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- Estou cansado desta vida… Parece uma piada de mal gosto. Vivo num buraco e ao
meu redor, estou cercado de idiotas que cantarolam enquanto são manipulados por
aqueles que muito possuem, os senhores das profundezas. Este é o mundo dos
poderosos. Quem tem poder, tudo tem.
Sou descendente de uma linha de Gnomos que possuem grandes habilidades
arcanas, amigos antigos na linhagem dos anões dourados. Conforme o passar dos
anos, novos e novos monarcas ascendem, o povo esqueceu quem somos.
Esqueceram o que representamos. Perdeu-se o reconhecimento dos lendários
gnomos arcanos. Somos simples artífices para eles. Não vou ficar mais aqui e
suportar essa depravação, não sou alienado como os demais, se satisfazem na
mediocridade enquanto geram mais e mais poder para os que os dominam. Quando
haverá um de nós no conselho ao lado dos monarcas anões desconfiados e que mal
aceitam aqueles que não iguais a si? Jamais. E aqui estão… Cantarolando e
ofuscando a própria visão, esqueceram quem são, ou pior…
Quem deveriam ser.
Goldinn - Kelvinu Maxxuel Nederum Potestis Zung Mutrilunn, você está sendo
extremista! Eles são nossos amigos e nos fornecem abrigo, ninguém aqui nos trata
mal!
Kelvinu - As pessoas são abrigam animais, sorriem para eles. Isso não significa com
os vêem como iguais, não irei mais forjar a corrente que usam para nos escravizar,
você deveria ver o mesmo, pai. Mãe, estou decepcionado, ANGUSTIADO! Isso é
uma piada, nós somos intelectualmente superiores! Deveríamos estar em igualdade
entre os anões, mas somos tratados de forma inferior! Somos quase invasores ou
parasitas! Estrangeiros usurpando de seu território! Não me submeterei mais a isso,
e não se preocupem, não levarei nada daqui, este lugar só me trás enjoo e revolta.
O nome que me deram, apenas me envergonha, prefiro vagar como inominado.
Silvann - Filho! Por favor! Pense com cuidado! Não sabe o que faz! Vagar na
escuridão é morte!
Kelvinu - Antes a morte, do que escravo da mente, a coleira que os controlam é a
pior, a coleira da mente. Só si mesmo pode a romper, e isso eu já fiz. Já pensei
bastante, nada foi tão claro para mim, adeus, até nunca.
- A PARTIDA
-
Vagando a grande fenda, até a superfície. É possível ouvir uma voz…
- Eu conheço a escuridão que há em si, sua revolta, seu desejo pela igualdade.
- Não sei quem é você, saiba que meros truques não me enganam. Não ache que me
conhece, seja lá quem for.
- Não me entenda mal. Não sou seu inimigo, pelo contrário. Quero lhe ajudar.
- Seria interessante começar com um nome, você possui? Deveria também se revelar,
não é educada a sua abordagem!
- Tem razão, eu sou… eu… era…, essa deveria ser uma pergunta fácil.. Mas não é tão
simples, para mim.
- Engraçado não é? Acho que estou perdendo meu tempo, falando com alguém, que
sequer, sabe o próprio nome.
-…
- Aparentemente não é tão simples para você. Se quiser saber quem eu sou,
aproxime-se…
- Uma névoa repleta por uma fragrância incomum, começa a ser emanada de uma
pequena fissura na parede, onde somente uma criatura de proporções pequenas
seria capaz de passar -
- Você está certo. Eu lhe chamei porque percebi que há algo em você semelhante a
mim. Há uma escuridão dentro de si. Meu desejo é que você consiga controlar essa
escuridão.