

Se você tem dificuldade para ler, entender e se lembrar do que leu, faça parte da
Sociedade do Livro. Você vai aprender o método da leitura sintópica, o mais
avançado e mais utilizado pelos melhores estudantes do mundo. Além disso, grandes
professores conduzirão a leitura de temas fundamentais ao ser humano, como
morte, vida, amor, simbologia e muito mais.

Comente e compartilhe. Quem você acha que vai gostar de ler sobre o que é
leitura analítica?

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