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Filosofia

2ª SÉRIE
SEMANA 26

Olá estudante!

Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de Filosofia sobre a Filosofia Política de Nicolau Maquiavel Para
ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos 2 aulas e
vamos tratar sobre:

AULA: 50 Filosofia Política de Maquiavel I


AULA: 51 Filosofia Política de Maquiavel II

Nicolau Maquiavel (1469-1527) desenvolveu um tipo de pensamento político que se diferenciava


da política praticada na era medieval se encarregou de reformular a política do seu tempo, sua aliança com
a ética e sem que precisasse se fundamentar ou guiar por valores religiosos dos cristãos.
Desta forma, enquanto para os cristãos medievais o bom governante era aquele indivíduo que
possuísse em si próprio as virtudes cristãs e agisse de acordo com tais virtudes (ainda que se precise matar
muito herege, para sustentar o cristianismo, haja visto as cruzadas). Porém, segundo Maquiavel, as
características do bom governante fazem com que este utilize o que for necessário para chegar e se manter
no poder. Para o autor de, O Príncipe (1513), deve-se ter em conta direito divino em governar, mas é
preciso valorizar o desenvolvimento de algumas qualidades indispensáveis para aqueles que pretendem
ocupar o cargo de líder político: qualidades como virtú e a capacidade de lidar com a fortuna.
O objetivo da Política para Maquiavel era realizar a manutenção do poder estatal com vistas ao bem comum.
Para manter este poder do Estado, o governante deve lutar com todas as suas forças para realizar este
empreendimento. Justamente por conta disso é que os valores morais cristãos tão apregoados em seu tempo
tornam-se obstáculos a tal objetivo, pois cedo ou tarde, para não deixar de lado seu objetivo fundamental,
terá de abrir mão de certos valores morais cristãos.
Como por exemplo, um príncipe não pode manter a sua palavra (principio moral cristão) se tal palavra
voltar-se contra ele em suas decisões políticas, ou se tal palavra tenha forçado o surgimento de situações
que o forcem a tomar outra atitude. Se assim ocorrer, deve abrir mão de tal valor, como meio para a
realização dos fins propostos
A manutenção da ordem e do poder são necessários para que o bem comum seja preservado. Os
meios empregados serão honrosos e louvados se os fins forem alcançados por parte dos líderes políticos.
Neste sentido, vale ressaltar aqui que para Maquiavel o importante não é que o príncipe seja bom, basta
parecer bom; ele não precisa falar a verdade, basta que lhe pareça estar dizendo a verdade; ele não precisa
agir realmente de maneira justa, basta que pareça ao povo que a atitude dele é justa. Esta diferença entre
essência (ser) e aparência (parecer) é um elemento indispensável para um líder que queira manter o bem
comum acima de tudo. A leitura e crítica sobre a obra de Maquiavel criou termos como ‘maquiavélico’ e
‘maquiavelismo”, quais são aplicados de formar de desmerecimento ao objeto destinado. Todavia, os meios
de elaborar uma excelente estratégia política para o governante, é o grande trunfo que a obra deste autor
oferta.
Esta nova forma de fazer política mostra que Maquiavel foi um pensador que estava muito além do
seu tempo e ele é responsável por realizar a cisão entre o “ser” e “dever ser” na política. Em sua teoria
também se encontra uma tecnologia em fazer política, pois ele parte da realidade e das utilidades dos meios
para que governados e governante defendam e cumpram seus respectivos papeis. Maquiavel procura
pautar-se especificamente por um realismo político que procura excluir toda e qualquer característica
especulativa do “dever ser”, pois o príncipe (líder político de seu tempo), alcançará a sua ruína no momento
em que deixar de fazer aquilo que se faz, por aquilo que deveria fazer: um homem que queira em todo o
lugar ser bom, atrai ruína entre tantos que não são bons.
Neste sentido, o governante que quer se manter no poder, deverá aprender os meios de poder,
não se trata de ser bom, mas apenas parecer bom já é suficiente quando for necessário. Chega a dizer ainda
que o líder deverá adotar remédios extremos para males extremos. Não que Maquiavel pense que o
governante deva fazer sempre o mal, mas, ao contrário, ele deve fazer o bem quando possível e o mal
apenas quando realmente for necessário.
Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:
LISTA DE EXERCÍCIOS
AULA – 50
1. Maquiavel construiu dois conceitos sobre qualidades do governante em O Príncipe, que são:
a) Ética e Moral
b) Coragem e Tirania
c) Virtú e Fortuna
d) Razão e Fortuna.

2. Maquiavel colocou a política como categoria autônoma, porque


a) a política era vista como divina e assim ela não fazia parte da vida terrena.
b) a política tem uma lógica própria, que não deve depender da religião, mas considerar a necessidade do
momento.
c) a política sempre foi vinculada a religião e assim, deveria permanecer só que agora governada por um
príncipe.
d) o governante deveria ser um príncipe moderado e que se submetesse aos valores éticos da tradição, de
modo que a autonomia seria legítima ao obedecer aos valores religiosos.

AULA – 51
3. No uso comum do idioma, o termo ‘maquiavélico’ é o pejorativo. Porém, na filosofia de Maquiavel esse
termo equivale a qual comportamento do governante:
a) Estratégia Política.
b) Coragem e força, como a raposa e o leão.
c) A capacidade de manter sua palavra a qualquer custo, mesmo que para isso perca o poder.
d) A devoção aos valores da tradição.

4. Maquiavel colocou uma teoria e técnica política que se baseava no:


a) Realismo e Utilitarismo, ele partiu do comportamento real dos grandes governantes para elaborar um livro
que serviria como manual de governo.
b) Idealismo e utilitarismo, deveríamos ter ideais, como na filosofia política grega e medieval para podermos
nos orientar na vida pública.
c) Poder papal, onde a política deveria ser dirigida por um rei da igreja.
d) Governo do povo, que escolheria seu governante democraticamente.

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