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PLANO DE ESTUDOS DO CONCURSEIRO AVANÇADO

CICLO 3

CICLO 3 - 12 A 35 HORAS

Este é o terceiro, de um total de 52 ciclos, que contemplam a preparação de A a Z


para os concursos de Fiscos Estaduais e Fiscos Municipais.

Os ciclos incorporam todos os pilares do Método de Estudos do Concurseiro Avançado


e trazem as tarefas de estudo da teoria, resolução de questões, construção de
resumo, revisão e aprofundamento.

Você deve primeiro estudar os tópicos e ao final fazer a atividade do Ciclo de Revisão
e Aprofundamento - CRA.

Alunos iniciantes (nunca estudaram o tópico): faça o estudo regular da matéria,


utilizando a sua bibliografia e seguindo as orientações de cada plano de estudos e, por
último, faça o CRA 03.
Alunos intermediários (já estudaram, mas ainda precisam aprofundar/revisar):
faça a leitura dos planos de estudos e, ao final, o CRA 03.
Alunos avançados: faça apenas o CRA-03.

Matérias/Atividades do Ciclo 3

Língua Portuguesa
Direito Tributário
Contabilidade Geral e Avançada
Direito Constitucional
CICLOS DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - CRA 03

Tópicos a serem estudados no Ciclo 3

Você deve estudar os seguintes tópicos, seguindo, para isso, os planos de estudo de
cada tópico.

➔ Língua Portuguesa:
◆ TÓPICO 5 - Classe das palavras III: verbo

◆ TÓPICO 6 - Processos de formação das palavras

➔ Direito Tributário:
◆ TÓPICO 5 - Competência Tributária. Impostos de Competência
dos Estados

◆ TÓPICO 6 - Competência Tributária. Impostos de Competência


dos Municípios | Repartição das Receitas Tributárias

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CICLO 3

➔ Contabilidade Geral e Avançada


◆ TÓPICO 5 - Elaboração de demonstrações contábeis pela
legislação societária e pelos pronunciamentos técnicos do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Balanço
patrimonial. Disponibilidades – caixa e equivalentes de caixa.
Conteúdo, classificação e critérios de avaliação. Contas a
receber. Conceito, conteúdo e critérios contábeis. Despesas
antecipadas. Conceito, conteúdo, classificação e critérios de
avaliação

◆ TÓPICO 6 - Estoques. Conceito, conteúdo e classificação.


Critérios de avaliação de estoques.

➔ Direito Constitucional
◆ TÓPICO 5 - Direitos Sociais

◆ TÓPICO 6 - Nacionalidade

➔ CICLOS DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - CRA 3


◆ Revisão 03
◆ Simulado CRA-03

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LÍNGUA PORTUGUESA

TÓPICO 5 - Classe das palavras III - verbo

Os tópicos (I, II, e III) de classe das palavras (ou classes gramaticais) é a base da língua
portuguesa. Seu conhecimento é importante não apenas para as questões sobre classe das
palavras, mas também para as questões de reescritura de frases. É um tópico extenso e que,
provavelmente, você precisará de 6 a 8 horas para estudar cada um dos tópicos e fazer os
exercícios.

● Aula 03 do Curso de Língua Portuguesa - Pacote Básico da Área Fiscal - Estratégia


Concursos

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Flexão verbal

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LÍNGUA PORTUGUESA

MODOS VERBAIS

IMPERATIVO: deriva do presente do subjuntivo.

Afirmativo: TU e VÓS: retirados do presente do indicativo com a supressão do "s" final.

VOCÊ, NÓS, VOCÊS: retiradas do presente do subjuntivo sem alteração.

Negativo: conjugação igual à do presente do subjuntivo, acrescentando-se a negativa antes da


forma verbal.

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Flexão verbal: Principais verbos que se conjugam a partir de outros

VERBO PÔR

Modo Indicativo:
• presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem;
• pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;
• pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;
• pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram;
• futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão;
• futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam

Modo Subjuntivo:
• presente: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
• pretérito imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem;
• futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Como o verbo PÔR, conjugam-se: ANTEPOR, APOR, COMPOR, CONTRAPOR, DECOMPOR,
DEPOR, DECOMPOR, DISPOR, ENTREPOR, EXPOR, IMPOR, INTERPOR, JUSTAPOR,
OPOR, POSPOR, PREDISPOR, PRESSUPOR, PROPOR, RECOMPOR, REPOR,
SOBREPOR, SUPOR.

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VERBO TER

Modo Indicativo:
• presente: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm;
• pretérito perfeito: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;
• pretérito imperfeito: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
• pretérito mais-que-perfeito: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;
• futuro do presente: terei, terás, terá, teremos, tereis, terão;
• futuro do pretérito: teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam.

Modo Subjuntivo:
• presente: tenha, tenhas, tenhas, tenhamos, tenhais, tenham;
• pretérito imperfeito: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;
• futuro: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.
Como o verbo TER, conjugam-se: ABSTER-SE, ATER-SE, CONTER, DETER, ENTRETER,
MANTER, OBTER, RETER, SUSTER.

VERBO VER
Modo Indicativo:

• presente: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem;


• pretérito perfeito: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram;
• pretérito imperfeito: via, vias, via, víamos, víeis, viam;
• pretérito mais-que-perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
• futuro do presente: verei, verás, verá, veremos, vereis, verão;
• futuro do pretérito: veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam.

Modo Subjuntivo:

• presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam;


• pretérito imperfeito: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;
• futuro: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Como o verbo VER, conjugam-se: ENTREVER, ANTEVER, PREVER, REVER.

VERBO VIR

Modo Indicativo:

• presente: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm;


• pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram;
• pretérito imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham;
• pretérito mais-que-perfeito: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram;
• futuro do presente: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão;

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LÍNGUA PORTUGUESA

• futuro do pretérito: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam.

Modo Subjuntivo:

• presente: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham;


• pretérito imperfeito: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem;
• futuro: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Como o verbo VIR, conjugam-se ADVIR, AVIR-SE, CONVIR, DESAVIR-SE, INTERVIR,
PROVIR, SOBREVIR.

FALSOS COGNATOS:

PROVER:

Modo Indicativo

• presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem;


• pretérito perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram;
• pretérito imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam;
• pretérito mais-que-perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram;
• futuro do presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão;
• futuro do pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
Modo Subjuntivo
• presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam;
• pretérito imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem;
• futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.

Basta que você pense no verbo PROVER da seguinte forma: ele se conjuga como VER só nos
tempos do presente – presente do indicativo e presente do subjuntivo; nos outros tempos, é
regular, como BEBER. Assim, o grande cuidado que se deve ter é para não conjugá-lo como o
verbo VER o tempo inteiro. No pretérito imperfeito do subjuntivo, por exemplo, se ele se
conjugasse como o VER, seria “se eu provisse”, enquanto o correto é “se eu provesse” (tal qual
BEBER – se eu bebesse).

REQUERER

Modo Indicativo:

• presente: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem;


• pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram;
• pretérito imperfeito: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam;
• pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis,
requereram;
• futuro do presente: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis, requererão;
• futuro do pretérito: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
requereriam.

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Modo Subjuntivo:

• presente: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram;


• pretérito imperfeito: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis,
requeressem;
• futuro: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.

Quanto ao verbo REQUERER, pense da seguinte forma: ele recebe a vogal “i”, após o 2º “e” do
radical, apenas na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. O mesmo ocorre em todo o
presente do subjuntivo, que dela deriva. Nos outros tempos, é regular e conjuga-se como
BEBER. Não pense no verbo QUERER. Assim, por exemplo, se ele fosse como QUERER, no
pretérito perfeito do indicativo seria “eu requis”, e não “eu requeri” (tal qual BEBER: eu bebi).

VERBOS DEFECTIVOS

REAVER

Com o verbo REAVER, basta pensar da seguinte forma: memorizar em que tempos aparece a
sua defectividade – presente do indicativo e presente do subjuntivo; nos outros tempos, lembrar
que ele se conjuga como o verbo HAVER.

Presente indicativo: nós reavemos, vós reaveis;

Presente subjuntivo: não existe

PRECAVER-SE

O verbo PRECAVER é ainda mais fácil que REAVER: memorize em que tempos ele é defectivo
(presente do indicativo e presente do subjuntivo) e, nos outros tempos, observe que ele é um
verbo regular. Logo, pense em outro regular: BEBER. Só não confunda PRECAVER com VER!
Logo, no imperfeito do subjuntivo, por exemplo, será se eu me precavesse (como se eu
bebesse), e não se eu me precavisse (seria assim se ele se conjugasse como o verbo VER).

HAVER

Modo Indicativo:

• presente: hei, hás, há, havemos, haveis, hão;


• pretérito perfeito: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram;
• pretérito imperfeito: havia, havias, havia, havíamos, havíeis, haviam;
• pretérito mais-que-perfeito: houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram;
• futuro do presente: haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis, haverão;
• futuro do pretérito: haveria, haverias, haveria, haveríamos, haveríeis, haveriam.

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Modo Subjuntivo
• presente: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam;
• pretérito imperfeito: houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, ouveram;
• futuro: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem.

VERBOS TERMINADOS EM EAR

Todos os verbos terminados em EAR são irregulares, pois recebem um i nas formas da 1ª, 2ª e
3ª pessoas do singular e 3ª pessoa do plural do presente do indicativo e do presente do
subjuntivo. Nos outros tempos, a conjugação dos verbos terminados em EAR é regular.

Exemplo: ARREAR (= pôr os arreios)

Presente do indicativo: arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam.

Presente do subjuntivo: arreie, arreies, arreie, arreemos, arreeis, arreiem.

Por esse modelo se conjugam CEAR, PASSEAR, RECEAR, SEMEAR, MACAQUEAR,


ESTREAR...

LÍDER (conjuga como): passear

VERBOS TERMINADOS EM IAR

São regulares.

Exemplo: ARRIAR (= abaixar-se)

Presente do indicativo: arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.

Presente do subjuntivo: arrie, arries, arrie, arriemos, arrieis, arriem.

Por esse modelo, se conjugam COPIAR, ADIAR, MAQUIAR, NEGLIGENCIAR, PREMIAR…

Líder (conjuga como)r: criar

Exceções: Mediar + intermediar

Ansiar

Remediar

Incendiar

Odiar

Líder para as exceções: ODAR

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Futuro do subjuntivo (quando eu…):

- verbo VER - eu vir


- verbo VIR - vier

VERBO IR

Presente indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão

Presente subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades, vão

VERBO VIR

Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm

SEMÂNTICA DOS TEMPOS VERBAIS

1-Indicativo: é o modo que assegura algo.

2-Subjuntivo: é o modo que indica possibilidade, hipótese.

3-Imperativo: é o modo que apresenta ideias de ordem, pedido, convite, súplica.

I - O modo Indicativo expressa um fato real, de maneira definida. Divide-se nos seguintes
tempos:

a) presente: é empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala:
Guilherme está cansado.
- Pode também para ser usado também para exprimir outras ideias:
- Conferir realidade de fatos passados: Em 1500 Cabral descobre o Brasil
(presente histórico)
- Indicar futuro próximo: Vou amanhã para Búzios.
b) prétérito imperfeito: pode ser utilizado para exressar:
- fatos repetidos, frequentesm habituais no passado: Quando eu era pequena,
brincava de boneca.
- uma ação contínua que estava ocorrendo quando outra ação instantânea
ocorreu: Pedro estava tomando banho quando o telefone tocou.
- uma ação planejada, esperada, e não realizada: pretendíamos ir até sua casa,
mas não foi possível.

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c) pretério perfeito simples: expressa uma fato que começou e termunou no passado,
próximo ou distante, indica uma ação pontual no passado: conversei com Andreia hoje.
Conversei com Andreia em 1990.
d) pretérito mais que perfeito: é utilizado, em geral, para expressar um fato já terminado
antes de outro no passado: ele já estudara quando sua namorada ligou.
e) futuro do presente: em geral, é usado para indicar um fato futuro em relação ao
momento em que se fala. É um fato futuro, posterior ao presente: viajarei na próxima
semana.
f) futuro do pretérito: é utilizado nas seguintes situações:
- para indicar um fato futuro em relação a outro no passado: ele disse que faria
todos os deveres.
- para expressar dúvida, incerteza: quem estaria lá?
- para denotar desejo, em tom polido: gostaria de um café?

FORMAS NOMINAIS DO VERBO:

- Infinitivo (r):
- infinitivo impesssoal, nome do verbo, não tem sujeito determinado: para
aprender é necesário dedicação.
- infinitivo pessoal ("para" antes do sujeito): para eu estudar, tu estudares, ele
estudar, nós estudarmos, vós estudardes, eles estudarem. Vovó precisa de
aparelho auditivo para escutar.
- Gerúnido (ndo) - ação instantânea não deve ser indicada com gerúndio.
- particípio (do/to)

VOZES VERBAIS: Voz verbal é a relação que ocorre entre sujeito e verbo. São três as vozes
do verbo – Ativa, Passiva e Reflexiva.

● Ativa: O professor recomendou a leitura deste livro. (sujeito agente: o professor)


● Passiva:
○ Analítica: A leitura deste livro foi recomendada pelo professor (sujeito paciente: a
leitura deste livro)
○ Sintética ou pronominal: Vendeu-se o apartamento.
● Reflexiva: o rapaz se vestiu. (o sujeito exerce e sofre a ação)

Transposição da ativa para passiva: somente se houver objeto direto na ativa é possível
passá-la para passiva. O objeto direto passará a sujeito paciente. Logo somente frases com
VTD e VTDI podem ser transpostos para a voz passiva.

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VOZ PASSIVA

Sujeito paciente, recebe a ação verbal.

Analítica: verbos Ser, Estar ou Ficar + Particípio

Ex. - A questão foi compreendida por todos.

(suj. paciente) (ag. passiva = por todos)

- O alerta foi dado. (o agente da passiva pode ficar indeterminado)

(suj. paciente = o alerta)

Obs: verbo vir e derivados têm o particípio igual ao gerúndio.

Sintética ou pronominal: partícula SE (=apassivadora) + verbo transitivo (direto ou direto e

indireto). Equivale a uma passiva analítica.

Ex.: - Vende-se terreno. / Vendem-se terrenos.

- Deu-se às poesias o nome de Primeiros Cantos.

VTD/VTDI + SE

Na voz passiva não existe objeto direto e sim sujeito paciente.

Passo 1 = dar nomes ao sujeito, tempo verbal e objeto direto

Passo 2 = o objeto direto da voz ativo vira sujeito paciente

Passo 3 = acrescentar verbo SER no mesmo tempo da voz ativa + PARTICÍPIO.

Passo 3 = sujeito agente vira agente da passiva (+ por)

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Se este é o seu primeiro contato com a matéria, resolva 30 questões do próprio material de
estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os cadernos a seguir
(30 questões):

TEC CONCURSOS:

FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q24s0Z

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q24s1R

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q24s21

Sistema de Questões do Estratégia:


https://concursos.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/79c737e8-4fb2-4b89-a374-f8
883ecf445e

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus pontos de
dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo, após resolver as 30
questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos que efetivamente
apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na resolução.

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TÓPICO 6 - Processos de formação das palavras

Tópico pouco cobrado, principalmente pela banca FCC, com uma presença um pouco maior
nas bancas CEBRASPE e FGV.

● Aula 04 do Curso de Língua Portuguesa - Pacote Básico da Área Fiscal - Estratégia


Concursos

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Elementos mórficos (ou estruturais) das palavras:

● raiz, radical , tema: elementos básicos e significativos.


● afixos (prefixos ou sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da
significação do radical.

Radical: é o elemento básico e significativo das palavras. Acha-se o radical despojando-se a


palavra de seus elementos secundários (quando houver):

Exemplos: CERT-o, CERT-eza, in-CERT-eza, CAFE-teira, a-JEIT-ar, RECEB-er, EDUC-ar,


ILUS-ório, PERFUM-e, EXEMPL-ar, PERMIT-ir, ex-PORT-ação, in-OBSERV-ância,
desCONHEC-ido, a-PEDR-ejar.

Observação: Em certas palavras só existe o radical (Ex.: fé, mar; sol, traz, etc.)

Vogal temática: vogal temática é o elemento que, acrescido ao radical, forma o tema de
nomes e verbos.

Nos verbos distinguem-se três vogais temáticas:

a: que caracteriza os verbos da 1ª conjugação: anelar, andavas, etc.

e: que caracteriza os verbos da 2ª conjugação: bater, batemos, etc.

i: que caracteriza os verbos da 3ª conjugação: partir, partirá, etc.

Tema: é o radical acrescido de uma vogal (chamada vogal temática). Nos verbos o tema se
obtém destacando-se o 'r' do infinitivo.

Exemplos: CANTA-r, BATE-r, PARTl-r, etc.

Nos nomes o tema é mais evidente em derivados de verbos.

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Exemplos: CAÇA-dor, DEVE-dor, FINGl-mento, PERDOÁ-vel, FERVE-nte, etc.

Afixos: afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a
um radical ou tema para formar palavras derivadas. Chamam-se prefixos, quando antepostos
ao radical ou tema, e sufixos, quando pospostos.

Assim, nas palavras inativo e desanimador, temos:

Desinências: são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras.

As desinências nominais indicam flexões de gênero (masculino e feminino) e de número


(singular e plural) dos nomes.

Exemplo:

menin-o menino-s

menin-a menina-s

As desinências verbais indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.

Exemplos:

am-o, ama-s, ama-mos, ama-is, ama-m (número-pessoal)

ama-va, ama-va-s, ama-va, etc. (modo-temporal)

Composição: é a criação de uma nova palavra pela aproximação de duas ou mais palavras ou
radicais. A composição pode ser efetuada através de duas formas:

• Justaposição: Os radicais ou palavras se unem mantendo sua integridade sonora intocável,


sem alteração, podendo ou não haver uso de hífen.

Exemplos: guarda-chuva, mandachuva, pontapé, couve-flor, minissaia, grecolatino, cor-de-rosa,


etc.

• Aglutinação: Na junção dos radicais acontece a queda ou alteração sonora

Exemplos: aguardente (água ardente), embora (em boa hora), hidrelétrico (hidro elétrico),
planalto (plano alto).

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Derivação: é o processo pelo qual se forma palavras a partir de um radical, ao qual se


acrescentam afixos. A derivação pode ocorrer de diferentes formas:

• Derivação Prefixal: antepõe-se um prefixo a um radical. Ex.: descrença, introversão,


superfeliz, conter.

• Derivação Sufixal: acrescenta-se um sufixo a um radical. Ex.: dentista, jogador, boiada,


sapataria, realizar, felizmente.

• Derivação Prefixal e Sufixal: acrescenta-se outro afixo (prefixo ou sufixo) a uma palavra que já
possui afixo. Eliminando um dos afixos, a palavra continua existindo. Ex.: Inutilmente,
descumprimento, incomunicável.

• Derivação Parassintética: anexando-se, ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo a um


radical no momento exato da criação da palavra. Ex.: envergonhar, embarcar, anoitecer,
repatriar.

• Derivação Imprópria: consiste em mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a


significação, porém, sem alteração fonética.

Ex.: os bons, os maus, o verde (os adjetivos passam a ser substantivos)

comício monstro, menino prodígio, traje esporte (os substantivos passam a ser adjetivos)

falar alto, vender caro, tossir forte, falar baixo (os adjetivos passam a ser advérbios)

• Derivação Regressiva: ocorre por meio da supressão da palavra primitiva, gerando uma
derivada. As palavras derivadas são criadas a partir de palavras primitivas, ex: flor (primitiva) e
florista (derivada).

Em geral, substitui-se a terminação de um verbo pelas desinências -a, -o ou -e.

Chama-se também derivação deverbal, porque a palavra derivada é um substantivo que


provém de um verbo.

Ex.: mudar → muda, chorar → choro, rematar → remate

Hibridismo: são palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes não
importando se ela foi formada por composição ou por derivação.

Exemplos: automóvel (grego + latim); bicicleta (latim + grego); endovenoso (grego + latim);
alcoômetro (árabe + grego)

Estrangeirismo: são palavras emprestadas de outras línguas que podem ou não ser
adaptadas ao serem incorporadas no português.

Exemplos: Show, site, pizza, shopping, garçom, fashion, hot dog, mouse, abajur (abat-jour),
buquê (bouquet), futebol (football).

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Onomatopeias: são palavras originadas com a tentativa de reproduzir um som emitido na


natureza, por pessoas ou animais.

Exemplos: toc toc (batida de porta), din-don (campainha), hahaha (risos), tiquetaque (relógio),
miau (gato), trim trim (telefone), cof cof (tosse).

Neologismo: é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão


nova ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Esses termos surgem
como um modo de suprir uma necessidade vocabular momentânea, transitória ou permanente.

Exemplos: panelaço (movimento de protestos caracterizado pelo bater de panelas), sextar


(aproveitar a sexta-feira), dar zebra (dar errado).

Se este é o seu primeiro contato com a matéria, resolva 30 questões do próprio material de
estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os cadernos a seguir
(30 questões):

TEC CONCURSOS:

FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q256wT

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q256xc

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q256yF

Sistema de Questões do Estratégia:


https://concursos.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/54074404-8003-47a3-893c-3
4e1e97f9810

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus pontos de
dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo, após resolver as 30
questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos que efetivamente
apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na resolução.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

TÓPICO 5 - Competência Tributária. Impostos de Competência dos Estados

Os impostos de competência estadual tem uma cobrança significativa em provas, de 7 a 11%,


variando conforme a banca. Estude o tópico com atenção.

● Aula 04 do Curso de Direito Tributário - Pacote Básico da Área Fiscal - Estratégia


Concursos
● Capítulo 13 do Livro de Direito Tributário do Professor Ricardo Alexandre; 2022.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


(ICMS)

CF/88 - Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de


transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à


circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos


Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de


um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

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b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que
envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada
por dois terços de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto
no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e
nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais;

VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte
ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá
ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; (Produção de efeito)

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a


alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;

IX - incidirá também:

a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica,
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o
domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não
compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do
imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes,


combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de


sons e imagens de recepção livre e gratuita;

XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos


industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto
destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

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b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das
operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos
além dos mencionados no inciso X, "a";

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e


exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez,
qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b;

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na


importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II,
nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá


ao Estado onde ocorrer o consumo;

II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e
lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre
nas operações com as demais mercadorias;

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e
combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o
imposto caberá ao Estado de origem;

IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito


Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:

a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;

b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o
valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em
condições de livre concorrência;

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e

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à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito


Federal, nos termos do § 2º, XII, g.

O IPI não integrará a base de cálculo do ICMS, quando ocorrer cumulativamente as


seguintes situações:
1. Operação realizada entre contribuintes;
2. Relativa a produto destinado à industrialização ou comercialização;
3. Que configure fato gerador dos dois impostos (IPI e ICMS).

Competência obrigatória do Senado Federal para

Competência facultativa do Senado Federal para

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IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCD ou ITCMD)

CF/88: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem,
ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

Na época da edição do CTN, a competência para instituir imposto sobre transmissão era
apenas estadual. Com a CF/88, a competência foi dividida, ficando a cargo dos Estados tributar
a transmissão ocorrida a título gratuito (causa mortis e doação), logo, cuidado com a
interpretação dos artigos:

CTN: Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e
de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos
quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão
dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de
capital nela subscrito;

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II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com
outra.
Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e
direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do
patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha
como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de
direitos relativos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais
de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois)
anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações
mencionadas neste artigo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2
(dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em
conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos
da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada
em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado
Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que
atendam à política nacional de habitação.
Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto de que trata
o artigo 43, sobre o provento decorrente da mesma transmissão.
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que
versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta
no estrangeiro.
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a
lei.

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Fato Gerador - é a transmissão, por causa mortis ou por doação, de quaisquer bens ou
direitos. No caso de sucessão causa mortis, considera-se ocorrido o fato gerador do ITCMD no
momento da abertura da sucessão, que se dá no momento exato da morte.
O ITCMD não incide sobre transmissões originárias (em que não há relação jurídica de
transmissão a outra pessoa). Exemplo: Usucapião.
Base de Cálculo e alíquota: Sabemos que o ITCMD incide sobre transmissões a título
gratuito. Nesse caso, não há um preço pago na operação, o que fez com que o legislador
estipulasse, no art. 38 do CTN, que a base de cálculo do ITCMD seria o valor venal dos bens
ou direitos transmitidos. O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal,
conforme preceitua o art. 155, § 1º, IV, da CF/88.

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA)

CF/88: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
III - propriedade de veículos automotores.
§ 6º O imposto previsto no inciso III:
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

★ não havendo normas gerais editadas pela União sobre o IPVA, o STF entendeu que se
aplica o disposto no art. 24, § 3º, da CF/88. Portanto, os Estados estão autorizados a
exercer competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

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(STF, Tema nº 745 da Repercussão Geral). Telecomunicações e Fornecimento de energia


elétrica não podem ter alíquotas mais elevadas do que aquela aplicável às demais operações,
uma vez que são essenciais. O que o STF decidiu é que serviços essenciais, como
telecomunicações e fornecimento de energia elétrica, não podem sofrer uma carga tributária
mais elevada que as demais operações, em contraponto com o que prevê a regra da
seletividade.

STF Súmula 573 - Não constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída
física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato.

STJ Súmula 166 - Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria
de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.

(STF, Plenário, ADC 49/RN) Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE. ICMS. DESLOCAMENTO FÍSICO DE BENS
DE UM ESTABELECIMENTO PARA OUTRO DE MESMA TITULARIDADE. INEXISTÊNCIA DE
FATO GERADOR. PRECEDENTES DA CORTE. NECESSIDADE DE OPERAÇÃO JURÍDICA
COM TRAMITAÇÃO DE POSSE E PROPRIEDADE DE BENS. AÇÃO JULGADA
IMPROCEDENTE. 1. Enquanto o diploma em análise dispõe que incide o ICMS na saída de
mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, o
Judiciário possui entendimento no sentido de não incidência, situação esta que exemplifica, de
pronto, evidente insegurança jurídica na seara tributária. Estão cumpridas, portanto, as
exigências previstas pela Lei n. 9.868/1999 para processamento e julgamento da presente
ADC. 2. O deslocamento de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo titular não
configura fato gerador da incidência de ICMS, ainda que se trate de circulação
interestadual. Precedentes. 3. A hipótese de incidência do tributo é a operação jurídica

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praticada por comerciante que acarrete circulação de mercadoria e transmissão de sua


titularidade ao consumidor final. 4. Ação declaratória julgada improcedente, declarando a
inconstitucionalidade dos artigos 11, §3º, II, 12, I, no trecho “ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular”, e 13, §4º, da Lei Complementar Federal n. 87, de 13 de
setembro de 1996. STF, Plenário, ADC 49/RN, Rel. Min. Edson Fachin, Julgamento em
19/04/2021)

Súmula Vinculante 48 - Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a


cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro.

(STF, RE 582.461/SP) (...) Ora, se o texto dispõe que o ICMS deve ser calculado com o
montante do imposto inserido em sua própria base de cálculo também na importação de bens,
naturalmente a interpretação que há de ser feita é que o imposto já era calculado dessa forma
em relação às operações internas. Com a alteração constitucional a Lei Complementar ficou
autorizada a dar tratamento isonômico na determinação da base de cálculo entre as operações
ou prestações internas com as importações do exterior, de modo que o ICMS será calculado
"por dentro" em ambos os casos. (...) STF, RE 582.461/SP, Plenário, Rel. Min. Gilmar
Mendes, Julgamento em 18/05/2011)

(STF ADI 5469), o STF decidiu ser inconstitucional a cobrança do Diferencial de Alíquota do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (Difal/ICMS), introduzida pela Emenda
Constitucional (EC) 87/2015, sem a edição de lei complementar para disciplinar esse
mecanismo de compensação. O julgamento teve seus efeitos prorrogados para 2022.

STJ Súmula 163 - O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em


bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre
o valor total da operação.

STF Súmula 574 - Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima a cobrança do imposto de
circulação de mercadorias sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou
estabelecimento similar.

STJ Súmula 649 - Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias
destinadas ao exterior.

(STF - Tema 475 com repercussão geral reconhecida): não aplicação da imunidade
referente às exportações em relação às operações e prestações anteriores à exportação.

(STF, AI 388.888-AgR). “Conforme orientação firmada pelo STF, depende de lei autorizadora a
correção monetária de créditos escriturais do ICMS. Orientação que também se aplica aos
casos de créditos acumulados, transpostos de um período de apuração aos sucessivos.” (STF,
AI 388.888-AgR,Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 31/08/2010)

(STJ, REsp 1.321.681/DF). TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535


DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. ICMS. OPERAÇÃO DE VENDA PELA AGÊNCIA DE
AUTOMÓVEIS DE VEÍCULO USADO CONSIGNADO PELO PROPRIETÁRIO. NÃO
INCIDÊNCIA. 1. Recurso especial pelo qual se discute se a operação de venda promovida por

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agência de automóveis de veículo usado consignado pelo proprietário está sujeita, ou não, à
incidência de ICMS a ser pago pelo estabelecimento comercial. (...) 4. Ponderado esse
entendimento jurisprudencial, constata-se que a mera consignação do veículo cuja venda
deverá ser promovida por agência de automóveis não representa circulação jurídica da
mercadoria, porquanto não induz à transferência da propriedade ou da posse da coisa,
inexistindo, dessa forma, troca de titularidade a ensejar o fato gerador do ICMS. (STJ,
REsp 1.321.681/DF, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Julgamento em
26/02/2013)

Súmula Vinculante 32 - O ICMS não incide sobre a alienação de salvados de sinistro pelas
seguradoras.

(STF, RE 194.300/SP ) EMENTA: ICMS. VENDA DE BENS NO ATIVO FIXO DA EMPRESA.


NÃO INCIDÊNCIA DO TRIBUTO. A venda de bens do ativo fixo da empresa não se
enquadra na hipótese de incidência determinada pelo art. 155, I, b, da Carta Federal,
tendo em vista que, em tal situação, inexiste circulação no inexiste circulação no sentido
jurídico-tributário: os bens não se ajustam ao conceito de mercadorias e as operações
não são efetuadas com habitualidade. Recurso extraordinário não conhecido. (STF, RE
194.300/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 24/04/1997)

(STJ, REsp 242.721/SC) TRIBUTÁRIO - ICMS - COMERCIAL - SOCIEDADE COMERCIAL -


TRANSFORMAÇÃO - INCORPORAÇÃO - FUSÃO - CISÃO - FATO GERADOR -
INEXISTÊNCIA. I - Transformação, incorporação, fusão e cisão constituem várias facetas de
um só instituto: a transformação das sociedades. Todos eles são fenômenos de natureza civil,
envolvendo apenas as sociedades objeto da metamorfose e os respectivos donos de cotas ou
ações. Em todo o encadeamento da transformação não ocorre qualquer operação comercial.
(...) IV - A transformação em qualquer de suas facetas das sociedades não é fato gerador
de ICMS. (STJ, REsp 242.721/SC, Primeira Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros,
Julgamento em 19/06/2001)

(STF ADIs 5659 e 1945) há incidência de ISS, e não ICMS, sobre os softwares de computador.

STF - Súmula 662 - É legítima a incidência do ICMS na comercialização de exemplares de


obras cinematográficas, gravados em fitas de videocassete.

STJ Súmula 391 - O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à
demanda de potência efetivamente utilizada.

STJ Súmula 457 - Os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na
base de cálculo do ICMS.

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STJ Súmula 432 - As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre
mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais.

(STF AgRg no Ag 687.218/MA) “inadmissível a retenção, pelos Estados, do diferencial de


alíquotas relativo a operações interestaduais efetuadas por empresa de construção civil para
aquisição de mercadorias sem objetivo de comercialização". (STF AgRg no Ag 687.218/MA,
Rel. Min. Luiz Fux)

A Súmula 432 foi publicada antes do advento da EC 87/2015, a qual determinou que até
mesmo os consumidores finais de mercadorias em operações interestaduais, quando não
contribuintes do imposto, estão sujeitos ao diferencial de alíquotas do ICMS. Portanto, não
obstante o fato de esta súmula continuar vigente, perdeu-se o seu sentido. De qualquer modo,
para fins de prova, é importante ficar atento. Portanto, preste muita atenção!

STJ Súmula 237 - Nas operações com cartão de crédito, os encargos relativos ao
financiamento não são considerados no cálculo do ICMS.

STJ Súmula 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido
ao regime de pauta fiscal.

STJ Súmula 334 – O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à internet.

STJ Súmula 350 - O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular.

(STF RE 912.888) - “a assinatura básica é, sim, prestação de serviço, que é o oferecimento de


condições para que haja a comunicação entre os usuários e terceiros – ainda que não
remunere a ligação em si”. “O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
incide sobre a tarifa de assinatura básica mensal cobrada pelas prestadoras de serviços
de telefonia, independentemente da franquia de minutos concedida ou não ao usuário.”

(STJ, REsp 889.414/RJ) 1. O creditamento do ICMS somente é factível nas hipóteses restritas
constantes do § 1º, do artigo 20, da Lei Complementar nº 87/96, qual seja a entrada de
mercadorias que façam parte da atividade do estabelecimento. Consectariamente, é de clareza
hialina que o direito de creditamento do ICMS pago anteriormente somente exsurge
quando se tratar de insumos que se incorporam ao produto final ou que são consumidos
no curso do processo de industrialização. (STJ, REsp 889.414/RJ, Primeira Turma, Rel.
Min. Luiz Fux, Julgamento em 17/04/2008)

(STF, RE 299.079/RJ) O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado


onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da
mercadoria (alínea "a" do inciso IX do § 2o do art. 155 da Carta de Outubro); pouco
importando se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso.

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Recurso extraordinário desprovido. (STF, RE 299.079/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Carlos
Britto, Julgamento em 30/06/2004)

(STF, RE 268.586/SP) ICMS - MERCADORIA IMPORTADA - INTERMEDIAÇÃO -


TITULARIDADE DO TRIBUTO. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
cabe ao Estado em que localizado o porto de desembarque e o destinatário da
mercadoria, não prevalecendo a forma sobre o conteúdo, no que procedida a importação
por terceiro consignatário situado em outro Estado e beneficiário de sistema tributário
mais favorável. (STF, RE 268.586/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento
em 24/05/2005)

(STF, Plenário, RE 606.107/RS) “O conceito de receita, acolhido pelo art. 195, I, b, da CF, não
se confunde com o conceito contábil.” “Sob o específico prisma constitucional, receita bruta
pode ser definida como o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição
de elemento novo e positivo, sem reservas ou condições.” “O aproveitamento dos
créditos de ICMS por ocasião da saída imune para o exterior não gera receita tributável.
Cuida-se de mera recuperação do ônus econômico advindo do ICMS, assegurada
expressamente pelo art. 155, § 2º, X, a, da CF.“ “Adquirida a mercadoria, a empresa
exportadora pode creditar-se do ICMS anteriormente pago, mas somente poderá transferir a
terceiros o saldo credor acumulado após a saída da mercadoria com destino ao exterior (art.
25, § 1º, da LC 87/1996).” (STF, Plenário, RE 606.107/RS, Rel. Min. Rosa Weber, Julgamento
em 22/05/2013, com
repercussão geral)

(STJ, REsp 104319/MG) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


RECURSO ESPECIAL. "ASSINATURA BÁSICA MENSAL". LEGALIDADE DA COBRANÇA.
SÚMULA 356/STJ. ICMS SOBRE A ASSINATURA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
CONCESSIONÁRIA TELEFÔNICA. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA.
MULTA PROTELATÓRIA. EXCLUSÃO. SÚMULA 98/STJ. CARACTERIZAÇÃO DE EQUÍVOCO
NO ACÓRDÃO EMBARGADO. ACOLHIMENTO DOS ACLARATÓRIOS COM EFEITOS
INFRINGENTES. EXCEPCIONALIDADE CONFIGURADA. (...) 6. Este Sodalício já consignou
posicionamento no sentido de que "A concessionária não possui legitimidade para figurar no
pólo passivo de ação que visa a restituição de valores cobrados à título de ICMS incidente
sobre ponto telefônico. O sujeito ativo da relação tributária discutida é a Fazenda Pública,
nos termos do art. 119 do Código Tributário Nacional, e não a concessionária de
telefonia, simples responsável pelo repasse dos valores" (...) (STJ, Segunda Turma, EDcl
no REsp 104319/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques)

STJ Súmula 509 - É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS


decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a
veracidade da compra e venda.

(STJ, REsp 1.148.444/MG) “o comerciante de boa-fé que adquire mercadoria, cuja nota fiscal
(emitida pela empresa vendedora) posteriormente seja declarada inidônea, pode engendrar o

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aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da não-cumulatividade, uma vez


demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada, porquanto o ato declaratório da
inidoneidade somente produz efeitos a partir de sua publicação”. (STJ, REsp 1.148.444/MG)

STF - Repercussão Geral - Inadimplência dos usuários nos serviços de telecomunicações


(Tema 705): “A inadimplência do usuário não afasta a incidência ou a exigibilidade do ICMS
sobre serviços de telecomunicações.”

STF - Repercussão Geral - Diferencial de alíquota de ICMS (DIFAL) e Simples Nacional (Tema
517): “É constitucional a imposição tributária de diferencial de alíquota do ICMS pelo Estado de
destino na entrada de mercadoria em seu território devido por sociedade empresária aderente
ao Simples Nacional, independentemente da posição desta na cadeia produtiva ou da
possibilidade de compensação dos créditos.”

STF - Repercussão Geral - ICMS, regime de antecipação tributária e reserva de lei


complementar para substituição tributária (Tema 456): “A antecipação, sem substituição
tributária, do pagamento do ICMS para momento anterior à ocorrência do fato gerador
necessita de lei em sentido estrito. A substituição tributária progressiva do ICMS reclama
previsão em lei complementar federal”.
Ou seja:
Regime de antecipação do pagamento do imposto sem substituição tributária: necessidade de
lei ordinária pelo Estado que o definir; Regime de substituição tributária para o ICMS:
necessidade de lei complementar (CF, art. 155, § 2º, XII, “b”)

(STF, Plenário, RE 540.829/SP) (...) 3. Precedente: RE 461968, Rel. Min. EROS GRAU,
Tribunal Pleno, julgado em 30/05/2007, Dje 23/08/2007, onde restou assentado que o imposto
não é sobre a entrada de bem ou mercadoria importada, senão sobre essas entradas desde
que elas sejam atinentes a operações relativas à circulação desses mesmos bens ou
mercadorias. 4. Deveras, não incide o ICMS na operação de arrendamento mercantil
internacional, salvo na hipótese de antecipação da opção de compra, quando configurada a
transferência da titularidade do bem. Consectariamente, se não houver aquisição de
mercadoria, mas mera posse decorrente do arrendamento, não se pode cogitar de circulação
econômica. (STF, Plenário, RE 540.829/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Julgamento em
11/09/2014)

(STF, RE 461.968/SP) “1. A importação de aeronaves e/ou peças ou equipamentos que as


componham em regime de leasing não admite posterior transferência ao domínio do
arrendatário. 2. A circulação de mercadoria é pressuposto de incidência do ICMS. O imposto ---
diz o artigo 155, II da Constituição do Brasil --- é sobre "operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior". 3. Não há
operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à incidência do ICMS em operação de
arrendamento mercantil contratado pela indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o
uso, pelas companhias de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas.” (STF, RE
461.968/SP, Plenário, Rel. Min. Eros Grau, Julgamento em 30/05/2007)

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DIREITO TRIBUTÁRIO

STF - Repercussão Geral - Tema 825 - “é vedado aos estados e ao Distrito Federal instituir o
ITCMD nas hipóteses referidas no art. 155, § 1º, III, da Constituição Federal sem a intervenção
da lei complementar exigida pelo referido dispositivo constitucional”

STF Súmula 112 - O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao
tempo da abertura da sucessão.

STF Súmula 331 - É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no


inventário por morte presumida

STF Súmula 115 - Sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com a
homologação do juiz, não incide o imposto de transmissão "causa mortis".

STF Súmula 113 - O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos
bens na data da avaliação.

STF Súmula 114 - O imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes da
homologação do cálculo.

(STF, Plenário, ADI 2.040-MC) A escolha do valor do monte-mor como base de cálculo da taxa
judiciária encontra óbice no art. 145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que contenha bens
imóveis é também base de cálculo do imposto de transmissão causa mortis e inter vivos." (STF,
Plenário, ADI 2.040-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, Julgamento em 15/12/1999)

(STF, RE 213.266/PE) TRIBUTÁRIO - FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA X TETO - IMPOSTO DE


TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS - LEI Nº 10.260/89, DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Não
se coaduna com o sistema constitucional norma reveladora de automaticidade quanto à
alíquota do imposto de transmissão causa mortis, a evidenciar a correspondência com o limite
máximo fixado em resolução do Senado Federal. (STF, RE 213.266/PE, Plenário, Rel. Min.
Marco Aurélio, Julgamento em 20/10/1999)

(STF, RE 562.045/RS) “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.


TRIBUTÁRIO. LEI ESTADUAL: PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE

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DIREITO TRIBUTÁRIO

TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS.


CONSTITUCIONALIDADE. ART. 145, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRINCÍPIO
DA IGUALDADE MATERIAL TRIBUTÁRIA. OBSERVÂNCIA DA CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.”. (...) Transcrição parcial do voto
da Min. Ellen Gracie: “Por revelar efetiva e atual capacidade contributiva inerente ao acréscimo
patrimonial, o imposto sobre transmissão “causa mortis”, também conhecido como imposto
sobre heranças ou sobre a sucessão, é um imposto que bem se vocaciona à tributação
progressiva.” (STF, RE 562.045/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 06/02/2013,
publicado em 27/11/2013)

O STF já decidiu que o IPVA não incide sobre embarcações e aeronaves.

(STF RE 1.016.605) - o imposto (IPVA) é devido ao Estado do domicílio do proprietário do


veículo, onde, de acordo com a legislação de trânsito, licenciado e registrado.

(STF RE 466.480-AgR) “não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas


segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva”.

(STJ, no REsp n. 1.111.156/SP) TRIBUTÁRIO – ICMS – MERCADORIAS DADAS EM


BONIFICAÇÃO – ESPÉCIE DE DESCONTO INCONDICIONAL – INEXISTÊNCIA DE
OPERAÇÃO MERCANTIL – ART. 13 DA LC 87⁄96 – NÃO-INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO
DO TRIBUTO. 1. A matéria controvertida, examinada sob o rito do art. 543-C do Código de
Processo Civil, restringe-se tão-somente à incidência do ICMS nas operações que envolvem
mercadorias dadas em bonificação ou com descontos incondicionais; não envolve incidência de
IPI ou operação realizada pela sistemática da substituição tributária. 2. A bonificação é uma
modalidade de desconto que consiste na entrega de uma maior quantidade de produto vendido
em vez de conceder uma redução do valor da venda. Dessa forma, o provador das
mercadorias é beneficiado com a redução do preço médio de cada produto, mas sem que isso
implique redução do preço do negócio. 3. A literalidade do art. 13 da Lei Complementar n.
87⁄96 é suficiente para concluir que a base de cálculo do ICMS nas operações mercantis é
aquela efetivamente realizada, não se incluindo os "descontos concedidos incondicionais". 4. A
jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que o valor das mercadorias dadas
a título de bonificação não integra a base de cálculo do ICMS. Recurso especial provido para
reconhecer a não-incidência do ICMS sobre as vendas realizadas em bonificação.

Se este é o seu primeiro contato com a matéria, resolva 30 questões do próprio material de
estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os cadernos a seguir
(30 questões):

TEC CONCURSOS:
FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1xJF5
FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1xItI

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CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1xK6O

Sistema de Questões do Estratégia:


https://concursos.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/0ea4eb0f-0522-4f79-a6f3-b6e
075496964

Código Tributário Nacional (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm ) :

Constituição Federal de 1988


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm )

Art. 155

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus pontos de
dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo, após resolver as 30
questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos que efetivamente
apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na resolução.

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TÓPICO 6 - Competência Tributária. Impostos de Competência dos Municípios |


Repartição das Receitas Tributárias

Os impostos de competência municipal, tem uma cobrança relativamente baixa em provas,


ficando entre 3 e 5% nas principais bancas.

● Aula 05 do Curso de Direito Tributário - Pacote Básico da Área Fiscal - Estratégia


Concursos
● Capítulos 13 e 14 do Livro de Direito Tributário do Professor Ricardo Alexandre; 2022.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

CF/88 - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar.

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o
imposto previsto no inciso I poderá:

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de
qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea "b" do
inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel.

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa


jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;

II - compete ao Município da situação do bem.

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§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar:

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA (IPTU)

CF/88 - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o
imposto previsto no inciso I poderá:

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de
qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea "b" do
inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel.

Progressividade Fiscal e Progressividade Extrafiscal do IPTU

Fiscal:
CF/88, art. 155, § 1º I: § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.
182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

Extrafiscal:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
(...)
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:

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I - parcelamento ou edificação compulsórios;


II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

CTN:
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por
natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do
Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2
(dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do
imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,
constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à

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indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior.
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens
móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua
utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.

IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS (ITBI)

CF/88 - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

III - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei § 2º O
imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa


jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade

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preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;

II - compete ao Município da situação do bem.

ITCD X ITBI

O ITBI somente incide sobre os modos derivados de aquisição da propriedade. (Não incide
sobre usucapião e desapropriação).

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IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISS)

CF/88 - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar.

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar:

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.

LEI COMPLMENTAR
➔ Alíquota máxima de 5% e mínima de 2%.
➔ o ISS não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou
financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou
outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga
tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima de 2%.
◆ Exceções:
● Obras de construção (administração, empreitada ou subempreitada) civil,
hidráulica ou elétrica;
● Obras de reparação e conservação e reforma de edifícios, estradas etc.
● Transporte municipal de passageiros (ônibus, metrô, trem e catamarã)

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REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

CF/88 - Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:


I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da
opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade
de veículos automotores licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso
IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em
seus territórios;
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em
indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade,
considerado o nível socioeconômico dos educandos.
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e
sobre produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter
regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao
semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei
estabelecer;

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d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de dezembro de cada ano;
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de julho de cada ano;
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de setembro de cada ano;
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos
Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de
produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista
no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos
na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I,
excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza
pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos
arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do
montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os
demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos
que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158,
parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco
por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado
inciso.
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos
atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles
compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
§ 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a
entrega de recursos:
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III.
§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as
renegociações de débitos de qualquer espécie, inclusive tributários, firmados pela União com
os entes federativos conterão cláusulas para autorizar a dedução dos valores devidos dos
montantes a serem repassados relacionados às respectivas cotas nos Fundos de Participação
ou aos precatórios federais.
Art. 161. Cabe à lei complementar:

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I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente
sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o
equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação
das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos
fundos de participação a que alude o inciso II.
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do
mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os
recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão
numérica dos critérios de rateio.
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por
Município; os dos Estados, por Município.

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QUADRO RESUMO - Professor Cláudio Borba - Adaptado Professor Fábio Dutra

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Súmula STJ 160 – É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual
superior ao índice oficial de correção monetária.

Súmula STF 668 - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda
Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade urbana.

Súmula STF 589 - É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e


territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte

(STJ - REsp 1.482.184-RS), o fato de parte de um imóvel urbano ter sido declarada como Área
de Preservação Permanente (APP) e, além disso, sofrer restrição administrativa consistente na
proibição de construir (nota non aedificandi) não impede a incidência de IPTU sobre toda a
área do imóvel. Segundo a Corte, cuida-se de um ônus a ser suportado, o que não gera o
cerceamento total da disposição, utilização ou alienação da propriedade, como ocorre, por
exemplo, nas desapropriações.

Súmula STJ 626 - A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei
local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos
melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.

Súmula STF 539 - É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano sobre
imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.

(STJ, REsp 325.489/SP) TRIBUTÁRIO - IPTU - CONTRIBUINTE - POSSUIDOR - ART. 34 DO


CTN. 1. O IPTU é imposto que tem como contribuinte o proprietário ou o possuidor por direito
real que exerce a posse com animus definitivo - art. 34 do CTN. 2. O comodatário é possuidor
por relação de direito pessoal e, como tal, não é contribuinte do IPTU do imóvel que ocupa. 3.
Não sendo contribuinte o possuidor e confundindo-se, no Município, as posições de proprietário
do imóvel e de sujeito ativo para a cobrança do IPTU, resulta indevido o tributo. 4. Recurso
especial improvido. (STJ, REsp 325.489/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon,
Julgamento em 19/11/2002).

Súmula STJ 614 - O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito
desses
tributos.

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Este tema relativo à condição de posse com animus domini para incidência tributária do IPTU
deve ser considerado com muita cautela. Isso porque, a partir de 2017, o posicionamento do
Supremo Tribunal Federal diverge do STJ:

(STF, Recursos Extraordinários 594.015/SP, 601.720/RJ e 434.251/RJ) - o STF decidiu, em


um caso envolvendo inaplicabilidade da imunidade recíproca a contratos de cessão do uso à
empresas privadas de imóvel pertencente à União, que a definição do contribuinte do IPTU no
art. 34, do CTN, “ou seu possuidor a qualquer título” não exige a posse com “animus domini”,
alterando o seu clássico entendimento sobre o assunto.

(STJ, REsp 1.111.202/SP) A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que tanto o
promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu
proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de
Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. (STJ, REsp 1.111.202/SP,
Primeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Julgamento em 10/06/2009).

Súmula STJ 397 - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao
seu endereço.

(STJ REsp 1.188.655/RS) é a de que incide ITBI sobre a arrematação judicial de bem imóvel
em leilão público (hasta pública).

(STJ Recurso Especial 1.199.964/SP), “o valor venal do imóvel apurado para fins de ITBI não
coincide, necessariamente, com aquele adotado para lançamento do IPTU”.

(Súmula STF 656) - É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.

(STJ, REsp 783.022/MG) TRIBUTÁRIO. ISSQN. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE


TRANSPORTE DE PASSAGEIROS QUE SE INICIA E TERMINA EM UM MESMO MUNICÍPIO.
SERVIÇO ESTRITAMENTE MUNICIPAL. CARACTERIZAÇÃO. COMPETÊNCIA MUNICIPAL.
ARTIGO 156, III, DA CF/1988. 1. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN
incide sobre a prestação de serviço de transporte que comece e termine no território de um
único Município, ainda que, por uma questão de traçado de ruas, o veículo transportador acabe
perpassando, em alguns trechos do percurso, pelos lindes de outro Município, o que não retira
a natureza estritamente municipal do contrato de transporte celebrado entre o prestador e o
tomador do serviço. (...)
(STJ, REsp 783.022/MG, Primeira Turma, Rel. Min. Denise Arruda, Julgamento 05/02/2009)

Súmula Vinculante 31 - É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer


Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis.

(STF, ARE 656.709-AgR) “A Súmula Vinculante 31 não exonera a prestação de serviços


concomitante à locação de bens móveis do pagamento do ISS. Se houver ao mesmo tempo
locação de bem móvel e prestação de serviços, o ISS incide sobre o segundo fato, sem atingir

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DIREITO TRIBUTÁRIO

o primeiro.” (STF, ARE 656.709-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento
em 14/02/2012)

(STJ,REsp 848.490/RJ) “(…) De igual maneira, é firme a orientação de que não incide o ISS
sobre a atividade-meio utilizada na prestação do serviço, como é o caso da atividade de
secretaria (anotação de recados e digitação de mensagens) envolvida na prestação de serviços
de "radiochamada" por intermédio de pagers.” (STJ,REsp 848.490/RJ, Segunda Turma, Rel.
Min. Eliana Calmon, Julgamento em 16/09/2008)

(STJ, AgRg REsp 1.295.814/MS) TRIBUTÁRIO. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA.


CONSTRUÇÃO FEITA PELO INCORPORADOR EM TERRENO PRÓPRIO. ISS. NÃO
INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A TERCEIRO. 1. Nos termos da
jurisprudência desta Corte, não incide ISS na hipótese de construção feita pelo próprio
incorporador, haja vista que, se a construção é realizada por ele próprio, em terreno próprio,
não há falar em prestação de serviços a terceiros, mas a si próprio, o que descaracteriza o fato
gerador. (STJ, AgRg REsp 1.295.814/MS, Rel. Min. Sérgio Kukina, Julgamento em 03/10/2013)

(STF ADIs 5659 e 1945) há incidência de ISS, e não ICMS, sobre os softwares de computador.

A partir de 2021, o entendimento majoritário da Suprema Corte é o de que há


apenas incidência do ISS sobre os softwares, sejam eles padronizados ou produzidos por
encomenda. Logo, não cabe a incidência do ICMS! Preste atenção!

(STJ, REsp 1.111.234/PR) TRIBUTÁRIO – SERVIÇOS BANCÁRIOS – ISS – LISTA DE


SERVIÇOS – TAXATIVIDADE – INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. 1. A jurisprudência desta
Corte firmou entendimento de que é taxativa a Lista de Serviços anexa ao Decreto-lei 406/68,
para efeito de incidência de ISS, admitindo-se, aos já existentes apresentados com outra
nomenclatura, o emprego da interpretação extensiva para serviços congêneres. (STJ, REsp
1.111.234/PR, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, Julgamento em 23/09/2009)

STJ Súmula 156 – A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob


encomenda, ainda que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.

STJ Súmula 167 - O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil,
preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço,
sujeitando-se apenas a incidência do ISS.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Se este é o seu primeiro contato com a matéria, resolva 30 questões do próprio material de
estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os cadernos a seguir
(30 questões):

TEC CONCURSOS:
FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1xJEi

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1xIt7

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1xK65

Sistema de Questões do Estratégia:


https://concursos.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/ab46dc5a-f297-4d0a-9f1f-22c
114c74a86
ui

Código Tributário Nacional (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm ) :

Art. 32,33,34,35 ,36, 37, 38, 39, 40, 41, 4

Constituição Federal de 1988


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm )

Art. 156, 157, 158, 159,160,161,162

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus pontos de
dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo, após resolver as 30
questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos que efetivamente
apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na resolução.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

TÓPICO 5 - Direitos Sociais

O tópico tem uma cobrança intermediária nas principais bancas do país (abaixo de
5%).

● Aula 04 do Curso de Direito Constitucional - Pacote Básico da Área Fiscal -


Estratégia Concursos

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Na Constituição Federal de 1988, os direitos sociais estão relacionados nos art.


6º - art. 11. Há, também, outros dispositivos do texto constitucional que versam
sobre os direitos sociais. É o caso, por exemplo, do art. 194 (que trata da
seguridade social), art. 196 (direito à saúde) e art. 205 (direito à educação).

CF/88 -
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a


uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de
transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em
lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

RESERVA DO POSSÍVEL
A teoria da reserva do possível consiste na ideia de que cabe ao Estado efetivar os
direitos sociais, mas apenas “na medida do financeiramente possível”. A teoria da
reserva do possível serve, portanto, para determinar os limites em que o Estado deixa
de ser obrigado a dar efetividade aos direitos sociais.

MÍNIMO EXISTENCIAL
Considera-se mínimo existencial o grupo de prestações essenciais que se deve
fornecer ao ser humano para que ele tenha uma existência digna. Segundo o STF, o
mínimo existencial é uma limitação à cláusula da reserva do possível, Isso porque a
reserva do possível só é invocável após a garantia, pelo Estado, do mínimo existencial.

VEDAÇÃO AO RETROCESSO
O princípio da vedação ao retrocesso busca evitar que as conquistas sociais já
alcançadas pelo cidadão sejam desconstituídas. Segundo Canotilho, baseado no
princípio do não retrocesso social, os direitos sociais, uma vez tendo sido previstos,
passam a constituir tanto uma garantia institucional quanto um direito subjetivo. São
inconstitucionais quaisquer medidas estatais que, sem a criação de outros esquemas
alternativos ou compensatórios, anulem, revoguem ou aniquilem o seu núcleo
essencial.

DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES

(tópico com cobrança bastante literal)

CF/88 - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas


necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por
cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão
do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os


direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII,
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e
observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e
a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos
da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos
rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento
das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos


colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de


um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

(STF, RE 436.996 – AgR.) Embora resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e


Executivo, a prerrogativa de formular e executar políticas públicas, revela-se possível,
no entanto, ao Poder Judiciário, determinar, ainda que em bases excepcionais,
especialmente nas hipóteses de políticas públicas definidas pela própria Constituição,
sejam estas implementadas pelos órgãos estatais inadimplentes, cuja omissão – por
importar em descumprimento dos encargos político-jurídicos que sobre eles incidem
em caráter mandatório – mostra-se apta a comprometer a eficácia e a integridade de
direitos sociais e culturais impregnados de estatura constitucional.

(ADPF 45 MC/DF) (...) a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais - além
de caracterizar-se pela gradualidade de seu processo de concretização - depende, em
grande medida, de um inescapável vínculo financeiro subordinado às possibilidades
orçamentárias do Estado, de tal modo que, comprovada, objetivamente, a
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, desta não se poderá
razoavelmente exigir, considerada a limitação material referida, a imediata efetivação
do comando fundado no texto da Carta Política. Não se mostrará lícito, no entanto, ao
Poder Público, em tal hipótese - mediante indevida manipulação de sua atividade
financeira e/ou político-administrativa - criar obstáculo artificial que revele o ilegítimo,
arbitrário e censurável propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar o
estabelecimento e a preservação, em favor da pessoa e dos cidadãos, de condições
materiais mínimas de existência.5

(STF RE 657.718) o Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos


experimentais. Assim, a ausência de registro na ANVISA impede, como regra geral, o
fornecimento de medicamento por decisão judicial.
Em casos excepcionais, havendo mora irrazoável da ANVISA em apreciar o pedido de
registro, é possível que decisão judicial determine o fornecimento de medicamento,
observados certos parâmetros fixados pelo STF.

(STF RE 592.581/RS) O Poder Judiciário pode determinar à Administração Pública que


execute obras emergenciais em estabelecimentos prisionais (presídios) a fim de
proteger os direitos fundamentais dos detentos, assegurando-lhes o respeito à sua
integridade física e moral. Não se pode invocar, para contestar tal decisão, o princípio
da separação de poderes ou mesmo a cláusula da reserva do possível.

(STF, RE 436.996) “cláusula que veda o retrocesso em matéria de direitos a


prestações positivas do Estado (como o direito à educação, o direito à saúde ou o
direito à segurança pública, v.g.) traduz, no processo de efetivação desses direitos

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DIREITO CONSTITUCIONAL

fundamentais individuais ou coletivos, obstáculo a que os níveis de concretização de


tais prerrogativas, uma vez atingidos, venham a ser ulteriormente reduzidos ou
suprimidos pelo Estado”.

(STF, ADI 4568/DF) A Lei Federal nº 12.382/2011 estabeleceu que o valor do salário
mínimo seria de R$ 545,00, mas que decreto presidencial seria responsável pelos
reajustes e aumentos salariais segundo determinados índices. Segundo o STF, a Lei nº
12.382/2011 é constitucional, não havendo óbice a que um decreto presidencial
estabeleça os reajustes, cuja fórmula e índices estão previstos na própria lei. O decreto
presidencial não estaria, assim, fixando o valor do salário mínimo; ele seria um mero
ato declaratório do valor reajustado segundo a política de valorização prevista na lei.

Súmula Vinculante nº 04: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo
não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

Súmula Vinculante nº 06: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração


inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

STF - Súmula 213 - É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o
empregado ao regime de revezamento.

(STF RE nº 778.889/PE) os prazos da licença-gestante não podem ser superiores aos


prazos da licença-adotante, inclusive no que diz respeito às prorrogações. Assim, se
uma lei concede 120 dias de licença à gestante, deverão ser concedidos também 120
dias de licença à adotante.

Súmula Vinculante nº 40: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

(STF RE 222.334) “a garantia constitucional assegurada ao empregado enquanto no


cumprimento de mandato sindical (CF, art. 8º, VIII) não se destina a ele propriamente
dito, ex intuitu personae, mas sim à representação sindical de que se investe, que
deixa de existir, entretanto, se extinta a empresa empregadora”

STF Repercussão Geral - Tema 782 - Possibilidade de lei instituir prazos


diferenciados de licença-maternidade às servidoras gestantes e às adotantes:
“Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença gestante,
o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante,
não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada"

(STF (RE 778.889) As crianças adotadas constituem grupo vulnerável e fragilizado.


Demandam esforço adicional da família para sua adaptação, para a criação de laços

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DIREITO CONSTITUCIONAL

de afeto e para a superação de traumas. Impossibilidade de se lhes conferir proteção


inferior àquela dispensada aos filhos biológicos, que se encontram em condição menos
gravosa. Violação do princípio da proporcionalidade como vedação à proteção
deficiente. 3. Quanto mais velha a criança e quanto maior o tempo de internação
compulsória em instituições, maior tende a ser a dificuldade de adaptação à família
adotiva. Dívida moral do Estado para com menores vítimas da inepta política estatal de
institucionalização precoce. Superação de antigo entendimento do STF. 6. Declaração
da inconstitucionalidade do art. 210 da Lei nº 8.112/1990 e dos parágrafos 1º e 2º do
artigo 3º da Resolução CJF nº 30/2008" (RE 778.889, rel. min. Roberto Barroso, julg.
em 10/3/2016).

(STF, RE nº 51.301) “não constitui falta grave a entrada do empregado em greve,


desde que não se trate de movimento condenado pela Justiça do Trabalho e desde que
o comportamento seja pacífico no pertinente.”

Se este é o seu primeiro contato com o conteúdo, resolva 30 questões do próprio


material de estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os
cadernos a seguir (30 questões):

TEC CONCURSOS:

FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q226kh

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q226kj

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q226km

Sistema de Questões do Estratégia:


https://concursos.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/c1c9b3cb-bebe-4c05-
82e6-5d420f300da8

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Constituição Federal de 1988


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm )

Art. 6º ao 11.

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus
pontos de dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo,
após resolver as 30 questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos
que efetivamente apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na
resolução.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

TÓPICO 6 - Nacionalidade

O tópico tem uma cobrança intermediária baixa nas principais bancas do país
(aproximadamente, 3%).

● Aula 05 do Curso de Direito Constitucional - Pacote Básico da Área Fiscal -


Estratégia Concursos

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,
salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

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DIREITO CONSTITUCIONAL

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade


nociva ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:


a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis;
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

(RE 264.848-5 / TO) o reconhecimento da naturalização extraordinária pelo Poder


Executivo gera efeitos declaratórios (e não constitutivos), retroagindo à data de
apresentação do requerimento.

Se este é o seu primeiro contato com o conteúdo, resolva 30 questões do próprio


material de estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os
cadernos a seguir (30 questões):

TEC CONCURSOS:

FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q226lh

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q226ls

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q226lT

Sistema de Questões do Estratégia:


https://concursos.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/edea68b8-64bb-42f1-
8cf8-bafc1d14895c

Constituição Federal de 1988


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm )

Art. 12 e 13

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus
pontos de dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo,
após resolver as 30 questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos
que efetivamente apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na
resolução.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

TÓPICO 5 - Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação societária e


pelos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Balanço patrimonial. Disponibilidades – caixa e equivalentes de caixa. Conteúdo,
classificação e critérios de avaliação. Contas a receber. Conceito, conteúdo e
critérios contábeis. Despesas antecipadas. Conceito, conteúdo, classificação e
critérios de avaliação

Atenção: este está entre os assuntos mais cobrados pelas principais bancas. Como ele
é bastante amplo e trata de muitos conceitos básicos relevantes, há muitas questões no
TEC que os professores classificam dentro desse tema. Dê muita atenção para este
tópico.

● Aula 04 do Curso Contabilidade de A a Z - Estratégia Concursos;

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Demonstrações Contábeis obrigatórias pela Lei 6.404/76


Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações
ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

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Demonstrações Contábeis obrigatórias segundo o CPC 26 - Apresentação das


Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis segundo o Regime de Competência:


CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis:
27. A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a
demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de competência.

Principais regras sobre a elaboração e publicação das demonstrações contábeis.

Exercício social:
Lei 6.404/76:
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto.
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o
exercício social poderá ter duração diversa.

Periodicidade:

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CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis:


36. O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo
menos anualmente (inclusive informação comparativa). Quando se altera a data de
encerramento das demonstrações contábeis da entidade e as demonstrações contábeis
são apresentadas para um período mais longo ou mais curto do que um ano, a entidade
deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis:
(a) a razão para usar um período mais longo ou mais curto; e
(b) o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos
apresentados nessas demonstrações.

Aspectos tratados na Lei 6.404/76:


Art. 176. § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação
dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos
saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas correntes".
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício.
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência.
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos
ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses
efeitos.
§ 2o A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem
qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta
Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que
constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos
ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a
elaboração de outras demonstrações financeiras.

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§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as


normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente
submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados.
§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por
contabilistas legalmente habilitados.
§ 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3o
deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de
contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
§ 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as
companhias abertas.

ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS

CPC 00 – Estrutura conceitual básica da contabilidade


4.1 Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura Conceitual
são:
(a) ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade
que reporta; e
(b) receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que
reporta.
Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado
de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de
produzir benefícios econômicos.
Passivo é a obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico
como resultado de eventos passados.
Patrimônio Líquido é participação residual nos ativos da entidade após a dedução
de todos os seus passivos.
Reconhecimento de Ativos:
4.44. Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que
benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou
valor puder ser mensurado com confiabilidade. 4.45. Um ativo não deve ser reconhecido
no balanço patrimonial quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa
provável de geração de benefícios econômicos para a entidade além do período contábil
corrente. Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como despesa na
demonstração do resultado. Esse tratamento não implica dizer que a intenção da
administração ao incorrer nos gastos não tenha sido a de gerar benefícios econômicos
futuros para a entidade ou que a administração tenha sido mal conduzida. A única

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implicação é que o grau de certeza quanto à geração de benefícios econômicos para a


entidade, além do período contábil corrente, é insuficiente para garantir o
reconhecimento do ativo.

GRUPOS PATRIMONIAIS
Lei 6.404/76:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio
que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante;
II – passivo não circulante; e
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar
serão classificados separadamente.
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;

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VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à


manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.
CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis:
60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos
circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial,
de acordo com os itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez
proporcionar informação confiável e mais relevante. Quando essa exceção for aplicável,
todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de liquidez.
61. Qualquer que seja o método de apresentação adotado, a entidade deve divulgar o
montante esperado a ser recuperado ou liquidado em até doze meses ou mais do que
doze meses, após o período de reporte, para cada item de ativo e passivo.
62. Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional
claramente identificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes e não
circulantes no balanço patrimonial proporciona informação útil ao distinguir os ativos
líquidos que estejam continuamente em circulação como capital circulante dos que são
utilizados nas operações de longo prazo da entidade. Essa classificação também deve
destacar os ativos que se espera sejam realizados dentro do ciclo operacional corrente,
bem como os passivos que devam ser liquidados dentro do mesmo período.
63. Para algumas entidades, tais como instituições financeiras, a apresentação de ativos
e passivos por ordem crescente ou decrescente de liquidez proporciona informação que
é confiável e mais relevante do que a apresentação em circulante e não circulante pelo
fato de que tais entidades não fornecem bens ou serviços dentro de um ciclo
operacional claramente identificável.
64. Na aplicação do item 60, é permitido à entidade apresentar alguns dos seus ativos e
passivos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e outros por
ordem de liquidez quando esse procedimento proporcionar informação confiável e mais
relevante. A necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a
entidade tem diversos tipos de operações.

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O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes
critérios:
a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no
decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC
03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação
de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do
balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.

Se este é o seu primeiro contato com a matéria, resolva 30 questões do próprio material
de estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os cadernos
a seguir (30 questões):

TEC CONCURSOS:

FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q24sqx

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q24sr8

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q24srS

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus
pontos de dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo,
após resolver as 30 questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos
que efetivamente apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na
resolução.

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TÓPICO 6 - Estoques. Conceito, conteúdo e classificação. Critérios de avaliação


de estoques.

Este é um assunto com cobrança intermediária (entre 3 e 6%). É difícil uma prova de
Auditoria que não exija algo sobre o assunto. O assunto é importante e trará vários
conceitos novos, preocupe-se em entender esses conceitos e como são cobrados em
questões de prova. O desempenho irá aumentar conforme você avança, revisa e resolve
mais questões.

● Aula 05 do Curso Contabilidade de A a Z - Estratégia Concursos;

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

CPC 16 - ESTOQUES
Estoques são ativos:
- mantidos para a venda no curso normal dos negócios;
- em processo de produção para venda;
- na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no
processo de produção ou na prestação de serviços.
Inventário periódico: os estoques são avaliados na data do balanço, por meio do
inventário físico.
CMV: custo das mercadorias vendidas.

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Inventário permanente: o estoque é controlado de forma contínua, dando baixa em


cada operação de venda.

MÉTODOS DE APURAÇÃO DOS ESTOQUES:


PEPS - Primeiro que entra primeiro que sai
UEPS - Último que entra primeiro que sai (proibido pela legislação brasileira, pode ser
usado apenas para fins gerenciais)
CUSTO MÉDIO (média ponderada fixa e média ponderada móvel)
CUSTO ESPECÍFICO
MÉTODO DO VAREJO: CMV = estoque inicial + compras - estoque final
- CPC 16: 22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para
mensurar estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens
que têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros
métodos de custeio. O custo do estoque deve ser determinado pela redução do
seu preço de venda na porcentagem apropriada da margem bruta. A
percentagem usada deve levar em consideração o estoque que tenha tido seu
preço de venda reduzido abaixo do preço de venda original. É usada muitas
vezes uma porcentagem média para cada departamento de varejo.

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E TRIBUTAÇÃO

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Tributos Recuperáveis: ou não cumulativo, permite compensar o montante pago em


uma operação com aquilo que é devido em outra.
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
• ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
• PIS e a COFINS: São dois tributos federais, previstos na Constituição Federal nos
artigos 195 e 239, que significam:

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ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS

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RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS:

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CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES - CPC 16:


9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso o curso normal dos
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados
necessários para se concretizar a venda.
CUSTOS DO ESTOQUE - CPC 16:
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais.
CUSTOS DE AQUISIÇÃO - CPC 16:
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos
de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES - LEI DAS S/As 6.404/76
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
(...) II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo
ao valor de mercado, quando este for inferior;

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Estoque de produtos acabados (fabricação própria)


1) Os custos dos produtos fabricados incluem a alocação sistemática de todos os
custos, diretos e indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para
transformar os materiais em produtos acabados.
2) A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser
baseada na capacidade normal de produção. Ou seja, as perdas normais de produção
são apropriadas aos custos; as perdas excepcionais devem ser apropriadas diretamente
no resultado do período.

3) Construção de ativo qualificável:

Estoque de matérias primas


É registrado pelo valor original, e deve incluir todos os custos de aquisição, bem como
outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
No caso de compra a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integrar o custo
do estoque. Devem ser apropriados como despesas financeiras por competência, exceto
no caso de financiamento de ativos qualificáveis (pois, nesse caso os juros entram no
custo dos estoques).

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No caso de estoques importados, a variação cambial incorrida até a data da entrada da


matéria prima no estabelecimento do comprador será integrada ao custo; a partir daí,
será apropriada como despesa financeira.
Lei das S.A.s (lei 6404/76):
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo
ao valor de mercado, quando este for inferior;
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado;
CPC 16:
32. Os materiais e os outros bens de consumo mantidos para uso na produção de
estoques ou na prestação de serviços não serão reduzidos abaixo do custo se for
previsível que os produtos acabados em que eles devem ser incorporados ou os
serviços em que serão utilizados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. Porém,
quando a diminuição no preço dos produtos acabados ou no preço dos serviços
prestados indicar que o custo de elaboração desses produtos ou serviços excederá seu
valor realizável líquido, os materiais e os outros bens de consumo devem ser reduzidos
ao valor realizável líquido. Em tais circunstâncias, o custo de reposição dos materiais
pode ser a melhor medida disponível do seu valor realizável líquido.

Estoque de mercadorias fungíveis


As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja, café etc.
As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto, normalmente ficam
registradas na contabilidade pela cotação da bolsa.
Lei 6404/76:
Art. 183, § 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser
avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela
técnica contábil.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

Se este é o seu primeiro contato com a matéria, resolva 30 questões do próprio material
de estudos. Caso esteja apenas revisando e fazendo o nivelamento, utilize os cadernos
a seguir (30 questões):

TEC CONCURSOS:

FCC: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1u3Q7

FGV: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1tzdU

CEBRASPE: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1u3jF

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo deve ser enxuto e focado nos seus
pontos de dificuldades, identificados a partir da resolução de questões. Deste modo,
após resolver as 30 questões indicadas, leve para seu resumo apenas aqueles pontos
que efetivamente apareceram nas questões e que você teve alguma dificuldade na
resolução.

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO 03 - CRA 03

PARABÉNS! Se você chegou até aqui, acredite: você é capaz de dar conta dos 52 ciclos! Se
conseguir fazer isso em até quatro semanas, você já está com um ótimo ritmo, parabéns.

Como você já sabe, o seu ciclo sempre deve ser encerrado com uma atividade de revisão e
aprofundamento. É isso que garantirá que você conseguirá manter o conteúdo na memória e,
também, que aumentará cada vez mais o seu desempenho.
Mas o que são as atividades de revisão e aprofundamento? São as horas da semana que você
dedica para fazer uma atividade direcionada, normalmente, composta por uma breve revisão
dos pontos já estudados e um caderno específico de questões.
Mas como fazer os aprofundamentos? Para isso é muito importante que você venha cumprindo
a orientação sobre a confecção de resumos próprios, que está ao final de cada plano de estudo
de cada uma das matérias. Lembra dela?

Conforme a nossa metodologia, o seu resumo


deve ser enxuto e focado nos seus pontos de dificuldades, identificados a partir
da resolução de questões. Deste modo, após resolver as 30 questões indicadas,
leve para seu resumo apenas aqueles pontos que efetivamente apareceram nas
questões e que você teve alguma dificuldade na resolução.

Se todas as vezes que você resolve questões você está anotando e fazendo seu resumo
focado nos seus pontos fracos, durante a atividade de revisão e aprofundamento, você vai dar
atenção justamente para esses pontos.
No início, você pode usar os próprios planos de estudos para fazer sua revisão, pois eles já
procuram trazer os principais pontos da matéria, mas é muito importante que você comece a
construir o seu próprio resumo, focado nos seus pontos fracos, certo?
Temos uma previsão de 4 horas para essa atividade, você deve utilizar este tempo do seguinte
modo:

2 horas: faça uma breve revisão, utilizando apenas os planos de estudos e/ou o seu resumo
próprio. Atenção: não é para reestudar os assuntos, apenas revisar, respeitando o tempo de
uma hora.
Tópicos para Revisão:

➔ Língua Portuguesa:
◆ TÓPICO 3 - Classes das palavras II: Pronomes

◆ TÓPICO 4 - Classe das palavras II: preposição e conjunção

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

➔ Direito Tributário:
◆ TÓPICO 3 - Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
(Imunidades Tributárias)

◆ TÓPICO 4 - Competência Tributária. Impostos de Competência da


União

➔ Contabilidade Geral e Avançada


◆ TÓPICO 3 - Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas,
Fórmulas do Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete
de Verificação

◆ TÓPICO 4 - Regime de Competência e Regime de Caixa,


Apuração do Resultado do Exercício

➔ Direito Constitucional
◆ TÓPICO 3 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Parte I

◆ TÓPICO 4 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Parte II

2 horas: resolver o simulado do CRA-3. São 60 questões abordando todos os assuntos que
você estudou até aqui:
Contabilidade Geral e Avançada: 16 questões;
Direito Constitucional: 12 questões;
Direito Tributário: 20 questões;
Língua Portuguesa: 12 questões;

Resolva como se estivesse em um simulado. Não há problemas em demorar um pouco mais


de tempo, pois o objetivo da atividade é revisar, mas procure não exceder o limite de 3 horas
para resolver as 60 questões.

Antes de resolver o simulado, assista a esse vídeo para saber como resolver simulados no
TEC: Clique aqui

Simulado CRA 3 - Clique aqui

Ao final do simulado, você deve lançá-lo como questões da atividade CRA-03

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

E não esqueça: mais importante que a resolução do simulado em si, é o trabalho que você
deve fazer após resolvê-lo, analisando as questões que errou e, sempre que necessário,
levando os pontos de dúvidas para o seu resumo próprio, ok?
Seguir a metodologia é fundamental para o seu sucesso!

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

ANEXO - CONTEÚDO PARA REVISÃO - CRA-2


Este conteúdo é apenas sugestão, dê preferência ao seu resumo próprio!

➔ Língua Portuguesa:
◆ TÓPICO 3 - Classes das palavras II: Pronomes

◆ TÓPICO 4 - Classe das palavras II: preposição e conjunção

TÓPICO 3 - Classe das Palavras II: Pronomes.

Os tópicos (I, II, e III) de classe das palavras (ou classes gramaticais) é a base da
língua portuguesa. Seu conhecimento é importante não apenas para as questões sobre
classe das palavras, mas também para as questões de reescritura de frases. É um
tópico extenso e que, provavelmente, você precisará de 6 a 8 horas para estudar cada
um dos tópicos e fazer os exercícios.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Pronome: classe que se refere ao nome. Todo pronome pode ser:

- Pronome adjetivo: Meu livro é interessante. (refere-se ao substantivo, vem ao lado do


substantivo)
- Pronome substantivo: Ele é interessante (substitui o substantivo)

Pronomes Pessoais:

RETO OBLÍQUO (ÁTONOS OU TÔNICOS) .


EU ME MIM, COMIGO
TU TE TI, CONTIGO
ELE SE, O, A, LHE SI, ELE*, ELA*
NÓS NOS NÓS*, CONOSCO
VÓS VOS VÓS* , CONVOSCO
ELES SE, OS, AS, LHES SI, ELES, ELAS*
__________________________________________________________________
* são tanto retos quanto oblíquos:

Nem ele entende a nós, nem nós a ele.


Nem ele (reto) entende a nós (oblíquo tônico), nem nós (reto) a ele (oblíquo tônico).

PRONOME PESSOAL RETO: Sujeito

PRONOME PESSOAL OBLÍQUO: complemento. (objeto direto/indireto, principalmente)

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

João leu o livro


Ele leu o livro
Ele o leu.

Os oblíquos tônicos são sempre acompanhados de preposição.

USO DOS PRONOMES PESSOAIS:

➔ se a expressão a ser substituída for:


◆ Sujeito: utilize pronome reto
◆ complemento:
● sem preposição (objeto direto), utilize o, as, os, as.
● com preposição (objeto indireto), utilize, lhe, lhes:
○ o menino obedece ao pai - o menino obedece-lhe.
● os tônicos (a ele, a ela) poderão ser usados, desde que preposicionados.
○ o menino obedece a ele.

USO DO EU | MIM | TU | TI

- só use EU | TU na posição de sujeito.


- se não for sujeito, use MIM | TI

PRONOMES POSSESSIVOS: Indicam a posse em referência às três pessoas do discurso:

Primeira pessoa (que fala): meu (s), minha (s), nosso (s), nossa (s)
Segunda pessoa (com quem se fala): teu (s)., tua (s), vosso (s), vossa (s)
Terceira pessoa (de quem se fala): seu (s), sua (s)

João chegou com sua mãe (O referente do pronome possessivo é João, mas ele concorda com
"mãe", o pronome possessivo não concorda com o referente, mas sim com o substantivo que
vem depois dele).

PRONOMES INDEFINIDOS: têm sentido vago ou indeterminado. Aplicam-se à terceira


pessoa: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, vários, tanto, qualquer, alguém, ninguém,
tudo, outrem, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem.

Pronome adjetivo: acompanha o substantivo


Pronome substantivo: não vem no lado do substantivo, mas o substitui.

➔ Todo dia ela faz tudo sempre igual. (todo - pronome indefinido adjetivo, tudo-pronome
indefinido substantivo)

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

➔ Havia muita preocupação no Congresso. (muita - pronome indefinido adjetivo)


➔ Chegarão mais livros na próxima semana. (mais - pronome indefinido adjetivo)

Locução Pronominal Indefinida: é um grupo de vocábulos com valor de pronome indefinido:


cada um, cada qual, qualquer um, etc.

PRONOMES INTERROGATIVOS: que, quem, qual e quanto, usados nas interrogações


(diretas ou indiretas)

Quem precisa de um novo Fidel? (interrogativa direta)

Desconheço quem organizou a festa. (interrogativa indireta - sem ponto de interrogação)

ADVÉRBIO - INDICA INTENSIDADE


PRONOME INDEFINIDO - INDICA QUANTIDADE

PRONOMES DEMONSTRATIVOS:

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No espaço No tempo No texto

Isto | estes | esta Apontam para o que Momento presente. Apontam para uma
está perto do falante. Momento futuro informação que virá
próximo. adiante no texto.

Ex.: este material Ex.: Estes dias têm Ex.: este número é a
aqui é meu. sido agradáveis. dica do teste - sete.
Ex.:

No espaço No tempo No texto

Isso | Esse | Essa Apontam para o que Passado não Indicam uma
está perto do ouvinte. distante. informação que já
apareceu no texto.

Ex.: esse material ali Nesse domingo fui ao dois - esse número é
é meu. maracanã. a dica do teste.

No espaço No tempo No texto

Aquilo | Aquele | Apontam para o que Passado ou futuro Com dois


Aquela está perto do ouvinte. distante. antecedentes: "Este"
para o mais próximo;
"Aquele" para o mais
distante.

Ex.: esse material ali Ex.: aquelas férias de Ex.: José e João
é meu. 2000/2030foram/serã estudaram. Este foi
o maravilhosas. aprovado, aquele
não.

TODO: Pode ser pronome indefinido ou advérbio. Toda: é o único advérbio que pode variar.

Toda festa é boa. Pronome indefinido. (sentido: qualquer festa é boa)

Toda a festa é boa. Pronome indefinido (sentido: a festa inteira é boa).

Ela é todo/toda poderosa. Advérbio

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PRONOMES RELATIVOS: referem-se a um termo anterior antecedente (um substantivo ou


pronome substantivo).

O livro que você ganhou é novo.

O homem, que é mortal, tem alma imortal.

➔ conceito: retoma/substitui o termo anterior.


➔ referente do pronome relativo: tem natureza substantiva, sempre retoma um termo de
natureza substantiva.
➔ Emprego de pronomes relativos:
◆ QUE/QUAL - retomam tanto coisas como pessoas, apenas não substituem o
CUJO.
◆ QUEM - retoma pessoa, sempre antecedido de preposição.
◆ COMO - para antecedentes que indicam MODO/MANEIRA/FORMA:
● É correta a forma como você precede.
◆ QUANTO - antecedente dá ideia de quantidade:
● Isso é tudo quanto quero.
◆ QUANDO - antecedente dá ideia de tempo:
● Foi a época quando tudo ocorreu.
◆ ONDE: variantes: AONDE e DONDE, todos usados para antecedentes que
indicam lugar. ONDE (preposição em); AONDE (preposição a), DONDE
(preposição de):
● É ótima a cidade onde você mora.
● É ótima a cidade aonde você vai.
● É ótima a cidade donde você vai.
◆ CUJO: traz ideia de posse, o único que não pode ser substituído por
QUE/QUAL.
● sempre relaciona dois substantivos;
● sempre traz ideia de posse.
● concorda com o substantivo que vem depois.
● nunca vem seguido de artigo, mas pode vir antecedido de preposição se
o verbo exigir.
● É o único que indica posse, por isso não pode ser substituído.
○ Gostei do livro a cujo autor você se referiu.

➔ Regência com pronomes relativos (4 passos):


1) olhar para a oração que vem após o pronome relativo (oração adjetiva).
2) começar pelo verbo da oração adjetiva.
3) perguntar/identificar pelo sujeito.
4) colocar a oração adjetiva na ordem direta completando a frase com o
antecedente do relativo.

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TÓPICO 4 - Classe das palavras II: preposição e conjunção.

Os tópicos (I, II, e III) de classe das palavras (ou classes gramaticais) é a base da língua
portuguesa. Seu conhecimento é importante não apenas para as questões sobre classe das
palavras, mas também para as questões de reescritura de frases. É um tópico extenso e que,
provavelmente, você precisará de 6 a 8 horas para estudar cada um dos tópicos e fazer os
exercícios.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

PREPOSIÇÃO: é palavra invariável que liga vocábulos ou orações, subordinando um ao outro.


Caracteriza-se, assim, por sem um conectivo:
Casa de José.
Correu para chegar a tempo.

O que é importante aprender?


➔ decorar a lista de preposições; (principais: a, com, de, em, para, ante, até, após, contra,
sem, sob, sobre, per, por, desde, trás, perante, entre)
➔ Locução prepositiva: uma expressão que termina sempre com preposição - a fim de, a
procura de.
➔ diferenciar valor gramatical x valor semântico da preposição:
➔ identificar os valores semânticos das preposições. (a preposição recebe o nome da
ideia que vem depois dela).

As preposições podem apresentar valor relacional (gramatical) ou nocional (semântica/sentido)

- Valor relacional: quando aparece na frase por uma exigência gramatical do termo
anterior. Nesse caso, ela é resultado da regência verbal ou nominal.

Ex:
- Necessito de sua ajuda imediata.
- Tenho necessidade de sua ajuda imediata.

- Valor Nocional (Semântico): quando preposições, ao ligarem vocábulos ou orações,


estabelecem valor semântico (sentido, noção).

Ex.:
- Desenho a lápis. (preposição com valor semântico de instrumento).
- Chegou com a namorada. (companhia).
- Estremeceu com a notícia. (causa)
- Falar de futebol. (assunto)
- Viver de renda. (meio)

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- Ir para a rua. (direção)


- Treina muito para vencer. (finalidade)
- Abriu a porta com a chave. (instrumento)
- Apanhar de cinta. (instrumento)
- Com mais de dez anos de experiência, ainda se sente inseguro. (concessão)
- Desmaiou de fome. (causa)
- Falava aos gritos. (modo)
- Sentou-se à mesa. (lugar)
- Veio a pé. (meio)
- Viajou a passeio. (finalidade)
- Roupa de festa. (finalidade)
- Pedido de casamento. (finalidade)
- Caminhou até o centro da cidade. (limite de lugar)
- Após a corrida descansamos. (tempo)
- Saiu de noite. (tempo)
- Falava de pobre futebol. (assunto)
- Sem luta não venceremos. (condição)
- Foi preso por vadiagem. (causa)
- Casa de João. (posse)
- Assustou-se com o trovão. (causa)

CONJUNÇÕES
Como diferenciá-las das preposições? decorando.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: ligam orações de sentido completo ou termos da oração


que têm a mesma função gramatical (independentes sintaticamente).

a) Conjunções aditivas: são aquelas que ligam orações ou palavras, expressando ideia
de acrescentamento ou adição.
i) São elas:, e, nem (= e não), além das expressões correlativas, que vêm em
pares e também somam: não só…mas também, não só… como também,
bem como, não só…mas ainda, ou.

Exemplos: a sua pesquisa é clara e objetiva.


Ele não só entrou na sala como também dirigiu-se aos pais.
Nem estudo nem trabalho. (nem = e não, sempre aditiva, o primeiro NEM
é advérbio de negação e o segundo é preposição com sentido de "e não".)

b) Conjunções adversativas: são aquelas que ligam duas orações ou palavras,


expressando ideia de contraste ou compensação, ressalva.
i) São elas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não
obstante.

Exemplos:
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. (contraste)

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Seu discurso foi breve, mas violento. (compensação)

c) Conjunções alternativas: são aquelas que ligam orações ou palavras, expressando


ideia de alternância ou escolha (exclusão), indicando fatos que se realizam
separadamente.
i) São elas: ou, ou…ou, ora, já…já, quer…quer, seja…seja.

Exemplos: Ou saio eu, ou sai ele desta sala.


O cavalo avança ora para a esquerda, ora para a direita.

"Ou" com valor alterantivo: as alernativas se excluem.


"Ou" com ideia de alternância:

d) Conjunções conclusivas: são aquelas que ligam à anterior uma oração que expressa
ideia de conclusão ou consequência.
i) São elas: logo, portanto, por conseguinte, por isso, assim, pois bem, pois
(deslocado: meio ou final).

Exemplo:
Ele estava bem preparado para o teste, portanto não ficou nervoso.

e) Conjunções explicativas: são aquelas que justificam a ideia da oração a que se


referem.
i) São elas: que, porque, pois (início da oração), porquanto, ou seja.

Exemplo:
Venha para casa, pois está começando a chover.
Não demore, que o filme vai começar.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: é a palavra ou locução conjuntiva que liga duas orações,


sendo que uma delas depende da outra sintaticamente. A oração dependente, introduzida
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.

Ex.: O baile tinha começado quando ele chegou.

Dividem-se em integrantes e adverbiais.

a) Conjunções integrantes: não traz ideia circunstancial. Seu papel é iniciar uma oração
substantiva. São elas: que e se.
Exemplo:
Espero que ele traga os documentos necessários.
Não sei se esses encontros têm algum significado.

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MACETE DO ISSO: troque a oração por "isso", caso seja possível, a oração é
substantiva e a conjunção é integrante.

Atenção: não confundir conjunção integrante com pronome (indefinido ou


relativo)

b) Conjunções adverbiais: a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de


adjunto adverbial da oração principal. De acordo com a circunstância, classificam-se
em:
i) Conjunções concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia
contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
São elas: ainda que, apesar de que, embora, mesmo que, conquanto, se bem
que, por mais que, posto que, não obstante (também é adversativa)…

Exemplo: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.

● Importante:
○ Sentido de contrariedade/exceção/restrição.
○ O verbo vem sempre no subjuntivo.
○ Reescritura:
■ Substituir conjunção concessiva X Preposição com valor
concessivo:
● foi à praia, embora chovesse | foi à praia apesar da chuva
■ Substituir conjunção concessiva X conjunção adversativa:
● Embora chovesse,foi à praia | chovia, porém foi à praia.

ii) Conjunções condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a


condição para a ocorrência da principal.
São elas: se, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a não ser que,
caso, etc..
● Nas questões pode aparecer "condição"ou "hipóteses".
● Conjunções mais importantes da lista: desde que (também pode ser temporal),
caso (pode substituir o "se",mas exigirá a mudança do tempo do verbo).

Exemplo: se precisar de minha ajuda, telefone-me | caso precise da minha ajude,


telefone-me.

iii) Conjunções conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a


conformidade de um fato com o outro.
São elas: conforme, como (=conforme), segundo, consoante, etc.

Exemplo: Arrume a exposição segundo as ordens do professor.

iv) Conjunções finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o


objetivo com que se realiza a principal.

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São elas: para que, a fim de que, porque (= para que), que, para (com a ideia
de "a fim de") etc.

Exemplo: toque o sinal para que todos entrem no salão.

v) Conjunções proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato


relacionado proporcionalmente à ocorrência principal.
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais… (mais),
quanto mais…(menos), quanto menos… (mais), quanto menos…(menos) etc.

Exemplo: o preço fica mais caro à medida que produtos escasseiam.

Atenção: não confunda "à medida que" com "na medida em que" (este último
expressa explicação, = porque).

vi) Conjunções temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma


circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.
São elas: quando, enquanto (=tempo concomitante), assim que*, logo que*,
todas as vezes que, desde que (temporal ou condicional), depois que, sempre que, mal*
(=assim que) etc.
● indicam tempo imediato.

Exemplo: A briga começou assim que saímos da festa.

vii) Conjunções comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de


comparação com referência à oração principal.
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)..... como, tanto como,
tanto quanto, tal, qual, tal qual, que, etc.

Exemplo: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.


Obs.:
● nas comparativas o verbo da segunda oração pode vir elíptico
(não aparece).
● "que" pode ser substituído por "do que", sem gerar
erro/necessidade de alteração.

viii) Conjunções causais: indicam um fato que faz com que o outro ocorra. [o fato
de….faz com que].
São elas: porque, que, como (=porque), pois que, uma vez que, visto que,
porquanto, já que etc.

Exemplo: ela não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

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Não confunda:
● Causa X Explicação: listas iguais (exceto "como" que é apenas causal);
se tem consequência, é a causa, se não for causa, é explicação.
○ Ex.: Choveu, pois o dia foi quente. (causa)
○ Ex.: Choveu, pois o chão está molhado. (explicação).
● Causa X Consequência: estão sempre juntas; diferença: organizar
cronologicamente os acontecimentos (1º a causa, 2º a consequência);
olhe para a oração que vem depois da conjunção, ela define o sentido.

ix) Conjunções consecutivas: introduz uma oração que expressa a consequência


da principal.
São elas: de sorte que, de modo que, de forma que, sem que (=que não), que,
etc.
Exemplo: estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.

➔ Direito Tributário:
◆ TÓPICO 3 - Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
(Imunidades Tributárias)

◆ TÓPICO 4 - Competência Tributária. Impostos de Competência da


União

TÓPICO 3 – Limitações Constitucionais ao poder de tributar - Imunidades

O assunto limitações constitucionais a tributar é bastante cobrado. Embora as questões


fiquem mais concentradas nos princípios tributários, as imunidades também são
bastante cobradas (6%). Estude o tópico com atenção.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Limitações Constitucionais ao poder de tributar são constituídas por princípios e


imunidades!

Reserva de Lei Complementar para regulação: CF/88 - Art. 146. Cabe à lei
complementar: II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

Imunidade: hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada, ocorre quando


há um dispositivo constitucional que proíbe o ente de prever determinada situação
como hipótese de incidência do tributo. É também conhecida como incompetência

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tributária.

Conforme a jurisprudência do STF, ainda que em gozo de imunidade tributária, a


pessoa jurídica não está dispensada de cumprir obrigações acessórias e de se
submeter à fiscalização tributária.

Imunidade recíproca: CF/88, Art. 150, VI - veda a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios a instituírem impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços
uns dos outros.
Protege a autonomia financeira dos entes federados e, por consequência, o pacto
federativo. Sendo considerada pelo STF uma cláusula pétrea.
CF/88 - “Art. 150: (...) § 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não
se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,
ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem
exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.”
Imunidade tributária recíproca extensiva: CF/88 - Art. 150, § 2º - A vedação do
inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.”

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Atenção: embora o texto constitucional restrinja a aplicação desta imunidade às


autarquias e às fundações públicas, o entendimento predominante no STF (RE
407.099/RS e AC 1.550-2) é o de que a benesse é extensível também às empresas
públicas (EP) e às sociedades de economia mista (SEM) prestadoras de serviço
público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. Nesse sentido, o STF já
concedeu imunidade às seguintes EP e SEM:
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) – (STF, RE 407.099);
Infraero – (STF, RE 524.615-AgR);
Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (CAERD) – (STF, AC 1.550-2/RO);
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – (STF, RE 253.472)
asa da Moeda do Brasil (CMB) – (STF, RE 610.517)
Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (STF, ACO 2.568)

Imunidade Religiosa: CF/88 - Art. 150, VI, b - veda que todos os entes federativos
cobrem impostos sobre os templos de qualquer culto.
A liberdade de culto é um direito individual, o que faz com que a imunidade ora
analisada se configure uma cláusula pétrea.

IPTU:
Art. 156: (...) § 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide
sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de
que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam
apenas locatárias do bem imóvel.
Igreja que possua imóveis locados a terceiros - O STF definiu que há imunidade se os
recursos dos aluguéis forem revertidos para as suas próprias finalidades.
Igreja que não possui o próprio imóvel – A CF define que há imunidade sobre o IPTU
daquele imóvel, mesmo quanto seja locatária.

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Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais dos Trabalhadores,


Instituições de Educação e de Assistência Social: CF/88 - Art. 150. Sem prejuízo
de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou
serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

CTN - Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à


observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:

I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer


título;

II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus


objetivos institucionais;

III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de


formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a


autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.

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Imunidade Cultural:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Imunidade objetiva.

Imunidade em favor da música brasileira:


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por

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artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os


contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
➔ Os fonogramas e videofonogramas devem ser produzidos no Brasil;
➔ As obras não precisam ser dos autores brasileiros. Entretanto, devem ser,
no mínimo, interpretadas por artistas brasileiros;
➔ Abrange os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham;
➔ A etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser não
está imune.

Imunidade das entidades assistenciais, relativas à contribuição para a


seguridade social:

CF/88. Art. 195, parágrafo 7º. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:...§ 7º - São isentas de contribuição
para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam
às exigências estabelecidas em lei.
LC 187/2021, Art. 2º Entidade beneficente, para os fins de cumprimento desta Lei
Complementar, é a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que presta
serviço nas áreas de assistência social, de saúde e de educação, assim certificada na
forma desta Lei Complementar.

Outras imunidades tributárias:

➢ São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o


direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em repartições
públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal (art. 5°, XXXIV);
➢ Ação popular, salvo comprovada má-fé, é isento (imune) de custas judiciais, as
quais são consideradas taxas pelo STF (art. 5°, LXXIII);
➢ São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil
de nascimento e a certidão de óbito (art.5°, LXXVI);
➢ São gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei,
os atos necessários ao exercício da cidadania (art. 5°, LXXVII);
➢ As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão
sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149, §2°, I);
➢ O IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art.
153, §3°, III);

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➢ O ITR não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as
explore o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153, §3°, II);
➢ O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial,
sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF, sendo imune de qualquer outro
tributo (art. 153, §5°);
➢ O ICMS não incidirá (art. 155, §2°, X):
○ a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior;
○ b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica;
○ c) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
○ À exceção do II, IE e ICMS nenhum outro imposto poderá incidir sobre
operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País (art. 155, §3°);
➢ O ITBI não incidirá sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão
de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil (art. 156, §2°,I);
➢ São isentas (imunes) de impostos federais, estaduais e municipais as operações
de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária (art.
184, §5°);
➢ A contribuição previdenciária não incide sobre aposentadoria e pensão
concedidas pelo regime geral de previdência social (art. 195, II);
➢ São isentas (imunes) de contribuição para a seguridade social as entidades
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em
lei (art. 195, §7°);
➢ A celebração do casamento é gratuita, portanto, imune a taxas (art. 226, § 1º).

(STF RE 250.844), “exigir de entidade imune a manutenção de livros fiscais é


consentâneo com o gozo da imunidade tributária (...)”. Nesse ponto da aula você já
sabe que a manutenção de livros fiscais é um exemplo de obrigação acessória.

(STF ACO 1098, Informativo 980) não há violação ao princípio da legalidade, caso as
obrigações acessórias sejam instituídas por atos infralegais.

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(STF, ARE 663.552-AgR/MG) Ementa: TRIBUTÁRIO. ICMS. SERVIÇOS DE ENERGIA


ELÉTRICA. MUNICÍPIO. CONTRIBUINTE DE FATO. IMUNIDADE RECÍPROCA. ART.
150, VI, A, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A
imunidade do art. 150, VI, a, da Constituição somente se aplica ao imposto incidente
sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio ente beneficiado, na qualidade de
contribuinte de direito. II - Como o Município não é contribuinte de direito do ICMS
relativo a serviços de energia elétrica, não tem o benefício da imunidade em questão,
uma vez que esta não alcança o contribuinte de fato. Precedentes. III – Agravo
regimental improvido. (STF, ARE 663.552-AgR/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Julgado em 28/02/2012)

(STF AI AgR/RS 174.808 e RE 196.415/PR) ilegítima a incidência de IOF sobre


aplicações financeiras dos entes federados, bem como a tributação da renda resultante
de tais aplicações pelo IR.

(STF, RE 259.976 AgR-ED/RS) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO. PROPÓSITO MODIFICATIVO. EXCEPCIONALIDADE AUSENTE.
ALEGADA CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO QUE TOMA COMO
PREMISSA A VINCULAÇÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA À
ATIVIDADE ESSENCIAL DA ENTIDADE PROTEGIDA. APLICAÇÃO AO PRODUTO
DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS PARA AFASTAR O IOF. 1. Conforme assentado em
uma série de precedentes e no próprio acórdão embargado, a imunidade tributária é
indiferente à integral gratuidade dos serviços prestados e abarca os meios de
existência da entidade, ainda que inconfundíveis com a respectiva atuação
institucional. 2. O benefício não será aplicável, dentre outros motivos, se ficar
constatado (i) desvio de finalidade ou (ii) risco à concorrência e à livre iniciativa. 3.
Tanto a decisão agravada como o acórdão recorrido indicaram explicitamente que as
razões de recurso extraordinário basearam-se em meras presunções, que não são
toleradas à luz do devido processo legal de constituição do crédito tributário. (...) (STF,
RE 259.976 AgR-ED/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgado em
19/10/2010)

STF (ADI 2.024 e RE 364.202/RS, respectivamente), a imunidade recíproca não pode


ser invocada para as contribuições previdenciárias e para as taxas.

(STF, RE 635.012/RJ) "O julgado recorrido contempla a conclusão de que a União não
está condicionada ao ônus de comprovar vinculação do bem tributado a uma finalidade
pública, o que somente ocorre nos casos das autarquias e fundações instituídas e
mantidas pelo poder público no que se refere à tributação do patrimônio, renda e
serviços vinculados a suas finalidades essenciais. (...)” (STF, RE 635.012/RJ, Decisão
Monocrática, Rel. Min. Dias Toffoli, Julgado em 07/02/2013)

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(STJ, Segunda Turma, REsp 1.335.220/RJ) PROCESSUAL CIVIL. IMUNIDADE


TRIBUTÁRIA. IPTU. PRESUNÇÃO DE QUE O IMÓVEL SE DESTINA AOS FINS
INSTITUCIONAIS DA ENTIDADE AUTÁRQUICA. ÔNUS DA PROVA EM
CONTRÁRIO. INCUMBÊNCIA DO PODER TRIBUTANTE. 1. Conforme a
jurisprudência dominante do STJ, presume-se que o imóvel de entidade autárquica
esteja afetado a destinação compatível com seus objetivos e finalidades institucionais.
Portanto, o ônus de provar que o patrimônio da autarquia está desvinculado dos seus
objetivos institucionais e, portanto, não abrangido pela imunidade tributária prevista no
art. 150 da Constituição, recai sobre o poder tributante. Com efeito, assim como cabe
ao executadoembargante o ônus da prova de sua pretensão desconstitutiva, incumbe
ao embargado, réu no processo de embargos à execução, a prova do fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor. Precedentes citados. 2. Recurso especial
não provido. (STJ, Segunda Turma, REsp 1.335.220/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, Julgamento em 21/08/2012)

STF (RE 580.264/RS) “as sociedades de economia mista prestadoras de ações e


serviços de saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da
imunidade tributária prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da Constituição
Federal”.

STF (RE 285.716-AgR) negou à Petrobrás, sociedade de economia mista destinada à


exploração econômica em benefício de seus acionistas, a imunidade recíproca. De
acordo com a Suprema Corte, “é irrelevante para definição da aplicabilidade da
imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar ou
não sujeita a monopólio estatal”.

STF (RE 259.976-AgR) a OAB – entidade não integrante da administração pública


indireta – também foi alcançada pela imunidade recíproca, no entendimento do STF
(RE 259.976-AgR). De acordo com a Suprema Corte, a OAB desempenha atividade
própria de Estado, motivo que faz com que ela também esteja imune.
STF (RE 405267 AgR-segundo-ED / MG). Neste julgamento, o relator, Min. Edson
Fachin, destacou que as caixas de assistência dos advogados prestam serviço público
delegado, possuem caráter jurídico de ente público e não exploram atividade
econômica com intuito lucrativo.

Atenção: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é imune. As Caixas de Assistência


dos Advogados também são imunes.

(STF, ADI 3.089/DF) As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à
tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com
intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O
recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade
contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de

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entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco


intuito lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente
remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos
concedidos e a não tributação das atividades delegadas. Ação Direta de
Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente. (STF, ADI 3.089/DF,
Pleno, Rel. Min. carlos Britto, Julgado em 13/02/2008)

Súmula STF 583 - Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome de


autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.

STF (RE 325.822), embora o texto constitucional mencione que a imunidade protege
os “templos”, devemos entender que o legislador constituinte quis dizer que a vedação
abrange também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades
essenciais da entidade religiosa.

(STF RE 578.562), dando entendimento extensivo à imunidade religiosa, o STF


entende que os cemitérios que consubstanciam extensões destas entidades também
são alcançados pela vedação constitucional em tela.

(RE 562.351) decisão do STF no sentido de que a maçonaria não é alcançada pela
imunidade religiosa, já que nas lojas maçônicas não se professa qualquer religião.

(STF, ADI-MC 1.802/DF) “Conforme precedente no STF (RE 93.770, Muñoz, RTJ
102/304) e na linha da melhor doutrina, o que a Constituição remete à lei ordinária, no
tocante à imunidade tributária considerada, é a fixação de normas sobre a constituição
e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune; não, o que diga
respeito aos lindes da imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina
infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar.” (STF, ADI-MC 1.802/DF,
Plenário, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Julgamento em 27/08/1988)

Súmula Vinculante 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU


o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da
Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para
as quais tais entidades foram constituídas.

(STF, Primeira Turma, RE 144.900/SP) EMENTA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART.


150, VI, C, DA CONSTITUIÇÃO. INSTITUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.
EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO CALCULADO SOBRE O PREÇO
COBRADO EM ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS NO PÁTIO INTERNO DA
ENTIDADE. Ilegitimidade. Eventual renda obtida pela instituição de assistência social
mediante cobrança de estacionamento de veículos em área interna da entidade,
destinada ao custeio das atividades desta, está abrangida pela imunidade prevista no
dispositivo sob destaque. Precedente da Corte: RE 116.188-4. Recurso conhecido e

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provido. (STF, Primeira Turma, RE 144.900/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em
22/04/1997)

Para o STF, as escolas de ensino profissionalizante estão enquadradas no rol de


entidades do art. 150, VI, c. Cite-se, como exemplo, o SENAC e o SENAI.

(STF, RE 221.395) Instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos


(...). O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de
membros da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, alínea c, § 4º, da
CF." (STF, RE 221.395, Segunda Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em
08/02/2000)

(STF, Primeira Turma, RE 385.091/DF) EMENTA: Imunidade. Entidade de assistência


social. Artigo 150, VI, c, CF. Imóvel vago. Finalidades essenciais. Presunção. Ônus da
prova. 1. A regra de imunidade compreende o reverso da atribuição de competência
tributária. Isso porque a norma imunitória se traduz em um decote na regra de
competência, determinando a não incidência da regra matriz nas áreas protegidas pelo
beneplácito concedido pelo constituinte. (...) 3. No caso da imunidade das entidades
beneficentes de assistência social, a Corte tem conferido interpretação extensiva à
respectiva norma, ao passo que tem interpretado restritivamente as normas de
isenção. (...) 5. A constatação de que um imóvel está vago ou sem edificação não é
suficiente, por si só, para destituir a garantia constitucional da imunidade. A sua não
utilização temporária deflagra uma neutralidade que não atenta contra os requisitos
que autorizam o gozo e a fruição da imunidade. 6. Recurso extraordinário a que se
nega provimento. (STF, Primeira Turma, RE 385.091/DF, Min. Rel. Dias Toffoli,
Julgamento em 06/08/2013)

(STF, RE 186.175 ED-EDv/SP) “O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o


RE 210.251 - EDv/SP, fixou entendimento segundo o qual as entidades de assistência
social são imunes em relação ao ICMS incidente sobre a comercialização de bens por
elas produzidos, nos termos do art. 150, VI, "c" da Constituição. Embargos de
divergência conhecidos, mas improvidos.” (STF, RE 186.175 ED-EDv/SP, Pleno, Rel.
Min. Ellen Gracie, Julgamento em 23/08/2006)

STJ (RMS 46.170-MS, julgado em 23/10/2014) ressaltou que tal imunidade não se
aplica em relação ao ICMS decorrente da prática econômica desenvolvida por entidade
de assistência social sem fins lucrativos que tem por finalidade realizar ações que
visem à promoção da pessoa com deficiência, quando desempenhar atividade
franqueada da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Memorize para a prova: desempenho de atividade franqueada da ECT por entidade de


assistência social sem fins lucrativos não a isenta do ICMS incidente sobre as
operações.

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(STF, RE 203.755/ES) “Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da


imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas
infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio,
dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se
o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade
abrangida pela imunidade.” (STF, RE 203.755/ES, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos
Velloso, Julgamento em 17/09/1996)

(STF, AI 535.922-AgR/RS) ICMS. IMUNIDADE. (ART. 150, VI, C, DA CF). AQUISIÇÃO


DE MERCADORIAS E SERVIÇOS NO MERCADO INTERNO. ENTIDADE
BENEFICENTE. 1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição,
compreende as aquisições de produtos no mercado interno, desde que os bens
adquiridos integrem o patrimônio dessas entidades beneficentes. 2. Agravo regimental
improvido. (STF, AI 535.922-AgR/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
Julgamento em 30/09/2008)

(STF, AI 731.786-AgR/SC) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS.
IMUNIDADE RECÍPROCA. IMPOSSIBLIDADE. BENEFÍCIO DA IMUNIDADE NÃO
ALCANÇA CONTRIBUINTE DE FATO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Entidade
educacional que não é contribuinte de direito do ICMS relativo a serviço de energia
elétrica, não tem benefício da imunidade em questão, uma vez que esta não alcança o
contribuinte de fato. (STF, AI 731.786-AgR/SC, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Julgamento em 19/10/2010)

LEVE PARA A PROVA:


-Se a questão mencionar que o bem foi adquirido e passou a integrar o patrimônio da
entidade, haverá imunidade.
-Se houver apenas menção de que a entidade está na posição do contribuinte de fato,
não haverá imunidade.

(STF, RE 243.807) a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, também “abrange
o Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados, que incidem
sobre bens a serem utilizados na prestação de seus serviços específicos”

(STF, RE 192.899/MG,) EMENTA: IOF. Imunidade tributária. Instituição de educação


sem fins lucrativos. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição,
estende-se ao imposto sobre operações financeiras. Precedente: RE 230.128-AgR, 1ª
T., 8.10.2002, Ellen Gracie, DJ 8.11.2002. (STF, RE 192.899/MG, Primeira Turma, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence, Julgamento em 20/06/2006)

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(STF no RMS 24.283) O ensino de línguas estrangeiras também caracteriza-se como


atividade educacional para aplicação da imunidade tributária, consoante o
entendimento firmado pelo STF no RMS 24.283.

Súmula STF 730 - A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social


sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades
fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

Observe que a CF/88 não abarcou no art. 150, VI, c, as entidades de previdências,
mas tão somente as de assistência social. Então, no entender do STF, somente se não
houver contribuição dos beneficiários, é que a entidade se caracterizará como
assistencial, fazendo jus, assim, à imunidade.

(STF, RE 206.774) EMENTA: TRIBUTÁRIO. ANISTIA DO ART. 150, VI, D, DA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IPMF. EMPRESA DEDICADA À EDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE LIVROS, JORNAIS, REVISTAS E PERIÓDICOS.
Imunidade que contempla, exclusivamente, veículos de comunicação e informação
escrita, e o papel destinado a sua impressão, sendo, portanto, de natureza objetiva,
razão pela qual não se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de
publicidade -- que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros
auferidos. Consequentemente, não há falar em imunidade ao tributo sob enfoque (IR),
que incide sobre atos subjetivados (movimentação ou transmissão de valores e de
créditos e direitos de natureza financeira). Recurso conhecido e provido. (STF, RE
206.774, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 03/08/1999)

Súmula STF 657 - A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e
papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

(STF AI 735.816 AgR) a imunidade cultural não pode ser interpretada de modo amplo
e irrestrito. Com isso, o STF decidiu que inexiste imunidade relativa a tributos
incidentes sobre a importação de tintas e chapas de gravação destinadas à publicação
de jornal.

(STF RE 630.462-AgR) os serviços de distribuição de periódicos, revistas, publicações,


jornais e livros não estão abrangidos pela imunidade cultural. Portanto, nesse caso,
incide o ISS (Imposto sobre Serviços) normalmente.

(STF, RE 183.403/SP) “EMENTA: IMUNIDADE. IMPOSTOS. LIVROS, JORNAIS,


PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADO À IMPRESSÃO. APOSTILAS. O preceito da
alínea "d" do inciso VI do artigo 150 da Carta da República alcança as chamadas
apostilas, veículo de transmissão de cultura simplificado.” (STF,RE 183.403/SP,
Segunda Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em 07/11/2000)

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(STF, RE 330.817/RJ) livros eletrônicos e os suportes próprios para sua leitura são
alcançados pela imunidade.

Súmula Vinculante 57 - A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, d, da CF/88


aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico
(e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros
eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias.

(STF RE 213.094/ES) “EMENTA: TRIBUTÁRIO. ENCARTES DE PROPAGANDA


DISTRIBUÍDOS COM JORNAIS E PERIÓDICOS. ISS. ART. 150, VI, d, DA
CONSTITUIÇÃO. Veículo publicitário que, em face de sua natureza propagandística,
de exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como destinado à cultura e à
educação, razão pela qual não está abrangido pela imunidade de impostos prevista no
dispositivo constitucional sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de
qualquer forma, às empresas por eles responsáveis, no que concerne à renda bruta
auferida pelo serviço prestado e ao lucro líquido obtido.”
(RE 213.094/ES, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 22/6/1999)

Súmula STF 659 - É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre


as operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de
petróleo, combustíveis e minerais do País.

(STF RE 594.015 e RE 601.720), com repercussão geral reconhecida (vincula os casos


semelhantes), pacificou o entendimento que nesse caso de arrendamento para a
exploração de atividade econômica incide sim o IPTU, sendo lícita, portanto, a
cobrança do imposto do privado arrendatário (cessionário, locatário, etc.).

TÓPICO 4 - Competência Tributária. Impostos de Competência da União

O deste cópia tem uma incidência intermediária nas provas, variando, entre as três principais
bancas, de 3,5% a 5,5%. Estude o tópico com atenção.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

A competência tributária, atribuída constitucionalmente, pressupõe a competência legislativa


para instituir o tributo.

CTN. Art. 6º. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência


legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições
dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto
nesta Lei.

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-A CF não cria tributo, apenas estabelece a competência tributária dos entes políticos.

-A competência para legislar sobre direito tributário não se confunde com a competência
tributária. (CF/88 Art. 24, I, § 1º, 2º, 3º, 4º, CF/88 Art. 30, II, Art. 146, III)

Características da Competência Tributária:


A competência tributária (instituição do tributo) é política, sendo instituída por intermédio de lei
e indelegável. No entanto, a capacidade tributária ativa (arrecadação, fiscalização e execução)
pode ser delegada a outra pessoa jurídica de direito público. Nessa linha, conclui-se que, em
sentido amplo, a competência tributária compreende tanto a instituição do tributo, como a
capacidade tributária ativa. Contudo, apenas esta é delegável.

● indelegável;
○ CTN, Art. 7º - A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços,
atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18
da Constituição (referência a outra CF). § 1º A atribuição compreende as
garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica
de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada,
a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público
que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência
o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de
arrecadar tributos.
● imprescritível;
○ CTN, Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a
pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a
tenha atribuído.
● inalterável;.
● irrenunciável;
● facultativa.

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○ Lei de Responsabilidade Fiscal: Art. 11. Constituem requisitos essenciais


da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente
da Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de transferências
voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se
refere aos impostos.

Parafiscalidade - ocorre quando a lei que instituiu o tributo nomeia outra pessoa jurídica para
ser sujeito ativo (capaz de cobrar os tributos) e, também, destina-lhe os recursos arrecadados.

Classificação da Competência Tributária:

Bitributação e Bis in idem

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Divisão da Competência Tributária na CF/88

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IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO

IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


I - importação de produtos estrangeiros;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

CTN: Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos


estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.

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Art. 20. A base de cálculo do imposto é:


I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria,
ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no
porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da
arrematação.
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial
e do comércio exterior.
Art. 22. Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.

Quando o CTN estabelece, em seu art. 21, que tanto a base de cálculo como as
alíquotas do II podem ser alteradas sem necessidade de lei, entenda-se que apenas as
alíquotas possuem tal flexibilidade.

Correção: Alíquota constitui exceção ao princípio da anterioridade anual e nonagesimal.

IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

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CTN: Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de
produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território
nacional.
Art. 24. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria,
ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou
lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de
exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o
custo do financiamento.
Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no
artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites
por ela estabelecidos.
Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política
cambial e do comércio exterior.
Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma
da lei.

Quando o CTN estabelece, em seu art. 21, que tanto a base de cálculo como as
alíquotas do imposto podem ser alteradas sem necessidade de lei, entenda-se que apenas as
alíquotas possuem tal flexibilidade.

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IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


III - renda e proventos de qualquer natureza;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na
forma da lei;
CTN: Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer
natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não
compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da
localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as
condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto
referido neste artigo.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou
dos proventos tributáveis.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem
prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de
renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a
condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.

O fato gerador do imposto de renda, por exemplo, é periódico composto (complexivo), pois é
formado por um conjunto de eventos (recebimentos mensais de renda, investimentos
financeiros, alienações de bens com lucro etc.) que, globalmente considerados, implicam
aumento patrimonial do contribuinte dentro de um determinado exercício financeiro.

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IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IR):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


IV - produtos industrializados;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do
imposto, na forma da lei.

CTN: Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como
fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que
tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o
aperfeiçoe para o consumo.
Art. 47. A base de cálculo do imposto é:
I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20,
acrescido do montante:

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a) do imposto sobre a importação;


b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
II - no caso do inciso II do artigo anterior:
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua
similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.
Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.
Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da
diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do
estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte
transfere-se para o período ou períodos seguintes.
Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos de um para outro Estado, ou do ou
para o Distrito Federal, serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, emitida em
séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados
indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas.
Art. 51. Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos
no inciso anterior;
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer
estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.

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IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU RELATIVAS A


TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS (IOF):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de
propriedades improdutivas;
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário
que não possua outro imóvel;
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que
não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência
do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;

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II - setenta por cento para o Município de origem.

CTN: Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e
seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante
ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou
estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado
em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por
este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do
documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão,
pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e
reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma
mesma operação de crédito.
Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os
juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido,
entregue ou posto à disposição;
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como
determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política
monetária.
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a
lei.
Art. 67. A receita líquida do imposto destina-se a formação de reservas monetárias, na forma
da lei.

Quando o CTN estabelece, em seu art. 21, que tanto a base de cálculo como as
alíquotas do imposto podem ser alteradas sem necessidade de lei, entenda-se que apenas as
alíquotas possuem tal flexibilidade.

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IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI - propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de
propriedades improdutivas;
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário
que não possua outro imóvel;
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que
não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência
do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de origem.

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CTN: Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como
definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.

DL 57/1966: Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN),
não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa
vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais
tributos com o mesmo cobrados.

O art. 15, do Decreto-Lei 57/66, estabelece que, ainda que o imóvel esteja localizado em área
urbana do município, caso seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial, incidirá ITR, e não IPTU.

IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS (IGF):

CF/88: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Trata-se de imposto de competência da União, ainda não instituído. Sua instituição só pode
ocorrer por meio de lei complementar, conforme estabelece o art. 153, VII, da CF/88. A
alteração de suas alíquotas não constitui exceção aos princípios da legalidade, anterioridade
anual e nonagesimal.

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(STF, RE 466.480-AgR/MG) “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


IPVA. LEI ESTADUAL. ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS EM RAZÃO DO TIPO DO VEÍCULO.
1.Os Estados-membros estão legitimados a ditar as normas gerais referentes ao IPVA, no
exercício da competência concorrente prevista no artigo 24, § 3º, da Constituição do Brasil. 2.O
Supremo possui orientação no sentido de que não há tributo progressivo quando as alíquotas
são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva.
Agravo regimental a que se nega provimento”. (STF, RE 466.480-AgR/MG, Rel. Min. Eros
Grau, 24/06/2008)
(Para entender melhor o julgado, faz-se necessário saber que o CTN foi editado sob a égide da
CF/46. Nessa CF, não havia previsão para IPVA, de forma que o CTN não contemplou o
referido imposto.)

(STF, RE 429.306) “Recurso extraordinário em que se argumento a não incidência do II e do IPI


sobre operação de importação de sistema de tomografia computadorizada, amparada por
contrato de arrendamento mercantil. Alegada insubmissão do arrendamento mercantil, quer
seria um serviço, ao fato gerador do imposto de importação (art. 153, I, da Constituição).
Inconsistência. Por se tratar de tributos diferentes, com hipóteses de incidência específicas
(prestação de serviços e importação, entendida como a entrada de bem em território nacional –
art. 19 do CTN), a incidência concomitante do II e do ISS não implica bitributação ou de
violação de pretensa exclusividade e preferência de cobrança do ISS. (STF, RE 429.306,
Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 01/02/2011)

(STJ, REsp 362.910/PR) "Ementa: (...) Não obstante o fato gerador do imposto de importação
se dê com a entrada da mercadoria estrangeira em território nacional, torna-se necessária a
fixação de um critério temporal a que se atribua a exatidão e certeza para se completar o inteiro
desenho do fato gerador. Assim, embora o fato gerador do tributo se dê com a entrada da
mercadoria em território nacional, ele apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de
Importação no caso de regime comum e, nos termos precisos do parágrafo único, do artigo 1º,
do Decreto-Lei nº 37/66, "com a entrada no território nacional a mercadoria que contar como
tendo sido importada e cuja a falta seja apurada pela autoridade aduaneira". (STJ, REsp
362.910/PR, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, Julgamento em 16/04/2002).

Súmula Vinculante 58 - Inexiste direito a crédito presumido de IPI relativamente à entrada de


insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis, o que não contraria o princípio da
não cumulatividade.

(STJ, REsp 860.369/PE) "CREDITAMENTO DO IPI. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE.


AQUISIÇÃO DE MATÉRIAPRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO E MATERIAL DE

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EMBALAGEM DESTINADOS À INDUSTRIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ISENTOS OU


SUJEITOS AO REGIME DE ALÍQUOTA ZERO. LEI 9.779/99. NOVEL JURISPRUDÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O direito ao crédito de IPI, fundado no princípio da
não-cumulatividade, decorrente da aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material
de embalagem utilizados na fabricação de produtos isentos ou sujeitos ao regime de alíquota
zero, exsurgiu apenas com a vigência da Lei 9.779/99 (...)" (STJ, REsp 860.369/PE, Primeira
Seção, Min. Rel. Luiz Fux, Julgamento em 25/11/2009).

Súmula STJ 495 - A aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa não gera
direito a creditamento de IPI.

(STF RE 723.651/RS) decidindo que é legítima a incidência do IPI na importação de


automóveis por pessoas físicas para uso próprio. A decisão foi tomada com repercussão geral
e é muito relevante para fins de concurso público, já que, como vimos, o STJ e até mesmo o
próprio STF, já decidiu em sentido contrário.

(STF RE 946.648/SC) "É constitucional a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados


- IPI no desembaraço aduaneiro de bem industrializado e na saída do estabelecimento
importador para comercialização no mercado interno".

STF (RE 190.363) já entendeu inconstitucional o dispositivo legal que previa a incidência do
IOF sobre a “transmissão” do ouro definido pela legislação como ativo financeiro, tendo em
vista que a incidência apenas pode se dar na operação de origem.

Súmula STF 664 - É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei 8.033/90, que instituiu a
incidência do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros - IOF sobre saques
efetuados em caderneta de poupança.

(STF, ADI 1.648) “A alienação de salvados configura atividade integrante das operações de
seguros e não tem natureza de circulação de mercadoria para fins de incidência do ICMS.
Inconstitucionalidade da expressão ‘e as seguradoras’, do inciso IV do art. 15 da Lei 6.763, com
redação dada pelo art. 1º da Lei 9.758/1989 do Estado de Minas Gerais. Violação dos arts. 22,
VII, e 153, V, da CF.” (STF, ADI 1.648, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes, Julgamento em
16/02/2011).

(STJ, REsp 522.294/RS) TRIBUTÁRIO – IOF – INCIDÊNCIA SOBRE MÚTUO NÃO


MERCANTIL – LEGALIDADE DA LEI 9.779/99. 1. A lei 9.779/99, dentro do absoluto contexto
do art. 66 CTN, estabeleceu, como hipótese de incidência do IOF, o resultado de mútuo. (STJ,
REsp 522.294/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, Julgamento em 09/12/2003).

(STJ, REsp 492.869/PR) TRIBUTÁRIO. IPTU. ITR. FATO GERADOR. IMÓVEL SITUADO NA
ZONA URBANA. LOCALIZAÇÃO. DESTINAÇÃO. CTN, ART. 32. DECRETO-LEI N. 57/66.
VIGÊNCIA. 1. Ao ser promulgado, o Código Tributário Nacional valeu-se do critério topográfico
para delimitar o fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR): se o imóvel estivesse situado na zona
urbana, incidiria o IPTU; se na zona rural, incidiria o ITR. 2. Antes mesmo da entrada em vigor

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do CTN, o Decreto-Lei nº 57/66 alterou esse critério, estabelecendo estarem sujeitos à


incidência do ITR os imóveis situados na zona rural quando utilizados em exploração vegetal,
agrícola, pecuária ou agroindustrial. 3. A jurisprudência reconheceu validade ao DL 57/66, o
qual, assim como o CTN, passou a ter o status de lei complementar em face da superveniente
Constituição de 1967. Assim, o critério topográfico previsto no art. 32 do CTN deve ser
analisado em face do comando do art. 15 do DL 57/66, de modo que não incide o IPTU quando
o imóvel situado na zona urbana receber quaisquer das destinações previstas nesse diploma
legal. (STJ, REsp 492.869/PR, Primeira Turma, Min. Rel. Teori Albino Zavascki, Julgamento em
15/02/2005)

➔ Contabilidade Geral e Avançada


◆ TÓPICO 3 - Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas,
Fórmulas do Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete
de Verificação

◆ TÓPICO 4 - Regime de Competência e Regime de Caixa,


Apuração do Resultado do Exercício

TÓPICO 3 – Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas, Fórmulas do


Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete de Verificação

Este tópico não tem uma cobrança muito relevante considerando as principais bancas,
CEBRASPE o exige um pouco mais. Mas faz parte de um tópico base para o
entendimento do que virá pela frente na matéria.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Escrituração Contábil (ITG 2000): A escrituração contábil deve ser executada:


a) em idioma e em moeda correntes nacionais;
b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas;
e) com base em documentos de origem externa ou interna, ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

Plano de Contas: conjunto de todas as contas existentes dentro de uma entidade para
uniformizar os registros contábeis.

Método das partidas dobradas: é o caminho utilizado na contabilidade para


escriturar, segundo ele aplicações de recursos (contas devedoras) = origem dos
recursos (contas credoras).

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Elementos essenciais de um lançamento (ITG 2000):


a) data em que o fato contábil ocorreu;
b) conta devedora;
c) conta credora;
d) histórico;
e) valor;
f) informação que permita identificar todos os registros que integram um
mesmo lançamento contábil.

Fórmulas do Lançamento:

* 2 = 2 ou mais.

Tipos de Fatos Contábeis

Fatos Modificativos: também chamados de quantitativos, alteram, para mais ou para


menos, o patrimônio líquido. Envolvem contas patrimoniais e de resultado.
Fatos Permutativos: também chamados de qualitativos, alteram o patrimônio
somente em aspectos qualitativos. Exemplo: sai dinheiro da conta caixa e entra o
mesmo valor na conta mercadorias (compra à vista de mercadorias). Envolvem apenas
contas patrimoniais.
Fatos Mistos: envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo.

Retificação de Lançamento Contábil

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Superveniências e Insubsistências
Superveniência ativa: fatos inesperados que acontecem e aumentam o patrimônio da
entidade, gerando receitas (exemplo: nascimento rebanho, recebimento de herança)
Superveniência passiva: fatos inesperados que diminuem a situação patrimonial
líquida. (exemplo: perda inesperada em processo judicial).
Insubsistências ativas ou insubsistência do passivo: fatos que deixam de existir,
gerando receitas. Um passivo que deixa de existir. Exemplo: perdão de uma dívida.
Insubistência passivas ou insubsistência do ativo: são fatos que deixam de existir,
qualquer que seja o motivo, causando uma diminuição do PL, pela geração de
despesa. Exemplo: perdão da dívida de um cliente.

Livros Contábeis e Fiscais


Livro Diário: (Código Civil): Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são
obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o diário, que pode
ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o
lançamento do balanço patrimonial e de resultado econômico.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as
fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de
Empresas Mercantis.

O livro diário é: - Obrigatório (exigido pelo Código Civil); - Principal (registra todos os
fatos contábeis); - Comum (para todas as empresas); - Cronológico (fatos contábeis
registrados em ordem cronológica).

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Formalidades, extrínsecas e intrínsecas, dos livros diário e razão"”


Formato não digital:
Formalidades Extrínsecas (Finalidade: dificultar adulteração):
- Deve ser encadernado;
- As folhas devem ser numeradas;
- Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou
representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente
habilitado no Conselho Regional de Contabilidade.
Formalidades Intrínsecas (Finalidade: resguardar a fidedignidade dos fatos ocorridos
em relação aos fatos registrados):
- Seguir uma ordem cronológica;
- Não deve haver rasuras, borrões, sinais, linhas em branco, entrelinhas, folhas em
branco etc.; e
- A escrituração deve ser feita em língua e moeda nacionais.
Formato digital:
- serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade
regularmente habilitado;
- quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou
entidade competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1))
Observação: Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade
de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético
autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade.

Livro Razão: facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e sistemático (leva
em conta principalmente a organização das informações).
Obs: se uma questão fizer menção à ITG 2000 (R1), é possível que o Razão seja
considerado como um livro obrigatório (9. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o
Livro Diário e o Livro Razão…). Mas, em sentido estrito, apenas o livro diário é
obrigatório.

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Livro Caixa: registra as entradas e saídas de numerário. Obrigatório para os


contribuintes do Simples Nacional.
Livros obrigatórios para as sociedades anônimas: (Lei 6.404/76) Art. 100. A
companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, os
seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais:
I - o livro de Registro de Ações Nominativas…
II - o livro de "Transferência de Ações Nominativas",...
III - o livro de "Registro de Partes Beneficiárias Nominativas" e o de "Transferência de
Partes Beneficiárias Nominativas", …
IV - o livro de Atas das Assembléias Gerais;
V - o livro de Presença dos Acionistas;
VI - os livros de Atas das Reuniões do Conselho de Administração, se houver, e de
Atas das Reuniões de Diretoria;
VII - o livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.

Balancete de Verificação: é um demonstrativo de caráter auxiliar em que são


relacionadas todas as contas, sejam patrimoniais ou de resultado. O seu objetivo é
verificar se foi aplicado corretamente o método das partidas dobradas. As informações
necessárias para a elaboração do balancete de verificação são oriundas do livro razão.
O balancete evidencia apenas a igualdade matemática dos débitos e créditos, não
identificando estornos, classificação de contas, etc..

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TÓPICO 4 - Regime de Competência e Regime de Caixa, Apuração do Resultado


do Exercício

Este tópico não tem uma cobrança relevante (menos de 2%) e, além disso, é
relativamente simples. Aqui o mais importante é você praticar os lançamentos básicos
que são ensinados no curso.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

O CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica: O regime de competência reflete os efeitos


de transações e outros eventos e circunstâncias sobre reivindicações e recursos
econômicos da entidade que reporta nos períodos em que esses efeitos ocorrem,
mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes ocorram em período
diferente. Isso é importante porque informações sobre os recursos econômicos e
reivindicações da entidade que reporta e mudanças em seus recursos econômicos e
reivindicações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação do
desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre
recebimentos e pagamentos à vista durante esse período.

Lei 6.404/76: Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos
princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime
de competência.

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Lei 6.404/76: Art. . 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo
circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

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APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO:


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE):

Apuração do Resultado do Exercício (ARE): As contas de resultado estão zeradas,


em temos um único razonete, ARE, com todos as receitas e despesas da entidade. Se
as receitas foram maiores do que as despesas, a conta ARE terá saldo credor, o que
significa LUCRO no período. Se as receitas foram menores do que as despesas, a
conta ARE terá saldo devedor, o que significa PREJUÍZO no período.

O próximo passo é transferir o Resultado do Exercício para a conta Lucros (ou


Prejuízos) Acumulados, no Patrimônio Líquido. É a ligação da Demonstração do
Resultado com o Balanço Patrimonial!

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DESCONTO CONDICIONAL X DESCONTO INCONDICIONAL

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CICLO DE REVISÃO E APROFUNDAMENTO - 03

PLANO DE CONTAS:

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Plano de contas completo, atualizado de acordo com o MANUAL DE CONTABILIDADE


SOCIETÁRIA APLICÁVEL A TODAS AS SOCIEDADES – FIPECAFI. (OBS.: para
consulta, sem preocupação em decorar, a memorização se dará ao longo da resolução
de questões.)

ATIVO CIRCULANTE:

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ATIVO NÃO CIRCULANTE

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PASSIVO CIRCULANTE:

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PASSIVO NÃO CIRCULANTE

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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➔ Direito Constitucional
◆ TÓPICO 3 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Parte I

◆ TÓPICO 4 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Parte II

TÓPICO 3 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Parte I

O assunto do qual faz parte este tópico tem uma cobrança intermediária-alta nas
principais bancas do país (> 6%).
Ainda que o assunto tenha sido dividido em dois tópicos, eles são bastante extensos.
Então, tranquilidade e preocupação, principalmente, em entender, a memorização virá
com o tempo, com as revisões e resolução de questões.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
A doutrina considera que os diversos incisos do art. 5º são desdobramentos dos
direitos previstos no caput.
Apesar de o art. 5º, caput, referir-se apenas a “brasileiros e estrangeiros residentes no
país”, há consenso na doutrina de que os direitos fundamentais abrangem qualquer
pessoa que se encontre em território nacional, mesmo que seja um estrangeiro
residente no exterior.

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta


Constituição;

Princípio da Igualdade;

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II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em


virtude de lei;

Princípio da legalidade

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou


degradante;

Exemplo prático: Súmula Vinculante 11.

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

Traduz o direito de resposta à manifestação do pensamento de outrem, que é aplicável


em relação a todas as ofensas, independentemente de elas configurarem ou não
infrações penais. Essa resposta deverá ser sempre proporcional, ou seja, veiculada no
mesmo meio de comunicação utilizado pelo agravo, com mesmo destaque, tamanho e
duração. Salienta-se, ainda, que o direito de resposta se aplica tanto a pessoas físicas
quanto a pessoas jurídicas ofendidas pela expressão indevida de opiniões.

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VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre


exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas


entidades civis e militares de internação coletiva;

Os dois incisos consagram a liberdade religiosa.

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de


convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

Escusa de consciência.

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de


comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação;

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XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem


consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de


dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal;

Quebra do sigilo das comunicações e interceptação das comunicações


telefônicas. A quebra do sigilo das comunicações consiste em ter acesso ao extrato
das ligações telefônicas (grosso modo, seria ter acesso à conta emitida pela operadora
de telefonia). Por outro lado, a interceptação das comunicações telefônicas consiste
em ter acesso às gravações das conversas. A interceptação das comunicações
telefônicas é, sem dúvida, medida mais gravosa e, por isso, somente pode ser
determinada pelo Poder Judiciário. Já a quebra do sigilo das comunicações telefônicas,
pode ser determinada pelas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), além, é
claro, do Poder Judiciário. Segundo a CF/88, a interceptação das comunicações
telefônicas somente será possível quando atendidos três requisitos:
a) ordem judicial
b) existência de investigação criminal ou instrução processual penal;
c) lei que preveja as hipóteses e a forma em que esta poderá ocorrer;

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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as


qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da


fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo


qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com
seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao


público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem


de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm


legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

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XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade


ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar


de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;

Requisição administrativa.

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes
de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou


reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:


a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem


ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário


para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em
vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela


lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

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(STF, RE 33.319/DF) “direito de propriedade é garantido ao estrangeiro não residente".

(STF) os estrangeiros residentes no País, uma vez atendidos os requisitos


constitucionais, são beneficiários da assistência social, fazendo jus ao denominado
benefício de prestação continuada (BPC). O BPC é um benefício assistencial devido à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

(STF) A Corte garantiu o direito à gestante de “submeter-se a antecipação terapêutica


de parto na hipótese de gravidez de feto anencéfalo, previamente diagnosticada por
profissional habilitado, sem estar compelida a apresentar autorização judicial ou
qualquer outra forma de permissão do Estado”

(STF) é legítima e não ofende o direito à vida nem, tampouco, a dignidade da pessoa
humana, a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias, obtidas de
embriões humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não utilizados neste
procedimento.

(STF) O princípio da isonomia, que se reveste de autoaplicabilidade, não é – enquanto


postulado fundamental de nossa ordem político-jurídica – suscetível de
regulamentação ou de complementação normativa. Esse princípio – cuja observância
vincula, incondicionalmente, todas as manifestações do Poder Público – deve ser
considerado, em sua precípua função de obstar discriminações e de extinguir
privilégios (RDA 55/114), sob duplo aspecto: (a) o da igualdade na lei; e (b) o da
igualdade perante a lei. A igualdade na lei – que opera numa fase de generalidade
puramente abstrata – constitui exigência destinada ao legislador que, no processo de
sua formação, nela não poderá incluir fatores de discriminação, responsáveis pela
ruptura da ordem isonômica. A igualdade perante a lei, contudo, pressupondo lei já
elaborada, traduz imposição destinada aos demais poderes estatais, que, na aplicação
da norma legal, não poderão subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo
ou discriminatório.

(STF) “o legislador constituinte não se restringira apenas a proclamar solenemente a


igualdade de todos diante da lei. Ele teria buscado emprestar a máxima concreção a
esse importante postulado, para assegurar a igualdade material a todos os brasileiros e
estrangeiros que viveriam no país, consideradas as diferenças existentes por motivos
naturais, culturais, econômicos, sociais ou até mesmo acidentais. Além disso, atentaria

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especialmente para a desequiparação entre os distintos grupos sociais. Asseverou-se


que, para efetivar a igualdade material, o Estado poderia lançar mão de políticas de
cunho universalista – a abranger número indeterminado de indivíduos – mediante
ações de natureza estrutural; ou de ações afirmativas – a atingir grupos sociais
determinados – por meio da atribuição de certas vantagens, por tempo limitado, para
permitir a suplantação de desigualdades ocasionadas por situações históricas
particulares.“

STF - Súmula 683 - é legítima a previsão de limites de idade em concursos públicos,


quando justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

(STF) “Legítima defesa da honra” não é, tecnicamente, legítima defesa. Com base
nesse entendimento, o STF fixou entendimento de que a tese da "legítima defesa da
honra" é inconstitucional por contrariar por contrariar os princípios da dignidade da
pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88), da proteção à vida e da igualdade de gênero
(art. 5º, caput, da CF/88).

STF - Súmula Vinculante 37 - “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função
legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de
isonomia.”

STF - Súmula Vinculante nº 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência


e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.

(STF, ADPF 187) "o STF considerou inconstitucional qualquer interpretação do Código
Penal que possa ensejar a criminalização da defesa da legalização das drogas, ou de
qualquer substância entorpecente específica, inclusive através de manifestações e
eventos públicos" . Esse foi um entendimento polêmico, que descriminalizou a
chamada “marcha da maconha”.

STF, a liberdade de expressão, assim como os demais direitos fundamentais,não é


absoluto, “não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral
que implicam ilicitude penal. O preceito fundamental de liberdade de expressão não
consagra o direito à incitação ao racismo, dado que um direito individual não pode
constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a
honra.”

STF considerou que a exigência de diploma de jornalismo e de registro profissional no


Ministério do Trabalho não são condições para o exercício da profissão de jornalista: “o

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jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua
própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada”.

STF entende que o Tribunal de Contas da União (TCU) não pode manter em sigilo a
autoria de denúncia contra administrador público a ele apresentada. Isso porque tal
sigilo impediria que o denunciado se defendesse perante aquele Tribunal.

(STF na ADI 4815) concluiu pela prevalência, nessa situação, do direito à liberdade de
expressão e de manifestação do pensamento. Decidiu a Corte que é “inexigível o
consentimento de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou
audiovisuais, sendo por igual desnecessária autorização de pessoas retratadas como
coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas)”.

STJ decidiu que são lícitas “as provas obtidas por meio de requisição do Ministério
Público de informações bancárias de titularidade de prefeitura municipal para fins de
apurar supostos crimes praticados por agentes públicos contra a Administração
Pública”

(STF, MS 33.340/DF) o TCU tem competência para requisitar informações relativas a


operações de crédito originárias de recursos públicos. Esse foi o entendimento firmado
pelo STF no âmbito do MS 33.340/DF. No caso concreto, o TCU havia requisitado ao
BNDES informações relativas a operações de crédito.

STF, o conceito de “casa” revela-se abrangente, estendendo-se a: i) qualquer


compartimento habitado; ii) qualquer aposento ocupado de habitação coletiva; e iii)
qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.

STF, “nem a Polícia Judiciária e nem a administração tributária podem, afrontando


direitos assegurados pela Constituição da República, invadir domicílio alheio com o
objetivo de apreender, durante o período diurno, e sem ordem judicial, quaisquer
objetos que possam interessar ao Poder Público” (AP 370-3/DF, RTJ, 162:249-250).

STF que “a administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança


pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre
excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único,
da Lei 7.210/1984, proceder à interceptação da correspondência remetida pelos
sentenciados, eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode
constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas.”

STF. Suponha que, em uma operação de busca e apreensão realizada em um


escritório profissional, os policiais apreendam o disco rígido (HD) de um computador no
qual estão armazenados os e-mails recebidos pelo investigado. Nesse caso, entende a

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Corte que não há violação do sigilo da comunicação de dados. Isso porque a proteção
constitucional é da comunicação de dados, e não dos dados em si. Em outras palavras,
não há, nessa situação, quebra do sigilo das comunicações (interceptação das
comunicações), mas sim apreensão de base física na qual se encontram os dados.

STF reconhece que “é válida a prova de um crime descoberta acidentalmente durante


a escuta telefônica autorizada judicialmente para apuração de crime diverso”

STF. A interceptação telefônica será admitida mesmo em se tratando de conversa


entre acusado em processo penal e seu defensor. Segundo o STF, apesar de o
advogado ter seu sigilo profissional resguardado para o exercício de suas funções, tal
direito não pode servir como escudo para a prática de atividades ilícitas, pois nenhum
direito é absoluto. O simples fato de ser advogado não pode conferir, ao indivíduo,
imunidade na prática de delitos no exercício de sua profissão.

STF. “dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e em escutas


ambientais, judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal
ou em instrução processual penal, podem ser usados em procedimento administrativo
disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram
colhidos, ou contra outros servidores cujos supostos ilícitos teriam despontado à
colheita dessa prova.”

STF. É possível a gravação telefônica por um dos interlocutores sem a autorização


judicial, caso haja investida criminosa daquele que desconhece que a gravação está
sendo feita. De acordo com o STF, é “inconsistente e fere o senso comum falar-se em
violação do direito à privacidade quando interlocutor grava diálogo com
sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista”. Nesse caso,
percebe-se que a gravação clandestina foi feita em legítima defesa, sendo, portanto,
uma prova válida.

STF, havendo a necessidade de coleta de prova via gravação ambiental (sendo


impossível a apuração do crime por outros meios) e havendo ordem judicial nesse
sentido, é lícita a interceptação telefônica.

STF. São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a
partir apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar. Com efeito, uma
denúncia anônima não é suficiente para que o juiz determine a interceptação
telefônica; caso ele o faça, a prova obtida a partir desse procedimento será ilícita.

(STF, RE 413.782) não pode a Fazenda Pública obstaculizar a atividade empresarial


com a imposição de penalidades no intuito de receber imposto atrasado. Nesse
sentido,

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STF - Súmula 323 - “é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo


para pagamento de tributos”.

(STF, RE 565.048 / RS) “a exigência, pela Fazenda Pública, de prestação de fiança,


garantia real ou fidejussória para a impressão de notas fiscais de contribuintes em
débito com o Fisco viola as garantias do livre exercício do trabalho, ofício ou profissão
(CF, art. 5º, XIII), da atividade econômica (CF, art. 170, parágrafo único) e do devido
processo legal (CF, art. 5º, LIV)”.

STF (4 RE 806.339) basta veicular informação que permita ao poder público zelar para
que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no
mesmo local. Portanto, a reunião em local público independe de aviso prévio às
autoridades. Segundo a Corte, a inexistência de notificação não torna a reunião ilegal.
Numa democracia, o espaço público não é só de circulação, mas de participação.

STF, não é possível, devido ao modelo federativo adotado pelo Brasil, que um ente
político requisite administrativamente bens, serviços e pessoal de outro. Tal prática
ofenderia o pacto federativo, e, além disso, o art. 5º, XXV da Constituição limita o
alcance da requisição administrativa à propriedade privada, não cabendo extrapolação
para bens e serviços públicos.

(STJ REsp 1.591.298/RJ), a pequena propriedade rural trabalhada pela família não
pode ser objeto de penhora para pagamento, mesmo no caso de débitos estranhos à
sua atividade produtiva.

TÓPICO 4 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Parte II

O assunto do qual faz parte este tópico tem uma cobrança intermediária-alta nas
principais bancas do país (> 6%).
Ainda que o assunto tenha sido dividido em dois tópicos, eles são bastante extensos.
Então, tranquilidade e foco em entender, a memorização virá com o tempo, com as
revisões e resolução de questões.

Conceitos importantes que você deve levar deste tópico

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

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XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
A regulamentação do art. 5º, inciso XXXIII, é feita pela Lei nº 12.527/2011, a conhecida
Lei de Acesso à Informação (Lei Federal nº 12.527/11). É ela que define o
procedimento para a solicitação de informações aos órgãos e entidades públicas, bem
como os prazos e as formas pelas quais o acesso à informação será franqueado aos
interessados.
No caso de lesão ao direito à informação, o remédio constitucional a ser usado pelo
particular é o mandado de segurança.

XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:


a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Alínea 'a' - direito de petição


Alínea 'b'- direito à obtenção de certidões

Quando se exerce o direito de petição ou, ainda, quando se solicita uma certidão, há
uma garantia implícita a receber uma resposta (no caso de petição) ou a obter a
certidão. Quando há omissão do Poder Público (falta de resposta a petição ou negativa
ilegal da certidão), o remédio constitucional adequado é o mandado de segurança.

XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a


direito;

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Trata-se do princípio da inafastabilidade de jurisdição, segundo o qual somente o Poder


Judiciário poderá decidir uma lide em definitivo.

Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o


Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo:
a) habeas data;
b) controvérsias desportivas;
c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração
Pública;
d) requerimento judicial de benefício previdenciário.

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;

● Direito adquirido é aquele que já se incorporou ao patrimônio do particular, uma


vez que já foram cumpridos todos os requisitos aquisitivos exigidos pela lei
então vigente.
● Ato jurídico perfeito é aquele que reúne todos os elementos constitutivos
exigidos pela lei.
● Coisa julgada compreende a decisão judicial da qual não cabe mais recurso.

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade


competente;

LXXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:

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a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades


fundamentais.

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à


pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a


prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e
os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,


civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de


reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as


seguintes:

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a) privação ou restrição da liberdade;


b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

L- às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer


com seus filhos durante o período de amamentação;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a


natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime


comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de


opinião;

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LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença


penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo


nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a


defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;

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LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer


calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por
seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel.

O Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San


Jose da Costa Rica), que somente permite a prisão civil por não pagamento de
obrigação alimentícia. Segundo o STF, esse tratado, por ser de direitos humanos, tem
“status” supralegal, ou seja, está abaixo da Constituição e acima de todas as leis na
hierarquia das normas. Assim, ele não se sobrepõe à Constituição, ou seja, permanece
válida a autorização constitucional para que o depositário infiel seja preso. No entanto,
a Convenção Americana de Direitos Humanos, por ter status supralegal, suspendeu
toda a eficácia da legislação infraconstitucional que regia a prisão do depositário infiel.
Segundo o STF, o Pacto de San José da Costa Rica produziu um “efeito paralisante”
sobre toda a legislação infraconstitucional que determinava a prisão do depositário
infiel.

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LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:


a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma


da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável


duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

Parágrafos do Art. 5º:

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação


imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

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§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja


criação tenha manifestado adesão.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS:

HABEAS CORPUS

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar


ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;

➔ Protege o direito de locomoção. Sua finalidade é, por meio de ordem judicial,


fazer cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção do indivíduo.
➔ O “habeas corpus” tem natureza penal, procedimento especial (é de decisão
mais rápida: rito sumário), é isento de custas (gratuito) e pode ser repressivo
(liberatório) ou preventivo (salvo-conduto). Há, ainda, o “habeas corpus”
suspensivo, utilizado quando a prisão já foi decretada, mas o mandado de
prisão ainda está pendente de cumprimento.
➔ Não há necessidade de advogado para impetração de “habeas corpus”, bem
como para interposição de recurso ordinário contra decisão proferida em
“habeas corpus”. A doutrina considera, por isso, que o “habeas corpus” é uma
verdadeira ação penal popular.
➔ Pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus, mas sempre a favor de pessoa
física.

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MANDADO DE SEGURANÇA

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e


certo, não amparado por “habeas corpus” ou habeas data, quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

➔ caráter residual;
➔ tem natureza civil, e é cabível contra o chamado “ato de autoridade”, ou seja,
contra ações ou omissões do Poder Público e de particulares no exercício de
função pública (como o diretor de uma universidade, por exemplo). Destaque-se
que, mesmo sendo ação de natureza civil, o mandado de segurança poderá ser
usado em processos penais.
➔ Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial da qual caiba recurso
com efeito suspensivo;
➔ Não cabe mandado de segurança contra ato administrativo do qual caiba
recurso com efeito suspensivo.

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➔ Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado;


➔ Não cabe mandado de segurança contra lei em tese, exceto se produtora de
efeitos concretos;
➔ Não cabe mandado de segurança contra ato de natureza jurisdicional, salvo
situação de absoluta excepcionalidade, quando a decisão for equivocada, seja
por manifesta ilegalidade, seja por abuso de poder.
➔ Não cabe mandado de segurança para assegurar direito líquido e certo à
insubmissão a certa modalidade de tributação, na hipótese de o ato coator
apontado se confundir com a própria adoção de Medida Provisória editada pelo
Chefe do Poder Executivo;

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:


a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída
e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados;

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MANDADO DE INJUNÇÃO

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;

➔ O mandado de injunção é aplicável diante da falta de regulamentação de


normas constitucional de eficácia limitada.
➔ Pressupostos para o seu cabimento:
a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática
propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de
natureza impositiva;
b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de
exercício de um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora
(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).
Eficácia da decisão do mandado de injunção: corrente concretista e
corrente não concretista.

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➔ corrente não concretista entende que cabe ao Poder Judiciário apenas


reconhecer a inércia do Poder Público e dar ciência de sua decisão ao
órgão competente para que este edite a norma regulamentadora. Não
pode o Judiciário suprir a lacuna, assegurar ao lesado o exercício de seu
direito e tampouco obrigar o Poder Legislativo a legislar.
➔ corrente concretista determina que o Judiciário deverá não só
reconhecer a omissão legislativa, mas também possibilitar a efetiva
concretização do direito. Essa posição se subdivide em duas:
◆ a) Na concretista geral, a decisão do Judiciário deveria ter efeito
sobre todos os titulares do direito lesado (efeito “erga omnes”), até
ser expedida a norma regulamentadora daquele.
◆ b) Na concretista individual, a decisão produziria efeitos somente
sobre o autor do mandado de injunção (eficácia “inter partes”, ou
entre as partes do processo). A posição concretista individual
também se subdivide:
● direta: a determina que o Judiciário, ao julgar
● procedente o mandado de injunção, concretiza direta e
imediatamente a eficácia da norma constitucional para o
autor da ação.
● intermediária: determina que o Judiciário, após julgar o
mandado de injunção procedente, não concretiza
imediatamente a eficácia da norma constitucional para o
autor da ação. Este Poder apenas dá ciência ao órgão
omisso, dando-lhe um prazo para regulamentar aquela
norma. Só em caso de permanência da omissão é que o
Judiciário fixará as condições necessárias para o exercício
do direito pelo autor do mandado de injunção.

O mandado de injunção será deferido para:


a) determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma
regulamentadora;
b) estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou
das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o
interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora
legislativa no prazo determinado.

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HABEAS DATA

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;

➔ O habeas data poderá ser ajuizado por qualquer pessoa, física ou jurídica,
brasileira ou estrangeira. Trata-se de ação personalíssima, que não poderá ser
usada para garantir acesso a informações de terceiros, com exceção do cônjuge
sobrevivente na defesa de interesse do falecido.

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➔ exige a comprovação da negativa da autoridade administrativa de garantir o


acesso aos dados relativos ao impetrante. (interesse de agir).
➔ os processos de “habeas data” terão prioridade sobre todos os atos judiciais,
exceto habeas-corpus e mandado de segurança.
➔ O habeas data não é instrumento adequado para que se possa ter acesso aos
autos de processo administrativo. O remédio constitucional que deverá ser
usado com essa finalidade é o mandado de segurança.

AÇÃO POPULAR

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência;

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➔ Não se exige, para o cabimento da ação popular, a comprovação de efetivo


dano material, pecuniário. O STF entende que a lesividade decorre da
ilegalidade: basta esta para que se configure o dano.
➔ Não há foro por prerrogativa de função em ação popular. Dessa forma, uma
ação popular contra o Presidente da República ou contra um parlamentar
(deputado ou senador) será julgada na primeira instância (e não perante o
STF!).
➔ Quando uma sentença julgar improcedente ação popular, ela estará sujeita,
obrigatoriamente, ao duplo grau de jurisdição (reexame necessário).

(STF RE 636.331) o STF considerou que as normas e os tratados internacionais


limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros,
especialmente as Convenções de Varsóvia e de Montreal, têm prevalência em relação
ao Código de Defesa do Consumidor. Assim, em caso de extravio de bagagem ocorrido
em transporte internacional, serão aplicadas as normas de convenções internacionais
(e não o Código de Defesa do Consumidor).

(STF, 1 ADI nº 2.591/DF) As instituições financeiras também são alcançadas pelo


Código de Defesa do Consumidor.

(STF, MS, 3.902) divulgação na Internet da remuneração de servidores públicos do


Estado de SP. O STF entendeu que essas informações (remuneração bruta, cargos,
funções, órgãos de lotação) são de interesse coletivo ou geral, expondo-se, portanto, à
divulgação oficial. No entendimento da Corte, “não cabe, no caso, falar de intimidade
ou de vida privada, pois os dados objeto da divulgação em causa dizem respeito a
agentes públicos enquanto agentes públicos mesmos; ou, na linguagem da própria
Constituição, agentes estatais agindo ‘nessa qualidade’ (§ 6º do art. 37)

(STF, ADI 2.259) A Constituição da República garante aos cidadãos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a gratuidade na obtenção de certidões nas repartições
públicas, desde que ‘para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal’ (art. 5º, XXXIV, CF/88). (...) Essa garantia fundamental não depende
de concretização ou regulamentação legal, uma vez que se trata de garantia
fundamental dotada de eficácia plena e aplicabilidade imediata. O direito à gratuidade
das certidões, contido no art. 5º, XXXIV, b, da Carta Magna, também inclui as certidões
emitidas pelo Poder Judiciário, inclusive aquelas de natureza forense. A Constituição
Federal não fez qualquer ressalva com relação às certidões judiciais, ou àquelas

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oriundas do Poder Judiciário. Todavia, a gratuidade não é irrestrita, nem se mostra


absoluta, pois está condicionada à demonstração, pelo interessado, de que a certidão
é solicitada para a defesa de direitos ou o esclarecimento de situações de interesse
pessoal. Essas finalidades são presumidas quando a certidão pleiteada for
concernente ao próprio requerente, sendo desnecessária, nessa hipótese, expressa e
fundamentada demonstração dos fins e das razões do pedido. Quando o pedido tiver
como objeto interesse indireto ou de terceiros, mostra-se imprescindível a explicitação
das finalidades do requerimento.

(STF RE 472.489/RS) [...] o direito à certidão traduz prerrogativa jurídica, de extração


constitucional, destinada a viabilizar, em favor do indivíduo ou de uma determinada
coletividade (como a dos segurados do sistema de previdência social), a defesa
(individual ou coletiva) de direitos ou o esclarecimento de situações, de tal modo que a
injusta recusa estatal em fornecer certidões, não obstante presentes os pressupostos
legitimadores dessa pretensão, autorizará a utilização de instrumentos processuais
adequados, como o mandado de segurança ou como a própria ação civil pública, esta,
nos casos em que se configurar a existência de direitos ou interesses de caráter
transindividual, como os direitos difusos, os direitos coletivos e os direitos individuais
homogêneos.

Súmula STF - 667 - "viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa


judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa".

Súmula Vinculante 28 - “é inconstitucional a exigência de depósito prévio como


requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade
de crédito tributário”

(STF, RExtr, nº 184.099/DF), “o princípio insculpido no inciso XXXVI do art. 5º da


Constituição não impede a edição, pelo Estado, de norma retroativa (lei ou decreto),
em benefício do particular.

Súmula STF nº 654 - “A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI,
da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha
editado.”

(STF, ADI nº 4414/AL) A competência constitucional do Tribunal do Júri (art. 5º,


XXXVIII) não pode ser afastada por lei estadual, nem usurpada por vara criminal
especializada, sendo vedada, ainda, a alteração da forma de sua composição, que
deve ser definida em lei nacional

Súmula STF 603 - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz


singular, e não do Tribunal do Júri.

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Súmula Vinculante nº 45 - “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece


sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição
estadual”.

(STF, HC nº 91.952), “implica prejuízo à defesa a manutenção do réu algemado na


sessão de julgamento do Tribunal do Júri, resultando o fato na insubsistência do
veredicto condenatório”.

(STF, HC 70.742-4/ RJ) a soberania dos veredictos do tribunal do júri não exclui a
recorribilidade de suas decisões, quando manifestamente contrárias à prova dos autos.

(STF HC 101542 SP), a competência do Tribunal do Júri, fixada no art. 5º, XXXVIII, “d”,
da CF/88, quanto ao julgamento de crimes dolosos contra a vida é passível de
ampliação pelo legislador ordinário.

(STF - ADO - 26/DF), o STF reconheceu que houve omissão inconstitucional por parte
do Congresso Nacional ao deixar de editar lei criminalizando atos de homofobia e
transfobia. Segundo a Corte, até que seja editada lei incriminadora, as condutas
homofóbicas e transfóbicas deverão ser tipificadas como crime de racismo. Cabe
destacar que a repressão penal à prática da homotransfobia não restringe o exercício
da liberdade religiosa, de modo que líderes religiosos (pastores, sacerdotes, clérigos
muçulmanos, etc) poderão externar livremente as convicções de suas doutrinas, desde
que isso não configure discurso de ódio.

(STF, Pleno, HC 82.424-2/RS), “escrever, editar, divulgar e comerciar livros ‘fazendo


apologia de ideias preconceituosas e discriminatórias’ contra a comunidade judaica (Lei
7.716/1989, art. 20, na redação dada pela Lei 8.081/1990) constitui crime de racismo
sujeito às cláusulas de inafiançabilidade e imprescritibilidade (CF, art. 5º, XLII).

Súmula Vinculante nº 26 - Para efeito de progressão de regime no cumprimento de


pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo
da avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de
exame criminológico.

STF Súmula 421 - Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando


casado com brasileira ou ter filho brasileiro.

Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter


acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito
ao exercício do direito de defesa.

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Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento


prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como


requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade
de crédito tributário.

(STF HC 80.949) São ilícitas as provas obtidas mediante gravação de conversa


informal do indiciado com policiais, por constituir-se tal prática em “interrogatório
sub-reptício”, realizado sem as formalidades legais do interrogatório no inquérito
policial e sem que o indiciado seja advertido do seu direito ao silêncio.

(STF, RE 630.944) É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por
um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de
sigilo ou de reserva da conversação.

(STF, RE 583.937) É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um


dos interlocutores sem o conhecimento do outro.

(STF ADCs 43, 44 e 54) A execução provisória da sentença penal condenatória


revela-se frontalmente incompatível com o direito fundamental do réu de ser presumido
inocente até que sobrevenha o trânsito em julgado de sua condenação criminal.

(STF, RE 559.135-AgR.) “viola o princípio constitucional da presunção de inocência,


previsto no art. 5º, LXVII, da CF, a exclusão de candidato de concurso público que
responde a inquérito ou ação penal sem trânsito em julgado da sentença
condenatória”.

Súmula Vinculante 11 - “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de


fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.”

Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a
modalidade de depósito.

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(STF, AI 573623 QO/RJ) “O habeas corpus é medida idônea para impugnar decisão
judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal,
haja vista a possibilidade destes resultarem em constrangimento à liberdade do
investigado” (AI 573623 QO/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 31.10.2006).

(STJ, 3HC 298.499/AL) . “se o paciente não pode aproximar-se a menos de 500
metros da vítima ou de seus familiares, se não pode aproximar-se da residência da
vítima, tampouco pode frequentar o local de trabalho dela, decerto que se encontra
limitada a sua liberdade de ir e vir. Posto isso, afigura-se cabível a impetração do
habeas corpus”

(STF, HC 69.172-2/RJ) o “habeas corpus” pode ser concedido de ofício pelo juiz.

(STF, 8 HC 143.641/SP) Apesar de não existir previsão expressa em nosso


ordenamento jurídico, o STF admite que seja impetrado o “habeas corpus coletivo”.
Permite-se, desse modo, que os juízes e Tribunais estendam ordem de habeas corpus
para todos aqueles que estão na mesma situação. Foi esse o entendimento do STF ao
analisar habeas corpus coletivo impetrado pela Defensoria Pública em favor de
mulheres grávidas e mães de crianças que estão cumprindo prisão preventiva.

STF Súmula 606: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão
de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso.

Súmula STF 643 - Não cabe habeas corpus para impugnar pena de multa ou relativa a
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Súmula STF 695 - Não cabe “habeas corpus” quando já extinta a pena privativa de
liberdade

(STF, HC 138286) Não cabe habeas corpus para se pleitear o direito a visitas íntimas.

STF Súmula 625 - “controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança”

STF Súmula 632 - É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a
impetração de mandado de segurança.

STF Súmula 429 - “a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não
impede o uso do mandado de segurança contra omissão de autoridade”

(STF MS 30836 RJ, 06/10/2011) Não cabe mandado de segurança contra decisões
jurisdicionais do STF, inclusive as proferidas por qualquer de seus Ministros, salvo
situações excepcionais; Esses decisões, entende a Corte, têm a possibilidade de ser

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reformadas por via dos recursos admissíveis, ou, em se tratando de julgamento de


mérito com trânsito em julgado, por meio de ação rescisória.

STF Súmula 266 - Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

(STF). partido político não está autorizado a valer-se do mandado de segurança


coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais,
impugnar majoração de tributo. Isso porque, para o STF, uma exigência tributária
configura interesse de grupo ou classe de pessoas, só podendo ser impugnada por
eles próprios, de forma individual ou coletiva.

(STF, MI 3316 / DF) “o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se


evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar
refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica
indeclinável imposta ao Poder Público”.
(Em outras palavras, o direito à legislação (que é um direito individual a ser
resguardado por mandado de injunção) somente será cabível diante de normas de
eficácia limitada de caráter impositivo. )

Súmula Vinculante 33 - Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do


regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo
40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
(Súmula em resposta à inúmeros mandados de injunção).

(STF, RE 673.707/MG) “o habeas data é a garantia constitucional adequada para a


obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados concernentes ao pagamento de tributos
constantes de sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos
administração fazendária dos entes estatais”.

(STF, Petição nº 2.018-9/SP) não cabe ação popular contra ato de conteúdo
jurisdicional, praticado por membro do Poder Judiciário no desempenho de sua função
típica (decisões judiciais). Isso porque a ação popular só incide sobre a atuação
administrativa do Poder Público.

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