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1. Introdução
As dificuldades enfrentadas pelo setor de saúde no Brasil foram agravadas diante da pandemia
provocada pelo coronavírus, havendo necessidade de maior quantidade de insumos para
combater a pandemia, ainda existente. No entanto, previamente a esse acontecimento da
pandemia, o orçamento para o setor de saúde tem diminuído e em 2019, foram reduzidos R$ 20
bilhões do orçamento da saúde, representando uma redução de 15% do valor (CNS,2020).
Nesse sentido, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), há um
envelhecimento da população brasileira onde a parcela da população com mais de 65 anos pode
atingir 15% em 2034 e alcançar uma taxa de 25,5% em 2060 (CNS, 2020). Ou seja, com o
envelhecimento da população haverá a necessidade de aumento dos investimentos em R$ 50,7
bilhões entre 2020 e 2027 (CNS, 2020).
Segundo Estadão (2020), a composição de gastos de saúde em relação ao produto interno bruto
é de 8%, dos quais 4,4% são gastos privados e 3,8% de gastos públicos. Embora exista um
sistema único de saúde para a população brasileira, a principal fonte de investimento é do setor
privado.
Dessa forma, segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FENASAÚDE, 2021), em
julho de 2021, os gastos das operadoras de planos de saúde foram os maiores, comparando os
meses desde o início da pandemia no Brasil (março de 2020). Onde, o índice de sinistralidade,
que apresenta quanto das receitas dos planos de saúde foi consumido pelas despesas com
atendimentos aos beneficiários dos planos, alcançou 82% (FENASAÚDE, 2021).
Devido a criticidade e a importância do setor de saúde para o bem-estar e sobrevivência da
população, esse setor também gera impactos econômicos, ambientais e sociais para a sociedade.
Dessa forma, ele possui um papel importante no desenvolvimento sustentável, como abordado
pelo terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – “Saúde e bem-estar: garantir o acesso
à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades” (ONU, 2021).
Logo, este artigo tem como objetivo analisar a performance do desenvolvimento sustentável de
três empresas do setor de saúde. Para isso, utilizou-se o método Value-Focused Thinking (VFT)
para a estruturação do problema e a definição dos critérios, o método AHP-Gaussiano para
obter os pesos dos critérios e o método WASPAS para realizar o ranking das empresas.
Dessa forma, o presente artigo está estruturado em 7 seções. Sendo esta, a primeira seção, que
considerou a introdução e contextualização do tema. A segunda seção aborda o método VFT.
A terceira seção apresenta o método AHP-Gaussiano. A quarta seção apresenta o método
WASPAS. Em seguida, a quinta seção apresenta a metodologia do estudo. Já a sexta seção
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"Contribuição da Engenharia de Produção para a Transformação Digital da Indústria Brasileira"
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aborda a análise e discussão dos resultados. Por fim, a sétima seção apresenta a conclusão do
estudo.
Como pode ser observado na figura 1, na fase divergente foram realizadas entrevistas com
quatro especialistas da área da saúde para entendimento dos desafios do setor de saúde no
Brasil. Esses desafios estão relacionados principalmente a recursos financeiros e insumos para
atender as necessidades dos pacientes. Além disso, a partir das entrevistas foi possível
esclarecer a necessidade de avaliar as empresas quanto os seus desempenhos no contexto do
desenvolvimento sustentável.
Na fase convergente do processo de tomada de decisão, realizou-se a definição dos objetivos
(fundamental e meio), que estão apresentados na figura 2, a definição dos critérios
socioeconômicos e ambientais que contribuiriam para a análise da performance das empresas
conforme opinião dos especialistas, a escolha dos métodos multicritérios e a definição de
estratégia de solução.
Como última etapa do processo de tomada de decisão à luz do método VFT, foi realizada a
escolha do método multicritério. Essa escolha teve como base as características do problema de
buscar analisar a performance das empresas, podendo ser alcançado a partir da elaboração de
um ranking. Para isso, foram utilizados dois métodos multicritério de apoio à decisão: método
AHP-Gaussiano para obter os pesos dos critérios e o método WASPAS para obter o ranking
das empresas.
3. Método AHP-Gaussiano
O método Analytic Hierarchy Process (AHP) foi desenvolvido na década de 70 por Saaty
(1980) e tem como objetivo analisar os critérios, utilizando-se de especialistas, a partir de uma
comparação par a par com base na Escala Fundamental de Saaty de 1 (igualmente importante)
a 9 (extremamente mais importante). Entretanto, o método AHP exige um esforço cognitivo
dos especialistas para a análise do grau de importância relativa dos critérios.
Nesse contexto, Santos, Costa e Gomes (2021) propuseram uma variação do método AHP,
chamado AHP-Gaussiano, que realiza uma análise de sensibilidade proveniente do fator
gaussiano. Dessa forma, a obtenção dos pesos dos critérios pode ser realizada a partir dos dados
da matriz de decisão, com critérios quantitativos, não havendo a necessidade da avaliação par
a par do grau de importância dos critérios, que é realizada pelos especialistas no método original
(SANTOS; COSTA; GOMES, 2021). As etapas do método AHP-Gaussiano estão descritas a
seguir:
• Etapa 1: Elaboração da matriz de decisão e da matriz de decisão normalizada.
𝑥11 ⋯ 𝑥1𝑛
X= [ ⋮ ⋱ ⋮ ] , onde i = 1, ..., m, j = 1, ..., n (1)
𝑥𝑚1 ⋯ 𝑥𝑚𝑛
• Etapa 2: Cálculo da média (representado por “y”) das alternativas em cada critério.
• Etapa 3: Cálculo do desvio padrão dos critérios com base na amostra das alternativas,
onde “y” é o valor médio (2).
∑𝑛
𝑖=1(𝑥𝑖 −𝑦𝑖 )²
𝜎𝑖 = √ (2)
𝑛−1
• Etapa 4: Cálculo do fator gaussiano (FG) para cada critério i, onde i = 1, ..., n.(3)
𝜎𝑖
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐺𝑎𝑢𝑠𝑠𝑖𝑎𝑛𝑜 (𝐹𝐺𝑖 ) = (3)
𝑦𝑖
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4. Método WASPAS
O método Weighted Aggregated Sum Product Assessment (WASPAS) foi desenvolvido por
Zavadskas et al. (2012) a partir da combinação do método Weighted Sum Model (WSM) com
o método Weighted Product Model (WPM). A combinação desses dois métodos proporciona
maior precisão do ranking das alternativas analisadas (ZAVADSKAS et al., 2012;
CHAKRABORTY; ZAVADSKAS; ANTUCHEVICIENE, 2015). A atribuição de pesos para
os critérios pode ser feita a partir da opinião dos especialistas ou a partir de um método
específico (PRAJAPATI; KANT; SHANKAR, 2019). Nesse sentido, para essa pesquisa
utilizou-se o método AHP-Gaussiano para estabelecer os pesos dos critérios.
Diversos estudos sobre o tema de sustentabilidade utilizaram o método WASPAS, como por
exemplo: o estudo de Stevic et al. (2018) que selecionou o local para a construção da rotatória;
o estudo de Alrasheedi et al. (2021) avaliou e classificou fornecedores de empresas de
manufatura com base em critérios de sustentabilidade; o estudo de Alimohammadlou e
Khoshsepehr (2021) propôs um método de tomada de decisão para avaliar o desenvolvimento
sustentável organizacional. Portanto, o método WASPAS demonstra ser um método robusto
para realizar o ranking das alternativas.
As etapas desse método estão descritas a seguir (ZAVADSKAS et al., 2012; ZAVADSKAS;
KALIBATAS; KALIBATIENE, 2016):
• Etapa 1: Elaboração da matriz de decisão. Será utilizada a mesma matriz elaborada para
o método AHP-Gaussiano.
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min 𝑥𝑖𝑗
𝑟𝑖𝑗 = (5)
𝑥𝑖𝑗
5. Metodologia
A metodologia deste estudo possui uma abordagem híbrida, composta por uma parte
qualitativa, em que foi elaborada uma introdução e contextualização sobre sustentabilidade no
setor da saúde e a estruturação do problema com especialistas a partir do método VFT. E pela
parte quantitativa, em que foi aplicada uma nova abordagem metodológica para obter o ranking
das empresas, a partir dos métodos AHP-Gaussiano e WASPAS.
Para a aplicação do método AHP-Gaussiano foi utilizada a ferramenta desenvolvida por Baldini
et al. (2021). E para a aplicação do VFT, foram realizadas reuniões com quatro especialistas na
área de saúde, possibilitando realizar a seleção dos critérios. A Tabela 1 apresenta a matriz de
decisão do problema com os critérios selecionados para essa pesquisa para as três empresas que
serão analisadas, bem como os seus resultados.
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Critérios
Receita bruta Número total Total de resíduo
Consumo total Qtde de Qtde de
Alternativas (bilhões de de gerado
de água (m³) hospitais leitos
R$) colaboradores (tonelada)
Empresa 1 8,5 35500 9700 896500 45 3240
Empresa 2 14 56000 24657 3.205.655,00 52 7393
Empresa 3 3,2 11242 1639,4 140.429,20 29 2200
Impacto do
Maximizar Minimizar Minimizar Minimizar Maximizar Maximizar
critério
Fonte: Autores (2022).
A coleta dos dados desses critérios foi realizada a partir dos relatórios de sustentabilidade do
ano de 2020, que estão disponíveis de forma pública nos sites das empresas.
Critérios
Receita bruta Número total Total de resíduo
Consumo total Qtde de Qtde de
Alternativas (bilhões de de gerado
de água (m³) hospitais leitos
R$) colaboradores (tonelada)
Empresa 1 0,3307 0,2087 0,1368 0,1305 0,3571 0,2525
Empresa 2 0,5447 0,1323 0,0538 0,0365 0,4127 0,5761
Empresa 3 0,1245 0,6590 0,8094 0,8330 0,2302 0,1714
Fonte: Autores (2022).
Dando continuidade à aplicação do método, foram calculadas a média, desvio padrão e o fator
gaussiano. A Tabela 3 apresenta os resultados.
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Critérios
Receita bruta Número total Total de resíduo
Consumo total Qtde de Qtde de
(bilhões de de gerado
de água (m³) hospitais leitos
R$) colaboradores (tonelada)
Média 0,3333 0,3333 0,3333 0,3333 0,3333 0,3333
Desvio Padrão 0,2101 0,2846 0,4144 0,4353 0,0936 0,2141
Fator
0,6304 0,8539 1,2431 1,3059 0,2807 0,6423
Gaussiano
Fonte: Autores (2022).
Por fim, calculou-se o fator gaussiano normalizado. Onde este representa o peso dos critérios.
A Tabela 4 apresenta os valores dos pesos para cada critério.
Critérios
Receita bruta Número total Total de resíduo
Consumo total Qtde de Qtde de
(bilhões de de gerado
de água (m³) hospitais leitos
R$) colaboradores (tonelada)
Fator
Gaussiano 0,1272 0,1723 0,2508 0,2635 0,0566 0,1296
normalizado
Fonte: Autores (2022).
Dessa forma, após o cálculo dos pesos dos critérios a partir da aplicação do método AHP-
Gaussiano, aplicou-se o método WASPAS para obtenção do ranking das empresas. Portanto,
utilizando-se da mesma matriz de decisão apresentada na Tabela 1, realizou-se a normalização
dessa matriz segundo as diretrizes do método WASPAS. Essa nova matriz normalizada
encontra-se na Tabela 5.
Critérios
Receita bruta Número total Total de resíduo
Consumo total Qtde de Qtde de
Alternativas (bilhões de de gerado
de água (m³) hospitais leitos
R$) colaboradores (tonelada)
Empresa 1 0,6071 0,3167 0,1690 0,1566 0,8654 0,4383
Empresa 2 1 0,2008 0,0665 0,0438 1 1
Empresa 3 0,2286 1 1 1 0,5577 0,2976
Fonte: Autores (2022).
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Como pode ser observado na Tabela 6, para λ entre 0,75 e 1, o ranking das alternativas se
apresenta da seguinte forma: empresa 3 > empresa 2 > empresa 1. No entanto, para λ entre 0 e
0,5, o ranking se apresenta da seguinte forma: empresa 3 > empresa 1 > empresa 2. Ou seja,
dependendo da escolha do tomador de decisão de considerar os maiores valores ou os menores
de λ, o resultado do ranking das empresas pode ser alterado. No entanto, observa-se que para
qualquer valor de λ a empresa 3 apresentou o melhor resultado. Portanto, os métodos
multicritério são de apoio à decisão e devem ser analisados criteriosamente pelos tomadores de
decisão para que a melhor decisão seja tomada.
7. Conclusão
Logo, o estudo foi composto por uma abordagem qualitativa com a introdução e
contextualização das dificuldades e necessidades do setor de saúde, agravados com a pandemia
do Covid-19, e a estruturação do problema e definição dos critérios a partir do método VFT.
Acrescida da abordagem quantitativa, que foi desenvolvida por meio da aplicação dos métodos
AHP-Gaussiano e WASPAS.
Essa proposta metodológica com múltiplos métodos se mostrou eficaz ao problema estudado,
uma vez que possibilitou estruturar o problema com base nas entrevistas realizadas com
especialistas e identificar a empresa com melhor performance no desenvolvimento sustentável.
Além disso, embora o estudo tenha abordado o tema de sustentabilidade no setor da saúde, os
métodos que foram utilizados não se limitam a esse contexto. Dessa forma, sugere-se a
aplicação e análise desses métodos em outras realidades de forma a apoiar a tomada de decisão
de outros setores, temas e contextos.
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KEENEY, R. L. Value-focused thinking: a path to creative decision making. Cambridge, Harvard University,
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